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História New Stage - Eyes and reunion


Escrita por: Liilyca e monogatari

Notas do Autor


~Monogatari

Oi meus queridos, como vocês estão? Recuperados com o lemon? HAHAHA foi algo que nossa, preciso de um pouco de água para apagar o meu fogo (sim, eu penso besteira). ENFIMMMM, foco aqui nesse capítulo que está recheado de emoções \oo/ AWWWWN EU ESTOU ANSIOSA! Espero que gostem disso tudo ❤. Boa leitura.

~Liilyca

Olaaa!!!
se recuperaram do lemon? Podemos voltar a discórdia? kkk
Essa arvore da treta ainda não terminou de dar seus frutos babys 😘

Boa Leitura!! ❤

Capítulo 30 - Eyes and reunion


Fanfic / Fanfiction New Stage - Eyes and reunion

(Dois meses depois)

Depois daquela confusão toda eu voltei a morar com o Percy. Não víamos sentido em perder mais tempo do que já tínhamos perdido.

Na faculdade as coisas continuam normais entre a gente, não me sentia a vontade de sair por ai agarrando ele por mais que isso fosse tentador. Contamos para os amigos mais próximos sobre o ocorrido com a Annabeth. No começo ficaram impressionados e falaram para fazermos alguma coisa, mas o Percy disse que não teria coragem de fazer algo com ela grávida. Concordava com ele, não fazíamos isso por ela e sim pela criança.

Ela ficou uma semana sem ir a faculdade e eu particularmente estava preocupado com isso, mas depois Piper disse que foi na casa dela e soube que estava tudo relativamente bem, eu fiquei um pouco o aliviado. Ela apenas não estava pronta para encarar todos a olhando estranho.

O que vai ser daquela criança...?

Eu sei que estava me preocupando com problemas que eu deveria manter distância, mas eu sabia a sensação de não ter um pai do meu lado na minha formação. Mesmo tendo Poseidon, eu sempre senti falta daquela parte paterna com quem eu olhasse e me visse.

Hoje em dia eu queria poder ter esquecido isso.

E sobre esse assunto? Bom, Otto estava tendo sucesso em tentar reabrir o caso, nesse momento ele tentava rastrear alguns passos do passado do meu pai e no que ele estava envolvido. Disse que me manteria informado disso tudo. Ainda ficava me falando sobre ver meus avôs, mas eu tinha um receio com isso e as aulas na faculdade não me deixavam ir para lá.

Contei cada detalhe ao Percy sobre essa história doida, devia isso a ele depois de tudo o que passamos e combinamos não esconder mais nada. Lógico que ele enlouqueceu sobre a minha ideia de ir atrás do meu pai, porém nem ele e nem ninguém tiraria isso da minha cabeça. Faria isso por mim, meu passado e principalmente pela minha mãe. Não vou sossegar até ver ele atrás das grades.

Lindo sentimento paternal.

- Você anda muito pensativo. – diz Percy acariciando meus cabelos.

Estávamos deitados na sua cama entrelaçando nossos corpos. O silêncio da noite dominava o ambiente, a único som que me importava eram as batidas do coração dele.

- Só estou preocupado. – digo me aconchegando mais em seu corpo.

- E eu posso saber com o que? – suas mãos passavam delicadamente nos fios do meu cabelo e um arrepio dominava o meu corpo.

- Faz um tempo que o Otto não me liga para dar notícias. – suspiro e me pego pensando nisso de novo.

- Você precisa esquecer isso um pouco, quando ele souber de algo vai te ligar. – todos me falavam isso, mas ouvir isso dele realmente me deixava mais calmo.

- Eu sei disso, só que...

- Nico. – ele para de acariciar meus cabelos e segura o meu rosto aproximando o seu do meu. – Não precisa se preocupar, ele vai te ligar.

Assim selamos os nossos lábios fazendo todas as minhas preocupações foram embora. Ele tinha esse poder e feito em mim. Apenas ele.

- Eu não consigo mais. – diz Percy depois de interromper o beijo com um sorriso.

- Não consegue o que?

- Parar de te beijar, você me viciou nisso Nico.

- É para me sentir culpado? – digo sorrindo timidamente.

- Totalmente culpado. – ele sorri e me dá um selinho.

- Então vou me sentir mal depois disso. – e eu volto a beijá-lo.

