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História New History, New Reality - Second Solidariedade, Desespero, Problemas


Escrita por: PyromaniacShow e Islandyyy

Notas do Autor


Olá minha gente! Sentiram saudades? Bom, foi mal por ter demorado tanto pra postar de novo, mas acreditem que esse Cap deu trabalho mesmo. Já vou avisando que esse aqui não tem o Naruto como Central, mas é terrivelmente importante pra história então leiam com atenção. De todas as formas, acho que nos vemos lá em baixo.

Capítulo 2 - Second Solidariedade, Desespero, Problemas


Mais tarde, na floricultura Yamanaka, Inoichi suspirava pesadamente enquanto retirava suas sandálias, já dentro da própria casa, exausto, não fisicamente, mas espiritualmente, sendo que não demorou logo para que ele desse de cara com uma mulher de cabelos castanhos escuros e olhos tom de gelo, que o recebeu com um leve beijo nos lábios.

(N/A: Gente, eu não conheço nem tenho ideia do nome ou quem é a mãe da Ino, então eu tô improvisando de última hora).

– Como foi seu dia, querido? – Yamanaka Miia perguntou gentilmente, deixando sua preocupação exposta ao ver a expressão ligeiramente dura e irritada de seu marido, normalmente relaxado e até mesmo brincalhão. – Eles lhe chamaram tão de repente...

– Infelizmente eu não posso dizer nada – Inoichi falou, dando um suspiro cansado. – O Hokage-sama declarou como um segredo de classe S.

Em resposta, Miia apenas concordou levemente, entendendo o que Inoichi queria dizer com aquilo, embora ainda estivesse preocupada com o estado de espírito do mesmo, já que era bem claro que o chakra dele estava agitado. Para uma ninja sensor como Miia, era bem fácil notar pequenas coisas que as pessoas eram boas em esconder.

– Mas, depois de hoje, eu finalmente decidi fazer alguma coisa sobre aquele “nosso assunto” – Inoichi falou, assumindo uma feição determinada e firme.

Não era escondido de ninguém que Inoichi e Miia estavam tentando adotar Naruto há anos, mesmo que fossem barrados ou enviados para outras vias, os dois ainda tentaram por anos e anos a fio antes do Conselho Civil definitivamente barrar qualquer tentativa de adoção para Naruto, sendo que eles até chegaram longe e baixo o suficiente para garantirem que nem um membro do clã Yamanaka possa sequer chegar perto do orfanato até o garoto ser expulso do mesmo.

Claro que Miia também não era boba. Se Inoichi estava trazendo aquele assunto logo depois de ter sido ordenado a manter silêncio por um segredo classe S, claro que tudo aquilo tinha a ver com Naruto, além de que, estava mais do que claro que o que quer que tivesse acontecido, fora mais do que o suficiente para claramente abalar Inoichi.

Claro que tudo isso estava fazendo Miia passar diversas situações e cenários em sua mente. E não gostava nem um pouco de cada um deles.

– E o que podemos fazer? – Miia perguntou, uma carranca se formando em seu rosto. – Aquelas múmias e bundões do Conselho nos impediram de adotar o garoto. Se pelo menos o Hokage-sama pudesse...

– E você sabe bem porque ele não pode – Inoichi retrucou, interrompendo a esposa. – Ambos sabemos bem que o Sandaime-sama apenas é o Hokage interino até o Yondaime-sama voltar, então não tem poder o suficiente para poder baixar grandes decretos ou coisas do tipo, além de que, se ele mostrar favoritismo ou qualquer outro tipo de apoio do que pequenas coisas, isso pode gerar animosidade dentro do Conselho e fazê-lo perder apoio político até Yondaime-sama voltar. E sem o apoio, mesmo que discreto do Sandaime-sama, Naruto muito provavelmente seria atirado para fora da vila ou seria entregue para Danzo ou qualquer outro para o transformarem em uma arma, e isso seria uma catástrofe.

– Políticos de merda... – Miia resmungou, fazendo Inoichi sorrir levemente com certo divertimento, já que era bem difícil fazer a matriarca do clã Yamanaka ficar irritada o suficiente para xingar.

