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História Never too late - Dezoito


Escrita por: Lilly-chibi

Notas do Autor


Hello!
Bem, um capítulo até que grande demais
Espero que gostem
Boa leitura

Capítulo 19 - Dezoito


Finalmente o nono mês de gestação havia chegado sem problemas.

Eu me sentia tremer a cada movimento que a bebê fazia em minha barriga, pensando que a qualquer momento ela poderia dar sinais de querer sair.

Edward, que já estava bastante preocupado desde que completei sete meses, resolveu pedir adiamento das suas férias, mas que só ocorreria dali uma semana por não sei qual motivo.

Ele estava trabalhando muito ultimamente e nas últimas semanas tem chegado tão cansado em casa que uma vez chegou a dormir no sofá. Eu não gostava de vê-lo tão cansado, mas como as férias viriam logo nós dois tínhamos que ter paciência.

Mas nesse tempo -mesmo com Edward chegando tarde e tendo folga apenas nos fins de semana- conseguimos organizar todo o quarto da nossa filha, colocar tudo no lugar e comprar mais roupas. E aquela era a parte que eu mais amei, comprar as roupinhas para ela.

Eu não imaginava a quantidade de coisas para pessoas daquele tamanho. E era tudo tão fofo. Eu fazia questão de tirar fotos de tudo que eu comprava pra ela, queria lotar um álbum de fotos e mostrar a ela quando ela tiver um pouco mais velha.

E nesse mês que se passou, conseguimos decidir o mais necessário para a nossa filha. O seu nome.

Depois de meses chamando-a apenas de “filha” e “bebê”, decidimos escolher logo o nome.

Luna.

A nossa pequenina se chamaria Luna Connor. Um nome forte demais sim, mas tão fofo quanto a dona.

A ideia surgiu logo depois que eu tive um desejo de comer frango frito. Edward saiu para comprar o bendito frango e, assim que chegou, me entregou o pacote que eu nunca tinha visto. O nome do restaurante que ele comprou o frango era esse, Luna.

Foi uma forma engraçada de escolher um nome, mas finalmente havíamos encontrado um.

Parei de passar o espanador pelo quarto. Fazia horas que eu estava naquele cômodo mas era só pra me distrair já que o mesmo não estava nem um pouco sujo.

O quarto de Luna quase brilhava de tão limpo. A limpeza passou a ser um dos meus hobbies já que eu não estava trabalhando e também era algo leve, já que eu não podia fazer esforço nenhum.

Então meu dia se passava daquele jeito: eu levantava, comia, limpava tudo o que tinha que ser limpo e passava horas no quarto da minha filha apenas paparicando tudo.

Eu me sentia bobo só por agir daquela forma, mas eu não podia fazer nada. Aquela pessoinha já havia me conquistado sem nem eu a ter conhecido.

Saí do quarto e fechei a porta. Eu mal havia terminado de comer um lanche e já sentia fome novamente.

O relógio marcava por volta das onze e meia, nem era o horário de almoço e eu já sentia meu estômago roncar.

Fui até a área de serviço e deixei o espanador lá, assim como a máscara cirúrgica que eu usava para evitar a inalação da poeira. Saí dali depois de lavar e secar as mãos e fui direto para a cozinha.

Mas antes mesmo que eu pudesse chegar lá, ouvi o som do meu celular tocando e dei meia volta, indo até meu quarto.

Peguei o aparelho que estava jogado em cima da cama arrumada e olhei o identificador de chamadas, apenas pra ficar tenso depois. O nome “Jason” aparecia em letras maiúsculas no visor do meu celular.

Desde que eu havia saído da delegacia, pedi a Jason que me desse seu número para nós comunicarmos caso ele tivesse alguma notícia sobre Elise ou Diana. E se ele estava me ligando, só poderia significar uma coisa.

-Alô. -Antendi antes que a ligação caísse.

Meu coração estava um pouco mais acelerado que o normal e comecei a pensar no que ele poderia dizer. E se caso ele não achasse nada?! Eu ficaria imensamente frustrado pois o que eu mais queria era limpar o meu nome.

