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História New souls (interativa) - Beatriz: cheia de pureza


Escrita por: OuterSans_824

Notas do Autor


oi pessoal desculpem não ter postado fim de semana passado eu tive que ficar estudando pras provas e não sobrou tempo para escrever novos capítulos, espero que me desculpem e que gostem do novo capitulo.

Capítulo 5 - Beatriz: cheia de pureza


eu estava tentando dormir a horas mas aquele chão duro e frio dificultava meu trabalho tentei por mais alguns momentos e por fim desisti levantei e bati nas minhas roupas para tirar o pó e a sujeira, olhei para o canto sujo e fedorento no qual estava deitada e fiz uma cara de puro nojo e suspirei, a minha vida e a do meu irmão mais velho começou a mudar de mal pra pior, primeiro nossos pais morreram e ate hoje eu choro por isso, logo depois quiseram nos mandar para um orfanato e claro que recusamos pois se isso acontecesse teríamos que nos separar em algum momento, quem ia garantir que uma família iria adotar nós dois, e foi ai que decidimos fugir e a partir dai viramos crianças de rua passamos por dificuldades, mas sempre arranjamos um jeito de superar essas dificuldades juntos. Abri um sorriso e fechei os olhos me lembrando de tudo que passamos juntos quando sinto uma mão na minha cabeça dei um pequeno salto pelo susto e ouvi uma risada.

 - não me assuste desse jeito Hidaki .-fiz um biquinho irritado e ele só riu mais, meu irmão Hidaki e alguns centímetros maior que eu, os cabelos dele são pretos e bagunçados, seus olhos são da cor de uma safira e eu realmente gosto muito deles, no momento ele estava usando uma camisa branca com algumas manchas por causa da sujeira do chão no qual tínhamos que dormir, uma calça jeans cinzenta e por fim sapatos de cano alto.- e serio isso não tem graça.

- hahaha desculpe Beatriz, mas seu rosto assustado e muito engraçado. - ele deu mais algumas risadas e logo parou e olhou nos meus olhos. – agora me diga o que faz acordada há essa hora?

Ele me olhou preocupado não devia esperar menos dele já esta bastante tarde eu direi que por volta das 3 da manha.

- ah não e nada e que eu não conseguia dormir. - dei uma risadinha sem graça e voltei a olhar pra ele. –mas por onde você andou fazia horas que eu estava te esperando e nada de você chegar.

A expressão dele ficou seria por alguns momentos, mas rapidamente ele disfarçou não antes de eu perceber ele deu uma resposta nada confiável e fingi ter acreditado, tinha alguma coisa errada. Meu pensamento foi cortado pelo barulho da minha barriga implorando por comida.

- qual o problema Bia esta com fome. - ele disse preocupado. - se quiser podemos ir comprar alguma coisa eu arranjei um pouco de dinheiro e o suficiente para comprarmos alguma comida.

 

- não precisa não eu nem estou com tanta fome. - meu estomago roncou de novo só que mais alto esse maldito órgão traíra, dei um sorriso amarelo pro meu irmão que me olhava com divertimento ele pegou em minha mão e me puxou para a rua me obrigando a acompanha-lo para alguma padaria 24 horas próxima.

- bia sabe que se estiver com fome e só me avisar não tem problema algum. - ele me guio pra dentro da padaria.- e eu tenho bastante dinheiro não vai fazer falta se eu gastar algumas notas com um saco de pão ou uma fatia de bolo.

Ele pegou no máximo uns 10 pãozinho e duas fatias de bola que foram colocadas em uma bandeja de isopor e enroladas com papel filme ele foi na direção do caixa e enquanto ele acertava as coisas eu decidi andar um pouco pelo estabelecimento parei em frente da vitrine que refletia minha imagem, meus cabelos são longos e ondulados de uma cor castanha, meus olhos são da cor de um âmbar e tinham quase o mesmo brilho da pedra, estou usando um casaco rosa por cima de uma blusa que estava já meio desgastada pelo tempo uma saia que ia ate os meus joelhos e por fim uma sapatilha rosa fiquei observando minha imagem por mais alguns momentos por fim voltei para o lugar onde meu irmão estava vi ele puxar do bolso varias notas de 50 e estanhei, onde ele avia arranjado tanto dinheiro pedindo esmola e que não foi, me lembrei que a alguns dias atrás enquanto mexia nas suas coisas achei muito dinheiro eu perguntei pra ele onde ele tinha conseguido mas ele sempre desvia do assunto e depois de um tempo desisti de perguntar, mas agora esse assunto voltou a rondar minha cabeça, também lembro que antigamente ele não costumava voltar tão tarde par nosso pequeno abrigo que ficava no beco mas recentemente ele tem chegado tarde em casa igual a hoje, realmente tinha algo errado mas hoje eu vou tirar tudo a limpo. Ele pegou as sacolas com as coisas que avia comprado, e junto saímos da padaria.

