História New Stage - Touch.

Duas semanas depois.

Depois de comprar meus remédios naquele dia não fui mais perturbado pelos meus pesadelos, assim como felizmente (ou não) continuei dormindo sozinho em meu quarto.

Quando soube que Sally havia contado a Percy sobre meus remédios senti meu corpo estremecer, não queria que ninguém além dela soubesse desse meu transtorno sem explicação. Digamos que eu era estranho demais e acrescentar minhas crises em sonhos não ajudaria em nada.

Ainda estava confuso com as mudanças que estavam acontecendo comigo desde que vim morar com meu irmão. Não acharia que revê-lo depois de tanto tempo viria acompanhado de uma avalanche de sentimentos, era tudo muito estranho para mim e as coisas saiam do controle quando o via com Annabeth. Como já falei, ela era uma pessoa legal e simpática... Só que o ver dando tanta atenção para outra pessoa que não fosse eu era, diferente.

Como era egoísta.

As coisas na faculdade estavam indo bem na medida do possível. No começo foi complicado me acostumar com tudo, tive sorte que a minha turma era a dos quietos. Conversava com alguns quando via necessidade, mas não posso dizer que criei algum laço de amizade com eles ainda.

Anos se passaram e eu ainda não conseguia confiar nas pessoas.

A única pessoa que mesmo sabendo dessa minha personalidade e continuava sempre insistindo qualquer criação de amizade comigo era Reyna. Todo o dia me levava para minha sala e me esperava nos intervalos e na hora da saída. Puxava assunto comigo até quando eu tentava desviar ou mostrava que não estava afim, o que não adiantou muito.

Os dias foram passando e acabei me permitindo dar uma chance a ela. Foi então que acabou se tornando a amiga mais próxima que tinha desde que havia chegado a NY.

Estava tentando ainda as escondidas achar algum emprego, a ideia de ser sustentado pelo Percy me incomodava. Já bastava eu estar morando junto a ele e ter “tirado” Jason de lá, o mínimo que poderia fazer era me sustentar. Lógico que ele ainda discordava disso insistindo que não via necessidade, por isso acabei tento que recorrer a Reyna para me ajudar já que ela conhecia a cidade.

Então hoje tínhamos combinado de sair pelo centro de NY para me ajudar a procurar emprego em algumas agências, ainda não conseguia arranjar nada na minha área por ter entrado na faculdade há pouco tempo.

Levanto-me da cama já percebendo que estava atrasado para a primeira aula. Pego uma muda de roupa e me troco rápido já desistindo de ir tomar banho. Sinto um cheiro de torradas vindo da cozinha o que faz meu estômago dar sinal de vida. Sendo assim, saio do meu quarto em direção a cozinha.

- Por que você não... Me acordou? – digo caminhando até a cozinha, mas diminuindo o passo ao perceber quem estava no lugar.

- Ah oi Nico, bom dia. – vejo Annabeth na cozinha preparando as torradas.

Quando ela tinha chegado aqui e por que estava aqui? Até ontem à noite antes de ir dormir não vi nenhum vestígio dela, então se de repente estava aqui queria dizer que...

- Bom dia dorminhoco. – ouço a voz do Percy vindo do corredor e logo, como de costume, ao se aproximar de mim bagunça meu cabelo.

Não o respondo e continuo encarando Annabeth na minha frente. Seus cabelos estavam molhados o que indica que havia tomado banho a pouco tempo e... Estava vestindo o blusão azul de Percy.

- Nico? – Minha atenção é desviada quando minha visão é invadida por um par de olhos verdes- Você está bem?

- Hã... – digo ainda tentando organizar minha mente – Estou sim.

- Ele deve só estar surpreso por me ver assim de repente. – diz a garota entrando na conversa.

- Está bem mesmo? – diz ele aproximando mais o rosto do meu.

Perto demais.

- É... Foi isso. – digo tentando controlar minha respiração.

Percy continua me encarando por alguns minutos quando (eu acho) se convence do que estava acontecendo e se afasta de mim indo em direção a namorada, onde ao chegar, deposita um selinho demorado em seus lábios.

