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História Neuheit - Sétimo.


Escrita por: hourglass

Notas do Autor


eu to até com vergonha de aparecer aqui depois de tanto tempo, foi mal. pelo menos não é pra postar um aviso dizendo que a fanfic acabou É UM CAPÍTULO EU NUNCA FUI TÃO FELIZ POR TERMINAR DE ESCREVER ALGUMA COISA
anyways, conversas ficam pras notas finais. agora corram pro capítulo anterior se situar de onde caralhos isso parou pq eu tenho certeza que ninguém mais lembra, voltem logo aqui e boa leitura.

e um aviso: eu dei a louca aqui então peço perdão se tiver só coisa nada a ver, to com sono (e eu também peço perdão se a escrita parecer mudar do nada, eu comecei esse capítulo em janeiro e ele foi sendo escrito um parágrafo por década até eu me inspirar hoje, e eu acho que minha escrita evoluiu alguma coisa nesse meio tempo).

Capítulo 7 - Sétimo.


Chegou num ponto em que até mesmo Jooheon, que não estava nem aí pra nada nem ninguém, começou a ficar curioso quanto ao fato de quem seria sua dupla, e assim como quem futuramente assistiria ao programa na televisão, se irritar com a apresentadora e sua demora desnecessária. Isso só era possível graças a Park Yujin, apresentadora do programa e pessoa que mais gostava de enrolar e fazer suspense no mundo inteiro. 

Desde que a caixinha verde escura que tinha como conteúdo os nomes dos participantes do programa foi levada até a apresentadora, ela ainda tinha passado mais dez minutos dissertando sobre o fato de as duplas não poderem ser mudadas. No mínimo, entediante. De seu lugar, Changkyun segurava-se para não bufar.

— Certo. Agora vou sortear as duplas, já que não podemos ficar muito nisso. Ainda tenho que lhes explicar como a missão vai funcionar — a mulher que não devia ter alcançado os trinta anos de idade disse, e em seguida simplesmente colocou a mão direita dentro da caixa, mexendo nos papeizinhos. 

Changkyun cruzou os braços, tentando não fechar sua expressão tanto quanto gostaria. "Não podemos enrolar muito", ela tinha dito, depois de passar um bilhão de anos enrolando. Aquilo era irritante, e ele teria ficado um bom tempo comentando sobre o quanto aquilo o irritava caso não tivesse priorizado saber quem seria sua dupla (e se livrar logo daquela gravação chata). 

— Hm, vejamos o que temos aqui... — Yujin murmurou, ao retirar dois papeizinhos de dentro da caixinha. Abriu os dois com um semblante até que bem interessado (ou pelo menos fingindo um muito bem), e sorriu após ler o conteúdo. — Os nomes que eu chamar, por favor deem um passo a frente — anunciou, elevando um pouco o tom de voz. — Lee Minhyuk e Chae Hyungwon. 

Os dois se entreolharam antes de dar um passo a frente. Pareciam ter gostado do resultado, comprimindo sorrisinhos. 

Já Kihyun, passou a mão pelo cabelo, decepcionado. Ele queria ter ficado com Hyungwon, já que o moreno era a pessoa com quem ele mais tinha afinidade ali dentro. 

— Yoo Kihyun e Lim Changkyun. — Espera aí, o quê? Kihyun mantinha-se tão ocupado reclamando mentalmente do fato de não poder fazer dupla com seu dongsaeng, que na hora que seu nome foi chamado, não teve certeza de se estava ouvindo coisas ou se era a realidade. E, com Changkyun? O universo realmente não devia ir com a cara dele, não havia nenhuma outra explicação. 

Changkyun deu um passo a frente, a expressão em seu rosto retratando menos surpresa do que realmente sentia. Esperava ser capaz de se dar bem com Kihyun. Além disso, também esperava que Minseok não o incomodasse com aqueles assuntos estranhos novamente; entretanto, quanto a isso o universo não parecia estar muito a favor. 

Kihyun hesitou por um momento, antes de dar um passo a frente também. Respirou fundo após fazê-lo, torcendo para que Changkyun estivesse de bom humor quando fossem trabalhar juntos, seja lá para que fosse.

