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História Never Really Gone - Um Jogo Que Ela Amava Jogar


Escrita por: LStilinski

Notas do Autor


ÚLTIMO CAPÍTULO DE 2016 UAAA Gente, só eu tô aliviada com esse ano acabando? Quero que ele vá embora logo e me deixe em paz, isso sim.
Já que estamos aqui, queria agradecer de novo por todos os favoritos e comentários que são lindoss lindosss e vocês são lindosss também <3

Capítulo 7 - Um Jogo Que Ela Amava Jogar


Fanfic / Fanfiction Never Really Gone - Um Jogo Que Ela Amava Jogar

Lydia pousou sua bandeja na mesa, sentou-se e espetou um pequeno tomate com o garfo de plástico. Enquanto ela comia, os outros três adolescentes que ocupavam a mesa a observavam com expectativa, aguardando a tão esperada notícia.

-Então, como foi? – perguntou Scott, erguendo as sobrancelhas. Lydia deu de ombros, mastigando e engolindo com calma.

- Exatamente como eu disse que seria – ela respondeu. – A prova foi muito fácil. Vocês quase me fizeram acreditar que seria ser horrível, mas o assunto foi fácil.

Com o fim do suspense, os três reclinaram-se em suas cadeiras.

- Acho que você foi a única pessoa que se deu bem até agora – disse Allison. – Talvez Bennet tenha facilitado porque você chegou há pouco tempo.

- Bennet não facilitaria nem se Jesus viesse fazer essa prova – disse Stiles, pegando uma batata frita e apontando para a ruiva. –Só gênios se dariam bem naquela prova com tão pouco tempo de estudo. E nós sabemos que você é um gênia, Lydia Martin.

Lydia sorriu, abaixando os olhos para sua salada ao sentir seu rosto ficar quente. Durante o tempo de aula que passou antes que ela se mudou para Beacon Hills, a garota tinha perdido algumas provas. Entre elas estava a da Sr. Bennet, temida professora de química. Havia recebido a notícia da prova de reposição na mesma semana em que chegara ao colégio, e tirando o fim de semana que não saíra da cama, teve apenas três dias para estudar. Lydia amava química, e para a aluna avançada e com o QI alto como o dela, não houve desafios ao fazer a prova.

Malia chagou andando com passos largos, deixou a mochila cair no chão e desabou na cadeira, apoiando os cotovelos na mesa e enterrando os dedos no cabelo loiro. Os quatro entreolharam-se, debatendo quem falaria primeiro. Stiles perdeu a disputa, e colocou a mão no ombro da namorada.

- Ei, como foi... – ele começou a perguntar, mas a garota levantou a cabeça de repente, fazendo-o pular.

- Foi horrível! – disse ela, com os olhos arregalados de raiva. – Eu não sabia as respostas! Nem conseguia entender o que as questões pediam.

- Você estudou bastante, tenho certeza que...

- Duas semanas! – vociferou a garota, atacando as batatas fritas do garoto, que a observava comer tudo como se aquilo doesse nele. – Duas semanas estudando que nem uma maluca, para chegar na hora da prova e não saber de nada. Eu não entendo por que isso acontece. Não faz sentido!

- Talvez você não tenha ido tão mal – disse Allison, olhando séria para Stiles, que imediatamente parou de puxar as batatas para longe da loira. – Sua meta era tirar no mínimo um C, né?

- Sim, mas tenho certeza que tirei um A – disse Malia, depois deu de ombros ao ver a expressão confusa dos amigos. – Lydia me deu as respostas.

Lydia, que ouvia a conversa em silêncio, também deu de ombros quando os três olharam para ela com as sobrancelhas erguidas. Malia teve que fazer a prova de reposição porque ficou doente (ou provavelmente reagiu mal ao nervosismo), por isso estavam na mesma sala. Sentaram próximas uma da outra, e quando a ruiva viu a garota olhando desesperada para o papel na mesa, não hesitou em ajudá-la. Tinha prática com isso; não era a primeira vez que dava respostas para amigos durante uma prova.

- Você podia ter dito isso antes de comer minhas batatas – resmungou Stiles, puxando o que restou do seu almoço para longe da loira, que riu e deu-lhe um beijo na bochecha.

Lydia desviou o olhar dos dois, deixando seus olhos passearem pelo refeitório, até que eles se encontraram com dois que já estavam fixados nela; duas órbitas azuis que a observavam com interesse.  Ela reconheceu o garoto que a havia entregado seu livro. Ele sorriu, erguendo a mão em um aceno. Lydia retribuiu o sorriso, depois voltou a atenção para os amigos, mordendo o lábio.

