História Novo Amor - Capitulo 01

 Um mês atrás

─ Sabrina? É hora de acordar, garota. Vamos logo, por favor.

Disse Sandra enquanto balança Sabrina para que ela acordasse. A pobre menina demorou alguns minutos para acordar, isso tudo porque na noite passada ela resolveu ficar acordada até tarde para fazer maratona de filmes de terror, escondida da sua mãe Sandra.

─ Mãe, deixa eu dormir um pouco mais, tipo uns 5 minutos. ─ Sabrina falou com a voz soloneta, virando-se de costas para a sua mãe.

Sandra bufou ao perceber a preguiça que a sua filha estava sentido. Sabrina precisava levantar logo para nao se atrasar para à escola e a sua mãe ja estava perdendo o resto de sua paciência que dizia ter.

─ Por favor, Sabrina, você me conhece e sabe que tenho o pavio curto. ─ Sandra respirou e prosseguiu. ─ Eu tenho que trabalhar, é você está me atrasando.

─ Está bem, mãe.

Sabrina grunhiu com raiva.

─ Está feliz agora? Espero que esteja. ─ Ela coça os olhos e bufa.

─ Sim, muito mais feliz, você acabou de iluminar o meu dia.

Disse Sandra, com um tom de deboche e felicidade. Um sorriso largo surgiu no seu rosto, tanto que era possível perceber as fracas covinhas que ali se encontra.

─Eu tenho que trabalhar, então, cuide do seu irmão mais novo, você sabe muito bem que eu não confio nem um pouco dos seus dois irmãos, eles são loucos e podem derrubar o pequeno Charlie.

Sabrina soltou uma gargalhada alta. Ela sabia que a sua mãe sempre confiou nela para cuidar do pequeno Charlie, mesmo sendo uma das mais novas e a única filha mulher. Desde que o pai de Sabrina faleceu, sua mãe se tornou a patriarca da casa, sua rotina mudou completamente, agora com quatro filhos para criar e uma casa para cuidar. Sabrina e os demais tentava ajudar de qualquer jeito, o filho mais velho, saia de casa todo dia para procurar emprego, porque precisava pagar a faculdade que estava trancada a meses.

Sabrina levantou da cama, ficando na frente de sua mãe, sorrindo de orelha a orelha.

─ Certo. Eu te amo, hm?

Sandra depositou um beijo na testa de sua filha, deixando o quarto rapidamente, porque já estava atrasada o suficiente. Sabrina sorriu, pegou a toalha pendurada no cancho, caminhou lentamente até o banheiro, começou a se despir, jogando suas roupas na sexta que havia perto da pia, entrou no box ligando a água no frio. Enfrentar o frio para ela está tudo bem, agora enfrentar o frio com água gelada era demais para Sabrina, mas era preciso caso quisesse ajudar a sua mãe nas contas de casa. Sabrina demorou alguns minutos no banho, saiu do box, enrolou-se na toalha que ficava pendurada no gancho, retirou-se do banheiro indo em direção ao guarda-roupa que se localizava ao lado da porta principal. Ela abre o guarda-roupa, pega o seu uniforme de escola, veste cada peça lentamente, aproxima-se da penteadeira pegando uma das ligas de cabelo que ficava ao lado das maquiagens, amarrou o seu cabelo fazendo um rabo de cavalo alto, pega o seu celular, colocando-o no bolso traseiro da calça, por fim, saindo do seu quarto batendo a porta com força. Sabrina desce as escadas lentamente como de costume, porque ela não tinha pressa, principalmente quando ainda sentia uma preguiça enorme dentro dela. Sua mãe ja havia indo trabalhar, parece que novamente dona Sandra saiu atrasada para o trabalho, tanto que nem preparou os cafés de seus filhos deixando para a Sabrina fazer. Antes de acordar os seus irmão, ela começou a preparar o café, a cada instante que fazia algo ela olhava para o relógio, ela não queria se atrasar no seu primeiro dia de aula. Sabrina tem três irmãos, Miguel o irmão do meio junto com Sabrina, já que ambos são irmãos gêmeos, mas não são idênticos, o mais velho que é o Lucas, ele não era irmão legítimo de Sandra, mas sim de seu pai Robert, ele é o mais velhos dos irmãos com vinte e um anos, por fim, o mais novo que se chamava Charlie, com apenas um ano de idade, ele era o mais doce dos irmãos para Sabrina.

