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História New Change - Antes de qualquer coisa


Escrita por: Caramelin

Notas do Autor


Fala povin.

Não vou enrolar então até lá em baixo.

Capítulo 16 - Antes de qualquer coisa


Pov Lawrence

  Bati contra a parede fria do vestiário deslizando minhas costas até alcançar o piso frio e ficando imóvel ali. -por que eu não fui atrás?- acho que assim como eu, ela não deve ter cabeça pra mais nada e, eu nem tinha força pra correr ou fazer qualquer coisa que preste. Eu só queria sumir da face da terra sem que ninguém me seguisse, eu precisava extravasar mas não ali e nem agora. Uma confusão no colégio só iria piorar minha vida.

O barulho da porta abrindo se fez presente, pro meu alívio era só o Takashi. Ele me encarou vendo meu estado jogado no chão do vestiário. Caminhou até mim ficando próximo.

–Ei o que você fez em irmão? Vi Camila sair correndo com a Ally de uniforme atrás. – abaixei o olhar tentando pensar em alguma coisa que não fizesse ele me xingar– Fica tranquilo cara, sabe que pode confiar em mim independente do que aconteça né? Eu posso até ser apenas um Zé Droguinha asiático mas eu tô contigo sempre e você sabe disso e, além do mais não vo te deixar sozinho quando tá visível que você precisa de alguém.

Olhei pra ele com o sorriso mais sincero que eu conseguia naquele instante. Essa era uma das coisas que eu mais gostava no Takashi, por mais que eu mandasse ele se fuder e sair de perto de mim, ele sempre ficava independente de tudo, ele sim fazia jus ao título de "melhor amigo".

Tomei fôlego e falei.

–Resulmidamente, eu beijei uma das melhores amigas da Camila e devo ter acabado com qualquer possibilidade de ter ela como namorada– ele me olhou com aquela cara tipo "tu fez merda em" – eu estraguei tudo, quero morrer por isso.– falei num tom choroso.

Ele revirou os olhos e se abaixou na minha frente.

–Olha pra minha cara, meu negócio é enrolar baseado e comer pastel de frango e, eu não gosto de ver ninguém se culpando muito menos você Lawrence, então levanta essa bunda albina e vamo pra casa.

Ele puxou meu braço me fazendo levantar. Peguei minha mochila e saímos dali, deixei meu skate lá mesmo, não tava afim de encarar mais ninguém hoje. O caminho pra minha casa foi em silêncio tirando os arrotos que o Takashi soltava as vezes. Eu tinha recebido uma mensagem mais cedo do Dylan dizendo que ele e o Cent iam pro shopping comprar uns negócios sem importância pra mim. Perguntou se eu não queria ir, mas falei que não tava me sentindo muito bem, o que era verdade.

Mais alguns minutos de caminhada até chegar em frente minha casa, peguei a chave reserva, destranquei a porta e entramos.

–Nossa, não sabia que você morava numa mansão.– ele disse jogando a mochila no sofá.

–Meu pai queria uma casa grande o bastante pra gente se sentir "livre" , coisa dele– dei de ombros e fui pra cozinha, fiquei olhando pela janela já que eu não tinha apetite pra nada.

–Ei, você tem um isqueiro aí?

–Sério isso cara? Eu to aqui me sentindo um lixo e você só pensa em ver um monte de gnomo colorido correndo pela casa.

–Calma Law, só tava tentando aliviar o climao. E além do mais não adianta ficar estressado, a única coisa que você pode fazer é esperar que a Camila perceba que vocês nasceram pra ficarem juntos.– sentou no balcão pegando uma maçã .

–Japa – olho pra mim– não ta ajudando.

Ele fez sinal de rendição e voltou pra sala. Quando eu dei as costas pra ir com ele, escutei barulho de trovão, olhei de novo pra janela e nem tinha percebido que o céu tinha ficado escuro. Só pra deixar meu dia melhor, ótimo.

Me joguei na poltrona colocando meus pés por cima dos apoios.

