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História New Stage - Shield


Escrita por: Liilyca e monogatari

Notas do Autor


~Liilyca:
Ola Ola amores!!! como vocês estão?
então cara... tenho um comunicado a dar a vocês antes de falar sobre o capitulo.
Dona Mono e eu decidimos fixar os dias de postagens desta fic ja para não ocorrer como anteriormente de esquecermos e tals.
Os dias de postagens serão: Terça, Quinta e Sabado.
"Mas Liily de sábado para terça são 3 dias..."
eu sei, eu sei... u.u Mas não tem outro jeito ja que a semana tem 7 dias né minha gente?

Enfim! agora para o cap...
Neste capitulo a ideia foi passar um pouco o que se passa na cabecinha do nosso cabeça de algas lindo, divino, maravilhoso, perfeito...
desculpe, vou me controlar. ;x

Espero que vocês gostem e aproveitem. Lembrando: coloquem seus coletes a prova de balas porque vem tiro por ai ;*

Boa Leitura ;D


~monogatari:
Oi oi meus lindos leitores. Eu sei, eu sei que o capítulo demorou, mas é que agora determinamos dias para postar. Vão ser: terça, quinta e sábado. Pra ter tempo de todo mundo ler e digerir os capítulos hahaha. Aguentem a ansiedade \oo/.
Queria agradecer muito muito aos comentários, as classificações e favoritos! Sério, estou super feliz com isso e agradecida.
Estamos preparando muitas tretas e se nesse capítulo colhemos o primeiro fruto da árvore da treta.

Boa leitura ❤

Capítulo 7 - Shield


Fanfic / Fanfiction New Stage - Shield

 

POV PERCY.

 

Qual era meu problema? Eu realmente não sabia.

Tudo estava confuso e distorcido em minha mente e coração. Meus pensamentos, sentimentos não pareciam fazer sentido.

Suspirei para o nada a minha frente encarando a porta do quarto de Nico ao longe.

Eu havia estragado tudo? Piorado as coisas? Como pude ser tão lerdo a ponto de não perceber como ele estava se sentindo? Quero dizer, não que eu ache que ele sinta algo, mas obviamente ele estava confuso.

Talvez tanto quanto eu...

Ah Nico, porque você não apenas conversa comigo? Será que sou tão ruim assim? Tão incompreensivo e ignorante? Eu poderia ajudar, eu queria ajudar. Apenas não sabia como. Sem contar...

Nico não era o único que estava confuso e magoado com toda aquela bagunça. Desde quando ele veio para NY eu me sinto diferente. Vê-lo de novo fez com que todos os fantasmas do nosso passado retornassem a mim.

Tenho que admitir que sempre vi o Nico de maneira diferente. Não só diferente de Jason que também era meu irmão adotivo, mas diferente em relação a todos. Nico parecia ter uma energia que me puxava para ele, e apesar de essa energia parecer tão forte e cativante, era extremamente frágil.

Ele sempre foi um garoto introvertido, eu diria até que medroso, sempre estava se escondendo e fugindo de todos que queriam se aproximar dele, bom, isso me incluía. Então eu tentava com todas as formas e jeitos me manter próximo aquele pequeno garoto antissocial. No começo foi extremamente difícil, Nico é uma pessoa difícil e ninguém poderia negar isso, mas desde o primeiro momento em que o vi, o encontrei com o braço quebrado em meu quintal fugindo de alguns garotos de rua eu soube que Nico não era uma pessoa ruim, chato ou rebelde, ele só era incompreendido. Ninguém sabia o que aquele pobre garotinho havia passado com apenas nove anos de idade, sua defesa era compreensível, mas algo em mim despertou ao vê-lo. Eu queria poder entrar dentro daquele escudo dele, conhece-lo, cuidar dele, mostrar a ele que as pessoas podiam ser boas.

Por muito tempo eu pensei em desistir. Como eu disse Nico é uma pessoa difícil, mas em uma noite como outra qualquer em que ele tinha seus horríveis pesadelos e acordava gritando eu fui até seu quarto e me deitei ao seu lado. Ao contrário de como ele sempre fazia, Nico não me afastou, pelo contrário ele se aconchegou a mim com lagrimas escorrendo por seus olhos negros e sem dizer nada sua respiração foi voltando ao normal, suas lagrimas foram secando e brevemente ele estava dormindo novamente. Lembro-me de ter ficado o observando dormir tranquilamente, e nesse momento eu percebi: Eu finalmente havia conseguido ficar do outro lado daquele escudo.