– Eu não gosto disso também – Inoichi disse, dando um leve beijo na testa da mais velha. – E também tenho total certeza que Chouza, Shikaku e a maioria dos líderes de clãs não gostam também. Mas mesmo assim, esperaremos pacientemente o nosso tempo e, quando a hora chegar, vamos todos atacar e seremos tão firmes que nem Danzou ou qualquer outra daquelas múmias vai poder dizer um único pio no que dizermos ou fizermos.

– Você sabe... esse tipo de conversa realmente me deixa excitada – Miia disse, beijando levemente o marido.

– No momento atual, a adoção não está sendo um caminho viável – Inoichi comentou, dando um suspiro cansado antes de logo dar um sorriso meio travesso. – Mas nunca ninguém disse que não podíamos tentar outros caminhos.

– E o que tem em mente? – Miia perguntou, olbando para a janela que dava para a floricultura do lado de fora, e consequentemente, a rua em si. 

– Amizade – Inoichi disse, sorrindo com certo orgulho que guardava apenas para sua própria família e para algumas pessoas mais próximas.

– Eu sabia que casei com você por algum motivo – Miia brincou levemente, dando um sorriso travesso e até certo ponto maligno. – Até que esse rostinho bonito tem uma boa mente, não acha?

– Isso foi maldade, Hime (Princesa) – Inoichi comentou, fingindo um pouco de indignação conforme Miia apenas ria levemente do marido.

A interação atual foi cortada poe uma pequena Yamanaka Ino, que estava cantarolando alguma música qualquer ao parar no batente da porta que dava diretamente para a sala de estar, vendo seus pais se encarando de uma forma que a fazia sempre ter que sair de onde quer que eles estivessem. Embora os motivos para tal regra existir ainda estarem confusos para a pequena herdeira Yamanaka.

Em resposta, a garota apenas fez uma pequena careta ao ver que seus pais havia lhe interrompido na sua “super divertida” hora de cantar antes de apenas suspirar e seguir para o sofá que ficava abaixo de uma janela enquanto se colocava a cantarolar novamente enquanto procurava formas engraçadas nas nuvens, não chegando a notar o casal mais velho se esgueirar para mais dentro da casa para terem um tempo de... “diversão pessoal”.

**País do Vento**

Ao mesmo tempo, em uma das famosas Cinco Grandes Vilas Shinobi, conhecida como Sunagakure no Sato (Vila Oculta da Areia), uma jovem de muito provavelmente seis ou sete anos conhecida como Sabaku no Temari caminhava pelas ruas da vila. Seus cabelos tinham uma tonalidade de loiro sujo e eram sempre amarrados em quatro pontas meio espetadas, lhe dando uma aparência ligeiramente única, mesmo que o luxuoso kimono roxo que vestia já desse uma certa ideia de quem ela era. E mesmo que aquilo não fosse o suficiente, o leque ornamentado que ela carregava no Obi (Faixa) em sua cintura era mais do que o suficiente para denunciar sua identidade, sendo o mesmo uma homenagem de sua falecida mãe.

Sabaku no Karura havia morrido àlguns anos antes, dando a luz ao irmão mais novo dos três filhos do próprio Kazekage (Sombra do Vento), o conhecido Sabaku no Gaara, sendo que a própria Temari jamais perdoou, tanto o próprio pai quanto os dois anciões da vila ao organizarem a sequência de fatos que levaria a morte de sua adorada mãe.

E a esquerda de Temari vinha o segundo irmão dos três, Sabaku no Kankuro era seu nome. Ele era, de certa forma, charmoso para a idade. Tinha a cabelos marrons e um rosto razoável, além de se vestir relativamente bem com uma camisa branca comum e calças cargo marrons. Numa avaliação geral, ele não teria reais problemas em arranjar alguma garota para sair ou se divertir, se não fosse a sua recente mania e fixação por bonecos estranhos e roubar a maquiagem da irmã mais velha.

