História New choice- INTERATIVA - The prince

- ..E foi isso que aconteceu- Ivy terminou de contar a história a Marine, que estava sentada de pernas cruzadas na sua cama.
- Repete a parte da diretora- pediu a amiga.
-Ahhhh Marine, eu já te contei três vezes a história- resmungou Ivy, deitando na sua cama, logo depois de tirar as botas de cano baixo.
- Por favorrrr- pediu novamente fazendo biquinho.
- A diretora nos disse que não adianta brigarmos porque teremos que conviver um com os outros pelo resto do ano, então ela mandou nos para uma sala para almoçarmos todos juntos- ela repetiu, quase entediada- Fim.
- Eu não acredito que eu perdi isso- Mari disse, visivelmente arrependida.
- É, você perdeu- Pan resmungou, na sua cama, se virando pela terceira vez- Agora vocês podem me deixar dormir?
- Uhhhhh, tá bravinha porque? Você acertou um pelo soco naquele idiota- Ivy sorriu, virando de lado para as duas.
- É verdade- Pandora concordou rindo boba.
As risadas acabaram e o silêncio chegou.
- Quem vai dormir aqui hoje?- perguntou Mari.
Puts, elas nem tinham pensado nisso.
- Não sei, eu só quero dormir- Pan disse.
- Tá bom- Mari deitou novamente na cama- será que vai ter café da tarde?
- Acho que sim- Ivy disse, fechando os olhos, a última coisa que ouviu foi Marine repetir que estava com fome antes dela cair no sono.
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- Aquela desgraçada me paga- resmungou Katherine, após o banho, com Ferd no quarto, os cabelos já secos e lindos de novo.
- Isso não pode passar despercebido- Fernanda comentou, penteando o cabelo.
- O que mais me deixa com raiva é que o Luke não fez nada- ela reclamou, sentindo-se ofendida.
- Ele mudou, não sei porque, depois que eles chegaram, sei lá- ela comentou largando a escova, e sentando-se na poltrona cor de rosa.
- Tem alguma coisa de diferente nele- Kath falou, trocando o vestido curto por uma saia e um cropped.
- Aonde você vai?- perguntou Nanda, curiosa, vendo a amiga jogar o cabelo para o lado.
- Tirar satisfações- ela disse.
- Com quem?- perguntou novamente.
- Com seu doce, loiro e belo cupcake- Kath disse piscando e saindo, deixando a porta escancarada.
- Espera, vou com você- ela gritou, pulando da cama e saindo do quarto, fechando a porta rapidamente.
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- Vem pegar a bola seu molenga- Gritou Carter.
- Molenga? Serio?- Perguntou Drake, indo para cima do amigo, que jogou a bola à Mike, mesmo assim Drake não parou, continuou correndo em direção a Carter, que quando percebeu o que iria dizer começou a correr.
Mas ele não parou, continuou perseguindo o amigo.
- Paraa- Gritou Carter, enquanto corria a todo momento olhando para atrás.
À tarde estava aberta, o céu límpido, e os brilho do sol se tornando alaranjado. Logan, Mike e Elliot continuaram jogando enquanto os outros dois 'brincavam'.
Demorou meio minuto para que Drake alcançasse Carter, e não fez apenas isso, ele derrubou o filho do capitão gancho.
- Sai de cima de mim- Carter gritava enquanto se debatia embaixo do grandão.
- Retire o que disse- mandou o Moreno.
- Não- ele teimou agarrando a grama com os dedos e se arrastando, tentando sair de debaixo filhote de lobo.
- Retire o que disse- Drake disse, baixo e com a voz grossa, segurando a cabeça de Carter no chão, a bochecha colada a grama.
- Tá bom, tá bom- ele se rendeu- Eu retiro o que disse.
- Bom garoto- Drake saltou de cima do colega e o puxou junto pela camiseta.
- Você não é um bom amigo- Carter declarou.
- Eu sei, eu sei - ele concordou brincando- Agora chega de chorar e vamos continuar o jogo- Drake terminou empurrando o amigo e saindo.
Algo esbarrou em Carter, e consequentemente caiu.