Um beijo lento, carinhoso e repleto de desejo. Quero poder sentir cada detalhe da sua boca, cada gosto e sensação. Não tendo pressa, apenas apreciando isso que é apenas meu.

Começo a intensificar o beijo e sou correspondido com o Percy ficando em cima de mim e passeando suas mãos pelo meu corpo vestido. O arrepio que se forma em meu corpo é único em cada toque dele. Eu estava totalmente preso a ele e na quentura do seu corpo.

Percy me tem.

Levo minha mão até a sua nuca e puxo-a para mais perto de mim, não queria nenhuma distância entre nós.

- Vai com calma Nico. – ele sorri começando a beijar o meu pescoço.

- Você diz isso e faz outra coisa. – aperto a sua cintura e ouço um gemido sair da sua boca.

- Você também não colabora. – ele sorri e volta a colar seus lábios aos meus.

Estávamos em uma sintonia perfeita quando o interfone do apartamento toca.

- Deve ser a pizza. – digo tentando não cair totalmente aos meus prazeres.

- Estou a fim de provar outra coisa agora.

- Puts Percy, isso foi horrível. – começo a rir e logo me livro dos seus braços. – melhore as suas cantadas.

- Não funcionou nem um pouco? – ele faz uma carinha de cachorro abandonado o que faz só minha culpa aumentar por ter parado aquele momento.

O interfone toca de novo.

- Não funcionou nem um pouco. – saio da cama e vou até o interfone. – Pode mandar subir.

Ajeito a minha camiseta e não demora muito para ser envolvido de novo pelos braços do Percy.

- Você está impossível hoje. – digo sorrindo enquanto aprecio seus beijos na minha nuca causando um arrepio enorme em mim.

- É saudade Nico. – ele sussurra no meu ouvido e meu corpo gela de prazer.

- Já faz alguns meses que eu voltei, não deu pra matar a saudade? – digo me virando ficando de frente para ele.

- Nenhum tempo vai ser suficiente. – ele finalmente se aquieta e me encara.

Ah aqueles olhos, como eu ficava perdido neles. Quando estava com medo, angustiado, triste e ansioso eu só precisava olhá-los para tudo isso passar. Tinham o poder de absorver tudo de ruim que sentia. Poderia ficar horas olhando para eles.

- Me escutou? – ele disse me trazendo de volta ao presente.

- Oi? – digo perdido.

- Distraído de novo?

- Em você. – digo sentindo vergonha depois. Eu estava completamente apaixonado por ele.

- Não diga essas coisas, depois reclama que estou assim. – ele se aproxima de mim roçando nossos lábios.

- Não estou reclamando. – e de novo me perco no paraíso que são seus lábios.

Logo eu estava com minhas pernas entrelaçadas na sua cintura sentindo suas mãos debaixo da minha camisa.

Era inevitável. Estávamos sedentos um pelo outro.

E mais uma vez a campainha toca nos interrompendo.

- Eu juro que vou arrancar essa campainha. – diz Percy suspirando.

- Você que quis pedir pizza agora. – digo ainda ofegante pelos beijos.

Afasto-me dele e vou atender a porta pegando a pizza. O que me deixa intrigado é o olhar tímido do entregador quando me olha, ele parecia envergonhado.

- O entregador me olhou estranho, tem alguma coisa na minha cara? – digo fechando a porta.

- Fora o chupão enorme no seu pescoço, acho que nada. – Percy diz segurando a risada.

- De novo?! Você faz isso de propósito. – digo indo ao espelho mais próximo na cozinha e vendo o roxo se formando no meu pescoço.

- Você é muito lindo Nico. – diz ele se aproximando de mim, mas eu interrompo a sua aproximação colocando minha mão em seu peitoral.

- E você adora me deixar envergonhado. Eu tenho aula amanhã Percy. – digo só de pensar nos comentários indelicados que a Reyna provavelmente faria.

- Assim ninguém chega perto de você. – ele estava se divertindo com aquela situação.

- Nem precisa disso, só o seu olhar para os outros assusta. – reviro os olhos e vou até a caixa de pizza.

- Ninguém mandou você ser tão irresistível.

- Como se todo mundo me olhasse desse jeito. Sou um magricela, mais branco que morto e emo-gótico. Garanto que ninguém olha pra mim sem ser de medo. – digo levando na brincadeira.

