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História Never be Alone - Apaga os olhos vagalume


Escrita por: SpiderPig0202

Notas do Autor


Obrigada pelos favoritos <3

Capítulo 2 - Apaga os olhos vagalume


Fanfic / Fanfiction Never be Alone - Apaga os olhos vagalume

Me olhei no espelho “Apenas seja normal”, foi tudo que eu pensei no momento em que as vozes começaram. Assim que elas se calaram e eu me acalmei, sai do banheiro e peguei meu celular, jogando dentro da mochila sem nem olhar.

Desci as escadas o mais rápido possível e escutei um barulho na cozinha, então fui até lá dando de cara com Josh comendo todo o cereal.

— Não deixou nada para mim? — perguntei com uma sobrancelha arqueada e pude ver o último cereal caindo para dentro da boca dele.

— To em fase de crescimento. — ele disse com uma cara de culpado.

— Eu também. — falei indo até a geladeira.

Peguei um suco de laranja e um copo, coloquei tudo na mesa e me servi, tentando ignorar o olhar de Josh em cima de mim.

— Vai com essa mini roupa? — ele falou cruzando os braços e eu o olhei.

— Sim. — falei dando de ombro e devolvendo o suco para a geladeira.

— Não vai não, você é minha irmã. — Josh falou se levantando e eu olhei para ele.

— Eu sei, mas eu ainda mando em você. — falei sorrindo. — Não se esquece da mochila.

Assim que Josh pegou as suas coisas, nós saímos e começamos a andar em direção à escola. Digamos que eu não me dou muito bem em lugares lotados e às vezes surto, mas nada tão grave, apenas prefiro evitar. Pelo menos, foi o que meu pai disse depois que eu quase quebrei o braço de uma garota no ônibus da outra escola.

Assim que chegamos, um frio embrulhou meu estômago e eu comecei a sentir tontura ao ver todas aquelas pessoas desconhecidas. Josh apertou o meu ombro e nós fomos para dentro, indo direto para a sala do diretor.

Quando saímos, Josh foi para a aula dele e eu fui para a minha sem trocar nenhuma palavra, apenas olhares. Então andei até o pior lugar do mundo, o pior que eu já estive e o mais desesperador. A sala de matemática.

Toquei na maçaneta e por uns segundos eu exitei em entrar, mas uma voz me disse para girar e abrir, então eu fiz. Entrei na sala e todos me encararam, principalmente a professora.

— Chegou atrasada. — ela disse e eu estiquei meu braço para entregar o papel que o diretor me deu.

           — Sou nova, estava na sala do diretor. — falei e ela pegou o papel, assentindo em seguida.

— Sente-se e fique à vontade. — ela disse sorrindo e eu virei para achar um lugar.

Assim que eu virei para trás, olhei a sala inteira e acabei dando de cara com Stiles, o garoto do hospital. Do lado dele havia um outro garoto que olhava desconfiado para mim, mas eu apenas ignorei e caminhei em direção a cadeira do outro lado. A última coisa que eu quero é esse garoto por perto.

A aula foi chata e longa, como todas as outras quatro aulas antes do almoço. Fiz apenas duas aulas com aqueles garotos e eles não trocaram nenhuma palavra comigo, o que foi bom, já que eu não estava afim de fazer amizade. Vou passar pouco tempo e não preciso me apegar a ninguém.

Quando cheguei na área de alimentação, fui direto para a mesa do Josh e ele estava olhando diretamente para o garoto que me encarava na primeira aula. Mordi um pedaço da minha maçã e balancei a mão na frente do rosto do Josh, mas ele nem piscou. Olhei para o garoto e o mesmo nos encarava, assim como o Stiles, um garoto de cabelo meio cacheado e outras duas garotas.

— Estão apaixonados? — falei e Josh rosnou para mim.

Olhei rapidamente para o garoto e ele me olhou confuso, como se tivesse me escutado ou como se estivesse tentando adivinhar se eu era amiga de Josh.

— L? — perguntei. Josh apenas balançou a cabeça e fez um dois com as mãos, apontando para os dois garotos que eu não sabia o nome. — Podem parar de nos encarar? Sei que a visão é boa, mas eu quero comer. — falei olhando diretamente para eles.

O garoto de cabelo cacheado falou alguma coisa e as garras de Josh apareceram, arranhando a mesa com força. Seus olhos ficaram amarelados e ele começou a rosnar, arranhando a mesa cada vez mais forte tentando se controlar.

Peguei minha maçã e a mão de Josh, arrastando ele para fora da cantina. Continuei puxando ele o mais rápido possível até chegarmos na sala de produtos de limpeza, então eu abri a porta e entrei junto com ele.

— O que aconteceu? O que eles disseram? — perguntei mas Josh não falava nada, apenas ficava olhando para a porta, pronto para abri-la, e sair quebrando a escola toda. — Apaga os olhos vagalume.

— Papai disse para nunca me chamar disso. — ele disse e eu revirei os olhos.

— Só acalma-se. Olha para mim. — falei puxando a cabeça dele para ele me olhar.

— Respira, não surta se não eu vou ter que recolher corpos e eu esqueci minhas luvas. — ele soltou uma risada baixa e fechou os olhos, abrindo com eles já castanhos novamente.

— Ele falou “Olhar para a sua amiga ou sei lá o que é realmente uma boa visão, mas olhar para você faz meus olhos arderem” — Josh falou olhando para a parede atrás de mim.

— Pelo menos ele sabe rimar. — falei sorrindo, mas ele apenas me encarou. — Tudo bem, mas ainda não vejo nada demais na frase.

— Ninguém fala assim da minha irmã. — ele falou me olhando com raiva.

— Josh, ele é um babaca lindo, não se preocupa. — falei dando de ombro e ele me olhou com uma sobrancelha levantada. — Quê?! Ele é.

Depois de uma longa discussão sobre o garoto de cabelo ondulado, o sinal para o começo das outras aulas tocou e nós fomos para nossas salas. Um caminho longo até o completo tédio. Mais uma aula com aqueles dois pode acabar me matando.

Enquanto a professora falava, eu desenhava uma árvore. Ela simplesmente apareceu na minha cabeça e eu sei que ela significa alguma coisa, mas não sei o que. Tudo que eu faço significa algo e eu queria que tivesse um livro para traduzir cada voz, cada código ou desenho. Seria tão mais fácil.

— Senhorita Smith, está me escutando? — a professora falou, me despertando dos pensamentos.

— Anh, sim. — falei e ela cruzou os braços.

— Então responda o que eu acabei de lhe perguntar. — ela falou e eu apertei o assento da mesa.

— Eu poderia respondê-la, mas até para literatura a resposta pode ser incerta. O que eu acho pode não ser o certo ou pode até ser, mas não será a opinião da senhora e, sinceramente, prefiro que você me responda. —  falei e pude escutar risadas baixas de todos, menos da professora, que me olhava com raiva.

— Senhorita, se vo… — antes dela terminar de falar, o sinal tocou e todos começaram a guardar as coisas, mas eu apenas agarrei tudo e sai o mais rápido possível da sala.



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