História New Stage - Revelation.

Pov Nico

Eu não entendi a insistência no Percy em querer manter aquela conversa, por que ele simplesmente não conseguia esquecer? Ambos enxergamos que foi um erro e que ele não iria se repetir, então por que não deixar no passado?

Já estava um poço de confusão. Já não bastava estar totalmente divido com meus sentimentos e com o que havia acontecido com Hazel, Annabeth tinha que ter aparecido na minha frente logo cedo.

Continuo confirmando que não tenho nada contra ela... Só quando está perto do Percy. Ele não disse que iria manter ela longe do apartamento? Então como isso foi acontecer?

Espera, o que eu estou pensando? Eles namoram, é lógico ela ir ao apartamento. Eu que era o intruso e teria que aguentar aqueles encontros.

Fui me apaixonar pela única pessoa que não deveria.

Apaixonar... Eu realmente estava gostando do Percy? Digo, o que eu sentia por ele nunca foi algo restrito a apenas amor de família, isso eu sempre soube, mas nunca imaginaria que fosse algo além. Para mim era apenas um sentimento que você tinha com alguém que confiava profundamente, nunca achei estranho porque ele é a única pessoa que confio de olhos fechados e que colocaria minha mão no fogo.

Não que eu não fizesse isso com Jason ou meus pais... Com Percy era diferente, foi a primeira pessoa que me deu esperança que o mundo não era apenas maldade ou que deveria me esconder de todos.

Agora, ser amor daquele jeito... Isso sim me pegou de surpresa. Era tão óbvio isso? Reyna já havia sacado isso desde a segunda vez que nos viu junto, e quanto aos outros? Será que Annabeth já havia percebido?

Droga, eu estava realmente ferrado.

Eu realmente não queria evitar mais o Percy, mas se estava tão estampado na minha cara teria que continuar. Sentia pânico só de imaginar o que ele pensaria de mim... Nojo, ele sentiria nojo de ficar perto de mim.

Eu afundaria todo esse sentimento só para ele não pensar isso de mim. Suporto muita coisa, mas ficar longe dele de novo, não.

- Nico! – ouço uma voz feminina me chamando de longe e desvio meu olhar para ver quem era. – Finalmente me escutou. está no mundo das nuvens?

- Desculpa, meu dia não começou muito bem. – digo diminuindo meu passo até que Reyna acaba me acompanhando. Não tinha percebido, mas já estava na faculdade.

- De novo? Você tem que começar a rever como começar um dia. – diz ela sorrindo. – Então, o que aconteceu ontem? Vi Percy quase e arrastar para longe da Hazel.

Mais um problema para encarar. O olhar que a Hazel me deu ontem e a sua expressão me deixaram muito curioso sobre o que ela poderia saber sobre meu passado. O sentimento de nostalgia ainda percorria meu corpo, eu a conhecia de algum lugar... Desconfiava disso.

Só que não conseguiria encará-la de novo... Não depois de ver o rosto triste e assustado de Percy me falando o medo que tinha que eu fosse tirado deles. Teria que esperar a poeira abaixar.

Lide uma coisa de cada vez.

- Reyna. – digo chamando ela, mas minha atenção é desviada com o sinal da faculdade começando. Tinha prova na primeira aula. – Depois quero contar algo a você, me espere aqui no jardim após a aula.

- Assim você me deixa curiosa Nico, mas tudo bem. A gente se vê. – diz ela se afastando acenando para mim.

Se concentre na prova Nico. As coisas parecem desmoronar, mas o professor de História da Europa não tem culpa disso. Só tinha culpa de dar essa aula.

(...)

Aquela foi a pior prova que eu fiz em minha vida. Não bastava ter tido um começo de dia horrível a prova tinha que ter sido extensa. Não consegui me concentrar direito nela, sempre que tentava focar na questão ou nos textos a imagem do beijo do Percy vinha a minha mente seguida do meu encontro com Annabeth de manhã.

Eu queria dormir e nunca mais acordar. Agradecia meus aos meus remédios por estarem fazendo essa tarefa comigo, estava tomando algumas doses a mais do que deveria, porém era necessário.