Logo a direita de Temari e a direita da pessoa a direita de Temari estavam, respectivamente, Sabaku no Rasa e Sabaku no Gaara. Dizer que os dois eram parecidos seria, de certa forma, um grande mal entendido, já que os dois, em basicamente todas as formas possíveis, eram simples e completamente idênticos. O cabelo vermelho denso, mais escuro por parte de Rasa e mais claro por parte de Gaara, o mesmo tom de pele ligeiramente pálido, mesmo vivendo num deserto e até os anéis escuros ao redor dos olhos que os faziam ter uma semelhança bem estranha com guaxinis. Até a roupa dos dois era parecida, sendo que Rasa estava vestido em uma túnica de Kage enquanto Gaara vestia uma túnica igualmente branca e verde. 

De certa forma, não era realmente uma surpresa ver as pessoas se afastando da família enquanto os mesmos seguiam pelas ruas, mas estava totalmente errado aquele que achava que o povo o fazia por respeito. Não, eles se afastavam por um único, simples e claro motivo: medo.

Há pouco mais de seis anos atrás, ouvindo a fala interminável dos anciões da Vila, Rasa tentou fazer o escoamento do Ichibi no Shukaku (Shukaku de Uma Cauda) numa criança ainda nem nascida. E Gaara havia sido escolhida como tal criança, apenas para que Rasa pudesse tentar atrair mais contratos do Daimyou (Lorde Feudal) do Vento, levando não só a morte de Kadura, mas também a um Jinchuuriki (Poder do Sacrifício Humano) instável que jamais poderia dormir e sempre estaria as portas de perder a sanidade.

Temari trincou os dentes ao se lembrar daquele episódio que resultou na ruptura daquela família, já relativamente disfuncional. Tanto ela quanto Kankuro tinham apenas uma sombra de um relacionamento entre irmãos para com Gaara devido ao medo de ações um pouco inconscientes da areia do mesmo, enquanto o próprio Rasa havia se tornado mais distante e frio do que já era, preferindo voltar sua atenção quase completamente para a Vila ao invés de seus próprios filhos.

Isso sendo que, o mais afetado por aquela morte, mesmo não sendo totalmente consciente ou responsável, havia sido Gaara.

Devido ao fato de sua areia ser basicamente um ser vivo e com uma vontade quase própria, não importava o quanto Gaara tentasse ser amigável com as pessoas ou se aproximar porque ou as próprias pessoas se afastavam ou a areia dele acidentalmente acabava atacando, machucando ou em alguns casos mais problemáticos, até mesmo matando quem estivesse por perto, sendo que o único atual porto seguro e pessoa confiável de Gaara era seu tio e cuidador, Yashamaru. E mesmo ele ainda sofria algumas vezes com tais episódios de descontrole.

Temari sabia que aquilo estava pouco a pouco quebrando Gaara de dentro para fora e mesmo assim não conseguia se forçar a ir mais e frente do que poucos episódios de amizade para com o garoto mais novo, especialmente pelo fato de Rasa ter explicitamente ordenado que tanto ela quanto Kankuro não se aproximassem muito da criança mais nova, o que só piorava tudo mais ainda.

Temari apenas soltou um pesado suspiro enquanto pensava no quanto e quando aquela família havia ficado tão ferrada quanto já estava antes de ouvir um som leve e continuo por um segundo e meio. Um conjunto de baque ligeiramente surdos que sua audição já ligeiramente treinada pela Academia Ninja reconhecia como sendo kunais se chocando contra um muro de areia erguido instintivamente por Gaara ou Shukaku, Temari não sabia ao certo dizer. As pontas de ferro afiadas a centímetros de seu rosto chocado e surpreso o suficiente para soltar um grito de medo e surpresa, perdendo de imediato todo o controle que tinha da areia ao seu redor, que de imediato se levantou a uma velocidade alarmante para se chocar contra o telhado do prédio em que o atacante estava.

Em resposta imediata, Rasa agarrou Temari e Kankuro e os empurrou em um vão entre dois prédios, apenas murmurando para os dois ficarem lá conforme os gritos de terror de Gaara soavam pela rua conforme tudo o que se podia ver era a areia arrastando um ninja de Suna (Areia) pela perna, seu rosto congelado em terror enquanto tentava lutar contra a areia.

