História New Age Of Super Heroes - IN FLAMES - Capítulo 1

P. O. V TJ

  Sabe quando você não sabe exatamente o que está sentindo?  Sabe quando acha que tudo havia acabado para você e então uma luz aparece e tudo começa a fazer mais sentido?  Foi isso que senti quando abri os olhos e aquele anjo acariciava meus cabelos, seu carinho era tão doce e cuidadoso, seu sorriso tão amável...era mamãe, que sempre me atendia quando eu precisava.  Nunca gostei do clima que havia nos hospitais, mas com ela ao meu lado aquela caixa de sapatos branca ganhava mais cor a cada sorriso daquele sonho que eu tinha mesmo acordado.
  Pelo o que eu havia entendido fiquei em coma por dois meses, se não fosse Kristópolos com certeza não estaria aqui. Era o dia de recebermos nossas medalhas de mérito, quando soube que Mike havia acabado com Khae o orgulho tomou conta de mim. Eu estava me arrumando em meu quarto, estávamos na sede da Evotech desde o fim da Guerra. Ouço alguém bater na porta, umideço os lábios me olhando no espelho soltando um "Entre".
  Peter coloca a cabeça para dentro do quarto e ri anasalado entrando, não exito em ir até ele o abraçando:

- Estou tão feliz por você estar bem, irmão. -nos separamos sem despregar os sorrisos de nossos rostos.

- Confesso que também estou feliz por estar vivo. -rimos baixo e Peter desvia o olhar para o espelho.

- Que isso hem? Thomas Jackson o terror das novinhas.  -ele fala numa voz engraçada.

- Também não está ruim Peter Christopher Delacour. -arrumo minha gravata- Poderia me atualizar? -ele se senta. - Escolhemos esperar você acordar para recebermos as medalhas...Bom, a maioria. -sento ao seu lado.

- A maioria?...-arqueio a sobrancelha.

- Jhon teve que voltar as pressas a sua cidade natal, parece que houve um furacão que destruiu tudo. Ele se voluntáriou para ajudar a encontrar os desaparecidos e prestar serviços aos necessitados. -Peter arregaça as mangas da camisa.

- Ele realmente é um herói, admiro muito ele por isso. -sussurro- E os outros?

- Jason...bem...-ele solta um suspiro, ah não, eu conheço essa cara- Conseguimos resgatá-lo mas ele está na ala psiquiátrica, Khae enlouqueceu ele.

- Ah Jason, se Khae não estivesse morto eu mesmo o mataria. -sussurro.

- Todo o resto de nós só teve alguns arranhões, Mark e David vão se casar e formar uma família.  Sook com a partida de Jhon voltou para a casa e está de namorada nova. Jade e Mike passaram o finalzinho das férias juntos em Las Vegas depois que voltaram da casa de suas famílias, casinos parecem ser legais. Reyna continua comandando sua base e vem aqui a cada 15 dias, ela vem pra cá hoje. Ana e Clar foram visitar a mãe de Ana, infelizmente ela faleceu...-ele faz uma pausa- Eu e Mack fomos para a Europa, meu sogro da um pouco de medo... -rimos baixo.
 
- E a Pan?...-sussurro mordendo o lábio.

- Ela não saiu do seu lado nem por um minuto, quando Willy a convenceu ir descansar você saiu do coma. -ele se levanta.

- Onde ela está? -me levanto junto.

- Se arrumando com as garotas...acho melhor se verem mais tarde -confirmo.

P. O. V. Mack

  Eu e as meninas estávamos conversando sobre os dois meses afastadas uma das outras:

- E então Mack, como vão você e o Peet? -Clar me pergunta agarrada à Ana.

- Ele me deu um anél. -digo mostrando o lindo anél em meu dedo.- Mas e vocês duas? -me refiro a Clar e Ana.

- Super bem! -Ama afirma sorrindo e da um selinho em Clar.

- Mas a Sook também ta namorando. -Jade diz dando uma empurradinha em Sook.

- Sim, eu e Momo nos conhecemos desde pequenas. -ela responde corada e Momo ri.- mas e você e o Mike?

- Nós... -ela cora.- estamos tentando...

- Tentando... sei -respondo rindo.

- Com licença meninas. -Peter diz entrando na roda.- Pode vir comigo amor? -ele me pergunta e as meninas começam a zoar.

- Own miga, não deixa ele com cara de cachorro sem dono não. -Sook diz brincando.

- Claro. -respondo Peter sorrindo.

