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História Névoa vermelha - Capitulo 1: O Primeiro emprego, ou o quinto


Escrita por: lillamartinez

Notas do Autor


Apresentando algumas personagens.

Capítulo 1 - Capitulo 1: O Primeiro emprego, ou o quinto


Fanfic / Fanfiction Névoa vermelha - Capitulo 1: O Primeiro emprego, ou o quinto

Jovens vão se formando no ensino médio e começam a procurar novos objetivos de vida, já que o tão esperado (mais pelos pais do que por eles mesmos) diploma do colégio já foi alcançado. Alguns caem de cabeça em cursinhos para conseguir uma vaga nas melhores universidades de São Paulo, outros entram em uma faculdade qualquer e começam um emprego que só lhe permite pagar o curso.

                Lilla Martinez tinha cabelos ondulados castanhos escuros com a parte de baixo pintada de roxo-beterraba, olhos castanhos claros que ela adorava passar lápis preto bem forte, se sentindo rebelde; um blush suave quase parecendo que suas bochechas eram rosadas mesmo. Ela tinha um sorriso branco e sempre passava batom vermelho vivo nos lábios, com dentes grandes e perfeitos, ela conseguia tudo que queria com um sorriso. Altura mediana e magra, como todos costumavam dizer à ela, mesmo sempre se achando gorda. Estava sempre com uma cara séria, até perder a timidez e quem estava por perto notava o quanto ela era palhaça.

Ela já estava na Universidade São Paulo, alguns a consideram a melhor do país, mas ela odiava aquele lugar, fazia tudo aquilo em agrado aos pais. Então resolveu fazer algo por ela e começou a trabalhar de sexta, sábado, domingo – só os piores dias para se trabalhar em um shopping – na livraria. Eram dias agitadíssimos, o fluxo de pessoas não parava naquela loja. Lilla sempre ficava indo e vindo do seu setor para poder fazer atendimento rápido tanto nos Caixas (onde trabalhava) quanto nos setores próximos que precisavam de apoio. Seus pais queriam que a filha largasse o emprego, só que ela não queria sair; amava o trabalho. Como uma boa funcionária, se estressava, xingava os clientes mentalmente e depois de um tempo começou a sair depois do expediente para desabafos e fofocas.

Para quem busca o primeiro emprego, o shopping é tentador. Lojas movimentadas, vendedores lindos e sempre sorrindo, como se fossem as pessoas mais felizes do mundo. Foi em uma livraria de shopping em que Nina Endo começou a sua jornada no mercado de trabalho.

Nina é oriental, também tinha uma estatura média, magra e cabelo escuro levemente ondulado. Olhos escuros e delicados. Tem um olhar doce e frágil. Andava sempre com uma maquiagem leve, um pouco mais forte nos olhos, para realçar seu olhar oriental. Ela é linda. Sabe aquelas meninas que, por onde passa os homens olham e querem ter? Essa é Nina. Andava sempre na moda e com um leve ar de “licença, porque eu sou demais e você não merece minha presença querido”. Até hoje ninguém sabe como, mas ela é pessoa mais simpática que se existiu.

 Ela não tinha experiência na área, mas conseguiu ir bem a todas as provas de admissão para trabalhar no setor infantil. Ela sabia atender, ser simpática, sorrir, organizar tudo e sempre deixar o setor em ordem. Ela podia odiar aquelas crianças e seus pais metidos a ricos por comprar um livro de trinta reais aos filhos, porém achava o trabalho tranqüilo e era bom ter um começo até decidir que universidade cursar.

“Aff, são trinta reais e seu filho terá um pouco de cultura nessa vida, imbecil”. Pensava Nina cada vez que um cliente chorava para pagar mais barato no livro, enquanto não se importava em pagar duzentos reais em um jogo de tiro que deixava as pessoas violentas e burras.

Lilla e Nina começavam agora a trabalhar na mesma livraria em setores diferentes. Essa loja faz treinamentos com os novatos que também é usado como modo deles se conhecerem. E lá foram elas. O treinamento parecia ser algo chato e monótono: uma psicóloga falando dos seis pilares da empresa e da grande importância que era fazer um bom atendimento.

“O que essa mulher sabe de bom atendimento se ela não é vendedora?” – Lilla pensava toda hora nisso, esperando ansiosamente acabar para poder voltar para sua casa.

- Bem, agora que vimos os seis pilares, vamos ao coffeebreak e depois faremos uma dinâmica em grupo. – falou a psicóloga para alívio de todos. A garota continuou sentada, observando um rapaz acordar com o cutucão que recebeu. Quando decidiu sair do anfiteatro ficou observando um grupo de pessoas que trabalhavam junto a ela. Nina conhecia algumas pessoas e ficou em uma rodinha conversando e comendo os deliciosos pães de queijo que estavam na mesa.

