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História New Beginning - Fright


Escrita por: unicorn27

Notas do Autor


Muito obrigada pelas mais de 3000 visualizações! Fico muito feliz que vocês estejam acompanhando a história!

Caso algum de vocês também seja leitor de Finding Love (minha outra fanfic Camren), gostaria de informar que ainda essa semana terá um capítulo novo!

Quero dedicar esse capítulo a luliswonder que sempre é gentil elogiando a história, dando seus palpites e comentando <3

Enfim, boa leitura!

Capítulo 15 - Fright


25 de maio de 2016 

- Senhorita Jauregui! - Uma voz falava com certo desespero do outro lado da linha - Olívia está no hospital. 

Senti meu coração parar de bater e tudo à minha volta começar a girar. Mal consegui escutar todos os detalhes, apenas foquei no nome do hospital e peguei a minha bolsa. Saí da empresa correndo, as pessoas tentavam falar comigo no corredor e eu escutava tudo em câmera lenta. Dirigi para o hospital como uma louca, nem sei como consegui chegar sem causar algum acidente. O mundo podia literalmente desabar a minha volta, mas nada poderia atingir Olívia, NADA. 

Assim que falei o nome de Olívia na recepção, a enfermeira da escola apareceu ao meu lado. 

- Se acalme, senhorita Jauregui, ela está bem! 

- Aonde ela está? Eu quero vê-la! 

- Ela está sendo operada. - Eu tinha certeza que desmaiaria a qualquer momento. Apertei minhas mãos com força no balcão afim de buscar algum equilíbrio. - Senhoria Jauregui, você está bem? - A enfermeira tocava meu braço.

- O que - o que está acontecendo com e-ela? 

Com o auxílio da enfermeira e de uma recepcionista, eu me sentei na recepção e comecei a tentar me acalmar quando me trouxeram um copo de água. 

- Ela começou a chorar de dor de barriga e quando foi levada a enfermaria eu diagnostiquei que era o apêndice. Chamamos a ambulância para ser mais rápido e ela foi para a sala de cirurgia agora mesmo. Ela vai ficar bem, senhorita Jauregui, fique tranquila, é uma cirurgia rápida e quase sem risco algum. A recuperação também é muito simples, principalmente para ela que é uma criança saudável. 

Não foi necessária nem uma hora para Dinah e Normani estarem juntas a mim na sala de espera. Dinah ainda tinha feito a delicadeza de passar em casa e pegar Nala, o bichinho de pelúcia preferido de Olívia. 

Eu odiava a atmosfera de hospital, eu tinha Nala em meu colo e olhava para um ponto qualquer à minha frente. Pelo que tinham nos falado, a cirurgia já estava próxima de terminar. Eu não acreditei quando vi Camila adentrando a porta do hospital correndo de mãos dadas com Eve até a recepção. Eu jurava que estava delirando até sua voz se fazer presente do ambiente.

- POR FAVOR! - Sua voz era de claro desespero - Eu preciso de informações de Olívia Morgado Jauregui! A data de nascimento é 21 de novembro de 2009; ela é loira, tem olhos azuis, veio para cá de ambulância direto da escola há uns 

- Se acalme, senhora. - A mulher cortou - Ela está em cirurgia, a família está ali. - Apontou em nossa direção. 

Eve veio correndo em minha direção e só deu tempo de colocar Nala ao meu lado antes de ter a pequena no meu colo. Eu comecei a chorar desesperadamente com Eve em meus braços. 

- Ela não vai ficar boa, tia Lolo? - Eve tinha a feição triste. 

- Vai, meu amor! Ela vai sim! Eu só estou com-com saudades de você. 

Abracei mais a pequena e vi Camila trocando algumas palavras com Dinah e Normani. 

Eve sentia que as coisas não estavam boas e apenas ficou abraçada a mim enquanto eu mexia em seus cabelos.

