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História Never Really Gone - Foi Ela Quem Te Fez Mudar Tanto


Escrita por: LStilinski

Notas do Autor


HELLO :) Quarta feira, ó quarta feira... um belo dia, sempre hehe
BEIJO PARA TODOS QUE FAVORITARAM/COMENTARAM AQUI ADORO VOCÊS <3
Comentários sobre o ep lá embaixo, boa leituraa!

Capítulo 11 - Foi Ela Quem Te Fez Mudar Tanto


Fanfic / Fanfiction Never Really Gone - Foi Ela Quem Te Fez Mudar Tanto

Stiles imediatamente desejou ter pensado duas vezes antes de atacar Theo.

No momento em que os músculos do outro garoto foram para cima dele, não importava mais se Stiles queria brigar ou não; a opção de não apelar para a violência fora jogada pela janela, e agora ele precisava se defender. O punho de Theo fez contato com seu rosto, e por um minuto ele pensou que sua cabeça fosse se desfazer em pedaços. Cambaleou um pouco para trás, mas recuperou o equilíbrio e nem esperou que sua visão borrada voltasse ao normal antes de segurar o garoto pela camisa e dar-lhe uma versão bem mais fraca do soco que recebera.

Stiles não percebeu o círculo de pessoas se formando ao seu redor, não ouvia os gritos. Não ligava se aquela era sua primeira briga, não sentia a dor dos golpes. Adrenalina corria pelas suas veias; ele era guiado por sua raiva.

Theo avançou e os dois caíram no chão. O ar fugiu dos seus pulmões ao chocar-se contra a superfície dura, mas Stiles continuou atacando. Enterrou seu cotovelo com toda a força nas costelas do garoto, que grunhiu de dor e revidou com outro soco, e outro. Usando o pouco de força que lhe restava, Stiles conseguiu mudar de posição e posicionar-se em cima de Theo, descontando toda a raiva que guardara no rosto do garoto.

De repente, foi forçado a se levantar. Stiles debateu-se para se libertar, mas um braço posto ao redor do seu pescoço o obrigava a se manter parado. Outro caras também levantaram Theo, que lutava para voltar a atacar Stiles.

- Ei, pode parar! Que porra é essa!? – berrou Derek, estudante do último ano e anfitrião da festa. –  Os dois para fora antes que eu chame a polícia!

- Ele veio para cima de mim! – defendeu-se Theo, limpando o sangue da boca com as costas da mão. – Eu nem conheço esse otário!

- Eu não quero saber quem começou, eu quero os dois fora daqui!

Stiles debateu-se mais uma vez e os braços estranhos o libertaram. Olhou para Theo mais uma vez e saiu sem dizer uma palavra, empurrando as pessoas para fora do seu caminho até finalmente conseguir sair da casa. Não quis parar procurar os amigos; eles iriam ficar sabendo do que aconteceu, todo mundo ia. E agora que a adrenalina fora queimada, Stiles começava a sentir os efeitos da briga. A dor e o cansaço o atingiram como um soco extra, e tudo que ele queria era ir para casa.

Entrou em um taxi, disse seu endereço ao motorista e afundou no banco, pressionando a camisa no nariz que sangrava e fechando os olhos. Chegando em frente á sua casa, pagou pela corrida e arrastou-se para fora. Algumas luzes estavam acesas, o que significava que seu pai estava em casa. Stiles suspirou e destrancou a porta da frente.

- Stiles? – A voz do pai veio da cozinha. – Achei que chegaria mais tarde.

- É, eu também – disse, suspirando novamente e indo para onde o pai estava. O sermão do xerife viria mais cedo ou mais tarde, então ele preferia encará-lo de vez e acabar de vez com a noite. O homem estava de costas preparando um sanduíche, e o garoto desabou em uma das cadeiras, sentindo-se exausto.

- Está com fome? Posso preparar um para você... – O xerife parou de falar no momento em que se virou e olhou para o estado do filho. – Jesus, o que aconteceu com você?

- Tenho quase certeza que ele morreu na cruz – murmurou o menino, incapaz de impedir o comentário de sair. Seu pai não riu.

- Stiles – ele o repreendeu. Aproximou-se do filho, colocando o prato em cima da mesa. Segurou-o pelo queixo e ergueu sua cabeça para botar ter uma visão melhor do rosto machucado do garoto. Balançou a cabeça, soltando-o.  – O que aconteceu?