- E isso é o que eu mais gosto em você, esse olhar malvado. – não sabia se ele falava sério ou apenas estava tirando com a minha cara. – você engana as pessoas certinho, de malvado não tem nada.

- Não tenho? – provoco-o. – então experimenta dormir hoje sozinho. – pego um pedaço de pizza e sento no sofá ligando a netflix.

- Eu sei que você não aguentaria. – ele chega perto de mim e sussurra no meu ouvido.

- Não duvide disso Jackson. – tento me concentrar para não ceder de novo.

(No dia seguinte)

É, eu realmente não aguentei. Ele sabia me dominar.

Estávamos no jardim da faculdade conversando aleatoriamente, e como eu esperava a Reyna não estava se limitando nas indiretas sobre o meu chupão.

- Nico, posso falar com você? – Hazel aparece na roda e parecia preocupada com algo.

- Claro... – vou até ela e nos afastamos do pessoal deixando vários olhares confusos. – O que houve Haz?

- Meu pai está tentando falar com você, só que não atende. Aí ele ligou pra mim e... – ela parecia nervosa com algo.

- O que houve Hazel? – aquilo estava me deixando apreensivo.

- Eles reabriram o caso. – ela diz e meu corpo parece levar um soco no estômago.

- O que?! – digo não acreditando.

- Foi hoje cedo, o juiz depois de avaliar todas as evidências decidiu reabrir o caso para investigação. Ele tentou falar com você, mas não conseguiu. Enfim, isso não é o principal. – havia mais coisas ainda? – eles conseguiram encontrar alguém.

Quando ela diz isso meu corpo gela.

Será que haviam encontrado ele? Eu poderia finalmente encará-lo?

- Quem eles encontraram?

- Eles acharam o paradeiro da Liz. – isso foi um choque para mim.

Liz... Eu pensei que nunca a veria de novo. A pessoa que cuidou de mim quando estava sozinho, que me tirou daquele pesadelo e me levou para o orfanato. Ela estava viva... Torci tanto para isso, ao me pegar lembrando das pessoas que me sequestraram tive medo do que poderiam fazer a ela quando descobrissem o que tinha feito. Mas, ela estava viva. Isso trouxe um alívio enorme para o meu peito.

- A Liz... Onde ela está Haz? Eu preciso ver ela. – estava me desesperando já.

- Calma Nico, ela não está morando por lá.

- O que aconteceu gente? – quase levo um susto com a mão de Percy tocando o meu ombro, estava muito tenso. Sabia que ele estava me observando de longe e com certeza depois de ver minha cara de espantado ia ver o que aconteceu.

- O Otto reabriu o caso e encontrou a Liz. – digo mais para mim do que para ele.

- A mulher que cuidou de você? – aceno com a cabeça e ele consegue entender a minha expressão agora. – Onde ela está?

- Ela se mudou daquele lugar na época, agora ela mora... Ela mora a duas horas daqui. – diz Hazel e isso apenas acelera mais o meu coração.

Ela está tão perto de mim esse tempo todo, eu precisava ver ela agora a todo custo. Saber como estava, o que aconteceu na época e se... Se ele veio.

- Nico, podemos ir amanhã. Peço uma folga no trabalho e vamos. – olho um pouco surpreso para o Percy, via a confiança em seus olhos. Ele estava do meu lado.

- Tem certeza? – não sei o que estava me fazendo recuar, medo talvez?

- Eu disse que estaria do seu lado nessa, vamos juntos lá e se a Hazel quiser também. – ele olha para a garota e finalmente percebo que eles estavam se entendendo.

- Melhor não, eu não saberia o que fazer. É algo que o Nico precisa fazer e você estando do lado dele é o suficiente. – diz ela sorrindo e isso acalma meu coração.

- Me passa o endereço depois.

- Tem mais uma coisa Nico. – não sei se aguentaria mais uma coisa. – Eles querem o seu depoimento, para terem mais informações.

Respiro fundo quando ela me diz isso. Eu teria que reviver todas aquelas lembranças para quantas pessoas? Sabia que era por uma boa causa, mas não queria isso de novo.

- As aulas só acabam daqui a duas semanas. Eu posso ir para lá depois disso e... – eu estava nervoso e muito angustiado.

- Nico, vamos achar ele. – Hazel pega a minha mão e vou de encontro aos olhos dela. – Você não está sozinho, leve o tempo que quiser.