Olhei pra mesinha de centro vendo que ali agora estava a mochila azul do Takashi, mas o que me chamou a atenção foi o pacotinho brilhante dentro dela. Como ele tava muito entretido com a caixa de cereal que pego na cozinha, nem percebeu quando puxei a mochila pro meu colo. Revirei os poucos livros presente e no meio deles encontrei o mesmo pacotinho com conteúdo verde que já esperava.

–Não acredito que você ainda usa isso.– no momento em que falei ele se virou pra mim arregalando os olhos.

–Quem te deu permissão pra mexer na minha mochila em?

–Você roubou minha caixa de cereal, então permissão é o que eu mais tenho.

–Tá tá e agora?Vai mesmo levar seu Best Friend pra policia?– ele fez a aquela cara do gatos de botas enquanto eu dava risada.

–Vou pensar no seu caso– joguei a mochila pra ele que prontamente a segurou.

Depois de um tempo ele ficou olhando pra dentro da mochila e parecia imerso em seus próprios pensamentos, até pensei que ele estivesse querendo abandonar aquilo, mas então ele virou me encarando fazendo biquinho.

Revirei os olhos antes de responder.

–Se quiser pode usar esse negócio, mas por favor não me suje o tapete. – ele pulo em cima de mim apertando minhas bochechas.

–Você é o melhor Law.

–Ta tá eu sei, agora sai de cima da minha costela.

Ele foi pra cozinha provavelmente tentando achar um fósforo ou coisa do tipo. Depois de alguns minutos, ele aparece com o pequeno pedaço de papel nas mãos, dá uma tragada em seguida soltando a fumaça.

–Isso é sensacional– falo se afundando no sofá.Dei risada e me ajeitei na poltrona–Não vai querer?

–Não, não quero virar um viciado, mas valeu– respondi jogando a almofada nele e virando pra TV

–Se que sabe, mais brisa pra mim.

Enquanto isso a chuva lá fora ficava mais forte, com vento, trovões e tudo que parece que o mundo ta acabando.

Ja tinham se passados umas 3 horas dês do colégio e, nessas 3 horas eu só conseguia pensar se Camila estava bem, se a Ally a acompanhou ate em casa, se ela já tinha esfriado um pouco a cabeça, um turbilhão de coisas passavam pela minha mente.

–Ela nunca mais vai querer olhar pra minha cara– disse.

–Relaxa, o destino sempre reserva surpresas inimagináveis pra gente.– só o que me faltava, um japonês chapado dando uma de filósofo.

–E se eu...– o som da campainha me interrompe. – já vai . – levantei da poltrona sem ânimo nenhuma.

Fiz sinal pro Taka esconder a mochila caso fosse uma pessoa que eu não conhecece.

–Já falei que tô indo– o barulho da campainha já não era meu preferido e ainda ficam apertando seguidas vezes, poha isso irrita. – No q posso aju...

Quando eu abri a porta o meu mundo parou, eu não sabia se acreditava mesmo que Camila estava na minha porta toma molhada por conta da chuva e com os olhos levemente inchados. Ainda não acreditando balancei a cabeça e puxei ela pra dentro.

–E-eu q-quero fa...– ela mau conseguia formar uma frase já que não parava de tremer. Interrompi ela.

–Camila, você não pode ficar molhada desse jeito, vai acabar ficando doente.

Vi que o tremor de espalhava por suas pernas, então eu a peguei no colo vendo que ela nem relutou por conta do estado em que se encontrava.

Quando estava no pé da escada, virei minha cabeça olhando pra Takashi.

–Tem um chá em cima da geladeira, faz ele pra mim fazendo favor.

Ele apenas concordou com a cabeça indo pra cozinha

Subi os degraus em direção ao meu quarto já que tinha banheiro no mesmo assim ela não precisava ficar andando muito.

Entrei no quarto e a soltei, ela abriu a boca mas não deixei ela falar de novo.