- Me meti numa briga – respondeu.

- Uma briga? – perguntou Noah, pegando gelo no freezer e o envolvendo numa toalha. – Desde quando você sai se metendo em brigas?

- Bem, fui eu quem começou, então foi meio difícil não me meter – disse Stiles, fazendo uma careta quando o pai pressionou o gelo em seu rosto.

- O que deu em você? – o xerife perguntou, colocando uma cadeira em frente ao filho. – Achei que você fosse mais esperto do que sair procurando briga por aí.

- Eu não saí procurando... ugh – gemeu, cansado demais para terminar a frase. – Acredite em mim, eu sei que agi como um idiota. Eu não estava... pensando direito.

- Que bom que sabe disso. Agora me diga por que fez isso.

Stiles suspirou, fechando os olhos. Desejou não ter escolhido encarar o pai naquela noite, que parecia estar sendo feita de arrependimento atrás de arrependimento. Estava cansado, dolorido e chateado consigo mesmo. Queria tomar um banho, ir dormir e só ter que encarar os machucados e as consequências dos seus atos no dia seguinte.

- Pai, podemos falar sobre isso amanhã? Eu realmente...

- Não podemos não – ele o interrompeu, reclinando-se na cadeira e cruzando os braços no peito. – Estou escutando.

Stiles respirou fundo, sabendo que agora não seria possível fazer o pai desistir da conversa, e contou o que aconteceu, desde o caso entre Malia e Theo, até o envolvimento do garoto com Lydia, e a traição na festa. Para ele, não era estranho, nem embaraçoso, contar sobre sua vida deste jeito para o pai. A mãe de Stiles morreu quando ele era muito novo, e os dois tiveram tempo para se acostumar a ter um ao outro, não só como pai e filho, mas como amigos.

- Então você atacou esse Theo por ciúmes – disse Noah. – Aí está uma coisa que eu não esperava.

- Não, eu ataquei Theo porque ele estava traindo Lydia – esclareceu Stiles. – Eu gostaria que as pessoas parassem de achar que eu estou com ciúmes.

O xerife deu de ombros.

- Para mim pareceu que você começou a briga porque, além de não aceitar que Lydia fique com outro garoto, achou um absurdo que ele se interesse por outra menina quando tem Lydia.

Stiles encarou o pai, piscando, sem palavras. Não tinha pensado naquela possibilidade... E teve medo ao perceber que o pai talvez tivesse razão. Não queria ter ciúmes de Lydia, por isso acabara privando a si mesmo da verdade. Não podia sentir ciúmes de Lydia.

- Não estou com ciúmes de Lydia – disse o garoto, encarando suas mãos machucadas. – Eu estava defendendo uma amiga, isso não é ciúme.

- Sabe, quando vocês eram pequenos, você defendia Lydia de tudo. – disse o xerife. - Sempre que ela fazia algo errado, você aparecia com uma desculpa. E se esforçava mais para agradá-la do que para fazer o próprio dever de casa.

- Um cavalheiro desde criança, você devia se orgulhar.

- Nós dois sabemos que não era só cavalheirismo. – Stiles ergueu a cabeça rapidamente ao ouvir as palavras do pai, que o olhava como se soubesse seu maior segredo, erguendo uma sobrancelha. – Você a seguia como um escudeiro, e ficou completamente destruído quando ela foi embora. Não precisa ser um gênio para perceber que você não gostava dela só como amigo.

- Isso foi há muito tempo – disse o garoto. Ele não ficou tão surpreso ao saber que o pai estava ciente do que ele sentia por Lydia; nunca fez um trabalho muito bom escondendo isso. Mas gostaria que todos se esquecessem disso, como ele havia feito. – Não significa mais nada.

- Tem certeza? – O xerife o olhou como se duvidasse.

- Absoluta. Eu demorei em superar o que sentia por Lydia, mas isso tinha que acontecer um dia. E aconteceu. Não sinto mais nada por ela, além de amizade. – Stiles levantou-se antes que o pai insistisse na conversa, que o cansava mais ainda. – Dito isso, eu vou dormir. Boa noite.