— Bem — Yujin pronunciou-se, levava uma expressão despreocupada no rosto. — Como claramente já podemos ver, a última dupla também já foi formada. — Referia-se a Jooheon e Shownu, já que eram os únicos que restavam. — Mas eu vou sortear mesmo assim, só para não poder dizer que não o fiz. — Dito isso, a morena retirou os dois papeizinhos restantes de dentro da caixinha e anunciou, em alto e bom som: — Son Hyunwoo e Lee Jooheon. 

Antes que alguém pudesse fazer qualquer coisa, a apresentadora seguiu falando; dessa vez, explicava como a missão iria funcionar. 

Não seria tão simples para todos, provavelmente apenas para aqueles que tinham algum tipo de experiência na área. Consistia em cada uma das três duplas escreverem a letra de uma música, do zero e sem qualquer tipo de ajuda de fora. Seriam apenas eles e eles mesmos.

Para que as letras fossem pensadas, escritas, revisadas e finalizadas lhes seria concedido um prazo de quatro dias, nem um minuto a mais, nem um minuto a menos. Então a produção recolheria os resultados do trabalho de cada uma das duplas, e as letras seriam publicadas no site do programa, sem revelar os autores nem qualquer outra informação. Apenas as letras, e um espaço para que pudessem votar em sua favorita. 

O público votaria na melhor canção, sob seus próprios critérios, durante vinte e quatro horas. Assim que esse tempo se excedesse, os votos seriam contados, e a dupla com mais pontos teria até mesmo a chance de gravar e lançar a música. Já a dupla com menos votos seria eliminada do programa. 

Ao entender como tudo aquilo funcionava, Changkyun suspirou. Ele tinha muita sorte de ser alguém com experiência em escrever letras, já que escrevia as suas próprias. E se bem tinha ouvido alguém falar um dia, Kihyun também tinha aquela habilidade. Ótimo. O primeiro lugar já era deles.

Confiança certamente era algo do qual eles iriam precisar para aquela missão, e foi esse o primeiro tópico sobre o qual Changkyun e Kihyun conversaram na primeira vez em que se reuniram para trabalhar na bendita música. 

— Mesmo a gente ainda nem tendo começado — Changkyun falou, sentando-se sobre o tapete do chão do quarto do ruivo, de frente para o mesmo — acho que vamos ir bem. Eu escrevo minhas músicas desde sempre, e ouvi falarem que você 'tá mais ou menos por esse caminho também — explicou, chegando a se sentir esquisito quando percebeu o que não tinha encontrado nenhum motivo para reclamar daquela missão, pelo menos não até aquela hora. 

— Eu tento escrever umas músicas as vezes, tenho algumas estrofes perdidas por documentos no celular, cadernos em casa tudo mais. Mas não aumente muito suas expectativas, eu ainda sou iniciante nessa coisa toda — Kihyun passou a, timidamente, explicar. Ele ainda tinha um pouco de vergonha que lessem suas letras, embora se sentisse feliz por ter um retorno positivo. 

— Não aumentar minhas expectativas? Não tem como eu não aumentar minhas expectativas depois de saber que você escreveu a letra da música título do seu álbum. Cara, aquela música é incrível! 

Eles conversavam tão formal e timidamente que quem visse acharia que os dois tinham se conhecido há uns cinco minutos. Kihyun até achava que estava um pouquinho nervoso, mas apenas achava. Não tinha certeza sobre nada. 

— Eu até escrevi, mas não é bem assim... Foi só uma parte. — Ele tinha realmente recebido um elogio de Changkyun? Aquilo era estranho, não achou que nem em um sonho fosse ser elogiado pelo outro. Não que ele pensasse sobre aquilo. 

— Tanto faz, cara, todas as linhas da música são incríveis, para de desviar do meu elogio porque você não vai conseguir. — Changkyun elevou o tom de voz, quase se irritando. Ele apenas estava fazendo um elogio, o que custava aceitar de bom grado? Ainda se fosse uma crítica, aish. 

Kihyun suspirou, envergonhado. Não conseguia pensar em nada pra dizer que não lhe soasse tosco demais, então acabou permanecendo em silêncio. 