Sinto meu peito se apertar ao ver aquela cena. Aquele mesmo sentimento que tinha quando o via juntos.

- Vai querer quantas torradas Nico? – vejo Annabeth me encarando com um sorriso no rosto enquanto estava sendo abraçado por trás pelo namorado.

Eu não quero continuar vendo isso.

- Não... – sussurro. - Não vou comer nada, estou atrasado. Tenho que ir.

Digo rápido pegando minha mochila e as chaves no sofá.

- Como assim? Você precisa comer algo. Dá tempo de chegar à faculdade. – diz Percy sorrindo me olhando.

Não quero ir com eles, não juntos.

- Eu realmente tenho que ir. – digo frio e indo até a porta a abrindo.

- Nico espera! Eu te levo.

Diz Percy se afastando de Annabeth e fazendo menção de ir até mim, porém ajo mais rápido e fecho a porta na minha frente.

O que estava acontecendo comigo?

Escuto barulhos vindos de dentro do apartamento, mas não espero para ver o que aconteceria depois e desço correndo as escadas, ir de elevador demoraria mais e são apenas alguns lances de degraus até a recepção. No caminho descendo as escadas envio uma mensagem à Reyna para me indicar o caminho da faculdade de ônibus, avisando que mais tarde explicaria tudo a ela.

Minha cabeça estava uma confusão e eu não conseguia entender ainda o motivo do meu peito doer tanto ao ver aquela cena, se repetia na minha mente por mais que eu tentasse tirá-la de lá.

Alguma coisa realmente estava estranha comigo.

Por sorte consigo acertar o caminho até a faculdade sem nenhum problema. Compro um café no caminho até a minha sala e entro nela sem olhar ao redor.

Que começo de dia Nico, tudo dando certo.

Foi difícil me concentrar nas aulas, o transtorno no começo do dia havia afetado qualquer vestígio de interesse em qualquer disciplina. Como não estava afim de ver ou falar com alguém permaneço dentro da sala no intervalo.

O último sinal da aula toca e consigo finalmente suspirar de alivio por finalmente ter acabado, o que eu mais queria agora era poder ir encontro a minha cama e ficar para lá o resto do dia.

Debruço minha cabeça na mesa me preparando para o que teria que enfrentar no resto do dia. Depois de uns minutos assim percebo que acabei sendo o último a permanecer dentro da sala. Arrumo minhas coisas em cima da mesa e caminho até a saída.

Antes que pudesse chegar até lá sou surpreendido com Percy encostado na parede do lado de fora provavelmente me esperando. Quando meu corpo alcançou seu campo de visão, vejo-o saindo de onde estava e indo até mim. O corredor já havia se esvaziado e apenas nós estávamos nele.

Não tinha saída.

- O que houve com você hoje de manhã? – diz ele me olhando preocupado.

- Não aconteceu nada, eu realmente estava atrasado. – digo dando alguns passos para trás.

- Você não me engana Nico. – diz ele se aproximando mais. – Você estava estranho, o que aconteceu?

Não sabia o porquê, mas a cena de hoje de manhã fez-se presente em minha mente de novo: Annabeth na cozinha, de cabelos molhados e com o blusão do Percy e logo em seguida via-o abraçando-a por trás.

- Estou preocupado com você Nico. – diz ele me encurralando na parede.

- Não tem... Não tenho nada – digo tentando não encarar aqueles olhos. – Eu preciso ir, Reyna ta me esperando lá fora.

- Você anda muito próximo dela. – diz ele aproximando mais o rosto do meu.

Sinto meu coração acelerar mais e minha respiração ficar mais ofegante. Estava nervoso.

- O que? está com ciúme? – digo dando um sorriso sarcástico. O que estava havendo comigo?

- E se eu estiver? – diz ele me olhando sério e deixando nossas bocas a pouco centímetro longe uma da outra.

Quero me aproximar. Era como se os lábios dele me chamassem.

Ia pensar em me aproximar mais quando escuto meu nome sendo ecoado no corredor.