–Olha, antes de você me xingar, conversar ou seja lá o que veio fazer aqui, você vai tomar um banho quente está bem? A última coisa que quero é que fique doente. – falei sério pois eu estava realmente preocupado com ela.

Ela abraçou o próprio corpo e foi para o banheiro.Comecei a separar algumas de minhas roupas para ela, peguei um moletom preto, uma calça cinza e uma cueca nova, eu não sabia se ia querer, mas caso precisasse estava ali.

Desci para a cozinha encontrando o Takashi comendo salgadinho.

–Eia falo com ela? – perguntou enquanto me alcançava uma xícara do armário.

–Não, mandei ela tomar um banho quente antes de qualquer coisa. – peguei o chá é um pacotinho de biscoito e fui saindo. – se precisar de alguma coisa eu tô lá em cima.

–Fica tranquilo, vo fica quetinho na minha aqui, prometo que serei um servo bonzinho.– se jogou no sofá.

–Será recompensado depois meu caro, obrigado por tamanha gentileza.

Subi as escadas e entrei no quarto deixando as coisas no criado mudo .

Camila já tinha saído do banho e estava parada de frente pra minha parede de fotos onde se encontrava distraída olhando as pequenas imagens. Ela Vestia minhas roupas que ficaram grandes, mas que não poderiam ter ficado mais perfeitas nela. Eu poderia ficar observando ela ali sem problema algum, mas logo dei duas batidas leves na porta vendo o pequeno susto que levou.

–Desculpa, eu não tinha a intenção

Dei um passo pra frente ainda com um pouco de receio.

–Gostou das fotos? –troquei de assunto antes do silêncio se espalhar.

–Nem te escutei chegar. E sim, gostei muito delas. Deixa eu adivinhar, esse aqui é você. – ela falou apontando para a foto que eu tava agachado perto de um skate quebrado.

–Aham, dá pra perceber que eu gosto de skate dês de pequeno né? – Falei chegando mais perto.

–E esse no carrinho de compras também é você –Ela dizia passando o dedo pela foto enquanto eu só sabia admirar a garota ao meu lado.

–Dylan seria esse?– aprontou pra uma que ele fazia careta.

–Sim, ele vivia fazendo essas caretas, minha mãe ficava loca quando ele fazia isso nas fotos de família.

–E quem será essa criança pendurada na escada!?– falou irônica enquanto sorria.

–O Vincent pra variar né, é atentado dês de pirralho, incrível isso.

–Mas nessa aqui ele não parece que faz coisa errada. – disse apontando pra uma em que o Cent tava tomando suco.

–Uma hora a bateria dele acabava e nessas horas ele virava uma criança normal.

–Olha só, vocês parecem os irmãozinhos perfeitos na banheira.

–Não se engane, 5 minutos depois o Dylan tento me afogar enquanto o Vincent comia espuma. – eu tive certeza que eu poderia escutar a risada dela e nunca me cansaria do som maravilhoso que é.

Ela me encarou por um momento então abaixou a cabeça, estranhei o gesto mas não argumentei.

–Eu preciso falar com você– voltou a me encarar mas agora um pouco mais séria.

–Sou todo ouvidos.

–Hoje mais cedo eu nem te deixei falar ou quando tentava me explicar eu não ouvia, eu tava fora de mim, além do mais...– eu não tava conseguindo entender nada do que falava, ela simplesmente estava jogando um monte de palavras rápido demais.

–Ei calma, te prometo que tenho todo o tempo do mundo pra te escutar então sem pressa. – coloquei uma mecha do cabelo castanho atrás de sua orelha.

Abaixou a cabeça respirando fundo. Deixei que ela decidisse quando estava pronta pra falar.