Sabrina pega a mamadeira que estava há alguns minutos esfriando, sobe as escadas novamente. Ela não estava com paciência nenhuma para os seus irmãos que demoram horas para levantar da cama e começarem à se arrumar. Sabrina caminha lentamente pelo pequeno corredor da parte de cima, bate na porta do quarto dos meninos algumas vezes, mas nenhum deles responde ou abre a porta para ela. Então, Sabrina abre a porta, acendendo as luzes do quarto. Ela retira os lençóis de ambos em questões de segundos, até mesmo quando Lucas retorna a colocar o lençol sobre si novamente.

─ Acordem príncipes que vivem em uma masmorra. ─ Disse Sabrina com um tom irônico.

Sabrina parou em meio as ambas camas, coloca a sua mão na cintura, com um sorriso irônico no seus lábios. Miguel e Lucas haviam passado a noite toda acordados conversando sobre a vida deles e como tudo havia mudado rápido demais. Miguel pega o lençol, voltando novamente a se cobrir do pés a cabeça. Logo falando por debaixo das cobertas.

─ Por que você não vai se foder? Está pior que o Lucifer no inferno.

─ Ah querido, eu não tenho o Pedro para me foder infelizmente.

Sabrina provocou o seu irmão ao tocar no nome de Pedro, seu namorado. Ela solta uma risada, percebendo a fúria de seu irmão, que em questões de segundo, pega um vaso de flores, arremessando na direção de sua irmã.

─ Sua vadia.

Para a sorte de Sabrina, o vaso apenas pegou na parede, acabando por fazer uma sujeira enorme. Ela se vira de frente para o irmão, coloca a mão na cintura e lança um olhar de reprovação para ele.

─ Você está maluco garoto?

Sabrina inclina o corpo um pouco para frente, olhando novamente para a sujeira que não deveria nem existir naquele momento. Lucas levanta da cama, com uma cara de quem comeu e não gostou.

─ Eu quero muito que os dois parem com essa merda, todo dia vocês ficam batendo nessa mesma tecla.

Disse Lucas, com o seu tom de voz alterado, olhando para ambos ao mesmo tempo. Lucas respira fundo e continua à falar.

─ Miguel, eu quero que você arrume toda essa sua bagunça, agora. ─ Disse ele, com o tom de voz alterado e aponta o dedo para Miguel.

─ Você sempre fica do lado dela. Ela sempre será a sua protegidinha. ─ Rebateu Miguel. ─ Mas tudo bem, eu arrumo isso tudo. Agora saiam do quarto por favor.

─ Okay, criancinha.

Disse Lucas. Logo saia do quarto, enquanto puxava Sabrina pelo braço com força.

─ Você também é foda! ─ Ele retruca.

Lucas solta o braço de Sabrina, descendo as escadas rapidamente. Logo em seguida, Sabrina fez o mesmo com um sorriso fraco nos seus lábios. Ainda dentro do quarto, Miguel começa a se despir, ficando apenas com a sua roupa íntima, ele não se importava muito, até porque estava sozinho no quarto. Ele chega perto da pequena caixa de som da JBL, coloca uma música da Rihanna para tocar e aumenta até o último volume, mas o que ele queria mesmo era implicar com Lucas, porque ele sabia que o maior detestava músicas altas na parte da manhã. Miguel pega a vassoura que ficava no banheiro, começando a arrumar a bagunça que havia feito em seu quarto, ao mesmo tempo que arrumava, ele dançava no ritmo que a música tocava.