Sem a menor dúvida os pães de queijo eram o que fazia valer a pena em todo aquele treinamento, e com certeza ele foi o mais comentado depois disso. Quando voltaram para o anfiteatro, a psicóloga pediu para dividir em grupos de até umas sete pessoas. Haviam duplas ou trios de cada loja, porém, a da Mega Center Norte, seis pessoas estavam presentes, então eles se juntaram, achando que eram os melhores. Alguns já se conheciam, outros eram completos desconhecidos, como Lilla, que se sentia fora de todo aquele grupo.

A psicóloga passou a primeira atividade. Rapidamente se uniram e a fizeram, zombando todo aquele treinamento. Ganharam notas altas e falavam que sua loja era a melhor. Como estavam na parte mais alta do auditório, se sentiam mais superiores ainda. Quando chegou a segunda atividade em diante, já não estavam com a mesma garra, e começaram a ficar para trás na dinâmica.

- Vamos lá gente, nós iremos acertar agora. Demos chance para os outros grupos ganharem, mas agora é a nossa vez. – falava Lilla com uma voz serena, um tanto forçada, muito parecida com o modo que a psicóloga falava, alguns perceberam e riram com ela.

- Hey, Lilla, você vai pro setor de auto-ajuda? – perguntou Nina.

- Eu não, tenho amor a minha vida. Sou parttime.– respondeu Lilla.

- Então você faz psicologia, né? – perguntou uma menina baixa e bem magra, cabelos crespos e escuros, com um alargador estranho na orelha, olhos caídos castanhos escuros. Seu rosto parecia sempre que ela estava com sono e aquilo tudo era muito chato.

- Não, não! Eu faço química – respondeu Lilla com risadinhas tímidas.

Não precisa ser um gênio para saber que essa equipe ficou em ultimo lugar na dinâmica, mas eles não estavam nem ai, só queriam ir embora.

- Dane-se tudo isso! – falava a menina baixa de cabelos crespos.

- Muito bom pessoal! Hoje nós fomos gentis e deixamos as outras lojas ganharem. Isso que é ter um bom coração. Parabéns! – Lilla disse ao grupo com aquela voz serena de quem esta zombando os psicólogos. Todos riram e foram embora.

 

Passado alguns meses chega ao setor infantil da loja uma menina baixa e de peles negras. Cabelos alisados com as pontas formando um cacho muito bem feito. Um sorriso branco que era capaz de iluminar o lugar que entrava. Olhos escuros e cílios imensos e negros. Ela vestia-se de modo bem formal, com uma blusa de lã com gola em V que formava um leve decote. Estava sempre sorrindo, que se mostrava muito animada por estar ali. Essa é Gabryella Assumpção. Uma garota doce e inocente.

Esse é o quinto trabalho da Gabryella. Em geral ela trabalha por menos de um ano e muda. Parece ser uma garota estranha. Alegre e muito empolgada todos os dias. Ela não fala da família, disse apenas que mora com uma amiga e que ainda não começou a faculdade.

- Meninas, vocês viram aquela menina que tava na loja? Ela comprou um livro do setor de vocês. – começou Lilla enquanto comia seu sundae de chocolate grande com canudos de chocolate.

- Aii, aquela com a cara de Patati-Patatá? – perguntou Nina, que comia o seu grande sorvete de ovomaltine com calda extra de chocolate DUPLO.

- Essa mesma! Ela ficou no caixa gritando com as amigas porque não pegaram o CD daquele cantor viadinho. Na boa, ela tem mão, o que custa ir ela mesma buscar? – disse Lilla.

- Ah gente, para. Às vezes ela não podia ter ido buscar. Estava com pressa e precisava muuuuito do CD e do livro né. – Respondeu Gabryella. Nina e Lilla jogaram aquele olhar perverso revirando os olhos. – Está bem, não defendo mais a cara de Patati-Patatá.

Todas caíram na gargalhada e continuaram a comer seus sorvetes falando dos homens lindos, altos e loiros que passaram na loja falando Francês.

Assim começa uma nova amizade, um trio inseparável. Gabryella a parte inocente que vê bondade em tudo e todos. Nunca enxerga o defeito dos outros. Já Lilla e Nina, bem, essas não precisam ir ao oculista, conseguem ver bem como são as pessoas e não cansam de lembrar a si mesmas e as novas amigas os pontos negativos dos outros. Sim, elas são simpáticas, alegres, sorridentes e tudo mais. Só que se mexer com uma delas, só posso dizer que o jeito de se salvar é mudar de cidade, se possível do país, pois elas farão da vida da pessoa um verdadeiro inferno.


Notas Finais


Será que essa amizade ficará realmente forte?


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