Stiles subiu até o seu quarto, onde pegou roupas limpas e confortáveis, e foi ao banheiro. Tomou um banho morno, que ajudou um pouco com a dor e vestiu-se. Evitando olhar-se no espelho, escovou os dentes e voltou para o quarto, jogando-se na cama e adormecendo quase imediatamente.

Na manhã seguinte, ele quase não conseguiu levantar. Sentia dor nos braços, nas costelas, e principalmente no rosto. Sentou-se, gemendo, e respirou fundo. Lá estavam as consequências, aparecendo para dar bom-dia.

- Você é muito burro – murmurou a sim mesmo, fazendo careta ao jogar as pernas para fora da cama e levantar-se. Arrastou-se até o banheiro, indo até a pia e finalmente vendo seu reflexo no espelho. – Ah, puta que pariu.

Seu lábio inferior estava cortado e levemente inchado. Um machucado vermelho escuro coloria a maçã do seu rosto, assim como seu olho direito, que não abria totalmente. Seu rosto estava uma bagunça; levaria semanas até que voltasse ao normal. Abriu a torneira e lavou o rosto com cuidado, enxugando em seguida.

Adoraria voltar para a cama e dormir por mais algumas horas, mas seu estômago roncava e ele sentia cheiro de bacon. Desceu as escadas e encontrou o pai já de uniforme, preparando o café.

- Ei, filho. Você está péssimo – disse o xerife ao ver o garoto.

- Valeu, pai – disse Stiles, servindo-se com os ovos e bacon postos á mesa. Noah riu e juntou-se ao filho, servindo-se também. Comeram em um silêncio agradável, o pai lendo o jornal e o filho sentindo-se miserável.

- Ah sim, Malia ligou – disse o xerife enquanto colocava os pratos na pia. – Você deveria checar seu celular.

- Meu celular? – o garoto perguntou confuso. Depois se lembrou que desapareceu da festa depois de se meter em uma briga e não disse uma palavra aos amigos. Eles deviam estar pirando. – Merda.

- Boa sorte com isso. – O homem dois tapas no ombro do filho, que fez uma careta. – Te vejo mais tarde.

- É, até mais tarde – respondeu Stiles, desanimado. Colocou os copos na pia e voltou para seu quarto.  Pegou a calça que havia usado na noite anterior, que estava jogada no chão, e pegou seu celular do bolso. Suspirou ao ver dezenas de ligações e mensagens perdidas dos seus amigos. A maioria delas vinha de Malia, então ele decidiu falar com ela primeiro. Franziu a testa ao ler as últimas mensagens mandadas por ela:

Ontem:

“STILES PUTA QUE PARIU”

“VC MORREU???”

“ACHO BOM N TER MORRIDO”

“PQ QUANDO EU TE ACHAR EU TE MATO”

Hoje:

“Stiles eu to indo ai”

“Melhor vc estar vivo”

Mal teve tempo de processar o quão ferrado estava quando ouviu alguém subindo as escadas. Malia sabia onde ficava a chave reserva, é claro. Ele não teria chance de fugir dela nem se quisesse. Stiles levantou-se quando a loira apareceu em seu quarto, preparando-se para o que vinha.

- Stiles, oh meu deus – disse ela, atravessando o cômodo e o abraçando. Ele rapidamente se recuperou da surpresa e a envolveu com seus braços, enterrando o rosto em seus cabelos. De repente, ela se afastou e deu-lhe um soco no braço.

- Ai! – ele reclamou, massageando o local.

- Que porra aconteceu ontem á noite? – ela perguntou, seus olhos brilhando de raiva. – Em um momento está tudo bem, em outro você decide conquistar um cinturão de MMA, depois você desaparece da face da terra! Tem noção do quanto eu fiquei preocupada?

- Sim, eu...

- Quando eu ouvi os comentários, eu cheguei a pensar que encontraria seu corpo ensangüentado no chão. Depois fiquei sabendo que você tinha simplesmente ido embora sem dizer uma palavra, aí eu pensei que encontraria seu corpo em uma vala. Você não podia deixar a porra de uma mensagem? É difícil pegar o caralho do celular e digitar a merda de uma mensagem para que sua namorada não pense que você está morto?

- Malia...

- E o que você estava pensando? Nós nem estávamos tão bêbados, e você vai para cima de Theo como se tivesse comido uma lata de espinafre? Caralho, Stiles, o que você estava pensando? Como pode ser tão idiota...