Ainda meio tonto ele virou-se para ver uma juba de cachos avermelhados caída no chão.
- Você tá bem?- ele perguntou lá de cima, enquanto ela continuava no chão fazendo uma careta.
- Acho que estou- ela respondeu sentando-se.
Ele estendeu a mão a ela, para ajudá-la e ela não recusou a mesma, mas quando levantou-se e apoiou-se no pé esquerdo sentiu uma leve pontada.
- Meu pé- ela reclamou, se apoiando em Carter, que passou o braço pela cintura dela.
- Você quer ajuda para ir à enfermaria ou algo assim?- perguntou ele.
- Não precisa- ela disse soltando-se dele e meio caminhando meio mancando- Viu, já está até melhor.
Ela disse sorrindo para ele, que devolveu o sorriso.
- Tem certeza?- perguntou novamente, só para garantir.
- Tenho certeza- ela riu- Até mais- despediu-se dele, lhe dando as costas.
Ela mancou enquanto ele apenas a observava. Quando ele menos percebeu, já estava devolva aos colegas, e Drake começou.
- Uhhhhhh Carter, sempre derrubando garotinhas- ele disse e os amigos caíram na gargalhada.
- Vá se ferrar- ele xingou.
Eles precisaram de um tempo para recuperarem o fôlego.
- Então garanhão, qual o nome dela?- Perguntou Mike, enquanto jogava a bola pra ele.
Ele dominou a bola e parou.
- Eu não sei- ele disse, dessa vez olhando para cima, e recebendo vaias dos amigos.
- Carter, você é mais burro do que eu pensava- Logan riu.
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- Ivy- chamou Mari- IVY.
A garota acordou, um pouco atordoada.
- O que foi?- Perguntou Ivy coçando os olhos- Porque você me acordou?
- agora ela estava mal-humorada.
- Nossas coisas chegaram, e alias, é quase hora do jantar.- Ela disse animada.
- Qual é Marine, pra que foi me acordar?- ela resmungou retoricamente, bocejando.
- Porque é quase hora do jantar e nossas coisas chegaram- falou Mari, novamente, apontando para as coisas no canto do quarto.
- Nossa que bom- Ivy disse, virando-se de lado- Me acorde quando você for sair para jantar.
- Ivy, não dorme não, Pan saiu e eu queria conversar- Pediu a amiga.
Ela virou novamente na cama, que era tão macia que parecia ser feita de milhares de penas de ganso.
- Sobre o que quer conversar?- perguntou Ivy, botando o braço acima dos olhos.
- Nada de mais- ela disse- É que as coisas estão mudando, nós estamos mudando, eu estou sentindo isso- ela disse abrindo a mão ao final da fala.
- Eu sei- concordou a amiga- também sinto isso.
O silêncio prevaleceu, enquanto uma observava a outra.
- Você vai tomar banho antes do jantar?- perguntou Mari.
- Vou- Ivy respondeu levantando da cama tão rápido que se sentiu tonta com a visão preta- Estou indo, na verdade. Tem toalhas no banheiro?
- Acho que tem- Mari disse.
- Tá bom- disse ela, adentrando o banheiro e trancando a porta.
Ela olhou em volta, o banheiro tinha estilo unissex, porque claro, eles não saberiam quem iria ficar naquele quarto. A porta já começava em um tom branco  puxado para o dourado, as paredes não eram muito diferentes, o tom era praticamente o mesmo, o que mudava era os detalhes em azul claro, que formavam linhas desconexas, assim como formas.
Ela retirou a roupa e colocou dentro de um cesto de madeira, de tamanho médio.
Abriu a válvula que ligava o chuveiro em água quente, a temperatura perfeita.
A água percorreu seu corpo, quente e delicada, era incrível como o banho fazia todos refletirem, até mesmo ela.
E então, a primeira coisa que veio em sua cabeça foi Lukey, o modo como ele se referia a eles, como se eles fossem bonecas defeituosas que só precisariam de concerto. Era um modo frio de se pensar, porque para eles tudo sempre fora perfeito, sempre tivera tudo o que quisera, é claro, ele era o príncipe, as coisas nunca foram difíceis para ele.