- Familiares de Olívia Morgado Jauregui? - O médico apareceu e todas ficamos de pé – A cirurgia correu muito bem. - Ele sorriu e automaticamente tirou uma tonelada de peso do meu coração - Ela ainda está sob o efeito da anestesia, então podem ir todas rapidamente na frente do quarto 1002 para vê-la através do vidro, coisa de 5 minutos. Assim que ela acordar, será transferida para o quarto e a enfermeira virá avisa-las. 

Eve foi para o colo de Dinah e seguimos todas para o quarto 1002. Meu coração batia tão acelerado que eu sentia que a qualquer minuto sairia do meu peito. Eu só sossegaria quando a vissa, eu tinha certeza disso. Quando me aproximei do vidro do quarto 1002, eu soltei o ar. Lá estava Olívia que parecia ainda menor naquela cama de hospital tão grande. Ela tinha soro em seu braço e dormia tranquilamente. Eu não conseguia tirar os olhos da minha filha, tudo que eu mais queria no momento era ver os grandes olhos azuis me encarando e ouvir sua voz doce me chamando de mamãe. 

Eu não sei exatamente quanto tempo fiquei velando o sono da minha filha, mas quando olhei para o lado, Dinah, Normani e Eve não estavam mais lá, apenas Camila. A latina tinha os olhos fixos em Olívia e eu sentia uma indignação crescendo no meu peito. 

- Acho engraçado você só se preocupar com ela quando ela está doente. - Eu precisava falar algo. 

Camila se virou para me encarar, os olhos que eu tanto amava agora carregados de tristeza, abaixo deles, olheiras que comprovavam que Camila não andava tendo boas noites de sono. 

- Não tem um dia que eu não pense nela. - Eu ri irônica. 

- Belo jeito de demonstrar que se importa, pensando nela. - Eu tinha um pequeno tom de deboche em minha voz. 

- Eu vejo Olívia dois dias por semana. 

- O que? - Minha voz saiu mais alto do que o esperado. 

- Eu sei que você mudou de emprego e agora sai um pouco mais tarde. - Camila respirou fundo - Toda terça e quarta eu consigo chegar um pouco mais cedo na escola e passo no mínimo 10 minutos com ela.

Camila não tinha deixado de ver Olívia todo esse tempo? 

- Você está vendo minha filha escondida? - Meu tom de voz já era elevado e uma enfermeira apareceu para nos guiar até uma saída dos fundos do hospital onde nós poderíamos "conversar a vontade". 

O espaço era grande e só nós duas estávamos lá.

- Me responde, Camila! Quem você pensa que é para ver Olívia sem eu saber? Eu sou a mãe dela! Eu exijo explicações! - Eu gritava. 

- Eu não podia deixar de vê-la! - Camila gritou de volta - Eu amo Olívia como se fosse minha, como você queria que eu parasse de vê-la? 

- Como? - Gargalhei de nervoso - Do mesmo jeito que você me impediu de ver Eve! - Aquilo era surreal - Chega! Eu exijo poder ver Eve pelo menos aos domingos de manhã. Deixe ela no parque e depois eu a levo de volta para sua casa.

- Eu não posso. - Seu tom de voz agora era mais baixo - Isso não depende só de mim. 

- Realmente não depende só de você! Também depende de mim e da Eve. Eu quero vê-la, Eve gosta de mim, só falta você. 

- As coisas não são assim, Lauren. – Enquanto eu estava cada vez mais nervosa, Camila parecia cansada por estar tendo aquela conversa. 

- Então me explica como são as coisas, Camila. O que eu mais quero é entender tudo que está acontecendo desde o dia 9 de março! 

- Eu não posso. - A voz da latina era quase inaudível. Eu sentia a raiva me consumir. 

- Eu não quero mais que você veja Olívia. - Falei baixo, mas a minha voz estava carregada de rancor. 

- Ela estuda na mesma classe da Eve, é impossível. 

- Então aproveite esses últimos dias do ano letivo porque em Setembro ela começará em outra escola.

Camila me olhou chocada, a feição totalmente surpresa.

- Lauren, não faz isso. - Ela pediu extremamente baixo.

