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História Never Forget You (HIATUS) - Chapter 9 - Talking About Feelings


Escrita por: Archie-sama

Notas do Autor


Olá! *^*


Então... Adiantei mais um capítulo! \o/

Obrigada por não me abandonarem, vocês são maravilhosos! <3 Finalmente estou começando a responder os comentários, então aguardem *--*

Enfim, boa leitura! <3

Capítulo 10 - Chapter 9 - Talking About Feelings


Fanfic / Fanfiction Never Forget You (HIATUS) - Chapter 9 - Talking About Feelings

Never Forget You

By: Archie-sama

Chapter 9 — Talking About Feelings

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Conversando sobre sentimentos

 

Quero saber a verdade, mas se enfrentar isso frente a frente, talvez nunca mais me recupere

Enquanto finjo que estou perdido, será que estou pensando em alguma coisa aqui

Depois da janela, ao prestar atenção, o tempo já tinha sorrateiramente passado

Aquilo, isto também, vai derretendo no fluxo da eternidade (...)

 

Ao mesmo tempo em que tento fazer com que acreditem em mim, com relação ao importante futuro

Desconfio, me silencio, só internamente as palavras vão se acumulando (...)

Na verdade, que está tudo bem mesmo sem você, é mentira

Só estava bancando o forte

Na verdade, quero compartilhar do mesmo "agora" com você

Hontou wa ne — Aqua Timez

 

 

Yukine estava preocupado com Yato. Geralmente, quando seu mestre sumia, ele procurava não mais se importar, para não ter nenhum tipo de sentimento negativo ou pensamentos errôneos que pudessem vir a causar algum mal ao deus. Porém, naquele dia em especial, ele estava bastante angustiado e apreensivo, tanto pelo fato de saber que Yato fora ver Hiyori sozinho — e ele podia muito bem dar um jeito de cortar os laços com ela sem precisar da sua ajuda — quanto pelo fato de que sentira... coisas em seu peito. Uma queimação lá em seu interior, seguida de uma dor indescritível que o deixara para baixo assim que se deu conta de que, realmente, era o que Yato estava sentindo. 

Tudo seria tão mais fácil se eles, habitantes da Margem Oposta — excluindo os Ayakashis, obviamente —, pudessem conviver com as pessoas do Reino Inferior que quisessem... Mas era impossível. Infelizmente tais envolvimentos só traziam problemas para os dois lados. Yato e Hiyori eram a prova viva disso. 

— Yukki? — os pensamentos do garoto foram interrompidos por Kofuku, que abrira a porta do quarto dele discretamente e agora o observava com cautela. Ele estava apoiado à única janela existente ali, olhando para fora distraidamente antes de ela aparecer. — Yato-chan ainda não voltou? — perguntou a deusa, embora já soubesse a resposta; sua expressão se transfigurando em preocupação. 

— Não. — Yukine respondeu, calmo, fitando a de cabelos róseos. — Acha que devo procurá-lo? — questionou-a, em dúvida. 

— Eu também estou preocupada, Yukki — confessou ela, finalmente se sentindo à vontade para adentrar o quarto —, mas acho que devemos dar um tempo a ele. Sabe, pra ele organizar os próprios sentimentos. 

— Eu sei — anuiu o loiro —, é só que... estou sentindo algo muito forte aqui. — Ele levou a mão direita ao peito e o apertou por cima da camisa. — Não queria que ele passasse por isso sozinho — disse com sinceridade, respirando fundo. Ele tinha que se tornar um Shinki realmente forte se quisesse conseguir suportar o peso e a intensidade das emoções de Yato. 

O rosto de Kofuku foi tomado por compreensão e ela se permitiu aproximar mais de Yukine, contemplando a mesma paisagem que ele através da janela. O sol estava alto no céu, indicando um dia caloroso pela frente. Normalmente a deusa da pobreza seria bem invasiva e entraria no quarto do garoto sem pestanejar, riria e o agarraria sem pensar duas vezes, no entanto, esse era um dos momentos os quais considerava delicados. Ainda por cima o assunto era Yato; não tinha como não ficar séria.

— Você já deve saber que Hiyorin é a primeira do Yato-chan, não é? — interpelou Kofuku, ainda olhando para o céu. 

— Primeira? — Yuki a encarou com curiosidade, sem realmente entender o que ela queria dizer. 

— Sim, a primeira garota do Yato-chan. A primeira paixão dele — explicou a deusa, com ar nostálgico. 

— De certa forma ela também foi minha primeira — segredou o moço, corando levemente e fazendo Kofuku rir de sua fofura. 

