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História Never Really Gone - Achei Que Ela Nunca Voltaria


Escrita por: LStilinski

Notas do Autor


HOLA!! Pois é, voltei com mais uma fic (aeeeee!) Fiquei animada depois que postei TC, resolvi começar outra fic porque eu adoro vocês :) MAS, essa história também é uma comemoração ao começo da sexta temporada (que eu vou assistir assim que postar esse capítulo, que deus me ajude), que promete muuuuito Stydia para nossos corações.

Espero que gostem, até o próximo capítulo ;)

Capítulo 1 - Achei Que Ela Nunca Voltaria


Fanfic / Fanfiction Never Really Gone - Achei Que Ela Nunca Voltaria

Durante muito tempo, o maior sonho de Lydia era voltar para casa.

Ela esperava pelo momento que seu pai entraria em seu quarto e diria “faça as malas, estamos indo embora”.  Lydia achava que nunca poderia se acostumar a viver numa cidade grande como Nova York. Beacon Hills não era uma cidadezinha pacata nem nada disso, mas não se comparava com a grande metrópole. Quando foi arrastada para longe por seus pais, ela achava que nunca iria parar de sentir saudades, que passaria cada segundo de sua vida pensando em voltar para a cidade natal. Secretamente jurou nunca chamar sua nova casa de lar.

Mal sabia ela que o tempo sempre muda tudo.

O tempo passou e a vida que tinha em Beacon Hills ficou no passado. A saudade dos seus amigos, que antes a sufocava e a fazia implorar para voltar, foi sumindo aos poucos, até que as antigas amizades ocuparam um espaço cada vez menor em sua memória. Ela não era mais a Lydia de onze anos, eternamente chateada com seus pais. Estava mais velha, havia mudado e aceitado sua nova vida sem nem mesmo perceber.

Por isso que, sete anos após ter se mudado para Nova York, Lydia não se sentiu animada a voltar para Beacon Hills. Pelo contrário; era o pesadelo acontecendo novamente. Por causa de um divórcio complicado, e o envolvimento da mídia, ela teria que dizer adeus para todos seus novos amigos, a tudo que havia construído. Teria que dizer adeus a tudo que tinha, justamente no seu último ano de colégio. Lydia não aceitava que seus pais estavam realmente fazendo-a passar por tudo isso de novo, mas sabia que eles queriam o melhor para ela.

No pequeno aeroporto de Beacon Hills, Lydia mordia o lábio nervosamente enquanto esperava sua tia Mônica, com quem agora moraria já que sua antiga casa foi vendida. Mexia na alça da sua bolsa, checava as horas no celular, olhava ao seu redor. Estava na cidade havia menos de duas horas e já contava as horas para voltar para casa. Ali, ela era uma estranha. Nos sete anos que ficou fora, deve ter sumido da mente de todos que a conheciam. Em Nova York ela era conhecida e respeitada por todos onde estudava. Havia construído uma reputação e subido na escala de popularidade, conquistando sua versão do posto de rainha.

É só um ano, Lydia, ela repetia para si mesma. Só um ano.

- Lydia! – A garota virou a cabeça ao ouvir seu nome ser chamado, e avistou sua tia vindo em sua direção, acenando. Ela sorriu e levantou-se.

- Oi tia Mônica – ela disse, nem de longe tão animada quanto á mulher.

- Olha só para você, tão crescida! – Mônica a envolveu em um abraço apertado e demorado, o qual Lydia tentou retribuir com o mínimo de entusiasmo.  – Ah, você deve estar exausta! E aposto que está super ansiosa para ver seu novo quarto. Vamos, vamos.

Mônica saiu na frente, empurrando o carrinho com as malas, e Lydia foi atrás, arrastando os pés. Durante o trajeto no carro, a garota olhava pela janela e ás vezes assentia com a cabeça, fingindo estar ouvindo a história que a tia contava. Será que sua falta de interesse não estava evidente?

Lydia foi atingida por uma sensação de nostalgia enquanto passavam pelas ruas da sua cidade natal. Era como se um filme da sua infância passasse diante dos seus olhos, e ela não pode evitar sorrir ao lembrar-se de momentos que havia passado no pequeno parque onde encontrava os amigos depois da escola, ou na loja de conveniências onde compravam lanches para as maratonas de filmes que costumavam fazer.

- Chegamos! – Mônica anunciou, tirando Lydia de seus devaneios.

Haviam estacionado em frente a uma casa pequena, de dois andares, com um pequeno gramado antes da porta da frente. Ela ajudou a tirar duas grandes malas do carro e a levá-las para dentro da casa. O lado de dentro era simples e confortável, com os móveis de madeira escura e as paredes cobertas de quadros e fotografias. Carregaram as malas para o andar de cima, e Mônica a lançou um olhar animado antes de abrir a porta do quarto onde a garota ficaria.

- Este é o quarto de hóspedes, que eu usava como depósito de... Bem, de um monte de porcarias. Metade das coisas que eu guardava aqui foi para o lixo. – Ela deu uma risada. – Eu dei uma arrumada... Você pode decorar como quiser, é claro. É seu quarto, afinal.

Lydia assentiu, olhando o quarto. Fora a cama, coberta por uma colcha lilás, o armário, uma escrivaninha e uma cadeira, o quarto estava vazio. As paredes tinham um tom creme desbotado, o chão de madeira estava manchado e marcado.

- Obrigada, está perfeito - ela mentiu, quando na verdade queria sair correndo e pegar o primeiro vôo de volta para casa, para seu closet espaçoso, para seu quarto cuidadosamente decorado do seu jeito. Nada ali tinha sua cara, nem mesmo a cidade pequena se encaixava mais no seu estilo de vida.