- Quem você pensa que é para me pedir alguma coisa? Quem você pensa que é Camila? - Andei em sua direção, a raiva já me consumia por completo - Eu estou farta de toda essa situação! Eu passei meses sofrendo por não te ver e por não poder ver Eve. Passei meses pensando no que eu tinha feito e no que eu poderia fazer para Olívia não sofrer com o seu afastamento. Aí hoje, meses depois, eu descubro que você, na verdade, nunca se afastou. Justo você! Justo a pessoa que terminou com tudo! Justo você que criou todo esse ambiente horrível! Você continua vendo minha filha, Camila! Aí eu te peço uma hora no domingo com Eve e você nega? Seja um pouco menos egoísta! - Eu já tinha perdido o controle e falava tudo gritando. 

- Egoísta? - Camila explodiu e gritou extremamente alto - Tudo que eu fiz foi por você, TUDO! - Camila gritava tanto que eu via seu peito subir e descer - Você acha mesmo que teria terminado com você se eu não tivesse um motivo? - Lágrimas caíam pelo rosto da latina - Entende de uma vez por todas que eu fiz a única coisa que podia para proteger todas nós! - Ela explodiu. 

Proteger? De que raios Camila estava falando? 

Eu não tive tempo de falar mais nada porque logo a latina estava indo em direção a porta para entrar novamente no hospital. Então eu notei um pequeno brilho em sua mão, fechei um pouco os olhos para forçar minha visão a focalizar naquilo. 

 

"- Promete que não vai tirar ela do braço enquanto você me amar? 

- Prometo, meu amor." 

Fim do Flashback 

Ela ainda usava a pulseira. 

 

Dinah 

Eu ficava encantada de ver minha esposa interagindo com crianças. Eu sonhava com o dia em que finalmente teríamos nossos filhos. Normani tinha subido muito em sua carreira e continuava em uma fase de ascensão. Eu tinha que ter paciência, sabia disso. 

Meus pensamentos foram cortados assim que vi Camila se aproximando de nós, os olhos extremamente vermelhos não escondiam que ela tinha chorado. Parei ela no caminho. 

- Vamos tomar um café. - Peguei em seu braço a guiando até a lanchonete do hospital. 

Camila ficou uns 5 minutos apenas encarando o copo de café a sua frente e fungando. 

- Vocês conversaram? 

- Brigamos. – A resposta veio rápida.

- Mila - segurei sua mão - Você sabe que todas nós gostamos de você. Mas eu não tenho como entender o seu lado se você não explicar nada para a gente. 

- Dinah - ela respirou fundo - Eu não posso, tenta entender isso. 

- Você ainda ama a Lauren? - Um silêncio se instaurou e vi os olhos de Camila marejarem no mesmo instante - Nem precisa me responder, eu já entendi. – respirei fundo - Se você ainda ama a Lauren mesmo depois de meses separadas, porque caralhos você terminou com ela? - Camila riu fraco. 

- Parece ser muito simples, né? E eu queria mesmo que fosse. Se dependesse só de mim, eu jamais teria terminado com ela. – Sorri ao escutar aquela confissão e Camila arregalou os olhos imediatamente - N-não fala isso para ela. 

- Qual era o seu objetivo terminando com a Lauren? Só me responde isso, por favor. 

- Dinah, eu não posso, eu já – Cortei.

- Não. Você falou que não pode contar o porquê de ter terminado com ela. Eu não quero saber o motivo que te fez terminar com ela, eu quero saber o que você pretendia com esse término. - Camila me olhava confusa - As pessoas terminam visando várias coisas. Por exemplo, tem gente que termina porque depois que terminar vai ficar feliz, outras terminam para ficarem livres, outras para não sofrerem mais, outras para deixarem que o namorado aproveite alguma oportunidade. - Camila parecia assimilar o que eu dizia - Vocês terminaram e as duas estão tristes. Então só me fala isso. Apenas UMA palavra, Mila. Qual era o seu objetivo? 

- Proteger. - Os olhos castanhos finalmente me encararam com pesar - Eu precisava proteger ela e Olívia! De que adiantaria elas estarem felizes, mas correndo riscos? Nada. - Lágrimas corriam pelo rosto de Camila - Por mais que me doa, e acredite Dinah, me dói até o fundo da alma, é melhor ver Lauren longe de mim e triste, porém protegida! 