As verdadeiras culpadas por eu ter sido preso tinham que pagar.

Franzi o cenho ao ouvir um suspiro alto do outro lado da linha, como se Jason estivesse caminhando muito rápido.

-“Graças a Deus! Thomas, preciso falar com você urgentemente.” -A voz dele soou até um pouco desesperada pra mim.

O que será que tinha acontecido para ele estar agindo daquela forma?!

-Aconteceu alguma coisa, Jason? É sobre o caso? -Perguntei visivelmente curioso.

-“Bem… Não… Mas eu preciso falar com você, Thomas. Por favor só me encontra naquela lanchonete, certo?! -Me sentei na cama, analisando as palavras dele.

Desde que eu conheci o Jason eu percebi que ele era um pouco estranho. Bem, o estranho mesmo eram os olhares indiscretos que ele me lançava à todo momento, me fazendo ficar desconfortável.

Eu achava que era apenas coisa da minha cabeça ele me encarar sempre, mas os olhares ficavam mais frequentes quando estávamos sozinhos, principalmente quando eu fui preso e ele ia me visitar sozinho.

Se não era sobre o caso, o que ele poderia querer de mim?!

-Eu gostaria de saber do que se trata, Jason. -Pedi e ele ouvi mais suspiros do outro lado da linha e um momento de silêncio.

E quando Jason voltou a falar, quase entrei em desespero.

-“P-por favor, Thomas… Eu preciso de ajuda.” -Pediu chorando e eu senti meu coração apertar.

Se ele estava daquele jeito, a ponto de chorar, devia ser algo grave.

-Tudo bem. Eu estou indo. -Disse e logo desliguei o celular.

Eu não sabia nada do que se passava com Jason, não poderia ser nada com Matt pois ele me diria logo. Mas o que estava causando aquele desespero nele.

Fui até o guarda-roupa e peguei uma muda de roupas, me trocando ali mesmo no meio do quarto. Joguei as roupas que estava usando no banheiro e logo saí pegando meu celular e ligando para um táxi.

Eu tinha que chegar lá rápido.







 

Sempre que eu estava com pressa, surgiam várias coisas para me atrapalhar. E naquele momento não estava sendo diferente.

Assim que o táxi chegou na porta de casa e eu entrei no veículo, dei o endereço para o motorista e pedi que pegasse a rota mais rápida. O problema apareceu quando chegamos no meio do caminho.

Um engarrafamento quilométrico estava me prendendo na estrada, e ainda faltava muito para chegar a lanchonete.

Continuei a me remexer impaciente no banco de trás. Estava ansioso, com fome e suando mesmo com o ar condicionado do carro ligado.

Quando faltava apenas uma quadra para chegar a lanchonete, decidi descer do carro e ir o resto do caminho a pé. Paguei o motorista e olhei para os dois lados da rua antes de ir até a calçada.

Para chegar ali apenas naquele pedaço da rua demorou quase uma hora, andar por alguns poucos minutos não iria fazer mal.

 

Suspirei aliviado ao entrar na lanchonete mas logo franzi o cenho quando não vi Jason ali. Não poderia fazer muita coisa a não ser esperar.

Como eu estava morrendo de fome, resolvi pedir um pedaço de torta de morango e um suco. Eu estava ansioso para saber o que Jason queria e aquilo influenciava no meu apetite, resumindo, eu iria comer até que ele chegasse.

Me sentei em uma mesa mais próxima da porta para que ele me visse quando chegasse, e para facilitar o trabalho da garçonete quando viesse trazer o meu pedido.

Dessa vez o local estava cheio. Estava próximo do horário do almoço, não imaginava que muita gente iria ali pra comer apenas um lanche ao invés de um bom almoço.

Eu só estava prestando atenção ao redor mesmo pois estava nervoso e ansioso, caso contrário, nem me daria conta de que aquele lugar tinha tanta gente.

Assim que uma garçonete trouxe o meu pedido, comecei a comer com gula. Luna começou a se esticar em minha barriga, extremamente satisfeita por finalmente eu ter colocado comida na boca.