— Enfim. — Changkyun tossiu. — Sobre o quê pode ser nossa música? 

— Tem que ser algo não tão comum — Kihyun respondeu, após pensar por alguns instantes. — Assim, a maioria das músicas fala sobre amor e tudo mais e isso não é uma coisa ruim, mas eu acho que a gente tem que achar algum jeito de inovar pra realmente chamar a atenção, entende? — explicou, e o platinado assentiu, o escutando concentrado. — Eu 'tô me sentindo em um daqueles programas de sobrevivência — comentou, sorrindo. 

Changkyun riu. 

— Pior que eu também. Fiquei todo me gabando de não ter que passar por um pra debutar, e olha onde vim parar. 

— Você não é o único — Kihyun concluiu, e os dois acabaram por ficar em silêncio, sem saber o que dizer. 

— Sobre o que você acha que seria legal se a gente escrevesse? — o mais novo perguntou, depois de alguns minutos que ambos passaram apenas encarando o chão, constrangidos e sem saber como continuar uma conversa. 

— Não tenho certeza — Kihyun riu — mas eu gosto bastante daquelas músicas com letras encorajadoras, e tal. Que falam de perseguir seus objetivos, ou aquelas que falam sobre as pessoas e a forma como elas agem e são, ou sobre ser grato a tudo de bom que temos e não damos valor. Ou sobre qualquer outro assunto aleatório — concluiu, sentindo que estava se abrindo demais, embora não estivesse realmente. 

— Acho que você gosta de filosofia — Changkyun riu nasalado, se espreguiçando. — Ai, a gente podia deixar isso pra mais tarde, né? Tá fazendo um ótimo clima pra uma soneca agora — comentou, preguiçoso. O menor riu. 

— É, acho que a gente pode — respondeu, ainda sorrindo. — Mas antes deixa eu te mostrar uma música que tem uma letra que eu gosto muito, e segue mais ou menos a linha de raciocínio que eu te disse — pediu, levantando-se para procurar seu celular. Não demorou muito para que o enxergasse em meio ao edredom da sua cama, e logo estava sentado ao lado de Changkyun de novo, abrindo o naver e fazendo uma pesquisa. O platinado observava tudo muito concentrado, anormalmente levando bastante à sério a missão que o programa tinha lhe passado. 

Contudo, bastou um desvio de olhar de menos de dois segundos da tela do celular para dentro do quarto, para que cruzasse sua visão com ela. 

Uma terrível, horrorosa e horripilante lagartixa. O encarando séria e fixamente, da parede do quarto. 

— AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!


                                                                                                                 • 

 

— Im Changkyun, eu sinceramente não acredito que você fez isso consigo mesmo — Minseok comentava, imitando a expressão mais decepcionada que conseguia, as duas mãos sobre os cabelos tingidos de castanho alaranjado e minunciosamente arrumados para que não ficassem parecendo bagunçados a cada vez que mexesse a cabeça. — Surtar por causa de uma lagartixa? Sério? Quantos anos você tem, seis? A última vez que te vi dar chilique por causa disso já deve fazer uns dois anos — reclamou, balançando a cabeça de um lado pro outro. 

— É porque depois daquele dia horrível eu não topei mais com lagartixas, pelo menos não com você perto — Changkyun retrucou cruzando os braços, emburrado. 

— Ainda assim é um absurdo. Passando vexame na frente do crush, onde já se viu uma coisa dessas? — O manager revirou os olhos, se segurando para não rir. Era muito engraçado implicar com Changkyun por causa daquele medo de lagartixas que o menor tinha, e agora que tinha feito um escândalo na frente de Kihyun — quem Minseok tinha cismado que era a nova paixonite do mais novo — parecia ainda mais engraçado. 

— Quando foi que você voltou a usar essas palavras do vocabulário de adolescentes do ensino médio, hein? Você tem quase trinta anos nas costas, Hyung. Depois eu que 'tô passando vergonha — O platinado bufou, irritado com o rumo que aquela conversa estava tomando. E olha que ela já estava irritante desde o início, não parecia poder piorar. 

