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História Never Really Gone - Não Como Antes


Escrita por: LStilinski

Notas do Autor


VOLTEI! Antes de fazer os comentários sobre o episódio eu queria mandar um BEIJO PARA TODO MUNDO QUE FAVORITOU OU COMENTOU AQUI <33 Isso é muito importante e me deixa sempre muito feliz :)

Então, sobre o episódio: Tô achando muito linda a insistência de Lydia em descobrir quem Stiles é, sério, THAT'S LOVE BITCH! imagino se todo mundo vai desistir de procurar e ela vai continuar sozinha porque ela sabe que ele existe, ela sente e isso é lindo demais da vontade de berrar.
Uma coisa que está me incomodando um pouco nessa temporada é que parece que os personagens principais são Hayden, Liam e aqueles outros dois caras (que eu esqueci o nome, foi mal). Tipo, ok, tecnicamente eles estão no elenco principal, mas eles não são Os Principais... entendem o que quero falar? Sei lá, acho que eu só sinto falta do velho bando :( to sentindo a mesma coisa que senti na quarta temporada em relação a Stalia: uma coisa nova que eles criaram e querem que nós, fãs, aceitemos de qualquer forma.

ENFIM, É ISSO. Fiquei aí com um pouco de angústia do capítulo novo, e até semana que vem!

Capítulo 4 - Não Como Antes


Fanfic / Fanfiction Never Really Gone - Não Como Antes

Lydia sempre gostou de ir á escola. Toda a informação nova a fascinava, e sua facilidade de aprendizado a fez melhor aluna em todas as séries. Suas notas sempre foram as mais altas, e ela se orgulhava do seu status de gênia. Para ela, o prédio da escola era seu castelo pessoal: ela reinava nas salas de aula e nos corredores. Mas desde que chegara em Beacon Hills sua vontade de ir para a escola era bem pequena. Quase inexistente, para falar a verdade.

Para a maioria dos adolescentes, o problema de ir para a escola são as aulas, e não a escola em si. O lugar continua sendo o ponto de encontro de todos os seus amigos, onde as melhores histórias são compartilhadas, onde os melhores momentos são relembrados.  Lydia não tinha isso. Não podia mais se juntar aos amigos e rir das histórias bobas, dos momentos mais inusitados; ela não fazia parte de nenhum deles, e isso a incomodava.

Lydia não se sentia mais parte do bando.

Os dias que passava em Beacon Hills não a convenciam de que tudo havia voltado ao normal; pelo contrário, ela apenas ficava mais certa de que nada seria como antes. Ela ria e conversava quando estava com os amigos, não conseguia evitar a sensação de que assistia o filme pela metade. Podia tentar acompanhá-lo, mas nunca saberia a história completa. Ela havia perdido muita coisa.

Na manhã de sexta-feira, Lydia deixou seu corpo cair na cadeira e sua cabeça cair na mesa da cozinha, dando um longo suspiro. Mônica, que colocava as canecas á mesa, deu uma risada curta diante á atitude da sobrinha.

- Dormiu bem? – perguntou, debochada. A garota levantou a cabeça e a lançou um olhar morto. Mônica e Lydia haviam criado uma certa amizade durante a semana que a garota morara ali. As duas costumavam ser próximas quando ela era mais nova mas, assim como havia acontecido com seus amigos, se afastaram com a mudança para Nova York. Como eram família, não perderam o contato completamente, mas tudo era uma questão de convivência.

Natalie e Mônica eram duas pessoas completamente diferentes. Enquanto a mãe da garota sempre se preocupava com a imagem que passava para os outros, mantendo sempre a postura perfeita , o nariz empinado e seu lugar na alta sociedade, sua tia vivia um mundo sem regras, curtia a vida o quanto podia, não perdia a oportunidade de uma nova experiência. Mônica sempre fora a “tia legal”, sua casa era para onde Lydia fugia quando Natalie a enlouquecia.

Nos poucos dias que passara ali, Lydia lembou-se por quê era tão próxima á tia. Ela sempre estava disposta a sentar e conversar sobre qualquer coisa, e a garota sabia que sempre que precisasse de conselhos, podia pedir socorro a Mônica.

- Como vão seus amigos? – perguntou, querendo puxar conversa. Lydia suspirou, marcando meia luas com suas unhas na mação que havia pego na fruteira.

- Estão bem, eu acho – ela respondeu com a voz baixa.

- Lydia, o que está acontecendo? – sua tia perguntou, pousando a caneca na mesa e a olhando com atenção.

- Nada está acontecendo...

- Lydia. – A garota suspirou novamente e levantou os olhos para a tia. Qual era o sentido de fingir que tudo estava bem? Ela havia fingido durante toda a semana, e estava cansada mentir. Podia estar enganandos a todos ao seu redor, mas isso não resolvia o problema. Mônica não parecia estar fingindo interesse; ela realmente se importava. Talvez desabafar era tudo que a garota precisava fazer.

- Não sei se ainda somos amigos. Não como antes – ela começou. – Quero dizer, eles me acolheram de volta, mas eu não... Eu não me sinto mais parte do grupo. Mesmo quando estamos juntos eu sinto que há quilômetros de distancia entre nós e eu detesto essa sensação.

Mônica balanõu a cabeça, ouvindo-a com atenção. Lydia ajeitou-se na cadeira, já sentindo seu peito mais leve enquanto as palavras jorravam pela sua boca.

- E eles agem como se eu nunca tivesse ido embora! Parece que eu passei um final de semana fora, e não sete anos. Você não pode simplesmente ignorar o tempo que passamos separados e agir como se tudo continuasse o mesmo. Eu não consigo fazer isso. Eu mudei durante esses anos, e eles também mudaram, todo mundo muda.  Pra quê tentar fingir que ainda somos os mesmo? Eles não vêem que o bando nunca estará de volta. Ou melhor, que eu nunca vou voltar a fazer parte dele? Agora eu vou ter que ir nesse jantar hoje á noite e fingir que está tudo bem e eu... argh, eu estou tão cansada.

Lydia parou de falar para recuperar o fôlego. Sentia-se tão bem que se perguntou porquê não havia feito aquilo antes. Mas logo essa sensação evaporou, e ela sentiu-se a pior pessoa do mundo. Falando mal das pessoas que a receberam tão bem era muita ingratidão da parte dela, e a garota desejou não ter aberto a boca. Gemeu deu frustração, enterrando os dedos nos cabelos ruivos.

- Desculpe, eu não deveria falar essas coisas, eu...

- Lydia, - disse Mônica, pousando a mão no braço da sobrinha para que ela a olhasse. -, não se desculpe por falar o que pensa. Não é culpa sua se você se sente assim. E eu acho que você, Scott, Allison e Stiles se tornaram amigos por certos motivos, e você precisa ter paciência para lembrar quais são eles. Então você vai poder recomeçar, sabe, criar uma nova amizade com seus velhos amigos... Entendeu?

Lydia assentiu, sorrindo. Sua mãe nunca teria dado um conselho daquele; ela teria dito para ela se resolver e lidar com isso. Mônica era a prova de que todo adolescente precisa de um adulto para dizer palavras sábias. Ela não precisava encher sua fala de ditados e trechos de poemas e livros velhos, precisava apenas falar com sua experiência.

A garota levantou e envolveu a tia com os braços

- Obrigada – disse. A mulher riu ao abraçá-la de volta.

- Não há de que – ela respondeu.


Notas Finais


p.s.: próximo capítulo temos drrramaa


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