- Malia! – ele disse mas alto para que a garota o escutasse. Malia o encarou, levemente ofegante. – Vou explicar o que aconteceu, só me deixe falar, ok?

- Estou escutando – ela disse, cruzando os braços exatamente como seu pai havia feito.

- Ok. Tudo bem. Então... – Stiles umedeceu os lábios, nervoso. – Eu vi Theo beijando outra garota e perdi a cabeça. Quer dizer, ele estava traindo Lydia na frente de todo mundo. O cara estava pedindo para levar um soco.

Malia o encarou com o rosto sem expressão. Ele terminou de falar e esperou qualquer reação da garota, que ficou calada por um tempo agonizante.

- Isso é inacreditável – disse ela, finalmente. Seus olhos não brilhavam de raiva; eles demonstravam decepção, e até um pouco de tristeza. – Inacreditável.

- Malia eu... – Stiles suspirou, tentando achar o jeito certo de melhorar sua situação. – Me desculpe, eu não estava pensando direito...

- Pare de procurar desculpas, Stiles. Não tem desculpas. Você me diz que não está com ciúmes, e depois... – Malia soltou uma risada sem humor. – De novo, eu me deixo ser convencida de algo que não é verdade. Isso está ficando velho, e eu já estou cansada de ser enganada.

Stiles abriu a boca para defender-se, mas logo a fechou. Não havia defesa; ele havia errado feio, e a maior das consequências poderia ser seu relacionamento em risco.

- Eu sei – disse ele, abaixando a cabeça. –Eu sei, me desculpe.

- Eu nunca te vi agindo dessa forma. Impulsivo, ciumento, agressivo. Esse não é... você – disse ela. – Eu ignorei sua mudança de comportamento, porque não sabia o motivo... ou talvez não quisesse saber. É Lydia, não é? Foi ela quem te fez mudar tanto.

Stiles ergueu a cabeça, olhando-a com espanto. Malia tinha uma expressão dura no rosto, mas seus olhos estavam marejados. Aquilo a machucava, estava claro.

- O que havia entre vocês dois, Stiles? – ela perguntou. – Vocês eram crianças quando ela foi embora, então não foi namoro. Mas havia alguma coisa, algo que não sumiu com o tempo.

- Malia, por favor... – ele pediu, mas a expressão da garota o obrigava a falar. – Ok, eu gostava dela.

- Você gostava dela? – Malia ergueu uma sobrancelha. – Óbvio que não era só isso.

- Tudo bem, argh... – Stiles fechou os olhos, preferindo sumir dali a admitir isso para a namorada. – Eu era apaixonado por ela.

A loira mordeu o lábio, balançando a cabeça lentamente e desviando o olhar.

- Mas, – ele emendou rapidamente, - isso foi há muito tempo. Foi coisa de criança, nada sério.  Eu nem me lembro direito...

- Ah, cala a porra dessa boca, Stiles. Eu não sou idiota, está claro que não foi só “coisa de criança”. E não faz diferença se aconteceu há muito tempo, você não esquece quando se apaixona por alguém.

Stiles abriu a boca para responder, quando ouviu alguém o chamando do andar de baixo. Era uma voz feminina, e os dois reconheceram como a de Lydia.

- Sério isso? – ele murmurou para si mesmo.

- Aqui em cima! – Malia gritou para que a garota ouvisse, sem tirar os olhos dele. Ouviram-na subindo as escadas, e a loira se aproximou dele e disse mais baixo: - Se ainda estiver apaixonado por ela, me avisa, ok?

Antes que ele pudesse responder, Lydia apareceu no quarto.

- A porta estava aberta, achei que estaria em casa. – A ruiva olhou para os dois, parados bem próximos um ao outro, e corou. – Desculpe, posso voltar outra hora...

- Não, tudo bem. Eu já estava indo – disse Malia, afastando-se. Stiles a olhou, silenciosamente implorando para que ela ficasse para que pudessem terminar a conversa. A loira o ignorou, e foi até a porta. – Ele é todo seu. – E foi embora, sem olhar para trás.

 

 


Notas Finais


Eu nem tenho muito o que dizer sobre o episódio, porque sinceramente........ MORRI.
É isso.


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