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História Never Really Gone - Não É Um Defeito


Escrita por: LStilinski

Notas do Autor


Hii todo mundo! Como vocês estão? Tudo beleza? Beleza
A HISTORIA TA CHEGANDO AOS 100 FAVORITOS YAY! Eu to adorando escrever essa fic, fico muito feliz que vocês estão gostando também :) Esse capítulo ficou tomou um rumo meio inesperado enquanto eu escrevia, mas eu gostei hehe tomara que gostem tb <3

Capítulo 18 - Não É Um Defeito


Fanfic / Fanfiction Never Really Gone - Não É Um Defeito

Lydia não soube muito bem como reagir ao ver Stiles em sua cozinha na manhã seguinte.  Monica e ele conversavam como velhos amigos, e a garota logo soube que o assunto era Star Wars, a série preferida dos dois. Stiles devorava um prato de waffles enquanto falava, suas palavras ficando um pouco confusas quando sua boca estava cheia. Monica não se importava, parecia até achar graça.

- Hum... Bom dia? – disse ruiva, observando a cena com confusão escrita em todo seu rosto. Os dois, que nem haviam percebidos a chegada dela, a olharam com os olhos arregalados de surpresa.

- Lydia! – Monica disse animadamente, pulando de sua cadeira, indo até a sobrinha e a puxando para a mesa. Stiles acenou para ela, sorrindo da melhor maneira que podia com a boca cheia de waffles.

- O que está acontecendo? – perguntou a garota, olhando para os dois com suspeita.

- Stiles veio te levar para a escola, mas você ainda estava se arrumando...

 - E você já comeu esses waffles?! - ele continuou, tendo engolido tudo. - É como comer felicidade no café da manhã.

 - Você já tinha comido meus waffles antes, Stiles.

 - Eu sei, mas eles nunca param de me encantar. - Ele deu de ombros. Monica riu enquanto pegava um prato para a sobrinha, que olhava para Stiles com as sobrancelhas arqueadas.

 - Stiles, podemos conversar um minuto? - ela perguntou olhando-o com intensidade, esperando que ele entendesse o que ela estava pensando. 

 - Ah não, come primeiro - disse Monica, colocando um prato cheio em frente a garota. Lydia abriu a boca para recusar a grande quantidade de comida, que era demais para ela que não comia muito pela manhã, mas a tia a olhou com advertência - Lydia.

 - Coma os waffles - o garoto a apoiou.

 - Mas eu...

 - Os waffles, Lydia.

A ruiva segurou um grunhido frustrado e começou a comer. Precisavam sair rapidamente, já que Theo chegaria a qualquer momento. Ela não sabia qual seria a reação dele ao ver Stiles ali, mas definitivamente seria o tipo de agitação que ela não queria àquela hora da manhã. Stiles claramente entendia a gravidade da situação, e não parecia se importar; ignorava deliberadamente os olhares que a garota o lançava, agindo como se aquela fosse uma manhã como qualquer outra. 

Lydia devorou uma parte da comida em seu prato, bebeu metade do copo de suco e pulou da cadeira.

 - Vamos, Stiles, não quero me atrasar – ele disse com urgência. Stiles checou o relógio em seu pulso e pegou sua caneca, reclinando-se preguiçosamente na cadeira.

- Ainda temos tempo – disse ele, tomando o gole de café. A ruiva se segurou para não arrastar o garoto pelos cabelos; por que ele estava fazendo aquilo? Não estava percebendo o nervosismo da garota?

- Bem, eu vou terminar de me arrumar – disse Monica, colocando os pratos da pia. Deu um beijo na cabeça do rapaz e um abraço breve na sobrinha, murmurando: - Stiles é uma carona bem melhor do que aquele namorado chato que você arranjou. Só estou dizendo.

Sem esperar uma resposta, a mulher subiu as escadas para o seu quarto. Lydia teria concordado com ela; cada minuto que passava com Stiles era infinitamente melhor do que todo o tempo de teve que passar com Theo.

- Stiles, o que você está fazendo?! – ela meio sussurrou, meio gritou. – Theo vai estar aqui a qualquer minuto!

- E...?

- E?! – Lydia passou a mão pelos cabelos, frustrada a ponto de querer arrancá-los da cabeça.

- Você acha mesmo que eu vou te deixar entrar no carro com ele? – Stiles balançou a cabeça, bebendo o resto de café em sua caneca, depois se levantando e indo até a pia. Lydia entendia o que ele estava fazendo, e estava agradecida por ele estar cuidando dela, mas aquela não era a forma correta de lidar com o problema. Ela nem teve tempo de convencê-lo a pensar direito, porque naquele momento, ouviram uma buzina insistente do lado de fora da casa. Os olhos da garota se arregalaram enquanto ele abria um sorrisinho diabólico. – Agora nós vamos.

- Que merda – murmurou Lydia, pegando sua bolsa e saindo da cozinha. Ao abrir a porta da frente, com um pouco mais de força do que necessário, se deparou com Theo em pé, apoiado em seu carro com os braços cruzados em seu peito, a encarando. Stiles apareceu ao lado dela e o outro rapaz não pareceu surpreso; afinal, havia estacionado ao lado de um Jeep azul meio acabado. Ali, em pé entre os dois, a tensão era tanta que quase podia ser tocada.