Xxxx

- Você não me reconheceu, não foi?

Lydia deu um pulo em sua cadeira e olhou para trás, de onde a voz tinha vindo.  Lá estava o mesmo garoto do almoço, com o corpo inclinado na mesa para ficar mais próximo á garota.

- O que? – ela perguntou, observando-o enquanto ele levantava da sua cadeira e sentava bem ao lado dela, tomando cuidado para não chamar a atenção do professor.

- Quando eu te entreguei o livro – ele disse. – Você não me reconheceu.

- Hm, não – disse ela. Seus olhos analisaram o garoto ao seu lado: ombros largos e braços musculosos, um sorriso charmoso com dentes brancos perfeitos, olhos azuis encantadores, cabelos loiro escuros, cuidadosamente bagunçados. Se o conhecesse, Lydia tinha certeza de que se lembraria dele. Certeza absoluta.

O garoto soltou uma risada curta.

- É, você não deve lembrar mesmo – disse ele, estendendo a mão. – Theo Reaken, nós estudamos juntos.

Ela apertou sua mão, agora o olhando com atenção. Aquele nome não era completamente estranho para ela.

- Desculpe, eu não... – Então se lembrou: Theo Reaken, um garoto gorducho e baixinho com quem estudara quando pequena. Nunca se tornaram grandes amigos, mas eram bons colegas de sala, principalmente por compartilharem o mesmo interesse em ciências e matemática. – Ah sim, eu me lembro de você! Nós íamos juntos pedir mais dever de casa para a professora.

-Sou eu mesmo– ele riu. – Só que não tão interessado em dever de casa como antes.

Lydia riu também.

- Meu deus, éramos dois nerds. Tenho certeza que aquela turma nos odiava.

- Não era nossa culpa se a turma não se interessava por química orgânica como nós – ele disse, e ela riu de novo. – Na metade do tempo eu ficava tentando te acompanhar, na verdade. Você era bem mais esperta que eu.

A garota jogou o cabelo para trás do ombro.

- Não posso argumentar com isso – disse ela, e ele sorriu.

Os dois continuaram conversando em voz baixa durante toda a aula. Lydia percebeu quando o tom da conversa mudou de amigável para o flerte, e não se importou. Estava acostumada com isso. Ter todos os garotos aos seus pés, embora ás vezes se tornasse uma grande desvantagem de ser popular, dadas todas as tentativas de cativar sua atenção, na maioria das vezes era muito útil quando estava procurando por diversão. Os garotos eram fáceis de conquistar e dispostos a serem usados; Lydia sempre deixava claro que não estava à procura de um relacionamento.

Ela gostava do flerte, gostava de ver aonde as palavras e os toques certos podiam levar. Era um jogo que ela amava jogar. E pelo jeito que ele não tirava os olhos dos seus lábios cheios enquanto ela falava, ela sabia que estava ganhando. Os olhos azuis do garoto ganharam um brilho perigoso que ela adorou, e sabia que seus olhos verdes também brilhavam da mesma forma. Era desejo. Como não desejaria um homem daquele?

O sinal tocou, anunciando o final da aula, e Lydia grunhiu internamente. Podia continuar naquele jogo o dia inteiro. Relutante, colocou suas coisas na bolsa e levantou-se. Theo fez o mesmo e, juntos, saíram da sala. No corredor, ele virou-se para ela e sorriu mais uma vez.

- A gente se vê por aí – ele disse, e Lydia soube que o jogo não estava nem perto de acabar.

- A gente se vê.

Xxxx

Stiles não era de odiar as pessoas. Mas ele odiava Theo Reaken.

Tudo sobre o garoto o irritava: a atitude superior que ele carregava enquanto andava pelos corredores como se fosse dono da escola, o sorriso nojento que dava ao tratar os outros da forma que queria, o título de mulherengo que ganhara ao tratar tantas garotas como lixo. Seus amigos diziam que ele deveria esquecer esse ódio todo, mas era pessoal. Eles sabiam que era pessoal, e Stiles não podia simplesmente esquecer o que o garoto havia feito.

Foi por isso que ele sentiu o sangue queimar quando viu Theo e Lydia juntos.

Sua cabeça estava cheia de mil pensamentos diferentes, mas todos eles desapareceram no momento em que seus olhos pousaram nos dois: Lydia reclinada nos armários, Theo com uma mão apoiada ao lado da cabeça da garota, seus rostos perigosamente próximos. Stiles não estava muito surpreso por Theo ter feito de Lydia seu próximo alvo. Afinal, ela era nova ali, “carne fresca”, como ele disse uma vez.

