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História Never be alone - Aftertaste Part 4


Escrita por: Raahvilela

Notas do Autor


Oi, im back ♥

Acho esse cap muito amor, bjs.

Capítulo 7 - Aftertaste Part 4


Fanfic / Fanfiction Never be alone - Aftertaste Part 4

Ele se abaixou, fazendo um movimento em falso como se fosse tirar a bermuda e antes que o fizesse, me juntou nos braços, me pegando no colo. Soltei um gritinho pelo susto e ele murmurou algo como um “shh” em meio as risadas baixas. Shawn saiu correndo comigo até chegarmos na área onde fazíamos natação. Eu o olhei e olhei para a piscina.

- Ah não... – Sussurei, mais para mim do que para ele.

- Ah sim – Ele respondeu, numa meia risada.

Me rebati em seus braços tentando sair, mas fora inútil. Me segurei para não gritar. Ele não iria fazer isso, ele não iria fazer, ele não...

Não consegui terminar de implorar em minha mente, porque nesse momento nossos corpos foram de encontro a água. Shawn me segurou com força nos braços e encostou o ombro em minha cabeça enquanto afundávamos.

A água estava congelando. Meus músculos pareciam ter travado com o frio, o que fez um desespero me atingir e eu subi com toda a rapidez que conseguia para a superfície. Puxei o ar com força, numa respiração falha. Logo Shawn emergiu também, balançando a cabeça e jogando a água do cabelo para todos os lados (inclusive em mim) me fazendo fechar os olhos.

- Essa foi... – Senti meus lábios tremerem – A pior ideia de todas, Shawn Mendes! – Resmunguei, batendo os dentes. – Estou travada, não consigo mexer, me ajuda – Um desespero tão grande me tomou que comecei a gargalhar com ele.

- Não posso – Shawn me encarou e eu o olhei com um ponto de interrogação enorme na face. – Também estou travado

Ficamos ali, feito dois idiotas rindo por um tempo, até que começamos a nadar para ver se esquentávamos. Nem demoramos muito, logo quando já estávamos flexíveis, saímos da água e eu fui correndo pegar meu moletom. Vestir a roupa molhada foi a pior coisa do mundo. A calça agarrava toda hora em minhas pernas o que não tornava nada agradável e muito menos sexy o modo como eu me contorcia toda para conseguir enfiar a vestimenta no corpo.

- Leah, temos que ir logo, acho que chegou alguém – Shawn encostou a mão na minha cintura, sussurrando enquanto olhava para os lados. Logo pegou a camisa do chão, colocando-a.

Droga. Podia ter deixado ai.

- Agora? JUSTO agora? – Meus olhos arregalaram e passaram de Shawn para minhas calças. Logo escutei a porta da frente da quadra se abrir. – Ah, mas que droga! – Resmunguei, pegando meu celular no bolso do jeans e colocando no bolso da blusa, deixando a calça no chão.

Olhei para Shawn e então, para a calça. Shawn fez um movimento com a cabeça indicando que não tinha outro jeito. Agradeci a Deus mentalmente por meu moletom ser grande o suficiente para cobrir minha bunda. Saímos correndo em direção a porta dos fundos. Continuamos correndo umas duas esquinas para frente, quando parei.

- Shawn, não posso sair andando pra rua assim, meu Deus – Comecei a rir – Perdi mais um sapato. Você vai ter que me reembolsar, cara.

- Eu te dou o dia mais divertido da sua vida e você quer que eu te reembolse? – Shawn fingiu estar chocado.

- Ué, não era eu quem vivia pedindo pra gente jogar basquete strip – Não sei da onde tirei essa palavra, só sei que vi as bochechas de Shawn se rosarem na hora, o que o fez virar a pessoa mais fofa do mundo. – Você vai ter que me carregar – Falei como se não houvesse mais nada que pudesse fazer.

Pulei em suas costas, agarrando em seu pescoço. – Mas assim vai aparecer mais a sua bunda, Leah – Shawn me segurou pelas pernas.

- Para de pensar na minha bunda e vai andando – Dei um tapa em seu ombro. – Ao infinito, e além! – Ergui os braços a frente do rosto dele, imitando o super-homem.

- Olha... – Shawn começou a andar. – Não quero estragar seu momento, mas você não esta fazendo isso certo... – Brincou.

Não falei mais nada, só ri e o abracei pelo pescoço de novo. Encostei meu nariz ali e me permiti sentir seu cheiro, fechei os olhos. Nós éramos certos um para o outro. Estava claro isso e não adiantava eu correr. De uma forma ou de outra, eu sempre terminaria com ele, ou pensando nele.  A gente se dava tão bem, que a única coisa que estava errada, era estarmos separados. E eu não queria mais fugir. Queria poder aproveitar aquilo que nós tínhamos, mesmo que isso me custasse sofrer depois. Não queria me preocupar com isso. Queria apenas poder estar ali, daquela forma com ele.