Bocejo ao pensar neles. Ultimamente tenho tido muito sono, o efeito deles pareciam estar prolongando. Tinha que voltar no médico e rever se deveria continuar tomando-os.

Levanto da minha cadeira e vou indo em direção ao jardim da faculdade. Ainda tinha que resolver a questão de contar o que eu sentia para Reyna, sabia que me ajudaria como lidar com tudo isso.

Quanto a Hazel: eu estava evitando ela o máximo que conseguia. Toda vez que fazia menção de vir até mim desviava o olhar e puxava alguém para pedir alguma informação. Nunca tinha sido tão sociável igual hoje.

Chego ao jardim e meus olhos o percorrem procurando por Reyna quando foco novamente na cena de Annabeth de costas esperando alguém. Deveria ser o Percy.

Respiro fundo e vou indo em direção a ela. Não pretendia ir para casa tão cedo hoje, queria ficar o mais longe possível daqueles olhos, mas ainda sim deveria avisar a ele onde estaria e como não queria encará-lo a namorada seria uma boa fonte para mandar meu recado.

- Annabeth? – digo cutucando seu ombro e imediatamente ela se vira para mim.

Seu rosto estava horrível, olhos inchados e cara amassada. Parecia ter chorado até não aguentar mais. Será que tinha brigado com Percy?

- Você... – diz me olhando nervosa.

- Aconteceu alguma coisa? – digo mostrando preocupação, não era alguém horrível a ponto de não perguntar. – Cadê o Percy?

- O que? Você não sabe. Isso me surpreendeu. – diz ela dando um sorriso sarcástico. – Como o garoto mimado não sabe onde ta seu dono?

Aquilo foi um tapa na minha cara.

Annabeth estava diferente... Olhava-me com raiva como se eu fosse o motivo dela estar chorando. E o que tinha dito? Meu dono...?

- O que...? – digo confuso.

- Sabe Nico... Eu tentei realmente gostar de você desde o começo. Não porque apenas você é o irmão do meu namorado, parecia uma pessoa legal. Mas não dava... Nico aqui, Nico ali. Você estava em todo lugar. – diz ela ficando de frente para mim me olhando nervosa. – Não dava apenas para ser um menino problemático longe? E pior... O Percy caiu direitinho no seu drama.

Que porcaria ela estava falando? Eu tinha atrapalhado o seu namoro...? Era tudo o que menos queria.

Não Nico, você sabia que estava. Apenas não queria admitir e tampou os olhos para tudo.

Agiu como uma criança mimada que queria atenção do irmão o dia todo, você até o fez parar de trazer a namorada para o próprio apartamento. Tudo isso porque não aguentava ver eles juntos.

- Annabeth eu... Eu sinto muito. Não sabia que estava causando problemas. – digo sentindo um peso enorme me jogar para baixo. – Vou deixar vocês em paz.

- Nos deixar em paz?! Você já conseguiu isso Nico! Nós terminamos. – diz ela chorando. – Agora você o tem todo para você. Feliz?!

Fico estático ao ouvir aquelas palavras. Terminado? Percy e Annabeth terminaram?! E por minha causa?

Porcaria Nico! Isso era tudo o que você tinha que evitar! Droga, droga. Mil vezes droga!

Nunca ia conseguir encarar mais os dois sabendo daquilo, eu devia ter enterrado os meus sentimentos e orgulho desde o começo. Desde que cheguei atrapalhei o relacionamento dos dois... E agora tudo estava acabado.

Eu não estava feliz. Sinceramente não estava.

- Eu não... Não queria isso! – digo tentando achar alguma resposta.

- Não me venha com essa garoto! Desde o começo ficou fazendo drama por ai. Percy passava noite e dia falando de você... Como fui burra em não ter percebido antes. – diz ela se aproximando de mim e agarrando a gola da minha camiseta. – Eu tenho nojo de imaginar vocês dois juntos.

Ela sabia. Ficou tão estampado na minha cara que ela acabou percebendo o que sentia pelo Percy. Será que ele contou sobre o beijo...?

Nojo. Ela sentia nojo de mim... E quem não sentiria?! Eu havia beijado meu irmão, era um garoto abandonado pela família e sem memória, não esquecendo que era dependente de remédios. Quem em plena consciência não sentira nojo ou desprezo em estar perto de mim.