Ela era sempre desse jeito. Eu comia e ela se esticava, como se estivesse dizendo que estava gostando. Aquilo chegava a ser engraçado, só não quando ela se esticava demais e me machucava.

Foi depois de trinta minutos e dois pedaços de torta que eu ouvi a porta da lanchonete ser aberta, e por ela passar um Jason completamente diferente do que eu estava acostumado.

Seus cabelos sempre arrumados estavam bagunçados, como se ele tivesse acordado naquele momento. Estava com o rosto inchado, principalmente os olhos, esses que também estavam vermelhos. Ele aparentava estar tão destruído que me deu dó.

Me levantei e esperei que o mesmo se aproximasse para cumprimentá-lo.

-Jason?! O que aconteceu? -Perguntei, olhando-o de cima a baixo.

Ele apenas suspirou e pediu que eu me sentasse, fazendo o mesmo logo depois.

-Eu… Preciso muito da sua ajuda, Thomas. Estou desesperado. -Sua voz estava rouca e baixa demais, tive que me esforçar para ouvir direito.

-Claro, mas me explica o que aconteceu. Estou começando a achar que é algo muito grave. -Falei e ele finalmente me encarou.

Eu estava tão ou mais nervoso do que ele, tanto que as minhas mãos suavam.

Vi seus olhos marejarem e esperei que ele se acalmasse. O que quer que fosse era algo tão grave pra ele que era difícil de falar.

Fiz sinal para uma garçonete e a mesma veio em nossa direção. Quando a moça olhou para Jason, me perguntou pelo olhar se estava tudo bem. Apenas concordei e pedi que ela trouxesse uma água para ele.

Mesmo me remoendo de curiosidade, tive que esperar cerca de meia hora até Jason voltar ao normal. Ele fungou e endireitou a postura, me encarando logo em seguida.

Lhe estendi o copo com água que a garçonete havia trazido e esperei que ele tomasse para, enfim, poder falar.

-É um problema grave. -Começou. Eu já devia imaginar, para ele estar daquele jeito deveria ser algo quase monstruoso. -Eu tenho um irmão de cinco anos que está no hospital… O nome dele é Alex. -A voz dele falhou e eu senti um leve aperto no peito.

-Mas… O que ele tem é muito grave? -Perguntei. Não pude evitar perguntar aquilo.

Jason colocou as mãos em cima da mesa e as apertou, ele também mordeu o lábio duas vezes antes de começar a falar.

-Alex tem… Ele tem leucemia linfoblástica aguda. -Disse.

E eu tive certeza que se não estivesse sentado, com certeza já tinha ido ao chão. Mesmo assim senti minhas pernas amolecerem e um desconforto estranho se apossar do meu estômago.

Tive que me segurar para não chorar. Só de imaginar o garotinho frágil em uma cama de hospital, sofrendo daquela doença tão grave me dava uma dor tão grande.

Eu não sabia mais o que dizer, a voz havia ficado presa em minha garganta. Respirei fundo mais de duas vezes para me recuperar.

-O… O Matt sabe? -Perguntei. Era bem provável que meu amigo não soubesse, ele teria me contado, mas mesmo assim resolvi perguntar.

-Não. -Jason balançou a cabeça. -Eu conheci o Matt quando o Alex estava se recuperando, achei que tudo ia ficar bem naquela época. Além do mais, eu não queria entrar no quesito família com ele ainda. -Ele voltou a beber a água do copo.

Agora um pouco mais tranquilo, comecei a pensar se deveria fazer certas perguntas a ele. Jason parecia mal ao meu ver e, para mim, qualquer palavra errada poderia fazê-lo desmoronar de vez.

-A quanto tempo ele tem isso? -Aquela havia sido a pergunta mais leve, na minha concepção.

Jason agora parecia mais tranquilo também, mas não tanto como eu queria que ele ficasse. Estava me dando dó de vê-lo daquele jeito.

-Bem, vou te contar tudo do começo se não se importa. -Eu tinha vinte e um anos quando o Alex nasceu.

“Eu adorei logo de primeira a ideia de ter um irmão e meus pais ficaram felizes, obviamente.