–Algum tempo depois que eu saí do colégio, Lucy foi até minha casa– escutava atentamente cada palavra. –ela disse que queria me explicar o que realmente tinha acontecido mas antes falar qualquer coisa eu dei um soco na cara dela – pera, O QUE? Abri a boca pra argumentar. –Eu não terminei Lawrence– me interrompeu colocando o dedo indicador nos meus lábios em sinal de silêncio– depois do soco eu voltei pra realidade, eu tinha acabado de bater na minha prima e melhor amiga. Fiz isso porque a única coisa que eu conseguia pensar era que além de ter sido trouxa, eu estava realmente mogoada com ela, mas principalmente com você.– ela dizia tudo encarando o chão – Enfim, ela me disse algumas coisas que eu acreditei, como o fato dela gostar de você. E apesar de tudo eu não consigo te ignorar, mesmo que todas as horas de choro foram causadas por você.– agora eu que estava me sentindo mal.– Mas sabe o que é o mais louco?– ela deu uma risada curta – é que só de pensar no fato de te perder, meu coração já sente falta do teu abraço, da tua voz, do teu sorriso, da sua voz, das palavras de carinho e a atenção que você me dá. Eu não entendo sabe... É tão insano pensar que em menos de 2 semanas eu já não consiga parar de te quer.

Ela levantou os olhos pra mim e naquele momento eu me permiti se perder naqueles olhos castanhos que eu tanto amava. Não esperei mais tempo e capturei seus lábios enquanto agarrava sua cintura firmemente deixando o mínimo de espaço entre nós. Arfei com o contato e as unhas de Camila cravaram em minha nuca, aquilo iria arder com certeza depois mas quem disse que eu tava se importando com isso.

Senti a lingua de Camila invadir minha boca com certa agressividade, nosso beijo não mais era calmo, existia urgência agora como se não se víssemos a anos.Ouvi sua respiração tão ofegante quanto a minha e fui em direção ao seu ponto de pulso mordendo e deixando um pequeno beijo ali sentindo ela se arrepiar.

Arrastei meus lábios calmamente até seu ouvido e mordendo o mesmo

Insano seria se eu não te quisesse tanto Cabello.

Em um movimento rápido, dei um passo pra frente fazendo ela ficar entre meu corpo e a parede, ouvi seu gemido baixo quando nossos corpos se juntaram com o impacto.

Sentia que poderei fazer qualquer coisa agora,e eu queria a fazer feliz pra vida toda, mas principalmente agora e, céus, como eu a queria naquele momento.

Ela puxava minha camisa com força a cada beijo, tirei a mesma sentindo suas mãos pelas minhas costas novamente até que eu parei meus movimentos a olhando de cima a baixo

–O que foi? Gostou da minha roupa?– ela perguntou com um sorriso de canto e com a respiração descompassada.

–Sim, mas ia gostar mais se estivessem espalhadas pelo chão do meu quarto.

Ela colocou as mãos nos meus ombros me empurrando até minhas pernas baterem na cama, mais um empurrão me fazendo sentar na beirada da mesma. Ela começou a tirar o moletom e naquele momento, Deus, eu perdi toda sanidade que eu tinha. Aparece um sorriso em seus lábios enquanto a barra da calça descia delicadamente pela sua fina cintura. Meus olhos seguem observando seu corpo onde começam e onde terminam suas curvas, as curvas dos seus olhos, as curvas da sua boca... Eu já não conseguia me controlar, já necessitava sentir o cheiro no teu pescoço, arrastar minhas mãos por suas pernas. Puxei ela pra junto de mim a fazendo cair na cama comigo. Girei nossos corpos sentindo o corpo dela firme abaixo do meu, enquanto meu toque era trêmulo por ainda não estar acreditando em tudo. Agora sou eu que desenho tuas curvas com as pontas dos meus dedos.

Acredite – sussurro parte do seu ouvido vendo se arrepiar – Você corrompeu todas as minhas defesas.

Ela focou seu olhar em mim colocando suas mãos no meu pescoço.

–Não posso tirar de você que nunca teve.