Ivy acabou molhando os cabelos sem querer, e lamentou não estar com o anel de Elliot com ela, então optou por lavá-lo, sem saída.
Depois do banho tomado ela saiu do box de vidro, o vapor tomando conta do banheiro inteiro.
Ela enrolou-se na toalha branca que encontrou dentro do armário. O cabelo molhado enrolado em outra toalha, para acelerar a secagem.
- Até que enfim- agradeceu Mari, assim que Ivy abriu a porta do banheiro- Eu também quero tomar banho.
E passou pela amiga, correndo para seu banho, quase desesperada.
- Tá bom- assentiu Ivy, praticamente falando sozinha.
Ela vestiu uma saia preta que ia até a metade da coxa, um cropped preto e dourado, com um sapato parecido com uma bota com salto grosso, tudo graças às suas malas que haviam chegado.
Pegou rapidamente o anel em formato de dragão, dentro de um dos bolsos e colocou-o, passando a mão sobre o cabelo, fazendo com que ele secasse e ficasse lindo na hora.
Ela se olhou no espelho, enquanto analisava sua imagem refletida.
- Tá ótimo- ela disse a si mesma, enquanto abria as malas e arrumava suas roupas no enorme armário presente no canto do quarto, tudo através da mágica né.
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-Lukey - chegou Kath esbravejando, sem nem mesmo bater. Ao entrar fechou a porta com um estouro, Fernanda a estava seguindo mas desistiu, dizendo que iria dar uma olhada em algumas das programações da semana.
- Eu- Respondeu Luke, que estava deitado na cama, já com uma roupa diferente, uma calça de moletom e sem camisa, lendo algum livro.
- O que você pensa que está fazendo?- perguntou Katherine batendo o pé.
- Sobre o que?- perguntou ele, o sol já estava sumindo no horizonte, ele retirou o livro da frente dos olhos.
Seu cabelo loiro estava meio bagunçado, lhe dando um ar super sexy, o peitoral musculoso e a barriga definida, igual aos braços, eram fruto dos exercícios de luta e manuseio de armas.
- Sobre eles, você está deixando eles agirem como querem, como se fossem pessoas normais- ela começou, seu corpo se mexia, conforme ela ia falando- Neste instante eles estão lá fora, juntos com o resto de nós.- ela disse apontando para a janela e espiando eles lá embaixo, um deles segurava Ursula pela cintura, como se estivesse agarrando-a enquanto os amigos o observavam de longe, rindo uns para os outros.
- Por que vocês implicam tanto com eles?- Lukey perguntou, levantando da cama de casal alta, cheia de travesseiros macios e indo pegar uma camisa encima da poltrona- Eu não entendo, eles não machucaram vocês.
- Mas machucaram nossos pais Lukey- respondeu ela.
- Mas é isso que vocês não entendem, não foram eles, não foi Ivy quem fez a maçã envenenada, nem Mike que soltou a maldição da Roca, não foi Logan quem tentou matar Alice, nem foi Carter quem tentou acabar com Peter- rebateu Lukey- Não foram eles, foram seus pais- Lukey deu um passo hesitante- Eles não nos fizeram nada.
- Eles são iguais aos pais, está escrito na cara deles- ela continuou.
- Não Kath, eles não são- Lukey deu meia volta, respirando fundo para não surtar, mas ela já tinha feito.
- Você não pode deixar eles ficarem- ela grunhiu- Se não tirá-los da escola, eu os tiro.
- Do que está falando?- ele perguntou, curioso, voltando seu olhar a ela.
- Se você não tirar eles dessa escola eu tiro, acredite Luke, todos os outros têm a mesma vontade que eu, apenas tem medo de falar- ela disse.
- Você não vai fazer isso- ele disse, crente de que ela estava apenas exagerando.
- Vou, e se a democracia não vencer meu reino vai declarar guerra- ela disse, com uma calma duvidosa.
- Não é seu reino, é de seus pais. E baseado em que você vai fazer isso?- Lukey perguntou, ficando nervoso com o modo como a discussão estava tomando um rumo errado.