Ainda assim, Temari notou que, de alguma forma, a postura de Rasa estava firme e até um pouco relaxada, como se ele estivesse realmente esperando por aquilo, mesmo que tivesse tido o mínimo de decência possível para usar um pouco de se pó de ouro, guardado em uma pequena jarra presa ao seu cinto dentro de seus roses, para parar qualquer tipo de desastre antes de acenar para o nada, fazendo um ANBU típico de Suna surgir ao seu lado. 

Infelizmente era claro. Rasa havia armado aquilo, Temari podia ver apenas pela postura do homem mais velho a sua frente enquanto o ANBU levava o ninja para longe, e isso, de alguma forma era irritante. Irritante, cruel e quase insano o suficiente para fazer Temari tremer e sentir uma dor aguda no peito por seu irmão menor, que tava tremendo violentamente em um canto da rua, agora totalmente deserta pelo fato de pessoas terem imediatamente corrido para longe ou se escondido dentro dos prédios assim que a areia de Gaara entrou em ação.

Se aquela família algum dia teria salvação, Temari não sabia dizer, mas sinceramente esperava que esse dia chegasse logo, porque era impossível dizer até quando a sanidade de Gaara poderia suportar.

**Em Um Laboratório Perto do Mar**

Tudo estava meio frio. Frio e escuro, ela podia sentir.

Era meio estranho, já que suas memórias estavam estranhamente embaraçadas, mas aos poucos tudo parecia entrar em melhor foco enquanto algo parecia lhe chacoalhar levemente, fazendo com que seu processo de despertar acelerasse levemente.

– Oe... você... bem? Acorde... – a voz parecia lhe chamar, fazendo-a perder lentamente o pouco de sono e embriaguez que sentia.

Aos prováveis doze anos de idade, Mitarashi Anko acordava de um sono estranho, sem qualquer sinal de sonho algum enquanto sentia uma leve ardência na bochecha esquerda, sinal de que alguém estava lhe dando tapinhas leves em sua bochecha para lhe despertar, o que funcionou bem, já que seus olhos marrons claros doeram ao se encontrarem com a claridade do local.

– O-o que? – Ela murmurou, um pouco confusa e dolorida.

Seu corpo inteiro estava dormente e frio, como se tivesse ficado dentro da banheira por tempo demais e acabado por pegar no sono... O que ela não sabia era o quanto aquela pequena analogia estava terrivelmente certa.

– Um de vocês, peguem logo algo para ela se cobrir! – uma das vozes falou, claramente feminina e bem autoritária.

– E por que deveríamos nos preocupar com isso? Ela é só mais uma das putas do traidor... – outra voz soou, masculina, grossa e muito mal humorada. – A gente devia cortar logo a garganta dela e seguir em frente.

– O- o que tá acontecendo? Cadê o Sensei? Ela se perguntava enquanto tentava por os pensamentos em ordem. O... O que aconteceu depois de termos saído para aquela viagem?

Tudo estava bem confuso e estranho. Mesmo para os padrões dela.

– Peguem. Uma. Roupa. Pra. Ela. Agora – a mulher de antes grunhiu, frustração e raiva evidentes em sua voz.

– E por que eu deveria procurar algo pra uma traid- – O que quer que ele fosse falar foi repentinamente cortado por um forte som de impacto junto de um alto “CRASH”.

– Assim que voltarmos para Konoha você vai entregar sua máscara e retornar ao posto de Chuunin – a mulher grunhiu. – Não tolero e jamais tolerarei insubordinação em minha unidade, estamos entendidos?

– Sim senhora – O homem grunhiu, claramente irritado, embora tivesse seguido para acatar as ordena da mulher. 

Depois de alguns minutos de nervosismo e medo que mais pareceram horas, a garota finalmente pode ver o “rosto” da mulher que falava. Ainda sem poder mover o corpo propriamente, só conseguindo ter tal visão depois da mulher chegar mais perto e se curvar sobre ela, colocando um pedaço de pano por cima de seu corpo que, só naquele momento estava mais do que claramente nu, como no dia que ela veio ao mundo.