E mais uma vez ela me tinha.O toque das suas mãos passando pelos meus cabelos, em seguida pelas minhas costas me causavam uma sensação inexplicável, Camila em si, me causava sensações inexplicáveis. Nossos corpos estavam grudados mas ao mesmo tempo em uma dança sincronizada onde os dois mantinham um ritmo calmo e excitante

Quando eu estava prestes a tirar sua última peça de roupa, senti um cheiro de queimado e logo em seguida berros.

–PUTA MERDA LAWRENCE ME AJUDA CASETE, EU NÃO QUERO MORRER CARBONIZADO.

Takashi

Camila arregalou os olhos assim como eu. Prontamente sai de cima dela pegando minha camisa que estava jogada no chão. Virei pra trás e ela apenas assentiu com a cabeça em confirmação.

–Não saia daqui.

Eu não desci os degraus, eu pulei escada abaixo quase caindo. O cheiro de coisa queimada já rodeava o cômodo. Passei pela cozinha vendo uma labareda de fogo em um pode derretido dentro de uma panela sendo que andos estavam com fogo.

–Mas que mer...

–AI CARALHO, CAIU FOGO NO MEU DEDO POHA. – eu não visto mas Takashi estava atrás do balcão com um pano de prato enquanto assoprava o próprio pé.

Balancei a cabeça e corri pra perto da pia na tentativa de pegar água, mas o fogo caiu em cima de bloquinho de papel fazendo a fumaça subir mais.

Foi aí que lembrei do alarme de incêndio, nem completei meu pensamento e o barulho do alarme começou a soar enquanto água saia do dispositivo logo acima de nós apagando o fogo. Corri pro lado da geladeira digitando a senha pra que aquilo parece, caso contrário em menos de 5 minutos bombeiros chegariam aqui e provavelmente ficariam putos quando vissem dois adolescentes e uma panela queimada em cima do balcão.

Depois de um tempo o fogo apagou deixando a cozinha, eu e Takashi ensopados com a com respiração acelerada. Olhei pra ele em busca de uma explicação.

–Eu não faço ideia do que aconteceu, eu coloquei o bote com água dentro da panela, então quando acendi o negócio explodiu e foi fogo no meu pé. – olhei pra pequena garrafa com líquido transparente perto do fogão e respirei fundo.

–Takashi, não me diga que você coloco álcool no pote pensando que era água por favor– até eu me assustei com minha calma.

–Oq? Não, claro que não...– ele olho pra garrafa depois pra mim de novo– tá, talvez eu possa ter confundido um pouco.

–Como assim um pouco idiota? Você não tem olfato não? É bem óbvia a diferença entre os dois.

–Eu não ia ficar cheirando a garrafa né Lawrence.

–Cheirar a garrafa você não quer, agora botar fogo na minha casa tudo bem. – dei uma revisada sarcástica. – quer saber? Foda-se, ninguém se machucou e é isso que importa não é mesmo?

– Bom, meu pé fi...

–Não é mesmo – repeti a frase um pouco mais alto.

–Isso, e mais uma vez o incêndio foi detido pelas partículas de água super poderosas.

Mesmo ele tendo destruído uma parte da minha cozinha, não deixava de ser meu retardado favorito.

Eu ia ver como Camila estava mas aí veio mais uma surpresa, a porta se abriu revelando meu pai, Clara e meus irmãos conversando, provavelmente ele devem ter se encontrado no shopping. No momento em que me viram pararam de conversar, eu também pararia até porque eu tava todo molhado com a casa cheirando fumaça.

–Pode começar explicando por que a casa cheira a fumaça, por que está molhado e quem é aquele garoto – meu pai disse autoritário.

–Esse é um amigo do colégio– disse apontando pra ele.

–Olá senhor e senhora Jauregui– eu teria dado risada dá cara dele se eu não estivesse tão nervoso.

–Então, explique.

–Eeer... Eu, a gente, eu e o japa estávamos– vamos Lawrence, pensa – estávamos fazendo o trabalho de química, sabe, experimentos que envolviam fogo e tals. Mas aí acabou saindo errado fazendo fumaça ativando o alarme, isso explica nosso estado e da cozinha. – engoli o seco vendo Vincent segurando o riso com aquele olhar "Quer mesmo mentir pra mentiroso?" . Mas ele voltou a postura inicial fingindo acreditar.– Não é mesmo Taka?