- Nico! – era a voz da Reyna. Sinto um alivio e ao mesmo tempo tristeza por ela ter aparecido. – Acho que cheguei numa má hora.

- É. – Percy começou a falar.

- Estava indo te procurar mesmo. – digo interrompendo Percy e logo vejo seu corpo se afastar do meu.

- É... A gente tinha combinado de ir às agências depois da aula. Não te vi no pátio, então vim te procurar. – diz ela ainda nos olhando estranho.

- Espera, o que?! – diz Percy percebendo o assunto. – Você esta indo procurar emprego?

- Eu disse que queria trabalhar. – digo já sabendo o rumo da conversa.

- E eu falei que não precisava. – diz ele me olhando sério demais. Via seus olhos ficarem mais profundos, como se uma tempestade se formasse neles. – Você não vai conseguir se acostumar. Vamos para casa Nico.

- Eu não vou. – digo me irritando. – Já disse que não sou mais uma criança, quando é que você vai perceber isso? Não tenho mais nove anos Percy, assim como você eu também cresci.

Desde quando eu havia me tornado um menino rebelde? Aquela cidade não estava mesmo me fazendo bem.

- Vamos Reyna. – digo levando ela pelo braço e me afastando do Percy.

Droga, o que foi que eu fiz?

(...)

Após aquilo, Reyna e eu andamos pela cidade atrás de agências de emprego assim como tínhamos combinado. Ela não perguntou nada sobre o que tinha acontecido antes e nem o porquê de eu ter mandado mensagem a ela hoje cedo.

A tarde então se seguia tranquila na medida do possível, minha cabeça ainda estava na cena de hoje mais cedo. Já havia ficado perto do Percy daquele jeito muitas vezes quando criança, sempre que ele via que não estava bem me encarava daquele jeito, o que me fazia confessar tudo o que estava sentindo. Porém, o estranho é que dessa vez tinha sido diferente.

Não consegui dizer o que estava sentindo. A cena de hoje de manhã ainda martelava em minha cabeça, na verdade, toda a cena dos dois juntos incomodava minha mente nos momentos de lazer.

Toda vez que o via abraçando ou beijando ela meu peito doía e eu sentia... Inveja. Queria estar no lugar dela a qualquer custo. No começo pensei que era apenas estranhamento meu ou ciúme besta de irmão já que não via Percy há muito tempo, achava que isso passaria depois de alguns dias. Mas não passou, apenas aumentava.

- Qual a sua relação com seu irmão? – me surpreendo ao ouvir essa pergunta sair de Reyna.

- Oi? – digo confuso. – Uma relação normal.

- Hmmmm – diz ela me encarando por um breve momento depois olhando para o nada. – Não parece...

- O que quer dizer com isso? – digo ainda a encarando.

- Nada não, apenas pensei alto demais – diz ela suspirando e voltando ao “normal”. – Bom, eu vou por aqui. Consegue voltar para casa daqui?

- Até você? Consigo sim. – digo seguindo o ritmo da conversa - Obrigado por me levar as agências.

- Disponha. Até amanhã Nico, e ah – diz ela se virando antes de atravessar a rua. – Cuidado com isso que você ta sentindo.

Ia perguntar a ela o que queria dizer com isso, mas não espera eu terminar de processar a palavras e já atravessa a rua.

Eu sei que preciso tomar cuidado.

Bufo com toda aquela situação e volto a caminhar até o apartamento, tinha sorte que aquela região tornou-se familiar para mim.

Chego ao prédio e vou em direção ao meu apartamento quando acabo me esbarrando com Jason no corredor.

- Nico! – diz ele abrindo um sorriso enorme a me ver e me abraçando – Caramba, parece que não te vejo há muito tempo.

- Quanto exagero Jay, eu moro aqui do lado. – digo sorrindo e retribuindo o abraço.

- Eu sei, é que eu nem te vejo tanto mais. Fica o dia todo no apartamento. Percy esta te prendendo só pra ele. – diz ele rindo de leve.

- Errr... Você sabe se ele já chegou? – digo tentando disfarçar minha voz de incomodo.