— No meu tempo não tinha essa palavra, e eu tenho vinte e sete, faltam três anos pros trinta, você me respeite. — Pausou o que falava por um instante pra digitar algo no celular. — E eu ouvi errado ou você realmente não negou que ele é seu crush, hein, Kyunzinho? — Abriu um sorriso malicioso e começou a se arrastar pro lado, chegando mais perto do outro e erguendo as sobrancelhas. 

Extremamente irritante, Changkyun não parava de repetir mentalmente. 

— Ah, esse apelido idiota de novo não, por favor — começou a rir, mas uma risada nervosa. — E ele não é meu crush ou qualquer outra palavra nova que você inventar, pelo amor de Deus, o que foi que deu em você hoje, hein? 

— Claro que ele é seu crush, pensa que eu não vi você olhando pra bunda dele quando ele levantou pra ir pegar comida? — Minseok retrucou, aquele sorriso malicioso infinitamente irritante se fazendo presente novamente. 

— Eu não sei se você sabe ou se já era assim na sua época, Hyung — o mais novo sibilou, tentando manter a calma e a paz no coração diante à implicância do outro —, mas existe um abismo entre achar a bunda da pessoa observável e gostar. Um abismo enorme, de quilômetros. E agora você podia parar de falar disso antes que ele entre e escute, por favor? 

— Hmm, então quer dizer que você está com medo de ele escutar a gente falando sobre ele hein? Isso pra mim é atitude de quem gosta, Kyunzinho.

Changkyun revirou os olhos. Seu manager Hyung estava insuportável demais naquele dia. 

— Que bicho te mordeu, hein? Você não costuma ser tão insuportável assim comigo nem quando eu faço alguma coisa errada e... — A fala de Changkyun foi cortada pela metade pelo barulho da porta abrindo. Kihyun tinha voltado com os lanches que tinha ido buscar para os três, e ele só tinha a agradecer aos céus por isso não ter acontecido na hora em que Minseok falava dele daquele jeito tão irritante. 

— Kihyun, olá, você voltou! — Minseok automaticamente virou-se para o outro, esquecendo da presença de Changkyun instantaneamente. — O que trouxe pra gente comer? Espero que seja bastante, já que o seu Hyung aqui está morrendo de fome e você tem que alimentar bem o seu Hyung.

Kihyun soltou uma risadinha discreta, sentando-se perto deles no tapete. Nem sabia que ele e o manager de seu parceiro de missão estavam próximos a ponto de usar aqueles pronomes de tratamento. 

— Não tinham muitas opções na geladeira, então eu acabei pegando doces mesmo — explicou, colocando dois pacotes de bala de goma na frente dos dois. 

— Mentira que tinha isso aqui esse tempo todo e eu não sabia! — Changkyun exclamou, ao mesmo tempo em que pegava um dos pacotes, abria e enchia a mão com as balas. 

— Essas balas me lembram minha juventude — Minseok começou, com uma expressão de quem estava pensando longe. — Eu e meus amigos comíamos essas balas todos os dias no ensino médio. Certa vez nós estávamos sentados durante o intervalo comendo pacificamente quando um garotinho do fundamental chegou e... — Foi mais ou menos por aí que Changkyun parou de prestar atenção no que o manager dizia, identificando a história que ele ia contar: uma que ele já tinha ouvido pelo menos umas setecentas vezes. Minseok adorava contar sempre as mesmas coisas, era incrível (e irritante, vamos combinar). 

Depois de enfiar umas cinco balas na boca de uma só vez, Changkyun recostou confortavelmente suas costas na cama do quarto de Kihyun e ficou olhando em volta, tentando focar em alguma coisa que não fosse tão branca quanto qualquer item de dentro daquele quarto. Qual será que era o objetivo da KBS ao deixar o quarto assim tão branco, matar a pessoa que ficasse ali de melancolia ou a fazer enjoar rápido e sair do quarto, mais facilmente topando com outro participante e conseguindo mais filmagens? Changkyun ponderava seriamente aquela teoria. 

Okay, ele na verdade estava apenas procurando desculpas pra ficar observando Kihyun e seu cabelo incrivelmente vermelho, que facilmente se destacava em meio àquela completa falta de cor. Ele escutava animado a história que Minseok contava, vez ou outra fazendo comentários, feliz por estarem se dando bem. Changkyun meio que também achou aquilo bom. 