Um dia, fiquei responsável por cuidar do Alex quando ele mal tinha completado dois meses enquanto meus pais saíam para algum compromisso.

Eles morreram em um acidente de carro naquele mesmo dia, deixando-me com a tarefa de cuidar de um bebê.

Os primeiros momentos foram difíceis, principalmente porque eu não sabia cuidar direito de um bebê. Tudo o que eu fazia era com a ajuda de vizinhos já que não tínhamos mais parentes.

Tudo começou a se ajeitar quando Alex completou dois anos. Entrei pra faculdade e arrumei um trabalho de meio período e com o dinheiro eu pagava uma moça para cuidar do Alex enquanto eu estivesse fora.

Tudo ficou bem durante um bom tempo… Até eu receber uma ligação quando eu estava na faculdade.”

Eu mordia o lábio inferior, contendo a vontade imensa de chorar. Aquele cara havia sofrido tanto em tão pouco tempo.

Ele logo retomou o fôlego e continuou:

“Era a babá que eu pagava pra cuidar dele.

Ela chorava do outro lado da linha, me dizendo coisas estranhas. Eu só entendi que Alex havia se machucado enquanto andava pela casa e não parava de sangrar.

Nem esperei que ela me explicasse direito. Saí da faculdade às pressas, diretamente para o pronto socorro onde eles estavam.

Quando cheguei lá, vi a moça sentada na sala de espera e fui correndo até ela. A coitada estava tão nervosa que eu senti pena dela.

Mas naquela época eu não sabia que era algo grave. Pra mim ele só tinha sangrado muito, o que não era normal, claro, mas eu não fazia ideia do quão grave era a situação.

Depois de esperar por algum médico, fui chamado para a sala do doutor que atendeu o meu irmão. Vi o coitadinho dormindo em uma maca, a boca inchada e com um corte consideravelmente grande.

Só comecei a me desesperar de verdade quando o doutor disse que eu precisava ser forte.”

Não sei porque mas naquele momento eu levei minhas mãos até a minha barriga, acariciando minha pequena que, graças a Deus, estava segura e bem ali dentro.

-Eu sinto muito, Jason. -Falei e ele sorriu, mas sem ânimo nenhum. -E, já que são irmãos, por que você não doou medula para ele? -Vi o sorriso de Jason morrer quando soltei aquela frase.

Seu olhar caiu para as mãos que agora estavam em seu colo, e quando ele voltou a falar, quase não consegui ouvir.

-Por alguma obra maligna do destino, eu não posso doar medula pra ele. Sofro de anemia, não tão grave, mas ruim o suficiente para me impossibilitar de salvar o meu irmão. -A voz dele soou fraca na última fala e eu vi uma lágrima cair dos seus olhos.

-Mas e outros doadores? -Perguntei. Eu estava tentando achar formas para livrar o garotinho da morte e eu mal o conhecia, mas me doía o coração só de pensar nele sofrendo.

-Ele já recebeu uma medula, mas ele está fraco demais pra passar por isso novamente. Tem que ser algo direto se não… Se não ele morre, Thom. -Ele me encarou com os olhos cheios de lágrimas.

Minha garganta se apertou em um claro sinal de choro.

Me coloquei no lugar dele por um instante. Sozinho no mundo, sem nenhum parente e com o irmão mais novo doente. Era terrível ver daquele modo, imagina para ele que estava vivendo tudo aquilo?!

-E… -Pigarrei para aclarar a minha voz. -Você disse que precisa da minha ajuda?! Mas como? -Indaguei curioso. Não estava me importando como seria, eu queria salvar o menino.

Jason limpou as lágrimas e se inclinou na minha direção, colocando os braços em cima da mesa.

-Eu falei com o médico que está cuidando do Alex, ele disse que tem um tratamento que tem noventa e cinco por cento de chance de dar certo. -Ele disse e meu coração disparou, foi inevitável não sorrir.

-E como é? -Me inclinei para a frente também -mesmo que um pouco por causa da barriga. Parecíamos que estávamos contando um segredo.

Jason mordeu os lábios, suspirou e até desviou o olhar, como se estivesse com medo de me contar. E, claro, aquilo me deixou um pouco nervoso.