Mesmo na luz não muito fraca e verde do local a garota conseguia reconhecer os tanques de líquidos estranhos, colocados um ao lado do outro daquele lugar, como seu Sensei havia lhe mostrado antes não muito tempo atrás, se sua memória ligeiramente falha não estavivesse lhe pregando peças. E ainda assim ela podia ver pedaços de corpos e animais nos tanques mais próximos, claramente mortos, pela forma como estavam separados e mal formados.

Então, depois do que pareceu uma eternidade a garota coneguiu reconhecer o padrão da máscara e do uniforme da mulher de antes, sendo essa uma ANBU de Konoha.

Ela era ligeiramente alta e vestia uma roupa ANBU padrão preta e sem mangas, com uma armadura leve por cima, lhe protegendo o tronco, pernas, cintura e braços, deixando a mostra os ombros e a parte superior dos bíceps junto das duas tatuagens que a marcavam não só como uma membro da divisão especial de Konoha, mas também como uma capitã, além da mesma ter um cabelo de cor roxa bem mais clara se fosse comparada a cor do cabelo de Anko. E claro, sua máscara estava pintada e esculpida para ter uma forma similar a de um gato.

Com a respiração ainda levemente trêmula, Anko respirou fundo e decidiu finalmente falar.

Neko-san... on-onde eu estou? O que está acontecendo?

– Antes de eu responder isso, primeiro preciso que você me responda algumas coisas em sinseramente, tudo bem? – A ANBU falou depois de parecer considerar as próprias palavras. – Sinceramente, eu peço que considere bem suas palavras daqui em diante e espero sinceramente que você seja apenas mais uma vítima nessa situação toda.

Anko ficou ainda mais confusa do que antes. Talvez até mesmo um pouco temerosa diznte do tom sério da ANBU.

– Qual é o seu nome e idade?

– Mitarashi Anko – a garota respondeu rapidamente. – Nove anos.

Claro, a ANBU sabia bem quem a garota era, mas ainda assim não pôde deixar de ficar levemente surpresa com a resposta da menor, já que Anko claramente não tinha o corpo de uma garota de nove anos pelo o que tinha conseguido ver antes, tendo já começado a desenvolver busto e quadril, além de uma altura claramente maior e uma marca estranha no lado esquerdo do pescoço, sem dalar que a resposta foi imediata e simples, sem um único vestígio de mentira ou maquinações.

– Ok, Anko-chan, qual é a última coisa que você se lembra? – A ANBU logo perguntou em seguida.

– Eu... eu estava na estrada com o Orochimaru-sensei – Anko falou, parecendo um pouco confusa. – Tinhamos acabado de sair de Konoha para uma viagem de treinamento.

Por um momento, Neko sentiu choque chegando à sua face coberta. Se aquilo que aquela criança estava falando era verdade, então ela devia ter, no mínimo, três anos simplesmente apagados da vida e da memória, mesmo que ainda tivesse que perguntar algo mais para ver se precisaria ou não dar um fim naquela criança naquele momento, Neko ainda não conseguiu evitar uma pontada de solidariedade para com a mesma.

– Quando vocês sairam, Orochimaru falou alguma coisa sobre o porquê de terem que ir? – Neko perguntou firme e rápido. – Nós sabemos que foi algo de última hora, então eu gostaria de saber se teve alguma expicação sobre o fato.

– Orochimaru-sensei disse que estávamos indo em uma viagem de treino a longo prazo– Anko falou, um pouco confusa sobre a falta de honoríficos no nome de Orochimaru. – Quanto a partida, ele só falou que era porque ele queria e, como isso já era comum dele, eu não liguei muito. Por quê? O que aconteceu com o Sensei? Pegaram ele e fizeram experimentos sambém?

Sentindo nada de malícia ou más intenções na voz de Anko na sequencia rápida de perguntas, Neko soltou um suspiro pequeno e rápido de alívio e tirou a mão do kit ninja às suas costas e lentamente cobriu as mãos da menos com as próprias.