O platinado já estava completamente imerso em pensamentos fazia alguns minutos quando foi desperto por uma mão acenando muito próxima ao seu rosto. Não precisou de muito para perceber que era Minseok, que diferente da última vez que tinha tido a atenção do mais novo, estava de pé, o corpo apenas um pouco inclinado para baixo: 

— Minha nossa, você morreu aí ou o quê? Já faz uns cinco minutos que estamos te chamando — Minseok reclamou, arrumando sua camisa, que tinha se amassado um pouco enquanto estava sentado. 

Changkyun ainda demorou alguns segundos para se situar novamente a situação antes de responder. 

— Eu 'tava viajando aqui, foi mal, Hyung. Você está de saída? 

— Estou, me chamaram na empresa então eu vou ter que ficar umas horas fora, você por favor não cause nenhum problema ou chore de saudades, certo? E, antes que pergunte, o Kihyun foi colocar o pacote das balas no lixo, você começou a viajar e nós dois comemos tudo sozinhos. — Assim que terminou de falar, Minseok foi indo em direção à porta, parando apenas para ouvir a resposta indignada de seu dongsaeng: 

— Eu não sou criança, claro que não vou causar problemas. E prefiro nem comentar sobre a parte de chorar de saudade — murmurou, procurando seu celular pelos bolsos da calça. 

— Pra mim você sempre vai ser uma criança. — Já fora do quarto o manager declarou, risonho, fechando a porta na sequência e sequer dando uma chance ao outro de responder-lhe. 

Enquanto desbloqueava seu celular e ia checar as mensagens, Changkyun bufou. Nem sua mãe lhe falava aquele tipo de coisa, tinha que ser o Minseok Hyung, mesmo. Não sabia porque ainda se surpreendia com aquele tipo de coisa brega vindo dele. 

No corredor, Kihyun voltava da cozinha, já com os pensamentos completamente focados na música que escreveria, algumas ideias surgindo junto à inspiração. Aquele tipo de coisa era divertido, ele gostava de fazer coisas em equipe e o desenvolvimento da missão prometia ser bem empolgante, também. 

Ao passo em que o ruivo entrou novamente em seu quarto, tudo que lhe aconteceu em seguida pareceu ocorrer rápido demais para processar. 

Certo, vamos do início.

Kihyun abriu a porta do quarto, completamente imerso nas inúmeras ideias para a letra da música, que chegavam para si descontroladas e infinitas. Se dependesse da sua inspiração, a construção daquela letra não passaria daquele dia. 

Então ele fechou a porta, se virou para andar em direção ao tapete do quarto, ao lado da cama, e, quando estava quase lá, percebeu que seu tênis estava desamarrado. Mas era claro que ia ser tarde demais: naquele ponto, Kihyun já estava despencando para o chão. 

Mais especificamente, para cima do pobre e inocente Im Changkyun. 

Kihyun gritou, Changkyun se assustou com o outro e gritou também, eles gritaram e então Kihyun caiu por cima do platinado. 

— Socorro, você tá bem? — o mais novo perguntou, aparentemente ignorando a proximidade entre ambos. Até para quem tinha caído por cima de uma pessoa com quem não tinha a menor intimidade, o ruivo parecia um pouco assustado demais. 

— Fora o susto, acho que posso dizer que tá tudo bem comigo. Pelo menos eu não quebrei um nariz ou algo assim — Kihyun respondeu. Por seu tom de voz ele parecia bem, mas não mexeu um músculo sequer. Se amaldiçoava mentalmente por não fazer nada, entretanto seguia na mesma situação. 

— Você não se machucou, né? — Changkyun também não mexia nenhum músculo. Sua cabeça estava apoiada direto na parte de madeira da cama e era desconfortável, mas tinha chances de Kihyun ter se machucado de alguma forma e se ele se mexesse poderia acabar piorando tudo. 

— Não, não, eu estou bem — assegurou, finalmente tomando coragem de encarar os olhos do mais novo. E que olhos. 