Me lembrei de respirar quando meu celular tocou me trazendo de volta, o peguei do bolso sem mal olha-lo e atendi.

- Alo? – disse avoado.

- Oi amor. Estou aqui perto, posso passar ai? – Annabeth disse tranquilamente do outro lado da linha.

Meu coração afundou. Eu realmente não queria vê-la naquele momento.

- Oi... desculpa, mas estou indo trabalhar mais cedo hoje. – menti me sentindo culpado.

- ah... tudo bem, a gente se vê amanhã então, ou hoje a noite. – ela disse casualmente.

Porque eu me sentia tão diferente em relação a ela agora?

- É, até amanhã Annie. – falei esclarecendo indiretamente.

Ela murmurou um “até” e desligou.

Respirei fundo me jogando no sofá e fitando o teto.

Desde que Nico chegou e minha cabeça estava confusa eu não conseguia mais ver Annabeth com os mesmo olhos, pode parecer louco ou egoísta, mas é a pura verdade. Eu estava ciente de que ainda gostava dela, mas parecia um sentimento tão ofuscado e tímido agora. Era como se Nico tivesse ocupado toda minha visão de vida, todos meus pensamentos e principalmente todo meu coração.

Eu não conseguia mais achar um lugar para Annabeth nisso tudo, não é como se eu amasse mais o Nico do que ela, nem como se tivesse deixado de amar ela, mas Nico era meu irmão e eu tinha esse sentimento, esse instinto de protege-lo de tudo e de todos. Eu sabia que tinha que melhorar isso, era estranho e obsessivo, mas eu odiava como ele parecia frágil apesar de admitir que ele havia mudado muito e estava muito mais aberto as pessoas agora. Apesar de tudo eu não conseguia deixar ele ir, solta-lo. Eu queria mais do que tudo poder abraça-lo e ficar assim com ele o tempo todo.

Estranho e obsessivo, talvez um pouco maníaco também.

Pensar nisso me fez lembrar de Jason, de todas as vezes que ele se aproximava de Nico de uma forma diferente. Não, talvez nunca houvesse intenção da parte dele de ser diferente, mas quando ele se aproximava um pouco mais de Nico eu sentia uma súbita vontade de voar nele, de afasta-lo e tira-lo urgentemente de perto. Porque? Eu simplesmente não sei.

Quando eu era criança eu não costumava pensar nas coisas, eu apenas agia por impulso e isso me deixava muito mais dominador em relação ao Nico. Infelizmente eu podia sentir que isso estava se repetindo, o que era bem idiota considerando que agora eu tinha 23 anos, uma namorada e estava terminando a faculdade de Biologia.

Respirei fundo novamente frustrado com meus pensamentos nostálgicos e confusos. Olhei para o relógio e logo eu teria que ir trabalhar, me levantei e esquentei o almoço.

Nico ainda estava preso no quarto, fiquei encarando a porta sentado na mesa parando de comer sendo invadido novamente por meus pensamentos.

Eu não deveria tê-lo beijado, afinal porque diabos eu fiz aquilo? Na verdade, eu estava cismado com isso desde a noite anterior. Claro que foi um choque para mim que ele tenha me beijado, eu sempre desconfiei de que Nico fosse gay, mas nunca quis perguntar ou dizer nada já que queria deixar bem claro que isso não incomodava ou era problema algum, porem eu nunca desconfiei que ele sentisse algo assim por mim. Quero dizer, pode ter sido apenas um momento confuso, estávamos perto demais e tudo o mais, mas eu tinha que ter certeza.

Foi egoísta da minha parte eu sei, beija-lo novamente apenas para ter certeza se ele realmente sentia algo. Por um momento me senti extremamente cruel ao lembrar de como ele ficou depois do beijo, de como me olhou com os olhos marejados e a expressão horrorizada.

Parabéns Percy você deveria ganhar o troféu de pior irmão do mundo.