- Podíamos ir para o hotel de novo, né?! – Falei baixinho.

Shawn não respondeu. Apenas balançou a cabeça em um aceno. Neste momento, eu sabia que várias perguntas rondavam sua mente. Dava para ver pelo jeito tenso em que ele estava. Seus olhos mantinham-se firme a sua frente, estavam fixos em algo, mas pareciam não ver nada. Ficamos em silencio o caminho todo. Quando chegamos, o rapaz da recepção nos olhou com um sorriso. Parecia feliz em nos ver. O que me fez sorrir de volta para ele. Com toda certeza, agora ele devia imaginar que éramos apenas um casal aproveitando o máximo que conseguiríamos. Mal sabia ele, que aproveitar era o que eu menos fazia.

Mas isso estava prestes a mudar.

Subimos para o mesmo quarto e Shawn me pôs no chão assim que entramos. Ele entrou na minha frente, parando de costas pra mim. Eu entrei e fechei a porta. Estava pronta. Iria falar tudo que estava entalado na minha garganta.

- Shawn, eu queria... – Não consegui terminar, porque no momento em que comecei, ele se virou e me beijou.

Um beijo doce, pude sentir o amor sair de nós e nos envolver num abraço caloroso.

As mãos de Shawn foram para a lateral do meu rosto quando ele se afastou para me olhar. Ele me encarava de um modo que chegava a me doer o coração. E por um deslize, pude ver que ele estava impaciente, prestes a explodir.

- Leah – Disparou, na defensiva. – Eu sei que não posso te fazer entender o nosso último encontro. Mas eu não quero que seja daquele jeito. Eu aprendi... – Shawn pareceu voltar no tempo, como num flashback, franzindo o cenho, numa expressão de desgosto. – Eu aprendi que aquele não era o melhor jeito de deixar as coisas. Eu sou louco por você. E eu não quero que isso mude. Nunca quis te fazer sofrer, nunca, Leah. Eu só...

- Shhh – Levei o dedo aos lábios dele, o calando. – Não me importa, Shawn. – Sorri da mesma forma que minha mãe fazia quando queria me consolar. – Não importa se vou sofrer agora, ou depois que você se for. Eu não estou nem ai. Eu quero aproveitar enquanto posso ter você ao meu lado. E não quero perder essa oportunidade. Eu não quero deixar você ir do jeito que você foi. Não quero que você vá embora sem que eu tenha aproveitado cada segundo com você. Não quero deixar que isso tudo acabe, sem que eu lute.

Shawn relaxou. Seus olhos me encararam com um alivio tão grande que senti que um peso tinha sido tirado de suas costas. Podia ver ainda o roxo em seus olhos e alguns arranhões pelo rosto, mas ainda assim, ele continuava lindo. Meu coração ainda doía, toda vez em que eu olhava para ele.

Shawn me beijou novamente, e eu fui o empurrando até cairmos na cama.

Nunca, em toda a minha vida eu achei que amaria alguém, como eu o amava. No começo, achei que fosse apenas uma paquerinha de escola, desses em que a gente se apaixona pela primeira vez no colégio e acha que vai ser algo tão intenso que a gente não vai conseguir controlar. Desses em que a gente passa na frente da pessoa com as amigas dando risadinhas e esperando que ele realmente nos note. Mas o tempo passou e quando dei por mim, era mais do que isso. Era mais forte e maior que qualquer coisa que achávamos que podíamos lidar. Fomos amigos, por muito tempo e foi aquele tipo de amizade natural, mas que só de olhar para a pessoa você já sabia que seria reciproco e que só bastava coragem de uma das partes. A coragem demorou a partir, mas veio quando Shawn voltou para Pickering, depois de um tempo fora por causa do início da carreira.

Mas a verdade, é que não era apenas uma paquerinha de escola. Era, e é um amor, daqueles que te enche de certezas mas te cobre de dúvidas. Que dilacera, quase chega a matar. E não importava quanto tempo fosse passar, eu sabia que nunca iria morrer. Porque ele queima, como fogo. E nós sabíamos disso. E enquanto nos entregávamos a esse sentimento, ali, naquele quarto de hotel, nós entendíamos, que distancia era apenas um sinônimo diante de tudo aquilo que ainda tínhamos para viver. Entendíamos, que a partir de agora, teríamos de enfrentar nossos sentimentos ao invés de correr.

Como dizia um personagem de um dos meus livros favoritos: “Não dá para escolher se você vai ou não vai se ferir neste mundo, mas é possível escolher quem vai feri-lo”. Eu aceito as minhas escolhas. Espero que Shawn aceite as dele.


Notas Finais


Oi pitchulos ♥

Falei que ia voltar ontem e não voltei porque tava fazendo umas revisões...

Maaas, enfim, quem dera eu ser a Leah e poder ter esse ser maravilhoso só pra mim, ein?!

Espero que estejam gostando!


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