- Baseado na ameaça que eles representam aos reinos, baseado na experiência anterior que tivemos com seus pais, baseado nisso tudo- ela argumentou.
- Você tem noção do que está fazendo? Do que está dizendo?- ele caminhou até ela novamente, eles se encararam por um tempo.
- Sim, eu tenho plena noção- ela respondeu.
- Eu não vou mandá-los de volta, eles não são ruins, nós não os ajudamos antes, isso não vai se repetir- ele disse convicto, estufando o peito, a cara fechada, as sobrancelhas franzidas.
- Eu não estou blefando- Kath soltou, o encarando, olhos nos olhos, as pontas dos narizes quase se tocando.
- Sei que não, mas Enchantia é o maior reino de todos, eu pensaria duas vezes antes de declarar guerra contra mim- Lukey falou.
- Viu?- ela perguntou rindo- Você é arrogante, era disso que eu estava falando- ela sorriu satisfeita.
- Não sou arrogante- ele disse.
- É claro que é, todos somos- ela respondeu- Todos devemos ser.
- Já acabou?- ele indagou, cansado da conversa.
- Sim, chega de papo- ela disse aproximando-se dele, passando suas unhas compridas pelo peitoral dele e encaixando-às na nuca do rapaz.
- O que você está fazendo?- perguntou ele estranhando, suas respirações um pouco anormais.
E então sem aviso nenhum ela o beijou, e Deus do céu, ele era de carne e osso. Agarrou-a pela cintura, aproximando os dois corpos, os lábios do garoto percorriam o pescoço dela, as mãos ágeis dele puxaram as coxas dela, que grudou as pernas ao redor dele.
Ele empurrou ela para a parede, colando-os ainda mais, enquanto ela o beijava com mais desejo, bagunçando seu cabelos, ele ergueu sua saia, apertando as nádegas o suficiente para fazê-la gemer, ela arranhou as costas dele, ele empurrou novamente ela para a parede, eles nunca tinham feito isso antes, embora ela quisesse, ele sempre havia dito que não seria certo pela Fernanda, mas se não era o certo a se fazer então porque estavam ali?
Ela chupou seu pescoço, deixando uma enorme marca roxa, ele mordeu o lábio dela, ela gemeu novamente, apertando ainda mais suas pernas ao redor dele.
E de repente ele parou, ainda segurando ela pelas pernas.
- O que foi?- ela perguntou.
- O que estamos fazendo?- ele perguntou.
Ela sorriu, tentadoramente.
- Você sabe o que estamos fazendo- ela respondeu.
-Você estendeu minha pergunta- ele disse- Porque estamos fazendo isso agora?
- Porque sim, por que você simplesmente não para de pensar um pouco?- ela suspirou, quase decepcionada.
- Não dá - ele respondeu, largando-a no chão.
- Está fazendo isso pela Fernanda?- ela indagou quando ele lhe deu as costas e caminhou até a porta.
- Por favor- ele pediu abrindo a porta para ela, sem olhá-la.
- Você está me mandando embora?- ela perguntou ofendida, jogando o cabelo para o lado e abaixando a saia.
Ele não respondeu, só abriu um pouco mais a porta.
- Você é um idiota- ela disse, antes de sair pisando duro.
- Eu sei- ele respondeu, fechando a porta e caminhando até a cama novamente, o tapete peludo roçando em seus pés descalços. Ele retirou a camiseta novamente e jogou em qualquer canto, deitando- se e pegando o livro ali perto, mas logo largando-o. Saberia que não conseguiria se concentrar em nada além do que havia acabado de acontecer, uma pessoa o impedirá de continuar, e com toda a certeza do mundo, o nome dela não era Fernanda.
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A janta foi anunciada, do mesmo modo que o almoço, e todos se dirigiram ao mesmo lugar.
Diferentemente de como fora servido no palácio, a janta ali era parecida com o almoço, cada um servia-se do que quisesse, colocava tudo em uma 
bandeja e ia sentar-se em alguma mesa. Foi exatamente o que os exilados fizeram, chegaram lá logo depois de terem anunciado a janta, e conseguiram uma mesa boa.