- O que ele está fazendo aqui? – Theo perguntou entre os dentes.

- A festa foi só para convidados, sinto muito - respondeu Stiles com um sorriso convencido no rosto, antes que a garota pudesse abrir a boca para falar. - O convite deve ter se perdido no correio... Mas eu acho que ninguém mandou porque, você sabe, ninguém te quer por perto.

 - Como é? - questionou Theo, desencostando-se do carro e se aproximando dos dois lentamente, como um tigre. Ele tinha seus olhos azuis focados em Stiles, e eles queimavam de raiva. - O que ele esta fazendo aqui? - repetiu.

 - Eu já te dei uma resposta - disse Stiles, saindo de onde estava e se colocando em frente a garota, encarando o rapaz. - Você é quem não deveria estar aqui.

- Ah, não? – Theo ergueu uma sobrancelha, olhando para Lydia, que engoliu em seco. Aquele era o fim, pensou ela. Ele iria descobrir que ela havia contado tudo e eles estariam fodidos. - Lydia - insistiu o loiro, e ela percebeu as mãos dele tremendo. Ela sentiu seu café da manhã dando uma volta em seu estômago. Talvez estivessem a meros segundos do segundo round bem ali, na sua porta da frente, com sua tia no andar de cima.

 Theo deu um passo em direção a ela, mas Stiles logo se colocou em seu caminho. Quanto mais próximos eles ficavam, mas aquela cena se aproximava de um desastre. A raiva emanava dos dois, eram uma bomba perto de ser ativada.

 Lydia interrompeu os dois ao fechar a porta ruidosamente atrás dela. Os segurou pelo braço e os puxou para a calçada, como dois meninos malcriados. Colocou-se entre os dois, tirou o cabelo do rosto e respirou fundo antes de virar-se para Theo.

 - Não que seja da sua conta, mas Stiles veio me buscar hoje e ficou para o café. Ele é sempre bem-vindo na minha casa, diferente de você - disse ela, forçando-se a olhá-lo nos olhos. - E a partir de hoje, não precisa mais se preocupar em aparecer aqui todo dia de manhã, eu não vou mais a lugar nenhum com você. A propósito, eu também não quero estar perto de você, então adeus.

Assim que acabou de falar, a ruiva arrastou Stiles até o Jeep. O garoto entrou no carro, com um sorriso meio besta no rosto, e ela esperou impacientemente para que ele destravasse a porta do carona. 

 - Vai, vai, vai - ela foi o apressando antes mesmo de fechar a porta. Stiles colocou a chave na ignição e tentou ligá-lo duas vezes antes de conseguirem sair dali. 

 - Lydia, aquilo foi... - ele começou a dizer, como se acabasse de ter visto uma cena de ação épica.

 - Você ficou maluco?! - ela o interrompeu, nervosa. - Eu te disse para me deixar lidar com aquilo!

 - Hm, você nunca disse...

- E se vocês começassem a brigar ali, o que eu iria fazer? Jogar água? – Lydia balançava os braços ao falar. – Por que você resolveu me dar uma carona do nada? Você não tinha que ir buscar Malia?

- Nós...  Allison vai buscá-la hoje – ele respondeu, franzindo a testa. – Minha surpresa foi tão ruim assim?

- Não é isso...

- Se você disser que o carro dele é melhor que o meu eu paro e te largo aí.

- Ugh não, deus, não. Nunca mais quero entrar naquele carro. – Lydia balançou a cabeça, abominando a ideia. – Só estou dizendo que mil coisas poderiam ter acontecido quando Theo e viu. Aquilo poderia ter acabado muito mal. Nós precisamos ter cuidado, Stiles...

- Eu já disse que não tenho medo dele.

- Mas eu tenho, ok!? Tenho muito medo! – A garota passou a língua pelos lábios avermelhados e suspirou. – Eu não paro de pensar nas coisas que ele pode fazer se descobrir que você sabe de tudo... quando descobrir, na verdade.  As ameaças que ele fez podem ser pura besteira, mas se não forem... Eu não sei o que vai acontecer, e eu detesto não saber das coisas, assim como detesto te ver correndo perigo.

Stiles tirou uma das mãos do volante e procurou a da garota, e a apertou. Tirou os olhos da rua por um breve momento, pousando-os nela.

- Lyds, Theo pode ser um cara grande e mentalmente instável, mas eu não acho que ele vá fazer algo que tão ruim, não em uma cidade como Beacon Hills, onde a maior parte da agitação vem dos lobos que ás vezes aparecem na reserva. Ele não é maluco o suficiente para querer ir para a cadeia. Você precisa parar de pensar nessas coisas.

Lydia fechou os olhos e respirou fundo. Queria que fosse tão fácil limpar sua mente sempre ativa.

- Está tudo bem entre você e Malia? – ela perguntou, querendo mudar de assunto. Stiles soltou a sua mão, colocando a dele de volta no volante. A ruiva percebeu sua postura ficar mais reta e seus lábios formarem uma linha fina.