–É, foi exatamente isso, acabou saindo do controle por conta da empolgação– soltei o ar discretamente dando aleluia que ele não foi lerdo pra entender. – Mas agora eu vou indo.

–Não quer ficar aqui hoje? Está muito tarde pra sair pelas ruas mocinho. – Clara e seu instinto protetor como sempre.

–Não obrigado Clara, eu já causei problema demais por hoje– disse pegando sua mochila– qualquer coisa me manda a conta das panelas que eu destrui – olhou pra mim dando risada – tchauzinho – e saiu.

–Esse era o Ta...Taka...Taka. – é muito engraçado ver meu pai tentando lembrar dos nomes.

–Takashi, sim era o japa.

Ele ia continuar mas não só ele como meus irmãos e Clara, olhavam pra algo na escada.

Olhei pra onde eles estavam olhando me deparando com Camila usando meu moletom e um shorts que deve ter pegado no meu armário.

–Boa noite– ela disse quando viu que minha família estava presente. Mesmo lá de baixo vi suas bochechas se tornarem completamente vermelhas

–Boa noite– eles responderam juntos, menos Clara, ela virou pra mim e sussurrou baixinho "vou querer uma explicação sobre isso Lawrence", pela sua cara iria sobrar pra mim depois.

–Er...Camila você pode me esperar lá se quiser, já vou subir – sorri tentando diminuir o constrangimento.

–Ah sim. – virou e saiu rápido dando graças pela ajuda.

–A gente nem se mudo direito e já tá trazendo garota pra cá? Ligero você em– Cent falou recebendo um tapa de meu pai.

–Ele não vai ficar trazendo nenhuma garota pra cá – fez uma pausa – a menos que seja a Camila.

Dei risada vendo meu pai piscar pra mim.

–Bom, já que as coisas se acalmaram eu vô subindo.– virei as costas ainda escutando eles.

–Toma juízo

–Usa proteção

–Não faz muito barulho que quero dormir.

–Manda um beijo pra ela.

–Eu ainda não quero ser vovô.

Subi as escadas e entrei no quarto vendo Camila mexer em alguns dos meus livros na prateleira.

–Me desculpa pelo que aconteceu agora pouco, um japonês botando fogo na minha cozinha realmente não estava nos meus planos. – sorri meio graça.

–Imprevistos acontecem – disse se alinhando ao meu peito. – além do mais, seus pais estavam prestes a chegar.

–Mesmo assim desculpa– beijei o topo de sua cabeça e acariciando a mesma. –Camila por que não dorme aqui hoje? por favor– falei passando a mão por suas bochechas – além do mais a chuva ainda tá forte lá fora.

Ela me encaro por alguns segundos. Então se jogou na cama. Esperei pela resposta até ela vir.

–Tenho que avisar meus pais primeiro. – sorri e me joguei na cama junto a ela.

No final das contas ela recebeu uma ligação da mãe dizendo que precisavam sair pela manhã então assim quando a chuva acalmasse ela iria embora. Uma parte de mim óbvio que ficou triste por isso, mas outra parte estava completamente feliz por ter se entendido com Camila e ainda por cima ter ela deitada sobre meu peito enquanto escutávamos o barulho da chuva lá fora.


Notas Finais


Acharam que ia ter um hot né? (Pelo menos acho q pensaram) bem, não escrevi pq acho q n levo jeito pra hot, mas quem sabe né.
Outra coisa, o motivo pela demora beeeem mais longa, foi q a burra aqui por descuido excluiu os dois capítulos que já estavam prontos. Q raiva man -_
Mas consegui reescrever e aqui estamos, o outro eu JURO q posto amanhã d tarde ou cedo, n sei.

Até mais. E espero q tenham gostado.❤


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