Acompanhando o movimento de entra e sai dos outros, todos sentados em mesas conversando, apenas os filhos da ilha em silêncio, o clima estava meio tenso por causa de Mari e Logan, que estavam em lado opostos na mesa, o mais longe possível um do outro.
- Então gente, quem vai dormir no nosso quarto hoje?- perguntou Ivy, em um tom baixo, para que mais ninguém escutasse.
Os garotos se entreolharam e olharam por fim para Mike, talvez porque o considerassem quase um líder.
- Eu não sei, gostei do novo quarto, então vou ficar nele- Mike disse, olhando para Logan- Mas alguém não foi um bom garoto hoje, então vai dormir com vocês- Ele terminou e Logan já começara.
- Sem essa, não vou dormir no quarto delas hoje- ele protestou.
- Eu por acaso disse seu nome?- indagou Michael, olhando-o diretamente.
- Então não sou eu?- perguntou Logan, quase esperançoso.
- Sim, é você- respondeu Mike, tentando conter um meio sorriso, olhando para seu prato.
Carter cutucou Drake e ambos caíram na gargalhada, enquanto Logan fechava a cara, Pan riu também ao lado de Liot que continha um sorriso estampado no rosto, Mari permanecia conversando com Ivy, sabe-se lá sobre o que.
- Decidido, Logan pode pegar o que precisa e ir pro quarto delas- Mike disse, levantando-se da mesa, já terminado a janta, e sendo seguido pelo resto dos meninos que também já haviam acabado, inclusive Logan que andou juntamente a eles, cabisbaixo.
O caminho até o quarto foi feito em silêncio, apenas com Drake e Carter que riam entre si, ao adentrar ao quarto todos quase correram para suas camas, deixando Logan em pé, olhando para todos com raiva.
- Eu não vou dormir com elas- ele disse, já com a porta do quarto fechada, pegando uma manta do armário e levando pra um canto do quarto, jogando ali a coberta e deitando.
- Ahhh vai, e não é nem por falta de espaço, é pelo fato de que vai sobrar um lugar lá, vai que alguma princesinha resolve ir para o quarto delas- Elliot disse, olhando para o teto.
- Quero só ver então- ele disse, arrependo-se no instante seguinte.
 Mike apenas deu uma olhada para Drake, que obviamente era o mais forte dali, que levantou-se da cama em um salto, agarrando Logan pela cintura rapidamente e abrindo a porta do quarto deles.
- Volto já- Drake disse antes de fechar a porta, puxando o filho da rainha de copas consigo.
Drake bateu à porta do quarto das meninas, que foi aberta por Pan.
- O que foi?- perguntou ela enquanto abria a porta, logo vendo Logan, sendo empurrado por Drake para dentro do quarto.
- Entrega para vocês- brincou o filho de lobo, fechando a porta em seguida.
As meninas ficaram em silêncio, Mari ainda estava fora do quarto, fazendo sei lá o que.
- Bom- Pan começou, já estava de pijama- Pode dormir naquela cama- ela disse apontando para a cama que ficava próxima à de Mari.
Ivy apenas olhou para ele, ela estava já deitada na cama, queria acordar mais cedo no dia seguinte.
Logan bufou, indo para a cama.
- Apaga a luz- pediu, em um tom educado, pois saberia que agora estava no território delas.
- Palavrinha mágica?- perguntou Pan.
- Por favor- ele disse rindo.
Ela apagou a luz, indo para a cama também, enquanto o garoto retirava a camisa e a calça, ficando apenas de samba canção.
Então um tempo se passou, Logan  rolava de um lado para o outro sem sono enquanto as duas garotas presentes no quarto já deviam estar dormindo a algum tempo.
Ele só conseguia pensar em Marine, mesmo que negasse a si mesmo gostava dela.