- Chegou sim, deve ta lá dentro com a Annabeth. – diz ele pensativo.

Quando ele me diz isso imediatamente penso nas cenas que teria que encarar deles juntos de novo. Definitivamente não queria isso.

- Você esta indo trabalhar? – pergunto pensando em uma solução.

- Ainda não, só mais tarde. Por que? – diz ele me olhando confuso.

- Posso ir para lá? Eu não quero atrapalhar eles. – digo tentando parecer o mais natural possível.

- Verdade... Vem comigo então. – diz ele pegando o meu braço e me guiando até seu apartamento.

Uma coisa tinha dado certo naquele dia e eu estava realmente grato a isso.

O apartamento do Jason assim como o de Percy era pequeno, mas aconchegante demais. Na sala via-se um sofá grande e duas poltronas nas laterais, a frente uma estante com uma TV e alguns videogames. A cozinha era parecida como todas no prédio.

A decoração alternava em um azul, branco e preto. Era como se Jason quisesse se sentir nas nuvens.

- Oi Nico. – Vejo Piper saindo do quarto e vindo em minha direção. – Chegou em uma boa hora, estávamos decidindo que filme ver.

A simpatia dela sempre me incomodava, onde morava era normal as meninas com uma beleza fora do normal ignorar aqueles que achavam serem inferiores e se achavam as estrelas da escola. Piper era diferente.

Jason havia-me contato para não ficar encarando ela por muito tempo, dizia que não gostava que as pessoas a olhassem como alguém que deveriam admirar sempre. Em outras palavras: ela não gostava de ser bonita. Engraçado né?

- Eu não sabia. – digo me sentindo desconfortável. – Não quero atrapalhar vocês.

- Imagina. – diz ela sorrindo. – Jason é enrolado para escolher um filme, ter a sua ajuda vai ser ótimo.

Sorrio de lado e aceito o seu pedido sentando-me ao lado dela e escolhendo algum filme na Netflix.

Era estranho como eu não me sentia desconfortável estando com eles. Em alguns momentos via no canto dos meus olhos eles se abraçando e trocando carícias, mas nada daquilo me incomodava como acontecia com Percy. Não me mesma intensidade, o que era muito estranho já que assim como ele, Jason era meu irmão o qual havia ficado um bom tempo sem ver.

No fim, não consegui prestar atenção em nada no filme, minha cabeça estava cheia com aqueles pensamentos.

- Tenho que ir trabalhar agora. – diz Jason se levantando do sofá. Piper não estava mais ali conosco, tinha ido no quarto pegar sua bolsa.

- Err... Eu posso ficar aqui um pouco mais? Fiquei curioso para ver a outra parte do filme. – digo tentando ser o mais convincente possível.

- Nico. – vejo seus olhos me encarando. – Você esta bem mesmo?

- Estou sim Jay. – digo falhando minha voz.

- Tem alguma coisa estranha... – diz ele me analisando.

- Vamos Jason? – diz Piper aparecendo na sala. – O que houve?

- Nada não...  – diz ele ainda desconfiado. – Conversamos quando eu chegar Nico. Pode dormir no outro quarto se precisar.

Ia insistir que nada tinha acontecido quando minha mente se esvazia a receber um beijo dele em minha testa. Jason sempre foi desse jeito, não gostava de preocupar os outros ao redor e sempre demonstrava preocupação nos gestos.

Não tinha intenção de voltar para o outro apartamento hoje, sabia que Annabeth provavelmente ainda estaria lá e só de pensar em vê-los sorrindo um ao outro e trocando caricias fazia meu corpo ficar incomodado.

Eu realmente preciso dormir. Por sorte, levava em minha bolsa alguns comprimidos do meu remédio.

Vou até a cozinha, pego um copo de água e logo o tomo. Após isso vou até o quarto ao lado e já me deito na cama, tinha sorte que o remédio fazia efeito rápido. Então, em poucos minutos sou dominado pelo sono.

(...)

Sou acordado com alguns sussurros vindo do quarto. Será que Jason já havia chegado?