Stiles sentiu nojo, ódio, e usou todas as suas forças para não partir para cima dele. Ele perderia a luta de qualquer forma; o inseto humano era duas vezes maior que ele. Mas valeria a pena levar alguns socos (e provavelmente visitar o hospital) se isso significasse que Lydia estaria livre dele.

- Por que você está parado no meio do corredor? – perguntou Scott, parando ao seu lado. Stiles apontou com o queixo na direção dos dois, e o moreno logo entendeu.

- Dá pra acreditar nesse cara? – perguntou Stiles, segurando com força as alças da mochila.

- Ei, não vá fazer nenhuma besteira – avisou Scott, percebendo o humor do amigo.

- Bater a cabeça dele contra os armários não seria uma besteira – resmungou o garoto. – Seria um grande favor ao mundo.

Theo ergueu a mão livre e acariciou a bochecha de Lydia. Stiles inspirou profundamente, sentindo seu controle escapar.

- Ou talvez eu deva matá-lo – murmurou.

- Ok, vamos dar uma volta – disse Scott, colocando o braço no ombro do amigo e arrastando-o para longe. Quando estavam do lado de fora, Stiles desvencilhou-se do braço dele e sentou-se no banco de madeira, apoiando os cotovelos dos joelhos. – Stiles, você não pode defender qualquer garota que Theo...

- O problema é que não é qualquer garota – disse Stiles, olhando para ele. – É Lydia. Não podemos deixar esse cara se aproximar dela. Nós sabemos que ele vai acabar machucando ela e... Ei, pode parar de me olhar assim.

- Olhar como? – Scott ergueu as sobrancelhas, pego de surpresa.

- Como se eu devesse ter cuidado com o que falo – disse ele. – Eu não estou apaixonado por ela, se é isso que você está pensando.

- Eu não estava pensando...

- Bem, eu não estou – continuou. – Eu só não quero aquele filho da mãe machucando mais ninguém que eu amo. Só estou cuidando dela.

Scott suspirou e sentou-se ao lado do amigo.

- Escute, cara. Eu também não esqueço o que aquele cara fez. Você sabe que teve uma época em que eu não conseguia vê-lo andando sem querer dar um soco na cara dele.

- Sim, éramos dois.

- Mas você sabe como Lydia é, ela sabe se cuidar sozinha. Ela vai ficar bem.

- Malia também sabe, e mesmo assim... – Stiles respirou fundo, correndo a mão pelo rosto. – Ok, tudo bem. Mas se alguma coisa acontecer, eu vou ser o primeiro a pular em cima dele.

Scott riu.

- Certo. Depois nos vemos se visitamos o hospital ou a delegacia.

- Você não é um homem de fé, Scott – disse o garoto, levantando-se.

- Você não é um homem de músculos, Stiles – disse o outro, levantando-se também. Stiles riu.

- Verdade. Mas valeria a pena.

Scott riu e despediu-se, indo para sua moto. Stiles voltou para dentro, precisando pegar um livro no armário. Viu que Theo e Lydia não estavam mais ali, e perguntou-se se haviam ido para um lugar mais reservado ou para casa. Talvez tenham ido juntos para uma das casas. Talvez aquela altura eles já estivessem... Stiles balançou a cabeça. Estava sentindo o ódio voltar a queimar em suas veias. Ele não podia esperar até que ele quebrasse o coração dela; faria algo antes que ele a machucasse.

Fechou seu armário e foi andando até o Jeep. Sozinho, sentado no banco de couro desgastado, Stiles pensou no que estava fazendo. Estava disposto a entrar numa briga perdida para defendê-la, disposto a se machucar para mantê-a ilesa. Faria a mesma coisa por Malia, ou Allison. Faria por Scott. Amigos defendiam amigos, e Stiles levava isso ao pé da letra, sem hesitar. Era isso que ia fazer por Lydia: defendê-la, porque ela era uma de suas melhores amigas.

Ele só queria saber porque parecia estar querendo se convencer de que faria isso simplesmente por ela ser sua amiga, e não porque odiou vê-la com outro cara.

 

 

 


Notas Finais


Galera eu não vou poder postar na próxima quarta, porque vou viajar e não vou poder escrever :/ Mas depois volto com tudo, tem muita coisa boa pra acontecer ainda :)


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