- espero que ainda tenha fome porque hoje nos temos algumas coisas gostosas para comer. - ele abriu um sorriso e juntos  caminhamos para o beco onde entramos em uma pequena barraquinha feito com um cobertor velho. Ele pegou o saco de pão e passou manteiga em um e me ofereceu eu peguei o alimento da mão dele e devorei como se aquilo fosse a coisa mas gostosa que comia a dias e era logo ele me acompanhou no que poderíamos chamar de um almoço constituído por alguns pães com manteiga e uma fatia de bolo  depois que a comida tinha acabo fomos cada um para um canto da barraca para tentar dormir o que não foi tão difícil dessa vez por causa do sono e da sensação de estar satisfeita.

 

------------------------------------[quebra do tempo]------------------------------------------

Acordei com o som de carros e pessoas andando pela rua sai da barraca e juntei alguns, matérias de limpeza que usava para trabalhar, fui para uma zona movimentado onde geralmente aparecia de cinco a dez carros cujos donos me ofereciam uma certa quantia pra lava-los, porem hoje não era meu dia de sorte a clientela não foi alta hoje e também os donos dos carros que limpei me deram uma baixa quantia de dinheiro mas não podia reclamar muito o que consegui já era o suficiente para garantir meu almoço no dia de hoje, no caminha para o beco comprei dois churros de leite condessado e comi os dois com muito prazer. Chegando ao beco pude ouvir a voz de meu irmão, mas ele não estava sozinho me aproximei em passos lentos ficando perto da entrada e com um pouco mais de coragem olhei pra dentro no beco as sombras não me deixavam ver muito, mas podia enxergar meu irmão e um homem adulto falando com ele.

- então a que horário vamos nos encontrar?- meu irmão perguntou para o homem que não tardou em responder.

- hoje as 23h30min e o local você já sabe qual e. - meu irmão simplesmente confirmou com a cabeça e o homem não disse mais nada vendo que ele estava andando para a saída onde me encontro no momento sai correndo do local e me escondi atrás de um carro e observei enquanto ele se afastava. Quando constatei que ele já estava longe sai do meu esconderijo e foi para dentro no Beco.

- Bia voltou cedo hoje qual o motivo?- eu queria perguntar pra ele quem era aquele homem e do que eles estavam falando mas eu não conseguia seria por medo ou preocupação, deixei esses sentimentos de lado e optei por fingir que não avia visto nada.

- a... ah bem e que hoje não teve muita clientela então decidi voltar mais cedo.- ele me olhou desconfiado por alguns estantes pelo tom da minha voz mas logo deu de ombros e voltou a abrir um sorriso. – bom agora acho que eu vou ir descansar um pouco o dia foi cheio hoje hehe.

Entrei na barraca e fechei os olhos enquanto pensava quem era aquele homem e o que ele queria com Hidaki e aos poucos peguei no sono.

 

-----------------------------------------{22h49min}-------------------------------------------

Abri meus olhos e disfarçadamente olhei para o outro canto da barraca onde vi Hidaki arrumando alguma coisa na mochila e logo depois sair da barraca, levantei e troquei minhas sapatilhas por um tênis e sai da barraca vendo Hidaki se afastando do beco cuidadosamente fui seguindo ele, nós passamos por varias partes da cidade antes de ele parar na entrada de uma floresta pude ver que ele estava relutante em entrar na floresta mas não tardou para ele mudar a expressão do rosto para uma seria e então entrou na floresta, com um pouco de medo eu o segui para dentro da mata fechada e densa ele caminhou por vários minutos sem parar pra descansar e eu tentava ao máximo não gritar quando via algum inseto subindo pela minha mão ou quando ouvia o som das folhas mexendo perto de mim mas logo constando que era só algum esquilo ou outro animal indefeso correndo por ali.

Depois de mais alguns minutos andando na mata ele chegou a uma pequena clareira e eu fiquei escondida entre alguns arbustos ele se sentou na grama e as horas foram passando e eu estava quase caindo no sono ali mesmo quando vi um grupo constituído por uma mulheres e dois homens entrando na clareira um deles provavelmente o líder se aproximou de meu irmão.

- então moleque trouxe a mercadoria?- eu não entendi o que ele quis dizer com isso mas ignorei isso quando meu irmão se pronunciou.

- mas e claro ela esta bem aqui nessa mochila. - ele abriu a mochila e o homem começou a analisar alguma coisa que eu não podia ver. - meu chefe garante que e do melhor tenho certeza que vocês não vão se arrepender.

- bom isso e o que vamos ver, querida pode trazer a grana. - a mulher caminhou ate perto dos dois e puxou um dois grandes rolos de dinheiro de dentro no bouço meu irmão pegou o dinheiro contou as notas.

- esta tudo certo, espero que gostem.

Meu irmão jogou a mochila a para o homem e ele tirou um pacote de dentro eu reconheceria aquilo em qualquer lugar eu não podia acreditar, simplesmente não podia.

por isso meu irmão chegava tarde a noite, por isso ele tinha tanto dinheiro, po...por isso que um dia e..eu avia encontrado dro..drogas nas coisas do meu irmão, ele era... ele era um vendedor de drogas, porque eu não tinha percebido isso antes era tão obvio acho que eu só não queria enxergar o pequeno grupo logo se afastou do local e só meu irmão continuou ali, e eu desabei em lagrimas sai do meu esconderijo e cheguei por de trás dele.