Changkyun encarou de volta, e eles acabaram por permanecer em silêncio, imóveis, estranhamente focados um no outro. Kihyun tentava entender como exatamente eles tinham chegado àquilo, embora por mais que pensasse nunca fosse realmente saber. 

— Ahn... Changkyun? — o ruivo chamou, finalmente quebrando um silêncio não tão constrangedor assim. 

— Sim? 

— Você vai achar ruim se eu te beijar agora? — Kihyun perguntou, arrependendo-se no mesmo instante em que as palavras saíam de sua boca. Onde ele estava com a cabeça? 

— Sinceramente, eu vou achar ruim se você não me beijar agora. — Inesperado. Completamente inesperado. 

E Kihyun o fez. Extremamente hesitante no começo, mas fez. 

Seria mentira dizer que não foi estranho para ambos no início, porque foi. Muito estranho. De onde diabos Kihyun tinha tirado a ideia de beijar aquele platinado revoltadinho? E por que demônios Changkyun foi aceitar? 

Eles não sabiam. 

Mas talvez tanto a situação quanto suas ações não tivessem sido tão ruins assim. 


Notas Finais


primeiro: revisei de leves, to quase dormindo em cima do computador então amanhã eu faço isso com mais calma
segundo: desnecessário contar, mas eu cortei uma cena pro final do capitulo ser assim. implicanciazinha de brincadeira no corredor ou beijo do shipp? beijo do shipp.
terceiro: sobre a demora;;;;;;;;;; sim, foi uma vergonha nacional. mais cedo eu tava querendo me esconder debaixo da cama de vergonha pensando sobre eu ter dito no ultimo capítulo que agora a fanfic ia engatar em capitulos regulares de novo, mas ela sumiu de vez e eu demorei todo esse tempo pra escrever isso aí. um mes atrás eu planejei todos os capitulos minunciosamente e fiquei muito orgulhosa de mim por isso, mas não faz diferença. por incrível que pareça algumas pessoas falaram comigo sobre continuação e eu fiquei triste e envergonhada pra caralho por estar fazendo isso com vocês, tanto que eu só tive cara de pau pra responder uma e o resto eu fiquei com vergonha. desculpa gente, vou responder vocês agora, juro. sobre os reais motivos do sumiço, sinceramente, bloqueio, talvez? não sei dizer, eu meio que perdi o ritmo, eu sentia muita vontade e atualizar mas não sentia vontade de escrever de verdade, sabem? eu escrevi muito nesse meio tempo, changki inclusive, mas era uma vibe completamente diferente dessa fanfic, e, não sei, eu perdi a empolgação? não tem um puta motivo tipo ganhei na loteria, me mudei de país e não tenho mais tempo pra essas coisas, eu simplesmente perdi o fio da meada e ainda não consegui recuperar ele de verdade. não faço ideia de quando sai o próximo, tenham a certeza de que vai sair assim como a certeza de que eu vou, sim, terminar essa fanfic, não importa quanto tempo demore, uma hora sai. essa fanfic é meu xuxuzinho apesar dos pesares.
quarto: 95 favoritos, quando isso aconteceu? vocês são fodas, posso não ter aparecido pra atualizar aqui por décadas mas eu acompanhei os números crescendo e tipo????? essa fanfic tem um trilhão de falhas, minha escrita podia sair tão melhor, o plot deixa a desejar em vários aspectos, eu me esforço mas definitivamente não mereço isso tudo, obrigada, gente. to falando demais, mas é sincero. quase 100 pessoas lendo uma coisa que eu escrevi tipo????????/ caralho, que assustador. no bom sentido.
quinto: eu amo lagartixas
sexto: podem me xingar nos comentários, gente. na verdade voces realmente deviam fazer isso porque eu mereço. se não quiserem xingar nos comentários, xinguem no twitter, é @jaehwanight
sétimo: to insegura quanto a esse capítulo, então espero que vocês tenham gostado, de verdade.
oitavo: falei muito, falei demais, desculpa eu amo falar. falaria mais porém meu notebook tá travando e eu vou parar antes que me irrite
nono: vão dar view no mv do dreamcatcher

até daqui a pouco tempo, eu espero <3 (e parabens se voce conseguiu ler até aqui)


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