Eu não queria magoa-lo, mas havia ficado fora de mim. Eu estava agindo feito um imbecil com ele por medo e ciúmes, estava assustado com o que havia presenciado na faculdade. Nico queria conhecer seus pais, ir atrás de seu passado e isso me deixou quase que cego. Eu tinha medo de que ele fosse embora, quem sabe o que aquelas pessoas que o abandonaram eram? Claro que não havia coisa boa ali, todos os sonhos dele eram ruins e me lembro de quando minha mãe o levou ao médico e ele nos chamou em particular para dizer:

“- Pode haver vários motivos para que ele tenha perdido a memória, mas pelos relatos eu tenho por mim ser um estresse pós-traumático. Ele passou por algo horrível, então seu cérebro apenas bloqueou suas memórias para que ele continuasse são. Não é comum, mas acontece. Recomendo que não tentem descobrir o que aconteceu, isso pode ser destruidor para essa pobre criança. – O médico explicou pacientemente para minha mãe e eu”.

Lembrar disso fez meu coração doer apertado. Não queria nunca mais poder vê-lo daquela forma na qual o encontrei. Tão indefeso e frágil.

Meus olhos arderam com a lembrança e eu os fechei contendo meu estado deplorável de espirito. Terminei de comer e me arrumei para ir ao trabalho, antes de sair eu parei na frente da porta do quarto do Nico, hesitei ao bater, mas o fiz mesmo assim.

- Nico? – chamei sem resposta. Será que ele estava bem?

Sem aguentar eu abri a porta devagar o encontrando deitado esparramado na cama dormindo tranquilamente. Por um momento meu coração pareceu sair pela boca com a ideia de quantos remédios ele havia tomado para dormir, ele andava fazendo muito isso ultimamente, se forçando a sair da realidade.

Era tão ruim assim viver comigo?

Me aproximei com cautela e coloquei minha mão em sua testa, ele estava com a temperatura media então analisei sua respiração, estável. Suspirei em alivio.

Eu sabia que chegaria mais tarde do trabalho hoje, então procurei um papel e uma caneta, quando achei escrevi um bilhete a ele.

 

Volto tarde hoje, não precisa me esperar para comer.

Chama o Jason se quiser e não fique sozinho.

Desculpe ser o pior irmão do mundo.

Conversamos quando eu chegar.

Se cuide.

 

Percy.

 

Coloquei o bilhete na escrivaninha ao lado da cama e dei uma última olhada nele.

Nico era tão belo de uma maneira tão única que chegava a ser impressionante. Seus cabelos negros e seus cílios se destacavam em sua pele exageradamente clara, seus lábios rosados e finos estavam entreabertos tranquilamente.

Sem conseguir evitar eu me aproximei dele e beijei sua testa com carinho.

Fique bem Nico. – Desejei em pensamentos antes de ir trabalhar.

(...)

No trabalho as horas pareciam não passar, estavam lentas e dolorosas demais.

Quando finalmente voltei para casa Nico não estava, então fui para o apartamento de Jason que me recebeu com cara de tedio já anunciando que Nico estava dormindo no quarto dele. Me preocupei novamente, ele estava mesmo dormindo demais.

Peguei Nico e o levei para meu apartamento e o coloquei em sua cama, ele estava em um sono tão pesado que mal se mexeu. Quando voltei a sala Jason estava parado no meio dela com braços cruzados me encarando sério.

- O que aconteceu entre vocês dois? – ele perguntou serio e eu suspirei sabendo que não conseguiria disfarçar então me joguei no sofá exaustivo com ele ainda me fitando.

- ele disse alguma coisa? – perguntei sem olha-lo.

- não e nem precisou. Ele está avoado o dia todo e só de falar em você ele parece que vai ter um ataque. – contou e eu torci o lábio com a dor repentina que aquilo me causou. Eu não queria ser motivo de nada ruim para ele. – ele não é tão bom em disfarçar como pensa. – Jason disse em um pensamento alto olhando para a porta do quarto de Nico e depois suspirou se sentando ao sofá do meu lado. – você não vai me contar?

Respirei fundo.

- não sei se devo. Na verdade não sei o que fazer. – falei sincero.

Mesmo eu não sendo tão apegado a Jason como era com o Nico, ele ainda era meu irmão mais velho e melhor amigo. Nós poderíamos brigar e se desentender provocando um ao outro, mas no final estávamos ali, conversando normalmente.

- conte logo Percy. Afinal se você ficar com essa cara e essa confusão não vai adiantar nada. – ele disse exaustivo revirando os olhos.

Suspirei encarando minhas mãos a frente.

