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História Never be alone - O começo


Escrita por: Raahvilela

Notas do Autor


Hello, people!

O primeiro capítulo é sempre meio chatinho, mas espero que vocês gostem!

Capítulo 1 - O começo


Fanfic / Fanfiction Never be alone - O começo

Sempre fui apaixonada pelo mesmo garoto desde os meus 10 anos de idade. Praticamente crescemos juntos e éramos melhores amigos desde que me entendo por gente. Fazíamos o tipo inseparáveis. Até que veio a fama.

Hoje tenho 18 anos e continuo a mesma garotinha pacata de Pickering, enquanto ele, bem, na verdade, já nem sei dizer mais. Às vezes me pego escutando algumas músicas, até mesmo relembrando do tempo em que a infância ainda nos acolhia de forma calorosa. Mas desde que ele me virou as costas num adeus mal elaborado, procuro não saber muita coisa porque infelizmente, mesmo depois de tanto tempo, o soar do seu nome ainda me acelerava o coração.

No começo foi bem difícil não ter notícias, afinal, ele estava no auge, descobrindo tudo e aqui em Pickering o único assunto era ele, nada mais. Às vezes me esbarrava com sua família e vez ou outra sempre me pegava vendo uns vídeos na internet até me dar conta de que, mesmo magoada, eu ainda sabia tudo sobre ele. Talvez, o fato de poder ainda estar próxima, mesmo que por internet, me fizesse sentir melhor. Mas depois de um tempo, percebi que não. Cada vídeo, cada vez em que ouvia sua voz, era como se uma mão me arrancasse o coração do peito e isso começou a me fazer mal de uma forma que fui obrigada a parar. Na rua, andava apenas com fone no volume máximo, e quando dava de cara com sua família, tratava como conhecidos normais, e não a família dele.

Apesar dele ter ido embora, sem nem se despedir direito, o que ainda mais me machucava, era entender, que mesmo depois que tudo que passamos, eu tinha que saber como ele estava através de notícias.

Isso não importa. Afinal, eu já havia superado.

- Leah – Escutei o grito vindo da sala. – Tem visita pra você.

Respirei fundo, saindo de meus pensamentos. Sentia que precisava parar de pensar tanto assim no passado, por conta disso, me mantinha presa ali, revivendo coisas que nunca chegaram a acontecer e nunca aconteceriam. Eu tinha uma vida. E precisava deixar de lado todo aquele papo de romance infantil. Ergui-me da cama, ajeitando os cabelos negros e desci as escadas.

Ethan estava lá, na porta com um sorriso enorme no rosto, trazia na mão um buque de flores. Parecia ansioso com alguma coisa, o que me fez ficar um pouco nervosa. Revirei em minha memória algo que pudesse me dar uma luz. Teria eu esquecido nosso aniversário de namoro? Ou então, alguma outra coisa mais importante? Não conseguia me lembrar de nada, e automaticamente passei a descer os degraus com lentidão, na esperança de que pudesse arrumar uma forma de distrair Ethan.  Sorri de lado para o mesmo, e isso fora a mesma coisa que dar um sinal verde para um cachorro pular em cima de você. Ethan veio correndo em minha direção e olhei para minha mãe com um olhar de socorro, implorando para que ela pudesse me dar uma luz.

- Então, Ethan, essas flores são pra sua querida sogra? – Minha mãe falou, antes que ele pudesse perceber meu desespero. Como eu amava aquela mulher. Dei um suspiro aliviado. Me aproximei de Ethan, jogando um braço envolta de seu pescoço e olhando para minha mãe, com um sorriso de gratidão nos lábios. Ethan entrelaçou o braço em minha cintura, e me deu um beijo na bochecha.

- Na verdade, era para sua filha, mas se ela autorizar, posso passar agora mesmo pra senhora! – Minha mãe o fuzilou com o olhar ao ouvir a última palavra. – A senhorita – Corrigiu Ethan, todo sem graça. E olhou para mim. – Sua mãe uma vez me disse que você gostava muito de um cantor – Meus olhos passaram dele, para minha mãe, e de minha mãe para ele, alternadas vezes. – E ele vai tocar aqui na cidade, então, pensei que pudéssemos ir, em comemoração ao nosso aniversário de 1 ano de namoro. – Ethan sorria mais a cada palavra que falava, e eu, me apavorava mais a cada segundo.

- Cantor que eu gosto muito? – Perguntei, num olhar serio para minha mãe.