— Não, não, Yukki — ela discordou, balançando o dedo indicador negativamente, deixando o garoto ainda mais confuso. — O que você sentiu foi apenas desejo adolescente; aquele que sentimos quando estamos à flor da pele, entende? — a deusa gargalhou de leve, mirando Yukine com seus olhos lilases brilhando graciosamente. — Você teria sentido aquilo por qualquer garota que se aproximasse minimamente de você. — Esclareceu ela, fazendo com que Yukine se lembrasse subitamente, e sem querer, do beijo que Nora havia roubado dele e, consequentemente, da picada que dera em Yato por causa dela.

Era a mesma coisa... Mas perceber isso não o agradou nem um pouco, afinal, aquela era Nora! Nora, a Shinki corrompida! Nora, a ex-regalia prepotente de Yato! Nora, a louca que só causava problemas a eles! Sentir atração — ou "desejo adolescente", como Kofuku se referira — por ela era simplesmente inaceitável. Ela podia ser bonita como fosse — e ela realmente era, no melhor sentido da palavra. Parecia uma boneca de porcelana, a pele alva como a neve, e tinha aqueles cabelos curtos, os quais combinavam com ela, tão negros quanto a noite... Ninguém podia negar que a garota era bonita —, ainda assim, a ideia de que sentia algo por ela além de repulsa era um tanto quanto... bizarra. Fora de cogitação.

— Entendi... — o garotinho coçou a nuca, meio sem jeito, disfarçando seu descontentamento acerca do que acabara de ouvir e escondendo uma careta de insatisfação. 

— Não que eu esteja menosprezando seus sentimentos, Yukki — retratou-se a rosada, percebendo o desconforto do garoto com o que falara, a fim de que ele não se ofendesse e nem entendesse algo errado —, mas o que Yato-chan sente pela Hiyorin é algo bem mais forte e intenso. Ela não apenas é a primeira paixão, como também é o primeiro amor dele. E, sabe, deuses amam demais. — Ela asseverou, parecendo divagar sobre algo. — É por isso que está sendo tão difícil para ele lidar com tudo isso... O pensamento de que ele vai perdê-la é simplesmente devastador. — Kofuku voltou a olhar para o céu límpido, deixando escapar um sorriso melancólico à medida que algumas lembranças do passado a assaltavam. 

Ela sabia bem o que seu amigo de longa data estava sentindo; era a mesma coisa que sentira na pele há várias décadas. Entretanto, diferente dela, não existia algo forte o bastante que pudesse separar Yato de Hiyori. Se ele realmente quisesse, e estivesse disposto a arriscar várias coisas, poderia ter Hiyori para si e ninguém teria o direito de interferir, nem mesmo o céu ou o conselho de deuses. Yato podia fazer o que bem entendesse, tanto por ser um deus menor, desconhecido, quanto porque esse era seu jeito de ser: irremediável. Ninguém podia dizê-lo o que fazer, mas ele nunca faria algo que fosse muito arriscado para si mesmo ou para as pessoas ao redor. Tenjin havia dito algo decisivo a ele, dissera que envolver uma humana nos assuntos dos deuses seria prejudicial a ela, o que era bem verdade e todos sabiam disso. Yato não queria ignorar aquilo. Ele estava somente pensando no bem de Hiyori e descartando os próprios sentimentos da jogada. Tudo por ela. 

— Eu entendo. — Yukine disse, dessa vez com mais firmeza. — Eu só espero que tudo acabe bem... — expressou seu desejo, o céu novamente atraindo sua atenção.

— Vai dar tudo certo, você vai ver. — A deusa lhe sorriu bonito, o encorajando a acreditar em suas palavras. — Vamos apenas apoiá-lo, certo, Yukki? É disso que ele mais precisa no momento... Ele precisa que acreditemos nele. 

— Tudo bem — o loirinho aquiesceu, sério. — Eu farei de tudo pelo meu mestre. — Foi o que ele garantiu à Binbougami, que sorriu mais abertamente e assentiu, orgulhosa do garoto. 

— Vamos esperar por ele! Ele vai aparecer. — Ela o lançou uma piscadela, marota. — Então eu vou indo. Apresse-se e vá se organizar, Yukki. Daqui a pouco iremos abrir a loja.

— Hai! — Yukine concordou, vendo a deusa da má sorte afastar-se após tocar seu ombro, como uma despedida. O rapaz estava ansioso para comprar roupas novas. O dinheiro que ganhava em seu trabalho de meio-expediente realmente era de grande ajuda. Naquele dia, usaria o trabalho como distração para não pensar tanto na situação de Yato e Hiyori. 

Após sair do quarto, Kofuku fechou a porta e encostou as costas a ela, encarando um ponto qualquer no chão e suspirando, deixando transparecer a tristeza que não deixara antes. 