Não preocupe os outros Nico. Você esperou isso por muito tempo para recuar agora.

- Eu vou pensar...

- Te passo o endereço por mensagem depois Percy. – ela me abraça forte. – Toma conta dele e não o perca de vista.

- Nunca mais. – Percy diz sorrindo para mim.

- Obrigado Haz, mesmo. – sorrio para ela antes de ir embora.

- Você está bem com isso? – e de novo me pego perdidos nos olhos do Percy.

- Sim, só foi algo muito repentino. – tento disfarçar meu nervosismo com um sorriso.

- Ei casal, parem de chamar tanta atenção. – Jason se aproxima da gente junto com Piper, Reyna e Leo. – vamos ir comer no restaurante do pai da Piper, vocês querem ir?

Apesar de Jason não estudar mais ali e Piper estar no ultimo semestre assim como Percy por causa do TCC, ele sempre estava por lá.

Queria poder ir para casa e pensar em todas essas coisas, mas reconsidera quando percebo que só iria me corroer assim.

Depois disso, seguimos para o restaurante. O dia amanhã seria difícil.

(...)

Depois de um dia difícil na faculdade tentando me concentrar, finalmente estava indo a caminho da cidade onde a Liz morava. Percy conseguiu uma folga no trabalho e me acompanhava nisso, não sei como estaria o que faria se ele não estivesse comigo.

- Nico, quero que você me prometa algo. – diz Percy me olhando por um segundo antes de voltar a sua atenção para a estrada.

- O que foi? – digo me desconcentrando da paisagem e o encarando.

- Me promete que não vai fazer nenhuma loucura? Que não vai agir sem pensar e vai me contar as coisas. – ele falava preocupado.

- Percy eu...

- Nico é sério, não quero que você faça nada sem pensar. – sabia o motivo do seu nervosismo. Ele me viu em uma cama de hospital da última vez que não pensei nas consequências.

- Você vai ser o primeiro a saber, eu prometo. – digo levando a minha mão até a sua no volante.

O caminho até lá se seguiu calmo, apenas minha mente não estava calma.

Como eu deveria reagir ao vê-la depois de tanto tempo? Será que iria me reconhecer? E ela realmente estava bem? Não me perdoaria se alguma coisa aconteceu com ela por minha causa.

Conforme nos aproximávamos da cidade Percy diminuía a velocidade indicando que estávamos chegando.

- O endereço é esse. – ele para o caro na frente de um prédio. O bairro onde estávamos era agradável e calmo. – Pronto?

Ele segura a minha mão e percebo que o tempo todo eu estava tenso com tudo aquilo.

Fico encarando o portão do prédio pensando no que eu deveria falar quando vejo de longe alguém que faz meu coração parar.

- É ela... – sussurro vendo Liz se aproximando do prédio.

Os mesmos cabelos caramelo e lisos, seu rosto estava um pouco mais envelhecido devido ao tempo que passou, mas ainda jovem. Esbanjava um sorriso que eu lembrava vagamente, ela não sorria muito antes. Acompanhada dela via duas crianças que tinham o mesmo tom de cabelo dela.

Liz sorria vendo as crianças se divertindo e provavelmente contando algo a elas.

Quero ir lá... Mas, e se minha presença acabar com o seu sorriso?

- Nico, eu estou aqui. – sou tirado do transe com o toque do Percy em meu rosto. – Olha pra mim.

Faço o que ele manda e novamente toda a minha tensão some com os seus olhos. Queria poder sumir desse mundo onde apenas poderia ficar ao lado dele. Um lugar onde ninguém nos perturbaria.

- Eu vou estar do seu lado, fica calmo. – então ele beija a minha testa e sinto a quentura dos seus lábios. Se não estivéssemos nessa situação eu o beijaria. – Pronto?

Confirmo com a minha cabeça e saio do carro.

- Será que você poderia...? – estava ficando com raiva da minha fragilidade já.

Ele sorri com isso e pega na minha mão. Precisava sentir a sua presença ali.

Caminhamos até chegar a poucos metros de onde a Liz estava.

Respire fundo Nico, não chegou aqui para nada.

- Liz? – finalmente digo depois de um grande conflito interno.

Imediatamente a mulher paralisa ao ouvir o seu nome como se algum fantasma a chamasse.

- Crianças, fiquem atrás de mim. – ela finalmente me olha, parecia assustada demais. – E você é?