– Anko-chan, me desculpe pelo o que eu vou falar agora, mas não tem como dizer isso de forma mais fácil – Neko falou firme e rápido. – Você vai receber mais alguns detalhes quando voltarmos para Konoha, mas por agora você precisa saber que, nan oite que você saiu da vila, Orochimaru nos traiu – logo que Neko falou, ela logo sentiu Anko se tensionar em suas mãos. – Nós o pegamos fazendo experimentos inumanos em pessoas e ninjas da nossa própria vila antes dele conseguir escapar do Hokage-sama e do Jiraya-sama, além de ter lhe pegado no meio tempo que o procurávamos. Depois ele lhe entregou mentiras sobre os motivos da partida dele para você e, se você soubesse de qualquer cosia sobre os atos de traição dele eu teria lhe matado neste exato momento ao invés de apenas le questionar.

Lentamente, Neko sentia seu coração apertar ao ver o rosto da garota passando do choque ao nervosismo, depois para medo e em seguida total descrença e traição, acabando por fazer a ANBU decidir continuar logo antes que sua força de vontade quebrasse diante daquela cena.

– E isso não é tudo – Neko logo continuou. – Acreditamos que ele tenha lhe tratado, não como estudante, mas como uma experiência, já que esta sala que encontramos faz parte do complexo do que a divisão de inteligência acredita ser um dos laboratórios de Orochimaru – parando levemente para tomar fôlego, Neko logo continuou. – Nós fomos enviados para cá para investigar e lhe encontramos em um desses tubos. Você é a única coisa viva de todo o complexo.

Enquanto isso, a expressão no rosto de Anko continuava a desabar pesadamente enquanto algumas lágrimas começavam a escorrer de seus olhos.

– Por fim, já faz três anos desde a traição de Orochimaru, Anko-chan – Neko falou, vendo a expressão de Anko cair mais uma vez em desespero. – Você não tem mais nove, Anko-chan. Talvez algo por volta dos 11 ou 12, mas definitivamente não 9.

Anko, por sua vez, não conseguia acreditar no que ouvia. Orochimaru, o sensei dela, o homem a quem encarava como um ídolo por anos a fio havia simplesmente usado-a logo em seguida descartado-a como se não fosse nada além de lixo, fazendo-a perder três anos da própria vida como se não se importasse com absolutamente nada, sendo que o pior de tudo era o fato de que, a partir daquele momento, ela seria inevitavelmente associada a um traidor, a deixando irremediavelmente “manchada” em todo o seu histórico ninja e, inevitavelmente, na própria vida.

Minutos depois de chorar e soluçar, todo o desespero e medo se tornaram raiva pura e incontrolada.

– Eu vou matar aquele filho da- AHHHHH!!!! – Anko logo começou a gritar, se debatendo com força enquanto apertava inutilmente o ponto no pescoço onde a marca estranha que Neko havia visto antes ficava. 

A dor era insuportável e forte, queimando a pele de Anko de dentro para fora com o centro sendo o ponto da marca que Neko, de alguam forma via brilhar em vermelho e se espalhar levemente pelo corpo de Anko enquanto tentava imobilizar a garota, enfiando três dedos dentro da boca da mesma para evitar que a mesma mordesse a lígua em dor.

Logo, mais um grito se espalhou pelo laboratório e pelas proximidades.

**Konoha: Complexo Hyuuga**

Basicamente no centro do complexo Hyuuga, num enorme salão onde eram feitas as maiorias das reuniões do clã, membros e mais membros do clã estavam juntos, ambos do ramo principal e secundário, além dos líderes dos mesmos, prontos para discutir qualquer assuntos que tivesse alguma relação com o clã ou com a vila.

A pequena e jovem herdeira do clã, Hyuuga Hinata estava sentada de forma tradicional no chão bem polido da área principal enquanto suas mãos apertavam firmemente os lados de seu kimono cor de lavanda, claramente caro e bem feito, se forçando a não se levantar e sair correndo dos olhos dos membros mais velhos do clã, longe de ambos seu pai e mãe, que smepre a protegiam dos olhos arrogantes e odiosos dos membros mais velhos e orgulhosos do clã, que pareciam detestar com paixão sua timidez e gentileza naturais.