- Sim, aqui – Ethan colocou as flores em cima do sofá e levou as mãos no bolso, procurando algo, até que ergueu em minha direção e consegui ler apenas duas palavras, que estavam grande e em negrito:

    “Shawn Mendes”

- Ah – Fora o máximo que consegui falar. Meu coração não bateu no peito. Minhas pernas fraquejaram e tive que recuar alguns passos para disfarçar a surpresa contida. Peguei os ingressos numa rapidez tão grande que podia jurar que pareceu grosseria, mas o que eu queria era esconder o tremelique que já tomava conta de mim. – Que dia vai ser?

- Depois de amanhã. E antes do show, tenho algo para você! – Ethan me deu um selinho e então, saiu andando. – Vou te mandando mensagem!

Nem me certifiquei de que Ethan tinha saído e já joguei os ingressos em direção a minha mãe. Subi as escadas batendo os pés com tanta força que se não estivesse tão brava, iria rir com o ranger da madeira. Minha mãe logo veio atrás.

- Por que você fez isso? – Me virei para que pudesse olha-la. – Eu estava indo bem. Eu já tinha me esquecido de tudo! – Resmunguei numa mentira mal contada, tentando conter as lágrimas que tomavam meus olhos.

- Você tem certeza? – Minha mãe me olhou com aquela cara que mãe faz quando te pergunta uma coisa mas já sabe a resposta. – Leah, vocês eram muito próximos, não pode ser que tenha sido só uma coisa de criança. – Ela se aproximou de mim. – Eu sei que não foi só isso, e você sabe disso também, filha. Ele voltou pra te ver uma vez, não voltou?

- Esquece, mãe. Não era ele. Era apenas mais um famosinho que a gente vê por ai na internet. Você tem que entender que eu estou me esforçando, eu estava indo bem com Ethan. Consegui me virar, e agora você me apronta mais essa, achando que vai me fazer bem, mas não vai. Eu e o Shawn não temos mais nada a não ser memórias que com o tempo vão se apagar. Eu sumi com tudo que havia dele porque queria seguir em frente, mãe. E ir num show dele com meu namorado não vai me ajudar em nada.

- Leah, ninguém sabe da sua história com Shawn. Já que você diz que superou, vai para se divertir. Não vai te ajudar, mas também não vai te fazer mal nenhum, afinal, não existe mais nada nesse coraçãozinho ai, não é mesmo?! – A voz dela soou tão cínica que quase pude sentir o gosto. Eva me deu uma piscadela antes de virar as costas e descer o restante das escadas.

Fui para o quarto. Afinal, o que mais eu poderia fazer? Talvez, fingir um enjoo, ou um desmaio na hora do show. Pelo menos assim não precisaria explicar toda essa confusão para Ethan e ai ficaríamos bem e eu continuaria seguindo em frente, como se nada tivesse acontecido. Ou poderia ir ao show, e mostrar a ele que eu superei. Superei Shawn Mendes e aquela última vez que ele veio e me deixou catando os pedaços do meu coração. Que superei toda aquela bobagem de que gostava de mim e que não iria me esquecer, não importa quão famoso ele seria.

Enfim, superei.

Superei a rosa vermelha que ele me mandou no meu aniversário, com aquele cartão postal sem graça comprado em uma loja de conveniência qualquer.

Superei quando, nos meus 15 anos ele apareceu na porta da minha casa com um sorriso tão lindo que podia ter me desmontado em questão de segundos. E de como passamos uma semana perfeita juntos naquela vez. Eu me apaixonava por ele a cada momento e me apaixonei mais ainda quando deixei que ele fosse o meu primeiro e me entreguei a ele, de corpo e alma.

Superei o beijo que me dera antes de me dar as costas e sumir pra sempre.

Eu catei todos os meus pedaços. Escondi tudo o que era relacionado a ele, porque ele se foi e foi eu quem ficou com todas as lembranças. Eu que fiquei com todos os nossos locais de encontro, tudo. Era eu quem o procurava todos os dias na internet e ouvia suas músicas. Eu o acompanhava sempre, até que com o tempo, a saudade passou a ser presente demais e a me machucar mais do que devia. E ai, percebi que eu era apenas o seu passado, nada mais.

3 anos se passaram e eu o havia superado.

Eu iria no show. Precisava provar para mim mesma que eu não sentia mais nada. Era isso que eu faria! Mostraria a ele que eu era outra pessoa agora. Que eu estava bem, apesar de toda a ilusão que um dia ele me deixara. Que eu estava feliz e que o efeito Shawn não surtia em mim mais. Preciso disso, não para ninguém, mas por mim, para que eu possa conseguir seguir em frente, sem que nada mais possa me impedir. Havia se passado muito tempo e eu sentia que algo em mim havia mudado. Eu estava pronta. Iria encarar isso logo e quando eu olhar para ele e não sentir mais nada, saberei que eu posso seguir em frente.  


Notas Finais


E aí, gente? Vocês acham que a Leah realmente superou o nosso bonitão ai? hahah


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