História Never let me go - Uma tortada não faz mal a ninguém

No outro dia, eu e Gumball saímos juntos para ir a escola, desta vez sem brigas ou tapas.
-Hoje vai ser um dia complicado- Reclamou Buba assim que entramos na escola- Você brigou com Fionna, né?
-Quem é Fionna?- Me fingi de desentendido para faze-lo rir.
Falando no diabo...
Ela passou por perto, observando-nos com um olhar mortífero.
-Ah...Gumball, eu te amo- Atuei para faze-la ficar com raiva- Você é o homem da minha vida.
Ouvi um xingamento baixo por autoria dela, mas posteriormente só consegui visualizar seus passos pesados se dissipando para longe de nós.
-Vamos para a aula?- Perguntei quando ela finalmente se foi.
Gumball tentou, em vão, segurar a risada, mas concordou com a cabeça mesmo assim.
Nós caminhamos para a sala juntos, discutindo sobre algumas coisas que combinamos, e parecia quase impossível um encontro ser marcado.
-Hum...sábado?- Perguntei meio hesitante.
-Não vai dar, vou ter que ir visitar minha prima, ela ficou doente, sabe?
Eu não estava gostando nada desse papo de prima.
-Que prima?- Perguntei desconfiado- Você nunca falou de nenhuma prima pra mim.
Ele me deu um sorriso caloroso e passou um dos seus braços pelo meu pescoço, completamente satisfeito e radiante.
-Ciumes?- Perguntou sorridente.
-N-não...- Respondi corado.
Assim que finalmente chegamos na sala, obriguei-me a trocar de lugar, já que o antigo ficava muito perto de um certo entulho que era difícil de evitar. O Gumball, mesmo sabendo das normas da escola, não questionou minha vontade e aproveitou para sentar do meu lado, para assim ficarmos juntos até na hora da aula.
O dia passou rápido, mas bastante problemático.
Fionna nos seguia por tudo que era corredor, e parecia estar nos espionando até na hora do almoço, mas mostrou seu rosto quando chegou no final das aulas.
Assim que acabou todas as aulas, um cartaz claramente chamativo e visível foi pendurado no pátio da escola, deixando murmúrios soltarem a solta.
"Existe coisa mais nojenta que isso?" com uma foto enorme de nós dois numa praça Qualquer.
Ok, agora ela se superou.
Risadas foram escutadas por trás de mim, mas eu só consegui dizer:
-Gumball, me espera aqui.
Ele concordou confuso e preocupado com a cabeça, mas obedeceu sabiamente.
Sai daquele amontoado de gente e parti para a cantina, onde coloquei rapidamente o dinheiro sobre o balcão, na frente dos olhos da moça que nos dava de comer.
-A maior torta que você tiver, por favor.
Ela, ao olhar para o dinheiro que coloquei sobre o balcão, pegou rapidamente uma torta de chocolate com recheio de baunilha por cima, mais ou menos um pouco maior que a minha cabeça.
-Obrigada- Agradeci já tirando da embalagem e correndo para o pátio.
Fionna estava gritando algumas coisas idiotas sobre o meu respeito, mas esperei até ela começar a xingar de verdade.
Cheguei por trás da mesma, e antes que ela tivesse tomado conta, meti toda a torta na cara dela, com pudor e sem piedade alguma.
-Quem acreditar nessa foto ridícula que está nesse cartaz vai ser chamado de viado o ano inteiro por mim, e as garotas que também criaram um julgamento inapropriado, crendo nessa imagem, será chamada de sapatão pelo mesmo período de tempo- Expliquei esfregando com raiva a torta na cara dela, até ficar satisfeito com o urro asmático que ela deu, dando a entender que já estava sem ar.
Larguei com displicência a torta, deixando-a cair, revelando a grande cara de idiota que Fionna deixou como expressão, toda lambuzada e cheirando a chocolate com baunilha.
As pessoas ao redor riram da cara de Fionna, e em segundos, esqueceram  completamente daquele cartaz ridículo, que foi rasgado por Gumball segundos depois.
-Nunca imaginei que você fosse tão podre- Reclamou Árduo, Fp- Nunca mais quero falar com você, nem ver a sua cara.
E lá ela ficou, completamente sem chão ou nexo.