- Sinceramente, não sei – ele respondeu, suspirando profundamente. – Nós tivemos uma briga feia ontem. Não sei o que vai acontecer agora.

- Ah, não. O que aconteceu? – O rapaz olhou para o rosto preocupado da garota e soltou uma risada curta e seca.

- Foi por sua causa, na verdade – disse ele. Lydia franziu o cenho, seus olhos se arregalando diante do que havia acabado de ouvir. – Bem, não exatamente, mas em parte, sim. Foi por sua causa, mas foi meio que minha culpa, e meio culpa dela. Mais minha do que dela. Nem um dos dois estava exatamente errado, mas enfim... Você foi o assunto principal.

Lydia o olhava com a boca entreaberta.

- O que eu fiz? – perguntou, receosa.

- Não, nada, nada, não foi culpa sua – ele se apressou em dizer, não querendo que ela se sentisse responsável pela briga.

- Então, o que...?

- Malia tem ciúmes de você. Ela acha que eu me preocupo demais e que eu te protejo demais, e isso a incomoda bastante. - Stiles não quis dizer que Malia sentia-se daquela forma principalmente porque sabia do que ele costumava sentir pela ruiva; aquela era uma informação que Lydia ficaria muito bem sem saber.

A garota assentiu lentamente, olhando para suas mãos.

 - No dia depois da festa... Eu também era o motivo da briga entre vocês dois, não era?

 - Bem, sim. Ela não gostou que eu te defendi daquela forma. - E gostou menos ainda quando descobriu que eu já fui apaixonado por você, ele pensou. Lydia balançou a cabeça, passando a mão pelos cabelos e afundando no banco, e ele pode ver o quão chateada ela estava por ter causado duas brigas entre o casal. Sabia o que ela estava pensando - provavelmente que causava danos por onde passava - e não era verdade. - Ei, pode parar, não foi culpa sua.

 - Como não? Vocês...

 - Não foi culpa sua - ele repetiu. - Não há um culpado nessa história. Malia tem o direito de sentir ciúmes e eu... Eu... - Stiles respirou fundo, passando a língua rapidamente pelos lábios. - Eu não sei ser alguém que não se preocupa com você, eu não sei me importar menos. É coisa minha, e talvez seja um defeito, eu não sei, mas não é algo que eu quero perder... E esse é o problema.

A garota ficou em silêncio, e ele teve medo de olhar para ela. Achou ter chegado perto demais de ter mostrado para ela uma parte dele que ela não conhecia; a parte que ainda nutria uma certa loucura por ela, a que ainda a queria, a que ele não estava podendo mais insistir que havia sumido. Stiles não queria que ela soubesse daquela parte dele. 

Lydia o olhava com adoração. Era incrível como ele hora ele mal conseguia controlar as palavras que saíam da sua boca quando estava nervoso, e hora ele parecia escolhê-las cuidadosamente para deixar a garota boba. Seu coração se aqueceu junto com todo seu corpo, deixando-a com uma vontade estranha de rir. Será que ele percebia o efeito que suas palavras tinham sobre ela? 

 - Não é um defeito - ela disse delicadamente, olhando para ele. Stiles ergueu as sobrancelhas, olhando-a com uma surpresa que ela não entendeu muito bem. Os olhos grandes e verdes da garota sorriam para ele, seus cabelos ruivos balançavam levemente com o vento que vinha das janelas abertas e ela mordia seu lábio inferior, cheio e avermelhado. Linda, pensou ele. Você é linda.

O garoto a encarava com intensidade e ela não desviou os olhos. Estavam tendo um momento só deles. Lydia pensava no desejo que tinha de tocá-lo, de puxá-lo para perto e abraçá-lo com força. Stiles pensava que, pelo amor de tudo que era mais sagrado, ele não podia se apaixonar de novo por ela. Mas sua mente parecia não ter mais controle sobre seu corpo, que insistia em reagir da mesma forma de quando ele era criança, talvez até de forma mais intensa. Como ele podia lutar de cada fibra do seu corpo a queria?

Stiles tirou seus olhos dela, voltando sua atenção para a direção do carro.

- Hm, okay, ahn... – ele divagou, precisando preencher o silêncio. – Ah, olha só, chegamos! – Finalmente, comemorou internamente.

Lydia piscou e sentou-se direito no banco, sentindo-se um pouco atordoada. Ele parou o carro na primeira vaga que encontrou encarou o para brisas. Ela abriu a porta e saiu calmamente, ajeitando a saia.

- Você não vem? – perguntou da janela ao lado dele ao perceber que ele não tinha se mexido do banco.

- Não eu... Vou esperar Scott... Lacrosse... – ele respondeu vagamente. Lydia deu se ombros e inclinou-se sobre a janela, dando-o um beijo rápido na bochecha.

- Obrigada pela carona – disse ela, virando-se e indo em direção ao prédio.

Stiles inspirou profundamente e soltou o ar de seus pulmões bem devagar. Aquilo estava mesmo acontecendo; ele não tinha para onde fugir. Com um arrepio descendo pela sua espinha, ele percebeu que precisada terminar com Malia. 



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