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História Never too late - Vinte e quatro


Escrita por: Lilly-chibi

Notas do Autor


Bem, é um capítulo pequeno demais, Sorry
Mas vai valer a pena ler
Boa leitura

Capítulo 25 - Vinte e quatro


Eu sentia meu coração batendo rapidamente a cada segundo que passava, também sentia que deveria dizer algo mas a minha voz havia sumido.

Louis estava parado em minha frente, com Luna em seus braços e eu estava tão confuso que poderia ver um ponto de interrogação enorme em cima da minha cabeça.

Como eu fiquei parado tempo demais ali, Edward se aproximou para ver o que estava acontecendo e pode-se dizer que o susto que ele tomou foi até maior que o meu.

-Mas o que significa isso? -Edward perguntou, quase em um grito.

-Eu é quem vim perguntar. Podemos conversar? -Louis pediu.

Edward não disse nada, apenas me puxou calmamente pelo braço para que Louis passasse.

-Thom? -Edward me chamou, mas como eu estava em choque, não respondi.

-Ele deve estar em choque. -Louis disse e se aproximou. -Toma, ela é real, está vendo?! -Ele disse enquanto me entregava Luna.

Eu peguei minha filha nos braços e ela logo se acomodou, como se soubesse que eram os meus braços que a seguravam mesmo ela estando dormindo. Olhei para Louis e ele respirou fundo, sem responder e indo até o sofá.

-Pode nos explicar o que está fazendo com nossa filha? -Edward estava ficando um pouco nervoso, eu percebia só pelo seu tom de voz.

-Sentem-se, nós temos muito o que conversar. -Louis disse e Edward e eu trocamos um olhar antes de irmos até onde Louis estava e nos sentando em outro sofá.

Eu me sentia anestesiado, mesmo ainda não acreditando que aquilo era verdade, a sensação de ter minha filha nos braços era mais do que perfeita. Meu coração estava tão acelerado que poderia explodir.

-Ela está bem? -Edward perguntou.

Nós estávamos sentados lado a lado, em um sofá em frente ao que Louis estava.

-E-está mas… O que está acontecendo?! -Indaguei confuso e ouvi uma risada leve da parte de Louis, o que chamou tanto a minha atenção quanto a de Edward.

-Vou explicar algumas coisas e talvez vocês tenham que me explicar outras. -Disse e eu assenti. -Desde aquela última vez que nos falamos, eu resolvi me mudar, espairecer um pouco.

“Então eu saí da cidade. Arrumei um bom emprego e passei mais de oito meses por lá.

Minha mãe me ligou alguns tempos atrás, me pedindo desculpas e que era para eu voltar pois ela tinha uma surpresa para mim.

Fiquei confuso e lhe disse que não poderia deixar tudo pra trás daquele jeito, por isso não voltei imediatamente.”

-Poderia ir direto ao ponto?! -Edward estava quase roendo as unhas de tão nervoso, e o fato dele não gostar muito de Louis também afetava o seu comportamento.

-Ok, ok! Eu voltei antes de ontem e quando fui na casa da minha mãe, ela simplesmente me entregou essa criança e disse que era a minha filha. -Louis contou e eu abri a minha boca, surpreso.

Agora sim tudo fazia sentido. Elise tinha feito a denúncia e, como nem eu nem Edward tínhamos parentes vivos, ela quem pediu a guarda da minha filha pois havia convivido comigo por muito tempo.

E, claro, não posso deixar de achar que Marta também tinha um dedo naquela história. Elas deviam ser cúmplices.

-Mas por que sua mãe faria uma coisa dessas?! Ela é louca? -Edward se levantou do sofá em um pulo.

Vi Louis o encarar com uma expressão séria e depois relaxar com um suspiro.

-Ela me ama… Mas depois disso… -Ele apontou para Luna. -Acho que esse amor passou a ser uma doença. Minha mãe acredita que a culpa de eu ter ido embora é sua, Thomas. -Ele me encarou sério.

-Eu já devia imaginar. -Finalmente falei, olhando para Luna. -Como ela te contou sobre Luna? -Perguntei, voltando a olhar para ele.

Louis respirou fundo e se acomodou melhor no sofá.

-No início eu achei que ela estava adotando a menina, mas aí eu percebi que ela se parece muito com você, então perguntei para a minha mãe e ela me contou. -Disse e eu assenti automaticamente. Era difícil de acreditar que Elise era tão ruim daquele jeito.

-E o que você vai fazer? -Edward perguntou, sua voz não estava nem um pouco branda.

-Bem, eu adoraria deixar ela com vocês, mas depois que minha mãe contou sobre vocês não poderem vê-la, eu acho melhor cuidar dela por esse tempo. -Olhei Louis nos olhos e o mesmo me sorriu tranquilo. -Não se preocupe, eu a trarei todos os dias aqui, sem falta. -Completou a fala e eu me senti mais aliviado.

Caso soubessem que eu estava vendo Luna, era capaz de tirarem ela de mim de uma vez e aquilo eu não iria suportar.

Eu iria ter que me acostumar em vê-la apenas uma vez no dia, mas era muito melhor do que um mês inteiro sem saber notícias dela.

Passei Luna para os braços de Edward e continuei a conversar com Louis sobre o que faríamos. Para começar, tínhamos que desmascarar a mãe dele, talvez a tia também.