-po..poque?- eu disse com uma voz chorosa e ele virou para trás surpreso e me olhou em desespero.

- Bi... Bia oque faz aqui?- sua voz estava assustada. - o que você viu o que ouviu.-Ele tentou segurar nos meus braços mas eu desviei e naquele momento  toda minha tristeza se transformou em raiva

- não encoste em mim.- quanto mais ele tentava chegar perto mais eu andava pra trás. – hahaha, porque eu não percebi sempre que você chegava tarde, todo aquele dinheiro que você tinha, e aquela vez que eu encontrei drogas entre as suas coisas, eu sou tão idiota, não acredito que não percebi que vivia com um traficante.

- Bia não você entendeu erra... - eu cortei a fala dele e gritei com o mesmo.

-COMO EU POSSO TER ENTENDIDO ERRADO EU VI, EU VI VOCÊ VENDENDO DROGA PARA AQUELA GENTE.-lagrimas de raiva escorriam de meus olhos.

- E... Eu posso explicar bia, por favor, me deixe falar. - ele estava desesperado e com medo do que eu poderia fazer de que por causa daquilo ele iria me perder, mas já era tarde de mais.

- não você não tem nada a explicar. – me virei de costas pra ele. - nunca mais se aproxime de mim.

Então eu corri como com todas as forças que eu tinha eu corri enquanto ao longe escutei meu nome ser chamo e os passos do meu irmão tentando me acompanhar.

Eu estava tão cheia de tristeza e dor que perdi a noção de espaço não sabia para onde estava correndo e nem me importava desde que eu fosse para longe de Hidaki melhor. Depois de um tempo correndo eu finalmente parei observei em volta e vi que estava em alguma caverna no topo da montanha adentrei o local e no fim encontrei um grande buraco vendo que não tinha saída decidi voltar mas na metade do caminho a pessoa que eu menos queria encontra naquele momento apareceu.

- Bia, por favor, não fuja. – ele andou na minha direção e eu andei para trás. – eu posso explicar por que estava fazendo aquilo.

Eu não ligava para o que ele dizia só queria manter o máximo de distancia possível dele não queria ouvir sequer uma palavra vinda dele naquele momento em que descobri que ele era um traficante eu simplesmente perdi todo minha confiança que eu tinha nele.

- eu não quero ouvir nada vindo de você. - continuei andando para trás. – você não sabe como e saber que a única pessoa que você tem na vida não passa de um traficante de drogas fora da lei. – lagrimas de tristeza escorriam dos meus olhos. – por favor, só me deixe em pa...

- BIA CUIDADO. - ele correu na minha direção mas antes que pudesse entender deu um passo pra trás e chão de baixo dos meus pés simplesmente desapareceu e antes que eu pudesse cair meu irmão segurou minha mão.

- porque esta tentando me salvar?- eu estava com medo, mas acima de tudo confusa.

- O... ora eu não posso deixar minha irmãzinha morrer.- ele abriu um sorriso e tentou me puxar mas minha mão escorregou um pouco da sua fazendo com que ele tomasse uma expressão desesperada.- afinal você e a pessoa mais importante da minha vida, sabe eu não vendia drogas por que queria.

- como assim?- ficava cada vez mais confusa.

- há um tempo um homem apareceu e disse que precisava de um funcionário. - a minha mão escorregava cada vez mais por causa do suor. - ele disse que o salario era bom e foi ai que eu pensei que finalmente poderíamos sair daquela condição, mas eu fui enganado quando descobri que ele trabalhava com a venda de drogas no mesmo instante eu queria desistir, mas ele ameaçou você.- lagrimas escorriam dos olhos dele. – e eu não podia deixar que ele te machucasse e ate hoje eu venho fazendo o trabalho sujo daquele homem só para te manter segura.

- então quer dizer que tudo isso foi pra me proteger. - minha mão escorregou ainda mis e apesar do memento eu fiquei feliz. – ei Hidaki eu vou morrer não e?

- não diga isso Bia. - mais lagrimas escaparam dos olhos dele.- você vai ficar bem ouvi-o quando menos perceber nos vamos estar de volta no nosso cantinho lá no beco e vamos viver como sempre vivemos juntos.

- não minta pra si mesmo Hidaki.- ele tentava me segurar com mais força mais não adiantou.- só me prometa que você vai continuar vivendo e que vai achar alguma forma de se libertar desse mundo ao qual você foi obrigado a entrar.

- Bia eu não quero que você vá. - minha mão estava quase se soltando da dele.- eu prometo que vou tentar fazer isso mas por favor não solte.- eu dei um risadinha e ele me olhou confuso.  

- obrigada por ser o melhor irmão do mundo Hidaki.- então minha mão se soltou da dele e eu cai na escuridão e ao fundo pude ouvir o som da voz do meu irmão gritando meu nome, e eu, só pude disse... Adeus.



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