Caminhavamos pelo jardim de mãos dadas, ele usava um belo terno cinza escuro com detalhes prata e seu cabelo estava penteado para trás, seu perfume era forte e com um cheiro másculo e ao mesmo tempo doce. Me deixava arrepiada:

- Mas e então, por que me chamou senhor Christopher? -pergunto quebrando o silêncio.

- Só queria sair daquele local barulhento. -ele diz e rimos.- Está muito bonita... -ele sussurra sorrindo.

- Igual a você. -respondo apertando mais sua mão.

- Fico feliz que Thomas esteja bem. -ele puxa assunto.

- Eu também, Pandora deve estar com ele agora. Matando a saudades. -digo.

- Você é a garota mais linda do mundo, sabia? -ele se senta num banco e me puxa para seu colo colocando o rosto na curvatura de meu pescoço. Sinto minhas bochechas queimarem, mesmo namorando com Peter a mais de dois meses ele sempre consegue me deixar sem graça.

- E a mais feliz também...-sorrio acariciando sua nuca, um sorriso se forma em seu rosto que automaticamente me faz sorrir também.

- Sabia que eu amo você?  -seus dedos faziam desenhos imaginários em minha coxa.

- Eu também te amo, querido.  Eu também amo você...-grudo nossos lábios em um beijo calmo e gostoso, posso jurar que Peter tem os melhores beijos que já recebi. Separo nossos lábios terminando com alguns selinhos, rio limpando o baton que ficou em sua boca e me levanto o puxando pela mão:

- Vamos senhor Delacour, depois comemoramos. -Peet da uma risada gostosa e ajeita o cabelo, entrelaçamos nossos dedos voltando para o prédio da Evotech.

P. O. V Pan

  Suspiro parando a centímetros da porta, eu podia sentir ele ali dentro daquele quarto. Eu sentia sua ansiedade, seu orgulho...sinceramente, minha vontade era de sentir seus lábios nos meus. Tomo coragem e bato na porta, sua voz rouca libera minha entrada, giro a maçaneta e entro. Seus olhos azuis estavam focados em mim, ele usava um terno completamente preto, seus cabelos estavam um pouco bagunçados e um sorriso completava aquela obra de arte.
  Por um instante fiquei paralisada no lugar, depois de vê-lo tanto tempo naquela maca era difícil que eu tinha meu Thomas de novo.  Corro até ele o abraçando, sorrio ao sentir seu cheiro tomar conta de mim, seus braços envolvem minha cintura e era inevitável algumas lágrima não escapar de meus olhos:

- Hey, tá tudo bem, Ruivinha. Tá tudo bem...-ele sussurra e rio baixo um pouco constrangida comigo mesma.

- Desculpa. -sussuro e fito seus olhos- Senti tanto sua falta, era insuportável te ver quase todos os dias mas não encontrar seus olhos naquela imensidão branca. -ele beija minha testa.

- Agora eu estou aqui...-ele beija a ponta de meu nariz e eu rio anasalado-...e vou continuar aqui, te atormentando todos os dias...-ele fita meus olhos acariciando minha bochecha com o polegar-...enquanto eu viver. -sorrio e nossos lábios se encontram, apoio as mãos em seu pescoço. Finalmente estávamos ali juntos, agora nada poderia nos separar.

(...)

Todos aplaudiam, eu podia jurar que eram milhares e milhares de Evos. Famílias inteiras de todas as cores, formas e formações possíveis, por um momento aquilo me fez pensar no futuro.  Iríamos subir no palco para receber as medalhas em uma ordem de sorteio, o primeiro foi Mark, depois Mike, Sook, Ana, Mack, Jade, Willy, Ian e então eu. Depois foi a vez dos conselheiros, Clar foi a primeira, depois David, TJ, Peter e Reyna.
  Por último Kristópolos subiu ao palco, seu terno era num azul escuro, quase preto. Se ouvia muitos aplausos em sinal de respeito, em seu peito foi colocado a medalha, quando colocavam essa medalha parecia que todo o peso do mundo era depositado em cima de nós, era uma grande responsabilidade.  Por último Jeanine foi fazer o discurso formal, aquela mulher era uma vaca mas eu adorava ela:

- Senhoras e senhores, querida Evotech. Hoje é um dia que se deve entrar para a história dos Evos, com toda certeza essa foi a batalha mais bem concluída de toda nossa existência. -se ouvia os aplausos de todos os lados- Desde que está Associação foi criada nunca havia sido tão aceita pela sociedade como nos tempos atuais, e eles...-ela se dirigia a nós-...é uma de nossas melhores Eras de Super Heróis treinados pela Evotech, muito obrigada, eu tenho muito orgulho de vocês.  Obrigada por não quebrarem minha confiança...