Tínhamos que organizar tudo para que a verdade sobre Elise viesse a tona.

Nós iríamos conversar com Jason, mas não tão cedo já que ele tinha saído da cidade para levar Alex em um hospital para verificar se a saúde dele estava boa.

Então ficou decidido que, enquanto Jason estivesse fora, Louis viria até nossa casa todos os dias, escondido da sua mãe e dos assistentes sociais, para trazer Luna.

Eu não sabia como agradecê-lo pelo esforço, sabia que lá no fundo ele era uma boa pessoa mesmo. Já Edward relutou um pouco, só agradeceu à Louis quando eu pedi.

-Então… -Louis chamou nossa atenção, que naquele momento estava totalmente voltada para nossa filha. -Eu tenho que ir. Minha mãe vai me encher de perguntas caso eu demore. -Ele disse, olhando para mim e para Edward.

Senti meu peito se apertar um pouco mais, aqueles momentos com Luna me fizeram esquecer momentaneamente de tudo o que estava acontecendo, mas infelizmente não era tão fácil assim.

-Queria poder ficar com ela. -Falei, acariciando o rostinho da minha filha.

-Eu volto amanhã no mesmo horário, pode ser? -Louis perguntou e eu assenti, sorrindo pra ele minimamente.

Edward e eu nos levantamos, ele estava com Luna no colo e parecia não querer largá-la de modo algum. Cutuquei o seu braço e ele assentiu depois de respirar fundo.

Ele passou Luna para o meu colo e eu, com todo cuidado, abracei a menina em uma despedida. Senti que iria chorar, mas segurei as lágrimas e dei alguns passos e coloquei Luna nos braços de Louis.

-Cuide dela, por favor. -Pedi e ele assentiu sorrindo.

-Eu volto amanhã. -Disse e eu concordei.

Acompanhamos Louis até a porta e nos despedimos. Esperamos até que ele entrasse no carro e só entramos quando o carro sumiu de vista.

Fechei a porta e respirei fundo. Parecia que um peso enorme havia sido tirado dos meus ombros, mas mesmo assim meu coração não estava cem por cento tranquilo, aquilo só aconteceria quando Luna estivesse em meus braços novamente, só que definitivamente.

Olhei para trás e vi Edward jogado no sofá, o corpo relaxado e a cabeça estava deitada no encosto do sofá e ele encarava o teto de forma séria.

Mordi o lábio e fui até ele, me sentando ao seu lado. Peguei em sua mão e entrelacei nossos dedos.

-No que você está pensando? -Sussurrei a pergunta enquanto deitava a cabeça em seu ombro.

Era fato que Edward e Louis não se batiam desde o dia em que eles brigaram, mas agora Louis parecia querer nos ajudar, não via motivos para que ele ainda continuasse com aquela implicância.

-Esse cara quer alguma coisa. -Ele começou a dizer. -Não acredito que ele queira dar uma de bonzinho logo agora. -Edward respirou fundo, sua voz saindo com um tom raivoso.

Suspirei e sorri. Levantei minha cabeça do seu ombro e fiquei o encarando até o mesmo olhar para mim.

-Eu sei que você não gosta do Louis mas, acredite em mim, ele pode ter feito muita coisa ruim no passado, mas agora ele mudou, Ed. -Falei mas Edward se levantou rapidamente e ficou me encarando seriamente.

-E se ele te quiser de volta, Thomas?! Hein?! E se ele quiser tirar a minha família de mim? -Perguntou com a voz aumentando algumas oitavas.

Fiquei de boca aberta com aquela explosão de Edward. Eu já tinha percebido que ele era um pouco ciumento se tratando de outras pessoas, mas quando o assunto era Louis a coisa mudava completamente.

Eu mesmo já havia lhe dito que o que eu sentia por ele era muito mais do que real, não seria fácil um sentimento como aquele ser esquecido, mas Edward continuar com aquela insegurança não era nada saudável.

-Eu já não te disse que eu te amo, Edward? -Perguntei me levantando e ficando em sua frente, mas ele desviou os olhos. -Por acaso você duvida dos meus sentimentos por você? -Ele ficou acuado e ainda não me olhava nos olhos.

Ele sabia que estava exagerando, eu não podia passar a mão na cabeça dele sempre.

-Eu só não quero te perder… -Ele disse em um sussurro e eu respirei fundo, sentindo toda a minha pose de durão ser destruída.

Me aproximei dele e toquei em seu rosto, fazendo-o se virar para mim até que nossos olhos se encontrassem. Fiquei admirando por um tempo aqueles olhos e logo sorri.

-Nada e nem ninguém irá me separar de você, meu amor. Temos algo muito além do sentimento que nos une agora. -Falei e ele assentiu, finalmente dando um sorriso mínimo. -Luna precisa de nós dois. Juntos. -Completei.

Edward encostou a testa na minha e abraçou minha cintura, me puxando ainda mais para perto dele.

-Você faz eu me acalmar tão rápido. -Rimos baixinho e logo nos envolvemos em um beijo calmo.

Eu não poderia dizer que, naquele momento, eu estava em um bom estado. Estava feliz em saber que minha filha estava bem e que a veria todos os dias, mas saber que ela estava tão longe me deixava triste ainda.

Aquele mês não seria nada fácil, nem pra mim nem para Edward.






 


Notas Finais


O que acharam?!
Não sejam fantasmas! Comentem
Até


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