PRÓLOGO
“Os Heróis não nascem, se fazem.”
-Andie McPhee, seriado Dawson’s Creek.
As noites ficaram mais escuras. Os dias, mais sombrios. Nenhum cidadão estava seguro. Os passos ecoavam pelas ruas chuvosas das cidades. Era como se o tempo frio colaborasse com o clima, elevando o ar melancólico presente.
Mutantes e meta-humanos estavam sendo caçados. Preços eram oferecidos por seus rostos sem vida, e a atividade se tornou mundial. Crianças, homens, e mulheres. Não importava. Alguns guardavam os corpos para si, ou expunham como troféis. Manchas de sangue marcavam as ruas, casas de família eram invadidas, e pichações com palavras de guerra se encontravam em cada muro, em cada esquina.
Dias terríveis, com toda certeza.
Todo e qualquer ser com habilidades sobrehumanas estava sob profunda ameaça.
Ao mesmo tempo, crimes corriam soltos. Assaltos, atentados, sequestros. A polícia não dava conta. Uma catastrofe imensa.
Tudo desencadeado por um mesmo motivo.
Os heróis haviam desaparecido.
Os primeiros a sumir foram os menores, ajudantes, que não fariam uma falta tão gritante. Mas logo, quase todos os grandes meta-humanos haviam sido levados.
Tuas famílias foram aparentemente poupadas, mas o pânico lhes corroía.
E aquela sensação contagiou toda a população. Sentiam-se perdidos, onde estariam os salvadores? Quem lhes libertaria das garras do mal agora? O que estava acontecendo?
Aproveitando o avoamento da multidão, o governo decidiu entrar em cena. Iniciou-se uma campanha publicitária intensa propagando o ódio; Diziam que todos os heróis lhes tinham abandonado, e até levantaram a hipótese de estarem se reunindo, formando um exército, para tentar “dominar o mundo”. O planeta se dividiu em dois lados extremos, os que acreditavam, e os que não botavam fé nas palavras da imprensa (a grande e esmagadora minoria). Foi aí que a “temporada de caça” se iniciou.
Mas, havia uma esperança. Fina, limitada, mas poderosa.
Cinco heróis haviam escapado. Esgueirando-se pelas sombras, conseguiram não ser capturados e, juntos, sobreviveram.
Ravena. Capitão América. Mulher-Maravilha. Homem-Formiga. E Flash.
Distintos, porém únicos.
Descobriram, no subsolo de uma cidade no interior chamada Montawk, uma espécie de “clareira” dentre o esgoto da cidade. Passaram a viver alí, e aqueles que possuíam filhos que herdaram seus dons trouxeram apenas estes consigo.
Quando a situação ficou crítica lá fora, decidiram que precisariam dar um passo a frente, deixando o orgulho de lado.
Haviam dois lados sofrendo, e se quisessem dar um jeito, teriam de se unir.
Tinham de falar com os mutantes. X-Men e Irmandade.
A rivalidade baseada em que o público aclamava os heróis enquanto rejeitava os mutantes deveria ser esquecida, da mesma forma que os grupos mutantes também deveriam se reconciliar.
Assim, Wolverine, representando os X-Men, e Magneto, a Irmandade, se uniram ao grupo.
A idéia surgiu.
O processo era preciso. Construíram, no subterrâneo, um refúgio com dormitórios, salas, tudo. Então, todo mutante ou herdeiro de herói deveria ser recrutado, e protegido. Treinariam os interessados, e começariam uma missão de encontrar os perdidos, e descobrir o que estava acontecendo.
Mas para que desse certo, precisariam confiar uns nos outros.
Um mês depois, estava pronto. Agora era hora de agir.
Todos eles iriam buscar os perdidos, um a um, e convencê-los a se juntar àquela força que se formava timidamente.
Assim salvariam os heróis.
E assim, se tornariam heróis.
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