Ela me abraçou forte e eu retribuí
Dipper: como assim?
Pacífica: eu acabei de receber uma ligação da minha vó - Disse ela, chorando. - Ela foi visitar ele e chegando lá ele estava jogado no chão, com uma carta do lado.
Dipper: você sabe o que estava escrito?
Pacífica: não, ela vai levar no enterro pra eu ler. A morte foi por ataque cardíaco. - Ela me apertou forte e desabou mais ainda.
Teria isso sido por causa do Bill? Não tem como confirmar. Por enquanto vou esperar a poeira baixar e começar a investigar.
Dipper: quando vai ser o enterro?
Pacífica: amanhã, mas eu não quero ir.
Dipper: você prefere nunca ficar sabendo? Ele iria querer que você fosse. Eu sei que é difícil mas o certo a se fazer é ir.
Pacífica: não, você não sabe como é. Você nunca perdeu os pais.
Dipper: Sim, mas eu já perdi várias pessoas próximas, é difícil, mas eu preferi não morrer sentindo culpa por nunca ter aparecido. Eu vou com você, ok? - Ela enxugou as lágrimas e me soltou.
Pacífica: o enterro vai ser fora de gravity falls, em uma cidade próxima. Por hoje eu preciso ficar sozinha, preciso pensar um pouco.
Dipper: ok, eu vou pra sala.
Não iria acordar a Mabel naquela hora. Pra falar a verdade, eu não vi ela depois de hoje de manhã. Peguei o tal livro misterioso e fui pra sala. Chegando lá eu puxei uma cadeira e sentei.
Dipper: vamos ver o qual é a desse livro.
Primeira página
aqueles que lerem desse livro serão amaldiçoados a passar a vida com ele, só sendo liberto depois da morte. É estritamente proibido qualquer técnica de destruição, isso ira lhe levar para morte.
ESSE LIVRO PERTENCE A... - A página estava rasgada, mas lembrei que Bill tinha falado alguma coisa. Acho que era merlin. Não importa, não vou passar outro verão tentando descobrir quem é o autor.
comecei a ler o prólogo do tal livro, e era bem grande, e quanto mais eu lia maior o livro ia ficando, podia ser apenas uma das magias, ou meu sono está pregando peças em mim. Meus olhos começaram a pesar, e eu adormeci.
amanhã é um outro dia
Acordei com a Mabel me chamando na cozinha, ela parecia aflita.
Mabel: ei, eu fiquei sabendo sobre o pai da Pacífica. Você vai levar ela no enterro?
Dipper: sim, porque?
Mabel: posso ir com vocês? não pro enterro, pra a tal outra cidade. Aconteceu umas brigas com o Gideon e eu sei que ele vai vir aqui se desculpar, mas eu não to afim.
Dipper: tá, mas aparece na frente da funerária antes do final do enterro, se não eu te deixo lá. - Falei rindo, ela riu junto. Eu sei que não era pra eu estar rindo, mas eu acordei de bom humor. - A propósito, você sabe onde a pacífica está?
Mabel: ela saiu pra comer. - quando olhei pro meu relógio, já era quase meio dia.
Dipper: merda, dormi demais. Você já almoçou?
Mabel: não, vou comer uma comida de microondas.
Dipper: faz uma pra mim também.
E assim eu passei meu almoço com a Mabel. Eu sentia saudade desses momentos, de quando fazíamos coisas em dupla, como almoçar assistindo uma série na tv e conversando. Quando deu meio dia e meia a Pacífica apareceu, seu olhar era vazio, sem esperanças. Eu abracei ela e ela beijou minha bochecha, todos nós fomos nos trocar e descemos pra ir pro enterro. A cidade não era tão longe, uma hora de viagem, e sabe naqueles filmes tristes, que antes do enterro começava a chover? não foi diferente. Durante o enterro a Pacífica não parava de olhar pros lados procurando a mãe, ela chorava muito, e às vezes vinha na minha direção pra chorar no meu peito abraçada.
No fim do enterro, um senhor veio falar com a gente.
???: Olá, eu sou o advogado do seu pai, meu nome é Marshall Eriksen. Vim aqui para falar sobre a herança.
Pacífica: que herança?
Marshall: seu pai deixou uma casa de praia no valor de $20.000
naquela hora, pacífica ficou boquiaberta.
Pacífica: de onde ele arrumou esse dinheiro?
marshall: então, ele pediu pra eu lhe contar, depois de vocês faliram, ele usou parte do dinheiro do banco para comprar seus remédios e outra parte para o aluguel da casa certo? A casa tinha um preço mais barato do que ele pagava. O dinheiro a mais vinha para mim, e eu paguei prestação por prestação. Agora que ele veio a óbito, a casa passa pro seu nome.
Pacífica: mas ela está toda paga?
Marshall: Sim, com o óbito dele, todo dinheiro da conta foi usado para pagar a casa.
Pacífica: então...eu agora tenho uma casa de praia?
Marshall: basicamente sim, vamos marcar um dia pra você assinar toda a papelada e a casa será sua.
depois deles trocarem contato, nós nos afastamos e começamos a conversar.
Dipper: agora você tem uma casa pra morar.
Pacífica: é muito longe de Gravity Falls, minha vida toda está lá. Eu acho que vou vender ou alugar e com o dinheiro vou comprar uma casa.
Dipper: mas antes não quer ver como ela é?
Pacífica: sim...quando isso tudo passar a gente vai lá. Agora preciso me recuperar dessa perda.
Era muito difícil conversar com a Pacífica agora, parece que ela perdeu a vontade de fazer tudo. Depois do enterro, a chuva estava muito forte. Quando encontrei a Mabel, avisei que íamos dormir em um hotel, por sorte, tinha um hotel na região.
Mabel ficou em um quarto separado. enquanto eu e Pacifica dividimos um quarto de casal.
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