Mônica sorriu, satisfeita.

- Ok, então vou deixar... Ah, antes que eu me esqueça, sua matrícula no colégio já está feita, você pode começar a ir semana que vem. – Lydia concordou com a cabeça, sentindo-se enjoada. – Agora vou deixar você descansar. Se precisar de algo, estou lá embaixo, ok?

A garota balançou a cabeça de novo. Mônica deu um beijo em sua cabeça e saiu do quarto, fechando a porta. Assim que se encontrou sozinha, Lydia afundou na cama, cobrindo o rosto com as mãos. Havia evitado o máximo que podia pensar sobre sua volta a Beacon Hills High School, mais de um mês depois do início das aulas. Andar por aqueles corredores, talvez encontrar as mesmas pessoas com quem estudou na infância... Ela não estava pronta para isso. Seu estômago dava voltas, reagindo a uma mistura de medo e ansiedade que sentira poucas vezes em sua vida.

Lydia tinha medo de ficar sozinha. Era por isso que se esforçava tanto para preservar sua popularidade: precisava manter seus amigos – embora não pudesse chamar mais da metade deles por esse nome - por perto. Gostava das distrações que vinham com o público, a única forma de fugir dos pais sempre ausentes. Em Beacon Hills, ela não tinha amigos. Os que costumava ter talvez nem a reconhecessem mais. Talvez nem lembrassem mais dela, talvez não a quisessem de volta. Aquele ano poderia ser horrível de tantas maneiras que Lydia perdia o ar.

Ela deitou na cama e colocou o travesseiro sobre a cabeça. Era uma quinta-feira, então ela teria alguns dias para se preparar para voltar ás aulas. Ou talvez para montar um plano para voltar para casa.

Xxxx

- Stiles, vá com calma – disse Allison, assistindo, horrorizada, enquanto o amigo se empanturrava com batatas fritas.

- Foi mal, estou com fome– ele disse com a boca cheia. – E isso aqui está tão bom.

- Não está tão bom assim, é só sua fome – disse Malia, puxando o prato para longe do namorado. Stiles começou a protestar, mas ela apenas empurrou sua lata de refrigerante para perto dele. – Mastigue primeiro.

Stiles fez uma careta para a namorada antes de colocar o canudo na boca; Malia apenas riu e o cutucou com o cotovelo. Neste momento, Scott senta-se ao lado de Allison, com os olhos arregalados e um sorriso incrédulo no rosto.

- O que foi? – perguntou Allison, preocupada.

- Eu estava falando com minha mãe no telefone – ele disse. – Vocês não vão acreditar no que ela me disse.

- Nunca tivemos motivos para duvidar de sua mãe, Scott – comentou Stiles.

- É só um jeito de falar... Ah, enfim, - ele continuou, ignorando a provocação do amigo. – Lydia está de volta.

Pego de surpresa, Stiles cuspiu todo o refrigerante que tinha na boca, Infelizmente, Scott estava sentado bem na sua frente, ficou encharcado com a bebida.

- Valeu, cara – ele murmurou, enxugando o rosto com um guardanapo.

- Lydia... Martin? – Allison perguntou, tossindo, engasgada com algo que comia. - Nossa Lydia?

- Quem é Lydia? – perguntou Malia.

- Ela mesma. Minha mãe trabalha com a tia dela, parece que ela vai passar o ano aqui em Beacon Hills.

Allison recostou-se na cadeira, sorrindo impressionada.

- Isso é... uau.

- Não é? Achei que ela nunca voltaria – Scott concordou, sorrindo também. - Faz quantos anos, cinco?

- Sete. – A morena olhou ao redor da mesa onde estavam, procurando a amiga. – Ela não está aqui hoje, está?

- Não, ela volta para a escola na segunda.

- Quem é Lydia? – Malia perguntou mais alto.

- Ela era... Ela é uma amiga nossa que se mudou para Nova York – respondeu Allison, animada. – Não acredito que ela está de volta, senti falta dela.

- Eu também – disse Scott. – Lembra daquelas maratonas loucas de filmes que a gente fazia na casa dela?

Allison riu.

- Stiles sempre comia tudo. Lembra, Stiles?

O garoto obviamente não prestava atenção na conversa. Encarava a mesma com olhos ligeiramente arregalados e o rosto pálido. Levantou a cabeça quando percebeu que todos na mesa olhavam para ele.

- O que? – perguntou.

- Você está bem? – Malia perguntou, colocando a mão em seu braço.

- Sim... Sim, estou bem, – respondeu rapidamente. –Eu só fui... pego de surpresa, só isso.

- Hm... Ok – disse Malia, ainda olhando-o com suspeita.

- Eu, ahn... Preciso ir ao banheiro. Vejo vocês na aula. – Sem esperar uma resposta, levantou-se e saiu do refeitório.

Com passos largos, Stiles andou até o banheiro. Parou em frente a uma das pias e lavou o rosto com a água fria, para recompor-se. Levantou os olhos para o espelho e viu que a surpresa ainda estava evidente em seu rosto. Claro que estava; aquele era o dia que ele nunca esperava que chegasse. Ele havia dito adeus para Lydia Martin. Havia aceitado que ela só faria parte de sua memória, e não mais da sua vida. Havia superado, se curado, seguido em frente. Agora, lá estava ela, prometendo desenterrar tudo que Stiles levara meses e anos para enterrar. Prometendo fazê-lo sentir tudo que ele adorava e odiava sentir.

Stiles tinha medo de não ser forte o suficiente para impedi-la. Porque ela não precisava fazer nada; apenas o fato dela estar ali já fazia um estrago enorme.

- Puta merda – murmurou. 



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