-O tratamento do qual o médico me falou… Utiliza sangue de um cordão umbilical de um recém nascido. -Ele disse e eu o encarei perplexo, mas não sei por qual motivo.

Aquilo, lá no fundo, me fez ficar em alerta. Se eu aceitasse, poderia fazer mal ao meu bebê?! Ela ficaria bem?!

Continuei encarando Jason sem dizer uma palavra, ele retribuía o olhar, esperando que eu dissesse algo enquanto várias perguntas se acumulavam em minha cabeça.

-Por favor, Thomas. -Ele segurou em minhas mãos firmemente. -Eu te imploro, me ajude. Conversaremos com um médico, acredito que isso não ofereça risco nenhum para o seu bebê. -Disse e fiquei um pouco mais aliviado.

Mas uma pergunta começou a piscar em minha mente, e era bem importante.

-Mas, pra fazer esse tipo de coisa, o sangue não tem que ser compatível?! Meu tipo sanguíneo é raro, consequentemente o da minha filha também. Só seria possível se fôssemos parentes, não? -Perguntei e vi os olhos de Jason demonstrarem um pouco de medo.

-Bem… -Ele começou, mas parou assim que ouvimos uma exclamação indignada praticamente ao nosso lado.

Nos viramos ao mesmo tempo e demos de cara com Matt nos encarando com uma expressão magoada. De início não percebi o porquê daquela expressão, mas quando voltei meu olhar até a mesa, vi que ainda estava de mãos dadas com Jason.

Rapidamente desfizemos o contato e Jason se levantou.

Eu sabia perfeitamente o que estava se passando na cabeça de Matt. Jason e eu, de mãos dadas e próximos daquele jeito aos olhos de outros passaríamos por namorados ou algo assim.

Infelizmente Matt era bem inseguro, um dos motivos para ele demorar em arranjar um namorado, e aquela cena deve ter colocado uma dúvida enorme na cabeça dele.

-Matt… -Jason começou mas meu amigo fez um sinal com a mão para que ele se calasse.

O olhar de Matt se voltou pra mim, e era um olhar tão magoado que me deu uma vontade imensa de chorar.

Ele apenas negou com a cabeça antes de dar meia volta e sair correndo.

-Vamos atrás dele. -Falei me levantando rápido, enquanto jogava algumas notas de dinheiro em cima da mesa.

Jason andava apressado ao meu lado, já que eu não podia correr com aquele barrigão.

Assim que abri a porta, vi Matt prestes a atravessar a rua.

-Matt! - Gritei, mas ele nem se virou, apenas apertou o passo e colocou o pé fora da calçada.

Eu queria ter o parado, mas ele foi rápido demais. Tão rápido que não viu uma moto se aproximando, o atingido em cheio.

Ouvi alguns gritos assim que vi o corpo de Matt praticamente voar do ponto onde ele havia sido atropelado. Por mais incrível que possa parecer, eu não estava sentindo nada.

Eu havia me “desligado”, ou algo assim. Sabia o que estava acontecendo, que meu amigo precisava de ajuda mas meu corpo resolveu ignorar todos os comandos do meu cérebro.

Eu comecei a sentir dor.

Meu coração doía com a possibilidade de perder Matt para sempre, foi isso que me fez começar a chorar.

E junto com as lágrimas vieram outras reações. Comecei a tremer e senti certo desconforto em minha barriga, mas continuei parado. Vi Jason correr de forma desenfreada até onde as pessoas se amontoavam para ver o meu amigo caído no chão.

E eu continuei parado.

Parado e sentido dor.

-Ei, você precisa ir a um hospital. -Alguém disse ao meu lado, mas eu não prestava atenção nenhuma.

Só queria saber se estava tudo bem.

-Alguém chama uma ambulância. A bolsa dele estourou. -Gritou outra pessoa.

E finalmente eu tive mais uma reação.

Olhei para baixo e vi minhas calças molhadas.

Minha filha iria nascer.









 


Notas Finais


E então?!
Pobre, Matt :/
Até semana que vem


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