Lucas começa a ficar inquieto na cadeira por conta da música, ele sabia que daqui a pouco os vizinhos começariam a ligar para o porteiro e a reclamação cairia sobre as costas da sua mãe.

─ Eu gostaria muito de saber o por que desse som alto?

Lucas olha para Sabrina, que eleva os ombros, voltando novamente para a cozinha. Ele toma mais um gole do seu café, deixando a xícara na mesa para a sua irmã, mas antes de subir para o andar de cima, ele vai até à cozinha em busca de uma respostas de sua irmã.

─ O que? Eu não sei de nada.

Disse Sabrina, enquanto arrumar a mochila de Charles.

─ Pode me fazer um favor? Vai até la e pede para que ele se vista logo, por favor.

Sabrina dá um sorriso fraco, pegando Charles no colo. Logo, indo para a sala, colocando o pequeno no sofá.

─ Aff, ok. O que eu não faço por você? ─ Diz Lucas, balançando a cabeça negativamente.

Lucas levantou-se da cadeira, abre a porta que ficava atrás dele, caminha até o quarto que ficava no andar de cima. Cada vez mais o som ficava alto, o que estava incomodando muito Lucas, até porque ainda era cedo para ouvir música no último volume.

─ Miguel, comece a se arrumar lo...

Ele mal completar o restante da sua frase. Seus olhos estavam arregalados ao observer o seu irmão apenas de cueca, arrumando o quarto, enquanto dançava uma música qualquer. Lucas tenta o máximo desviar o seu olhar, mas acaba sendo possuído por um desejo estranho.

─ Lucas!!!! ─ Grita Miguel ao se virar para trás observando o seu irmão parado perto da porta. ─ Por acaso não te ensinaram a bater na porta, não?

─ Agora eu tenho que bater na porta para entrar no meu próprio quarto? ─ Lucas caminha em direção ao seu irmão, jogando-o na cama. ─ Sabrina pediu para que você se arrume logo.

Miguel olha indignado para Lucas ao se empurrando para a cama.

─ Ta bom, seu grosso.

─ Mas antes, me ajuda com uma coisinha?

Lucas perguntou, ficando na frente de Miguel com um sorriso doce em seus lábios. Ele já sabia que não iria receber um "não" de seu irmão. Miguel revira os olhos, sentando-se na beirada da cama. Sem perceber Lucas olhou para a intimidade do seu irmão.

─ O que você quer? ─ Pergunta Miguel.

─ Preciso que me ajude a escolhe uma roupa para a minha entrevista de emprego que vou ter hoje.

Lucas disse. Caminha até o guarda-roupa, pegando duas blusas sociais de cores claras, colocando-as na cama gentilmente para nao amarrotar. Miguel se levanta da cama, coloca uma das suas mãos na cintura e analisa as blusas.

─ Eu prefiro aquele ali. ─ Miguel aponta para a blusa social azul bebê.

─ Você tem certeza? ─ Questiona Lucas, virando-se para encarar o menor a sua frente.

─ É claro que eu tenho certeza.

Miguel retribuiu a encarada que o seu irmão deu, direcionando novamente os seus olhos para os labios do seu irmão. Ele dá uma passo para trás, quase caindo em cima da cama, a sua sorte foi que as mãos grossas e firmes de Lucas a seguraram pela cintura.

─ Opa. ─ Diz Lucas, rindo fracamente. ─ Cuidado bebê.

Miguel coloca às mãos no ombro de Lucas, respirando fundo após o medo de ter quase caído. Ele solta um sorriso sem graça e apenas faz um sinal com a cabeça.

Lucas começa a colar mais os corpos de ambos, um desejo estranho sobe pelo seu corpo até o fazer incapaz de processa o que iria fazer. Ele iniciar um beijo calmo, acariciando a cintura do seu irmão, Miguel até tenta parar, mas por fim, acaba cedendo aos desejos estranhos, mesmo sabendo que aquilo era totalmente inapropriado. As línguas dançavam em perfeitas sintonias, como se fossem feitas uma para a outra.