Camila tomou um grande gole do café. Proteção. 

- Proteger, Camila? De quem? 

- Eu já me arrependi do que disse. - Ela apoiou os cotovelos na mesa e colocou as mãos na testa - Eu não podia ter dito nada disso. - Camila me encarou - Mas isso me corrói todos os dias, Dinah, todos os dias! 

 

 

- Por favor, qual é o quarto de Olívia Morgado Jauregui? 

- 407, mas as senhoras não podem ir lá, ela já está com as duas visitas permitidas. 

- Claro que está! Nós vamos esperá-las aqui, obrigada. 

Camila ia se sentar e logo comecei a puxar a latina. 

- Aonde estamos indo? 

-  Para o quarto 407, não é óbvio? 

 

Camila 

Eve estava sentada ao lado de Olívia na cama enquanto Lauren e Mani estavam sentadas na frente delas. As quatro conversavam e Olívia apesar de ter acabado de sair de uma cirurgia, aparentava estar bem. Os olhinhos azuis estavam um pouco mais cansados, mas o sorriso não saía de seu rosto.

- Olha só quem chegou! 

- Madrinha! Tia Mila! - Olivia gritou contente. 

Dinah foi prontamente ao lado da pequena

Olívia estava agarrada com a Nala e eu lembro perfeitamente de quando dei esse presente para a menina. Tinha sido a minha escolha mais acertada pois desde o dia que ela tinha ganhado, não tinha um único dia que ela dormisse sem ela.

 

21 de Novembro de 2015 

Olívia já tinha aberto a maioria dos seus presentes de aniversário, mas alguns pacotes ainda estavam intactos e prontos para serem abertos pela aniversariante do dia. 

- Esse aqui é da Camila. - Lauren sorriu e trouxe mais um pacote para perto de Olívia.

- Outro, tia Mila? - A pequena me olhou contente. 

- Você merece. - Dei um pequeno beijo no rosto da menina. 

Olívia abriu o presente com expectativa e quando uma Nala de pelúcia surgiu na sua frente, a menina paralisou. A pequena levou as mãozinhas até o rosto e me olhou surpresa. Olívia foi correndo em direção ao meu colo e me abraçou forte com os bracinhos ao redor do meu pescoço. 

-Tia Mila - eu ainda segurava a pequena em meu colo quando ela me encarou - você me deu o melhor presente de todos! - Ela sorria largo - Eu amo a Nala, ela é a minha preferida de todas! Obrigada. Eu te amo muito. 

Foi a primeira vez em que Olívia tinha dito com todas as letras que me amava. Meu peito se encheu de amor; eu já amava Olívia como se fosse minha filha, ter escutado que a pequena também me amava, fez com que meus olhos ficassem marejados e meu peito se enchesse de alegria. 

Fim do Flashback 

 

- Tia Mila? - A pequena me tirou do meu transe.

Olhei para Lauren como se pedisse permissão para me aproximar e ela assentiu com a feição dura.

- Você nos deu um susto! - Passei minha mão pelo seu rosto pálido e dei um beijo em sua testa - Como você está se sentindo? 

- Agora eu tenho um dodói aqui. - A menina me mostrava o curativo da cirurgia. 

- Você vai ficar boa logo, logo. - Ela sorriu e não pude deixar de notar que ela tinha perdido seu primeiro dente - Promete que vai obedecer sua mamãe? - Ela assentiu - Suas madrinhas também! - Olívia concordava. - Tia Mila vai ter que ir embora com Eve, mas estou muito feliz que você esteja bem. - Dei um beijo demorado em sua bochecha - Eu te amo muito, Liv. 


Notas Finais


E então? Dúvidas? Críticas? Sugestões?

Que tal vocês deixarem algum comentário? Eu adoraria saber que vocês realmente existem e que as quase 200 visualizações por capítulo são realmente reais haha

Nos vemos na primeira semana de fevereiro!


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