- ontem depois que você saiu nós estávamos conversando e... – comecei a dizer falhando. Tentei conter o nó em minha garganta. – Ele me beijou. – falei por fim baixo demais.

Jason arregalou os olhos surpreso, mas não espantado. Depois o que ele fez me surpreendeu, ele riu baixo e incrédulo.

- o que? – perguntei confuso o fazendo sorrir divertido para minha maior confusão.

- Desculpe eu não deveria rir, mas estou surpreso que essa atitude tenha vindo dele e não de você. – Comentou despreocupado e eu abri a boca em indignação.

- espere, o que!? – soltei incrédulo o fazendo rir novamente.

- pelos deuses Percy como você consegue ser tão lerdo? – resmungou para si mesmo. – todos já perceberam, até Piper e tenho certeza de que Annabeth também.

Franzi o cenho para ele.

- o que você quer dizer? – perguntei confuso e ele bufou como se estivesse prestes a explicar algo a uma criança.

- é obvio que ele sente algo por você, na verdade sempre foi e quando vi como ele ficava com você e a Annabeth juntos... admito que me senti mal por ele. Você deveria ter o preparado antes, dito que estava com alguém. – ele disse calmamente.

Meu coração doeu de uma forma estranha.

- eu... mas eu... – gaguejei sem saber o que dizer.

- você realmente nunca percebeu? – ele perguntou para mim agora mais serio, neguei levemente com a cabeça e ele suspirou. – bom, na verdade acho que nem ele percebeu antes. Chega a ser triste como ele está confuso, se descobrindo. – pensou alto.

confuso é uma ótima definição de tudo isso. – comentei baixo, depois me virei para seus olhos azuis. – Porque você não me disse antes? Me deu algum indicio?

Ele riu sem humor.

- não é como se fosse realmente da minha conta Per. Além de não querer me meter eu tinha esperanças de que você percebesse. – revirou os olhos. – quanta ingenuidade minha.

Bufei.

- como sou patético. – resmunguei colocando as mãos na cabeça. – você acha que ele está apaixonado por mim ou algo assim?

Ele riu agora divertido.

- você ainda tem duvidas? Se ele te beijou não foi atoa imbecil, além disso ele não correria o risco de estragar a relação de vocês. – explicou como se fosse obvio e realmente era, mas meu cérebro estava lento demais para juntar as coisas.

Gemi frustrado.

- tem razão. Eu não devia ter o beijado. – murmurei irritado comigo mesmo por só causar mais confusão.

- achei que ele é quem tinha te beijado. – Jason disse com uma careta confusa.

- é, isso também. – admiti sem me importar.

Ele primeiro abriu a boca em surpresa e depois sorriu malicioso me dando um tapa no braço.

- eu sabia! – ele disse expressivo e eu agradeci por ter sido baixo.

- ai! O que!? – indignei e ele riu.

- você também gosta dele. Eu sempre soube na verdade, mas tive minhas duvidas quando você começou a namorar a Annabeth, ficou tão apaixonado e bobo por ela que eu considerei que seu “carinho” pelo Nico era mesmo algo de irmão. – explicou tranquilamente.

Espere, eu gosto dele da mesma forma?

– É por isso que me surpreendi por ele te beijar primeiro, Nico sempre foi mais quieto e escondia bem seus sentimentos. O que só prova o quanto confuso ele está com tudo isso. – Jason continuou falando, mas meus pensamentos já estavam vagando.

Seria possível que esse jeito diferente que eu via o Nico era amor? Quero dizer, amor no sentido romântico.

Não era nada parecido com o que eu sentia pela Annabeth, o que só me deixou mais frustrado porque agora eu não conseguia nem comparar o que sentia por ela, era quase como se não existisse mais. Eu me lembrava de como ela era linda, inteligente e incrível, mas parecia tão apagado agora, distante, como se tivesse acontecido a vários anos atrás.

Além disso Nico era homem e...

- ei! – Jason estalou os dedos a minha frente me fazendo voltar. Olhei para ele que tinha a expressão preocupada. – não me deixe falando sozinho. O que você vai fazer agora?

Respirei fundo tentando organizar minha fala.

- não sei. – admiti sincero.

- vamos la Percy, pense um pouco. – ele indicou impaciente. – você gosta dele também.

- sim, mas não sei se é assim. – rebati e ele bufou revirando os olhos.