Forço meus olhos aos poucos se abrirem e percebo que a minha frente à TV do quarto estava ligada. Quem tinha ligado ela? Não me lembrava de estar assim quando eu fui dormir.

Ajeito meu corpo na cama o levanto e olhando ao redor, não tinha ninguém ali. Era muito estranho.

Ia me levantar da cama quando vejo a maçaneta da porta girar.

- Nico... – vejo Percy na minha frente me olhando enquanto fechava a porta atrás dele.

- O que você... O que você ta fazendo aqui? – digo já atordoado.

- Jason me disse que estava aqui. Por que não me avisou? – diz ele se aproximando de mim.

- Eu não queria atrapalhar. – digo levantando da cama e dando alguns passos para trás.

- Estava preocupado com você. – diz ele ainda se aproximando de mim.

- Desculpa. – digo percebendo que não havia mais para onde fugir.

- Vai me dizer o que esta acontecendo? – diz ele de novo me encurralando na parede.

Perto demais de novo. Isso não era bom.

- Já disse que não tenho nada. – digo tentando não olhar nos olhos dele.

- Como se eu fosse acreditar. – diz ele me surpreendendo ao pegar meu queixo e fazer com que eu o encarasse.

Seu rosto estava perto do meu, muito, muito perto. Conseguia me entregar aos seus olhos verdes, tudo na minha volta parecia estar fora de foco e eu apenas conseguia ver o seu rosto.

Era bonito.

- Eu realmente estou preocupado com você. Jason tinha me falado que ia fazer você vir morar com ele. – diz Percy agora colado as nossas testas. – Eu não vou deixar ninguém te levar Nico.

Com esse tempo todo que tinha ficado longe dele havia me esquecido desse seu lado possessivo. Desde que eu fui adotado ele dizia que iria me proteger de tudo e que não deixaria que ninguém me levasse. Confesso que boa parte disso foi culpa minha, era muito medroso quando pequeno.

Neste momento me lembrei de todas as vezes que ele me tratou daquele jeito, com sua pocessividade única de carinho e proteção. Meu coração se aqueceu imediatamente com aquilo.

- Eu não vou a lugar nenhum Percy. – digo tentando fazê-lo se acalmar.

- Então me diz o que esta te perturbando tanto. – diz ele colando cada vez mais nossos corpos. Ele era alguns centímetros meus alto que eu.

- Só está sendo difícil me acostumar com tudo. – digo mentindo. – É só isso.

Pensei que ele ia me questionar e insistir para que falasse a verdade, mas acabou me pegando desprevenido me abraçando forte.

- Percy...? – digo estático.

Ele não disse nada e apenas continuou me abraçando o que me fez depois retribuir.

Era confortável e quente.

Fechei meus olhos para poder guardar aquele momento.

Podia sentir meu coração acelerar mais e meu corpo tremeluzir. Eu queria poder abraçar mais ele... Mas não só isso, eu queria ser aquele que trocaria caricias com ele.

Eu quero beijá-lo.

Afasto-o do abraço quando tenho esse pensamento.

Que porcaria era aquela que tinha pensado?!

- Nico? – diz ele me olhando preocupado.

Eu realmente preciso ir a algum médico ver o que estava acontecendo comigo. Não podia ser normal.

- É isso que eu tenho, não precisa se preocupar. – digo ainda mantendo ele afastado de mim.

Via a sua mão se aproximar do meu rosto. Ele ia me tocar de novo. Eu queria isso, mas...

Antes que ele pudesse continuar o gesto eu afasto sua mão perto de mim.

Ainda estava me recuperando do que tinha acontecido antes.

- Vamos voltar. Não quero incomodar mais o Jay. – digo indo até a cama e pegando a minha mochila.

Não espero ver como Percy estava e logo saio do quarto indo em direção a porta do apartamento.

O que estava acontecendo comigo? Não podia ser normal o que estava sentindo, certo?

Preciso achar alguém para me ajudar... Reyna talvez? Não... Isso seria estranho demais.

Só tinha uma certeza agora: precisaria ao máximo me manter longe do toque dele.