— Estava pensando nele? — a rosada levou um susto ao ouvir aquela voz grossa falar consigo e levantou a cabeça, olhando para o lado e avistando Daikoku, o qual repousava o dorso na parede logo ao seu lado, com os braços fortes cruzados e um olhar sério no rosto. 

— Ah, Daikoku! — a deusa riu, tentando disfarçar e desviar do assunto. — Há quanto tempo está aí? — indagou com seu jeito inocente, mas ele nada respondeu. — Não me diga que estava aí o tempo todo! Que coisa mais feia escutar atrás da porta, Daikokuuu — ela ralhou com ele, fazendo manha e colocando um biquinho emburrado na face. A regalia apenas suspirou.

— Sim, eu estava aqui o tempo todo, mas não tente mudar de assunto, Kofuku! — Daikoku brigou, fazendo com que a deusa ficasse ainda mais emburrada e cruzasse os braços, além de ter as bochechas infladas. — Vamos, me responda — ele pediu —, você estava pensando nele, não estava? 

— Sim, estava, mas não foi como da outra vez. — Kofuku retrucou. — Agora eu consegui me controlar. 

— É mesmo tão difícil assim, para um deus, enterrar memórias do passado? — indagou o Shinki, parecendo chateado. A deusa apenas sorriu melancolicamente outra vez, sem olhá-lo. 

— Sinto muito por te preocupar — a mulher falou, com sinceridade. 

— Você ainda o ama, minha deusa? — arguiu ele, pegando-a de surpresa. 

— Você sabe que não, Daikoku! 

— Então por que fica tão triste quando se lembra dele? Ficar triste pelos cantos não é de seu feitio. — Ele começou a pressioná-la. — Você não é assim.

— Porque é frustrante! — ela finalmente se expôs, chorosa, aumentando o tom de voz. — É frustrante lembrar que eu o tinha bem na minha frente e mesmo assim não pude fazer nada! 

— Apenas isso? — Kokki perguntou, alguma coisa implícita em sua voz. — Realmente não o ama mais? — foi essa pergunta que fez com que Kofuku deixasse de lado seus pensamentos tristes e percebesse aonde sua regalia queria chegar. Ela parou, piscou algumas vezes e do nada se pôs a gargalhar. — O que foi?! — dessa vez era Daikoku quem estava carrancudo.

— Você está com ciúmes, Dai-ko-ku?! — a de cabelos róseos encarou-o, rindo maliciosamente.

— O quê?! Mas é claro que não! — ele negou veementemente, vermelho e embaraçado. 

— Nyaaah! Eu amo você, Daikoku, seu bobo!! — a deusa pulou no pescoço do homem, alvoroçada e rindo alegremente, fazendo com que os dois caíssem no chão. 

— Eu não disse nada — ele desconversou, levemente rubro, enquanto a mulher esfregava a bochecha na dele e ele tinha as mãos repousadas na cintura dela. Kofuku realmente parecia não mais nutrir sentimentos por Shibuya Takashi, o que para Daikoku era um alívio. Sabia que ela se entristecia pelo que ocorrera no passado e  isso era inevitável, no entanto, não deixaria jamais que aquilo viesse a causá-la problemas. Iria proteger sua mestra custe o que custasse. 

— Eu sou sua deusa! — afirmou ela, rindo e dando um beijo estalado na bochecha de Kuro, que relaxou os ombros e se permitiu rir junto a ela. Afinal, quando se tratava de Kofuku, ele não tinha muito com o que se preocupar. Ela por si só jogava suas inseguranças bem longe. Eles estavam ali juntos e tinham um ao outro para o que quer que fosse. Para cuidar, amar, compartilhar as dores e curar as feridas... Sempre. No fim, Kofuku sempre iria escolher Daikoku. E vice-versa.

— Sim, só minha.


Notas Finais


Sooo... O que acharam? Foi pequeno, não teve Yatori, mas teve Norakine implícito e uma pitada de Daifuku, porque eu shippo e ninguém pode me impedir! ASHUASHAUSHAUSHUA Sorry pra quem não gosta. Mas acreditem, eu coloquei também porque o tal Shibuya Takashi vai aparecer futuramente na fanfic e vai ser t-r-e-t-a! Kasjkakskaks Quem não gosta de treta? Eu adoro *aquela carinha*. Além do mais, sei que tem gente curiosa pra descobrir o que realmente aconteceu no passado da Kofuku.

No próximo eu compenso vocês, juro! ❤

Ah, e eu postei uma fanfic nova, do anime Free! Casal HaruGou. Deem uma olhadinha lá, se gostarem ;)

Muitos beijos :3

~Archie-sama❤


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