Não era mistério algum para Hinata que, logo depois de suas primerias palavras e passos, grande parte do ramo principal da família lhe repudiava por causa da natureza gentil da pequena garota, sendo que para eles, todos os membros do clã deveriam ser fortes e terem orgulho de quem eram e dos olhos que portavam, sendo considerados os mais fortes na vila, empatando apenas com o clã Uchiha, tanto em tamanho quanto em força. Sendo que o fato principal de os mais velhos membros do clã não gostarem da menor era que ela não mostrava a quantidade “requerida” de orgulho pelo clã. Não, ela preferia ser vista de igual para igual pelos outros e os tratar da mesma forma, e isso, é claro, incluia os membros do ramo secundário.

Claro, isso havia acabado de se tornar um assunto ligeiamente irritante para os membros do ramo principal do clã. Especialmente quando um dos membros do clã secundário, Neji, primo de Hinata era tido como prodígio no estilo de luta Hyuuga, e não a herdeira do clã, enquanto o clã Uchiha, os detestáveis eternos rivais dos Hyuuga tinham um líder que tinha um filho tido mais do que claramente como um prodígio de nome Uchiha Itachi, que havia acabado de entrar na ANBU aos dez e sido promovido a capitão logo depois. 

No fim, o único porto seguro para Hinata era sua família, cuja qual ela sabia que a amava de forma incondicional e a permitia ser quem ela quisesse, mesmo que Hiashi fosse um pouco severo com ela (embora apenas em público) e se recusava a ouvir ou aturar as palavras duras dos anciões do clã, fazendo-a, por fim, acreditar que ela poderia realmente suportar aquele tratamento desde que tivesse sua família por perto.

Mesmo que aquele dia já estivesse mutilando o pouco de auto-confiança que ela tinha.

– ...quem sabe a nova criança irá substituir aquela garota fraca para nós finalmente podermos ter um herdeiro dígno para o clã, e fazer aquela garota ser marcada e logada ao ramo secundário do qual ela parece gostar tanto – um dos anciões falou, mais alto do que deveria.

Claro que tais palavras eram algo aturado diariamente por Hinata, mes não deixavam de doer menos em seu jovem coração. Mesmo que grande parte dos membros secundários do clã presentes no salão, anciões incuidos também, tivessem endurecido os olhos e expressões diante de tal comentário. especialmente Hizashi, o irmão mais novo de Hiashi e Neji.

Sinceramente, o único motivo dela ainda estar naquela sala era para ter notícias sobre sua irmã e saber se a saude de sua mãe, que estava ligeiramente frágil nos últimos dias, tinha melhorado. Caso contrário, ela definitivamente nem estaria perto daquela sala.

No fim, depois do que parecia uma eternidade, as portas do salão se abriram para revelar Hyuuga Hiashi, o líder do clã e o pai de Hinata, fazendo com que todo o salão caisse em silêncio profundo com a presença, mesmo que suprimida, mas ainda assim poderosa do homem que demandava claro respeito a todos, fazendo Hinata quase pular em felicidade ao ver o mesmo, tendo que se segurar para manter a conduta “própria” do clã.

Mas mesmo assim, qualquer chance de que aquela ocasião fosse totalmente feliz acabou por ser destroçada ao ver o olhar abatido e rigido nos olhos de Hiashi. 

Não pode ser, Hinata pensou, quase em desespero. Por favor, que não seja verdade!

Hiahsi por sua vez, estava dormente e quebrado por dentro, mesmo que por fora mantivesse uma fachada de força e respeito.

Claro, ele sabia que poderiam haver complicações no parto devido a recente complicação com a saúde de sua esposa e ele estava realmente pronto para o que quer que pudesse vier em seguida, mesmo que ele esperasse, com toda a força de seu ser, que a vida de sua esposa fosse poupada naquele dia e eles pudessem dar as boas-vindas ao novo bebê ao mundo juntos.