- é como você gosta de mim? – perguntou jogando verde.

- não. – respondi sincero.

- é como você gosta da Annabeth? – reformulou.

- não. Ele é... diferente.

Jason ficou me encarando serio e pensativo.

- há uma grande diferença entre paixão e amor. – atirou insinuativo e eu não soube o que responder então ele soltou o ar pesado e se levantou. – pense nisso Per e tome cuidado. Vou dormir um pouco. Boa noite.

Então sem que eu conseguisse responde-lo ele saiu do apartamento fechando a porta e me deixando perdido em meus pensamentos e sentimentos.

Naquela noite eu demorei a dormir, minha cabeça girava e as lembranças de Nico comigo predominavam em minha mente, seu sorriso, seu sarcasmo, seu mau humor, seu beijo...

Ah Nico o que eu faço com você?

(...)

Eu estava na minha antiga casa em Nove Orleans jogando vídeo game em meu quarto quando a porta se abriu rapidamente.

Nico entrou sorrindo abertamente com os dentes pequenos e os olhos escuros grandes e brilhantes. Ele tinha um papel nas mãos que correu para mim e parou a minha frente mostrando.

- olha, olha, olha! – ele disse com sua voz infantil e alegre o que era extremamente raro.

Olhei para o papel que ele mostrava e era uma prova na qual ele havia tirado nota máxima. Abri o sorriso para ele e baguncei seu cabelo.

- isso!! Parabéns pequeno! – comemorei com ele que corou, mas ainda sorria.

Então ele me olhou fixamente e seu sorriso mudou, logo ele me puxou para ele e selou nossos lábios.

 

Acordei em um salto com o despertador ao lado.

Mas que loucura de sonho foi aquele?

Respirei fundo tentando afastar meus pensamentos bagunçados. Levantei, tomei banho e me arrumei.

Sai do quarto e fui fazer o café da manhã distraído, mal vi quando Nico saiu do quarto e sentou na mesa sem dizer nada. Olhei para ele que tinha a expressão baixa, não sei se de vergonha ou tristeza, mas meu coração pesou.

- bom dia para você também. – resmunguei tentando disfarçar a tensão.

- bom dia. – ele respondeu simples.

Coloquei o café a mesa e ele se serviu. Sentei-me a sua frente tomando meu café também, ele não me olhava e eu por outro lado não conseguia parar de encara-lo. Fiquei pensando em como ele tinha mudado, mas também como era aberto apenas comigo naquela época. Talvez isso tenha mudado, na verdade era compreensível que mudasse, ficamos anos sem nos ver.

- te devo desculpas Nico. – Falei criando coragem. Ele enrijeceu um pouco, mas tentou disfarçar. - por tudo. Não quero te fazer chorar, muito menos magoar você. Eu fui egoísta e grosseiro também, prometo que vou me desculpar com a Hazel hoje. – falei tentando me redimir.

Pela primeira vez Nico me encarou, parecia surpreso pela minha sinceridade, mas assim que retribui seu olhar ele o desviou.

- tudo bem. Apenas não faça isso de novo. – ele disse quase inaudível fazendo um gelo dolorido percorrer meu coração.

- Nico... – chamei, mas ele não me olhou. – Converse comigo sobre isso. – pedi me sentindo impotente e frustrado.

Ele abaixou mais os olhos e se encolheu um pouco antes de suspirar e se levantar.

- não há o que conversar Percy. Já estou indo. – ele disse saindo as pressas.

Ele estava fugindo de novo.

- Nico, espera... – eu fui atrás dele e quando ele abriu a porta deu de cara com Annabeth que estava prestes a bater.

Ela nos olhou confusa, mas com seu sorriso simpático, Nico desviou dela sem dizer nada e saiu. Trinquei os dentes por não conseguir ir atrás dele. Annabeth veio até mim com um sorrisinho e abraçou meu pescoço me dando um beijo calmo que eu particularmente não estava interessado, eu estava preocupado demais com Nico.

- Bom dia. – ela disse contente.

- bom dia. – respondi tentando ser neutro.

Ela fez uma careta para mim.

- o que foi?

- nada, só estou preocupado com o Nico. – comentei e seu olhar ficou fuzilante de repente.

Annabeth me olhou nervosa, como se estivesse prestes a explodir então se afastou de mim seria.