Então ele ouviu um barulho de metal e a porta se abriu, uma fresta apenas, e ela entrou, fechando a porta em seguida e trancando-a, tentando fazer menos barulho possível, tirando os sapatos e deixando-os ao lado da porta, sem acender a luz caminhou até o banheiro, onde desfez o coque e tirou a roupa, ficando apenas de roupas íntimas, voltou para sua cama, ao lado da de Logan, que observou tudo em silêncio.
- Onde você estava?- ele não se conteve, sussurrando enquanto ela se aninhava a manta.
- Puta merda- ela se assustou, quase dando um pulo da cama, colocando a mão ao peito- Você estava aí o tempo todo?- ela perguntou preocupada.
- O tempo todo- ele afirmou.
Ela respirou fundo, simplesmente aceitando.
- Boa noite- ela disse, cobrindo-se e virando de costas a ele.
Estava tudo tão silencioso que ambos podiam ouvir suas respirações.
- Me desculpa- ele pediu.
- Não- ela foi curta e grossa.
- Ahhh por favor- ele pediu.
- Não- ela disse novamente.
Então ele parou de pedir. Ela fechou os olhos, desejando dormir, até sentir um braço lhe pegando na cintura, um corpo extra na cama.
- Sai de perto de mim- ela mandou, magoada.
- Só saio se você me desculpar- ele chantageou.
- Não vou te desculpar- ela disse e ele apoiou o nariz nos cabelos dela.
Ela sentiu um frio na barriga, ao sentir a mão dele na curva de sua cintura nua.
- Tudo bem então- ele abraçou com força ela, colando os dois corpos, ela suspirou enquanto ele beijava o topo da cabeça dela.
- Eu não queria ter dito aquilo- ele sussurrou, acariciando a barriga dela com o polegar.
- Mas disse- ela custou a dizer, devida a respiração que estava qentrecortada.q
- Eu sei- ele lamentou, afastando o cabelo dela e beijando o pescoço da garota, que se recusava a se mexer, embora estivesse sentindo borboletas no estômago.
- Para com isso- ela pediu, quase implorando, o corpo inteiro formigando.
- Parar com o que?- perguntou ele, baixinho.
Ela se virou para ele rapidamente, a cama estreita para os dois, que estavam colados.
- Para de agir como se estivesse tudo bem- ela reclamou, com lágrimas nos olhos, a voz quase embargada.
- Eu sinto muito pelo que fiz- ele sussurrou- Me perdoa, eu sei que você se preocupa comigo, mas ver você conversando com aquele Mex me deixou nervoso.
Ela sorriu, nervosa.
- Era só para perguntar coisas sobre o colégio e alias, o nome de é Max- Marine falou, então sentiu o aperto em sua cintura afrouxar.
- Viu- disse ele.
- O que?- perguntou ela.
- Você já sabe até o nome dele- ele resmungou.
Ela passou a mão pela nuca dele.
- Você também sabe, só finge que não por implicância- ela soltou, rindo baixinho e ele também.
O luar adentrava ao quarto pela janela de cortinas abertas e iluminava os dois, parecia até uma cena de contos de fadas.
Ela sorriu enquanto ele a observava, ela estava perfeita do jeito que estava, o travesseiro os deixavam no mesmo nível, mas ele resolveu erguer a cabeça e se aproximar mais.
Seus lábios roçaram um no outro, os narizes se tocando, as mãos de acariciando, e eles ali, quase apaixonados pelo momento, ele puxou ele pra mais perto, enquanto ela passava delicadamente a mão pela nuca dele.
Até que o fôlego acabou, fazendo com que ambos se separassem, e ficassem apenas de encarando.
- Acho melhor voltar para a minha cama- Logan disse, com Mari ainda embasbacada, ele se levantou mas ela o prendeu pelo braço.
- Fica aqui comigo- ela pediu e ele imediatamente, quase como um robô, obedeceu.
- Fico- falou - Mas só esta noite- ele quase prometeu, coitado, mal sabia ele que muitas outras noites como essa ele teria.
Ela abraçou ele, descansando a cabeça em seu braço enquanto o outro estava depositado sobre a cintura dela.
E assim ficaram, até ambos, serem embalados pelo sono, ouvindo as batidas de corações um do outro.