P. O. V Reyna

  Estávamos no Bar dos Evos, sabe, todo sindicato tem um bar para se reunir.  Os motoristas de ônibus, os de táxi, os carteiros, os padeiros, os policiais, a máfia, as gangues...enfim, todos têm um lugar para se reunir depois do trabalho, no nosso caso era o Bar Km 69. O Km 69 era um Bar bem popular entre os evos, o lugar certo para beber algo e relaxar.
  Alguns jogavam sinuca, outros conversavam no Bar, e coisas do tipo.  Eu estava sentada no balcão com Sook, bebia uma dose de Whisky e enquanto conversava com ela:

- Momo irá voltar para casa...-ela fala desanimada- Está arrumando as malas.

- Aconteceu algo? -arqueio a sobrancelha.

- Não é nada em nosso relacionamento, ela tem uma família. -ela suspira baixo- uma família que precisa dela tanto quanto eu.

- Eu entendo, mas você vai ficar bem...-aliso sua bochecha com o polegar-...tenho certeza que todos nós vamos cuidar de você.

- Obrigada Reyna...-um pequeno sorriso aparece em seus lábios. Sinto alguém me puxar pela mão me levando para o meio do salão, era Kristópolos.

- Na minha época não era exatamente assim que tirávamos as garotas para dançar, mas você não poderia dizer não.  -rimos e acompanho seus passos animados.

  Ele era como um pai para mim, me girava no salão com tanta leveza que eu poderia voar que nem iria perceber. Rio de suas palhaçadas e contio a acompanha-lo em sua coreografia improvisada.

P. O. V Ana

  Quando começou a tocar uma música mais animada vejo Kristópolos puxando Reyna para dançar, sorrio e desvio o olhar para Clar que estava em meu colo conversando com Ian. Coloco o rosto em seu pescoço alisando sua coxa, sinto suas unhas acariciar minha nuca e coloco a mão por dentro de seu vestido devagar brincando com a alça de sua calcinha.
  Sinto seu corpo se arrepiar com meu toque, sorrio dando alguns beijos em seu pescoço. Sua pele macia viciava meus lábios a encostar nela a todo momento, coloco a boca próxima de seu ouvido:

- Será que poderíamos dançar? -sussurro e ela fita meus olhos.

- O que quiser, meu amor.  -ela sussura devolta me roubando um selinho mordido.
 
  Clar se levanta e pega em minha mão andando até onde todos dançavam, ela coloca minhas mãos em sua cintura de costas para mim.  Ela rebola algumas vezes e então mordo os lábios, ela se vira envolvendo os braços em meu pescoço roçando os lábios nos meus:

- Você está me provocando, Skuratov...-sussurro apertando sua bunda.

- Essa é a idéia...-ela sussurra devolta, enfim, grudando nossos lábios em um beijo caloroso.

P. O. V Peter

  Eu e Mack estávamos em minha casa, meu pai estava viajando e os Evos estavam no Km 69. Na sala eu assistia um filme aleatório enquanto pensava em tudo que aconteceu nos últimos meses, Mack aparece quebrando o silêncio.
  Ela vestia uma camisa minha que ia até a metade de sua coxa e uma calcinha, seus cabelos estavam num coque bagunçado e com a falta de maquiagem suas sardas ficavam bem nítidas.  Ela estava perfeita.
  Trazia nas mãos uma panela com brigadeiro, um doce brasileiro. Ela se sentou em meu colo colocando uma colherada em minha boca dando um selinho logo em seguida:

- Porque você é tão lindo?  -ela diz dando um beijo na ponta de meu nariz.

- Esperma abençoado.  -ela solta uma gargalhada gostosa colocando uma colherada na boca.

- Devia ter mais irmãos então, muito egoísmo toda a beleza da família ser só para você.  -limpo com a ponta da língua sua boca suja de chocolate.

- Talvez eu esteja "lindo" por estar feliz, por te ter comigo. -sorrio e ela faz o mesmo, roço nossos lábios iniciando um beijo.

  Quando estava ficando mais quente meu celular toca, suspiro e Mack ri anasalado mexendo em meus cabelos.  Pego o aparelho e atendo:

- Agora? -questiono a outra pessoa na linha apertando a cintura da ruiva- Tudo bem, já vamos.

- O que foi? -ela pergunta curiosa.

- Reunião na Evotech, parece que temos um serviço.