Eu não deveria ter vindo.

- Sou eu, o Nico. Nico Di Angelo. – eu precisava decidir se amava ou odiava aquele nome.

- Meu Deus... Não é possível. – ela me olha assustada colocando mão na boca. – É você?!

Levanto a minha mão que estava livre e mostro a ela o anel.

- É você... – ela larga a mão das crianças e imediatamente me envolve em seus braços.

Como esse abraço me trazia lembranças.

Logo solto a mão do Percy e retribuo na mesma intensidade o abraço dela. Queria chorar naquela situação, mas tinha medo de começar e não parar mais.

- Eu não acredito nisso... – parece que ela não tinha aguentado. – eu tentei te achar, mas você tinha sido adotado e o orfanato fechou depois... Eu não acredito nisso.

- Pensei que nunca mais te encontraria. – vejo algumas lágrimas escorrerem do meu rosto.

- Deixa eu olhar para você melhor. – ela se afasta do meu abraço, mas não do meu toque. – Você cresceu tanto e ficou tão bonito.

Acabo sorrindo com aquilo. Ela parecia uma tia distante reencontrado um sobrinho.

Por um momento a sua atenção é desviada por uma das crianças puxando a sua blusa.

- Esses aqui são os meus dois filhos: Emma e Joseph. – ela sorri olhando para as crianças.

Ela teve filhos... Não poderia estar mais feliz.

- Nossa que falta de educação a minha, me chamo Elizabeth. – ela agora se direcionava para o Percy.

- Oi, me chamo Percy. Sou o... – ele me olha e depois sorri. – o namorado do Nico.

Como me deixar envergonhado? Ele sabia muito bem.

Mas, a Liz parece aumentar o sorriso mil vezes mais ao ouvir aquilo.

- Vem, vamos entrar. Quero perguntar algumas coisas a você e tenho certeza que você também. – ela pega na mão das crianças e guia a gente até o apartamento.

Ela parecia feliz e ao mesmo tempo apreensiva. Feliz de um jeito que nunca tinha visto antes, como se finalmente o pesadelo tivesse acabado.

Depois que entramos no apartamento dela pude ter uma visão melhor de tudo. Era um local agradável de morar, espaçoso para as crianças e bem arrumado. Não era de luxo, e sim simples como ela sempre foi.

Ela mandou as crianças irem para os quartos para termos uma conversa mais à vontade. Com a sua hospitalidade já me sentia em casa.

- Então, como conseguiu me achar Nico? – estávamos na sala sentados no sofá enquanto ela estava do meu lado. Não soltava a minha mão por nada, como se esse sonho fosse acabar.

Respiro fundo e começo a contar a elas todas as confusões.

Durante a conversa toda ela pareceu calma, enrijecendo em alguns momentos complicados. E por fim, chegamos à parte onde eu conto do caso reaberto e de como tinham achado ela.

- É... Eu não ouço me chamarem de Liz há muito tempo, era o nome que eu usava antes...  – ela respira fundo. – estou feliz que tenha encontrado essas pessoas Nico, sabia que era um menino corajoso na época e eu... Eu sinto muito por tudo.

Ela parecia querer chorar de novo, mas dessa vez de arrependimento.

- Não precisa pedir desculpas. – sorrio amigavelmente para ela. – mas... O que aconteceu com você?

Foi então que ela me contou tudo: depois de ter me levado ao orfanato inventou uma desculpa que eu deveria ter fugido enquanto ela estava em um dos seus trabalhos. Isso foi eficiente por pouco tempo, logo descobriram o que ela tinha feito. Liz não me contou todos os detalhes, mas só pela sua expressão sabia que não foram coisas que qualquer pessoa suportaria.

Depois disso, tiraram a casa dela e todos os seus pertencem. Após isso, ela morou de favor na casa de uma das amigas e começou a trabalhar como caixa em um supermercado. Disse-me que cada dia que passava ela se perguntava como eu estava, não recebeu notícias minhas ou do orfanato. E também havia o medo do que poderiam fazer com ela ainda.

Depois de ajuntar uma quantia suficiente de dinheiro ela veio para NY tentar ganhar a vida como garçonete. Foi em um desses trabalhos que ela acabou conhecendo o marido dela. Em alguns anos ela já estava casada, trabalhava agora como secretária e cuidava dos dois filhos.