Claro, o bebê sobreviveu, e agora, com o nome de Hyuuga Hanabi, estava perfeiamente saudável e bem. Entretanto, Hyuuga Hitomi, esposa de Hiashi não haiva tido a mesma sorte.

Claro, Hiashi não era de ferro e havia se permitido derramar algumas lágimas sobre o corpo coberto de sua falecida esposa antes de reganhar a compostura, sabendo bem que demonstrar fraquesa naquele momento não era algo que seria bem-vindo pelos outros, sabendo que também teria que ser forte para ambas, Hinata e Hanabi.

Verdade seja dita, Hiashi algumas vezes se perguntava se ele conseguia mesmo controlar o clã ao invés dos anciões que tentavam controlar as coisas pelas costas do homem mais novo.

De todas as formas, enquanto ele se mantinha de pé em frente a todos, sua própria força de vontade quase se despedaçou em um milhão de pedaços ao ver o reconhecimento extremamente doloroso que brilhava em seus olhos cor de lavanda, que aos poucos cresciam levemente antes de se marejarem nos cantos, mesmo que ela não tivesse permitido as lágrimas escaparem naquele momento, fazendo Hiashi saber que deveria se sentir orgulhoso da sua filha mais velha por ter sido capaz de se manter forte por tanto tempo em tal situação. 

– Eu lhes trago agora as notícias do parto – Hiashi falou, firme e composto em sua fachada. – Hitomi deu a luz a um bebê saudável, com bons olhos e que será um forte membro do clã. A criança atende pelo nome de Hanabi. Meu desejo é de que o clã a ajude a crescer em uma grande pessoa.

Claro, Hiashi falou com um orgulho paternal bastante óbvio, mas na situação atual sua voz não tinha o mínimo de felicidade, o que era mais do que claro para todos os presentes, que não se moveram nem um centímetro para elogiar o líder ou algo assim.

– Entretanto, por conta de complicações durante o parto, minha esposa Hyuuga Hitomi acabou por falecer pacificamente durante seu sono depois de segurar nossa filha e a nomear – Hiashi falou enquanto o salão permanecia em silêncio sepulcral, sendo o único som presente vindo de Hinata, que estava trincando os dentes com força enquanto seus olhos tremiam violentamente e suas mãos agarravam as pernas de seu kimono com força desesperada, tentando ainda manter qualquer tipo de compostura naquela situação. Com estas notícias, não haverá celebração e eu gostaria de me retirar com minhas filhas pelo resto do dia.

O tom dele era firme e claro, ele não iria tolerar qualquer tipo de objeções enquanto acenava para Hinata, que se levantou e seguiu rapido para fora do salão, passando ao lado dele sen olhar para cima ou para os lados enquanto Hiashi fechava as portas, impedindo os sussurros do salão chegarem mais longe.

– Hinata, você pode ir na frente, eu irei buscar sua irmã – Hiashi disse com o máimo de cuidado e carinho que podia reunir naquele momento enquanto Hinata não fez qualquer objeção e logo seguiu por um caminho diferente pra a casa do líder do clã.

Hiashi, poucos minutos depois, chegou com um pequeno embrulho nos braços apenas para ouvir o som de altos soluços vindos da mais velha de suas filhas, que estava ajoelhada diante de uma pequena mesa de centro na sala, a cabeça enterrada entre seus braços enquanto ela ainda chorava alto, sendo que,enquanto isso, como se estivesse sentindo a atmosfera ao seu redor, o pequeno embrulho nos braços de Hiashi começou a se mover e grunhir um pouco, fazendo o Hyuuga mais velho suspirar pesada e dolorosamente enquanto sabia que não podia fazer nada naquele momento além de ficar ao lado de Hinata com uma mão nas costas da mesma enquanto a consolava enquanto lágrimas escorriam por suas bochechas também.


Notas Finais


Ok meus lindos! Gostaram do Cap? Espero que sim ouviram? Bom, acho que é isso. Bom, o padrão é o mesmo de sempre, talvez uns trinta comments até o próximo Cap e tudo mais? Não estou exigindo nada, só constand isso. De todas as formas, espero que tenham gostado e nos vemos lá em baixo.


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