- serio Percy? Desde que esse menino veio para cá você mal fica comigo. É apenas Nico pra cá, Nico pra lá. – ela bufou. – dê um tempo!

Abri minha boca incrédulo para ela.

- ele é meu irmão Annabeth e está sobre minha responsabilidade.

- ele nem é seu irmão de verdade. – revirou os olhos irritada o que me fez apertar o maxilar com a onda de raiva que me percorreu. – e desde quando irmãos vem antes de namorada? Tudo bem você se preocupar com ele uma vez ou outra, mas isso já é demais, você é obcecado por ele. – ela atirou em mim.

Estreitei os olhos para ela.

- qual seu problema? – foi só o que consegui perguntar, minha cabeça estava girando com aquela reação dela.

- o meu problema é estar perdendo meu namorado para o irmãozinho mimado dele. – ela resmungou e eu a encarei irritado.

- você está sendo irracional Annabeth. O que você quer que eu faça? Que eu largue ele e não ligue? – questionei indignado e ela cruzou os braços.

- ele não tem só você de irmão. – apontou.

- mas sou eu quem cuida dele. – rebati.

- porque você quer. Piper me disse que o Jason o chamou para morar la.

Bufei.

- não vou manda-lo embora só porque você quer. – resmunguei e ela me fitou ainda mais furiosa.

- você sabe que ele não gosta de mim. – apontou mais uma vez.

- você sabe que isso não muda nada. – menti. Na verdade mudava tudo.

- eu amo você Percy, mas não vou viver em clima ruim com ninguém. – ela impôs e meu coração acelerou.

- por acaso você está me pedindo para escolher? – indignei e ela trocou o peso de pé desconfortável.

- você escolheria? – perguntou receosa. Abri minha boca sem acreditar naquilo.

- isso é ridículo. Ele é meu irmão! – atirei frustrado e ela suspirou pesadamente.

- acho que isso já responde minha pergunta. – ela murchou os ombros soltando os braços.

- o que!?

Annabeth me olhou fixamente com seus olhos cinzas nos meus me fazendo sustentar seu olhar firme.

- eu já entendi que ele sempre virá em primeiro lugar Percy, na verdade eu já entendi tudo. – falou sincera, mas ainda parecia nervosa. Me mantive a encarando. – só acho que você deveria ser sincero consigo mesmo e comigo. Se você ama ele faça alguma coisa. – ela atirou me deixando sem reação.

- o que... eu não... – gaguejei sem saber o que dizer.

- foi bom ficar com você Percy, eu achei que era verdadeiro, mas me enganei. – ela continuou dizendo sincera o que fez meu corpo amolecer dolorido. - Eu nunca vou conseguir supera-lo.

Dito isso ela apenas se virou sem esperar uma resposta ou atitude minha e saiu do apartamento. Fiquei ali sem acreditar no que tinha acabado de acontecer.

Annabeth tinha acabado de terminar comigo por causa do Nico?

 


Notas Finais


~Liilyca:
Antes de qualquer coisa tenho que admitir que senti muito orgulho desse capitulo <3
ps: vocês sabem que eu editei o cap pelos mil italicos e destaques que coloco. (desculpe mono não resisto).

pronto agora posso surtar com vocês.

Jay melhor pessoa EVER *-* <3
Annabeht!? quem é essa!?
"Eu nunca vou conseguir supera-lo." tem razão Annie! VAZA!!
hsauuhshuashu sai dessa Percy, pega logo esse pequeno para você sz

ain gente eu juro que quero o Per pra mim <3 COMO AMO!! *0*

Bom... Obrigada por todos os coments e favoritos! vocês são demais <3


~monogatari:
OPA OPA OPA. SIM, É EXATAMENTE ISSO QUE VOCÊS LERAM! SIM SIM SIM \OOOOOO/ É PRA LEVANTAR E SURTAR!!
Vocês estão sentindo o cheiro? Aquele de Pernico!!! De treta!! Ahhh que eu to empolgada HAHAHA!!
Vocês que queriam bater no Percy, estão com menos raiva agora? Ele finalmente percebeu!! Me digam:, quem é a Annabeth na fila do pão?!
HA HA HA VAZA MIGA, ESSE BOY JÁ TEM DONO 😗

Eu to surtando muito rs, espero vocês nos comentários e já se preparem que o próximo capítulo promete. A mono ama vcs ❤


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