- Nunca mais usei o nome Liz e também ouvi falar daquelas pessoas... Todo dia eu durmo agradecendo por eles não me encontrarem mais ou fazerem algum mal aos meus filhos. – diz ela secando as últimas lágrimas que desciam do seu rosto. – Mas, eu estou tão feliz que pude te reencontrar Nico, desejei tanto isso.

- Quando recuperei a minha memória e lembrei de você foi... Uma das coisas que eu mais queria. – digo sorrindo nostálgico.

- Eu... Eu realmente sinto muito Nico, por tudo o que você passou comigo e o que te fiz... Na época eu estava assustada e não sabia o que fazer, eu sabia que se não ficasse com você eles podiam fazer coisas piores e eu... Eu não podia aceitar isso.

- Não precisa se desculpar,  você me tirou daquele lugar e eu jamais terei palavras para te agradecer.

- Você que me livrou daquilo, hoje eu sou feliz e tenho dois filhos. – ela sorri.

No final, acabamos nos salvando.

- E eles são lindos. – Percy diz para ela.

- Obrigada... – eles ficam se encarando por um tempo o que acaba me deixando desconfortável. – Você é uma boa pessoa, fico feliz que o Nico tenha te encontrado.

- Eu também estou feliz. – Percy sorri e me encara no final.

Ficamos mais algumas horas conversando e contando mais detalhes do que aconteceu, principalmente comigo.

- Vamos indo Nico? Temos que pegar a estrada ainda. - diz Percy se levantando do sofá.

- Pode ir indo, vou me despedir da Liz. – digo e ele se despede dela me esperando lá fora.

- Nico, preciso te falar algo. – ela me olha preocupada.

- O que houve? – não sei se aguentaria mais emoções.

- Você precisa tomar cuidado Nico, eu sei que você quer encontrar o seu pai de novo... Toma cuidado,  aqueles caras não perdoam uma dívida e se te encontrarem... Eu não sei... Ficaram me vigiando por meses, talvez até hoje façam isso. Então, toma cuidado pequeno. Por você e por... Ele.

Meu corpo gela assim que percebo a possibilidade de algo acontecer ao Percy ou minha família.

Será que eles me vigiavam... Mas, por que não agiram esse tempo todo? Esperando algo talvez?

- Não vou deixar nada acontecer com eles... – eu estava com medo, muito medo. Eu vi o que fizeram comigo e minha mãe.

- Por favor, esquece aquela história. Não se envolva. Eles são perigosos e se te pegarem de novo...

- Vou tomar cuidado. – dou um beijo na sua testa. – fique bem Liz.

- Você também Nico. – ela me abraça e logo retribuo.

Despeço-me dela e sigo para a porta, mas antes viro para ela de novo. Precisava saber de algo.

- Ele veio me buscar Liz? – fala um pouco baixo. Porém, ela parece me ouvir e se mantém calada.

Isso era o suficiente. Saio do seu apartamento depois disso

Não vou poder vê-la mais enquanto não resolver toda essa confusão. Não posso envolver a sua família nisso... E a minha? O quanto eu pretende me arriscar por ela?

- Você se saiu bem. – Percy se aproxima de mim e deposita um beijo na minha testa.

E eu não posso deixar nada acontecer a ele, principalmente a ele.

Desculpe-me Liz, mas eu também não posso deixar Hades solto por aí. Vou encontrá-lo, e vai sentir coisas piores do que eu e minha mãe sentimos.


Notas Finais


~Monogatari.

LIZZZZ! GENTE ELA APARECEU FINALMENTE E EU PIREI NISSO! QUE MOMENTO MAIS EMOCIONANTE ❤. Vamos todos segurar aquela lágrima linda nos nossos olhos e abraçar algum travesseiro rs.

É, o espírito de vingança do Nico está mais forte do que nunca!! E ele querendo proteger o Percy de tudo, gente... É MUITO AMOR E EU NÃO ESTOU PREPARADA PARA ISSO! Esperem as tretas nos próximos.

Infelizmente a fanfic está chegando ao final e eu estou chorando muito com isso D:

~Liilyca

Pernico sendo lindooo ❤
"Percy me tem"
Nico querido, tem você tem a gente, tem o mundoooo ❤

LIIZ ❤ gente que dor n core me deu esse cap 😣 mas ao mesmo tempo foi fofo! como decidir!?
O que vocês acharam?

Até quarta o/


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