Olho ao redor e vejo que uma multidão já havia se formado ao nosso redor. Se a conversa continuasse todos saberiam o meu maior pecado.

- Annabeth?! Licença, estou passando. – ouço a voz de Reyna no meio da multidão tentando ultrapassar eles. – O que você ta fazendo?!

- Não se intrometa Reyna! – diz ela gritando. – Onde já se viu? Dois irmãos... – ela sorri de novo sarcasticamente. – Isso só pode ser piada.

- Espera... Ah meus deuses! – ouço Reyna me olhar assustada.

Era tão errado aquilo...? Eu gostar do meu irmão era tão horrível de se imaginar? Não. Não era só isso. Pensar em dois homens juntos era algo nojento para os outros.

Na mesma hora sinto lágrimas surgirem no meu rosto.

Eu quero voltar para minha casa. Quero ficar longe desse lugar.

- Annabeth? O que você pensa que ta fazendo?! – então meu corpo gela ao ouvir essa voz.

No meio da multidão vejo Percy afastar as pessoas até frente até chegar onde estávamos olhando para a cena parecendo não acreditar.

- Ah olha só Nico, seu dono veio te buscar. – diz ela ainda chorando e tentando manter seu humor sarcástico. – Fica feliz com isso, ele veio de novo te salvar.

Não era pra ser assim, eu ia deixar eles em paz.

As lágrimas em meu rosto aumentam e sinto meu corpo fragilizar. Queria poder me acabar no chão e tampar meu rosto.

- O que você pensa que ta fazendo? – diz Percy olhando para ela irritado. – Sério mesmo que veio atacar ele?!

- Não posso acreditar nisso... Você vai defender ele até ao fim. – diz ela soltando a gola da minha blusa. De imediato cambaleio para trás, estava me sentindo fraco. – Você não vê que isso vai acabar Percy? Depois que ele achar a verdadeira família vai te deixar para trás. Ele só precisa de alguém para se apoiar, depois disso você vai ficar sozinho de novo.

- Já chega Annabeth! – ouço Percy gritar com ela. Estava ficando irritado. – Isso foi longe demais, chega!

Vejo ele se aproximar de mim me encarando.

- Ela te machucou Nico? – diz ele me olhando calmo. Aqueles olhos me traziam paz, até podia imaginar que tudo ficaria bem, mas não estava nada bem.

Não respondo a sua pergunta e continuo sentindo algumas lágrimas em meu rosto, mas sabia que minha expressão estava estática. Não conseguia pensar em nada útil, só em como tinha causado problemas para a pessoa que menos queria.

- Eu não queria... – consigo sussurrar aquelas palavras.

Eu realmente não queria que fosse assim.

- Vamos embora daqui. – ele pega na minha mão me afastando da multidão e logo entramos em seu carro.

Antes consigo olhar para trás e ver os olhos da Reyna. Ela me olhava transmitindo confiança e segurança, consigo relances antes de entrar no carro ler seus lábios: “seja forte Nico”.

(...)

No caminho até o apartamento não dirijo nenhuma palavra a Percy, ele no começo fez algumas perguntas para mim, mas percebeu que eu estava em choque com o que tinha acabo de acontecer. Culpa, era o sentimento que dominava meu corpo.

Ao chegarmos no apartamento vou direto ao sofá e me sento. Não estava me sentindo bem mesmo, sentia que iria desmaiar a qualquer momento. Sabia que tomar aquele remédio em excesso traria algum efeito negativo.

- Nico você esta bem? – vejo Percy se agachar fazendo eu o encarar.

Não tinha como não olhá-lo e lembrar do nosso beijo e de como tudo isso destruir o seu relacionamento.

Annabeth tinha razão. Ele tinha vida quando eu não estava aqui. A única preocupação era sua faculdade e o trabalho, desde que cheguei ele só pensa se eu estou bem e onde estou. Tirei a estabilidade que havia na sua vida. Estávamos voltado aos tempos antigos quando eu vivia em sua cola.

Então me lembro do dia em que ele tinha perdido uma prova importante para poder ficar comigo, tudo porque estava com medo dos meus pesadelos.

Depois de anos a cena se repetia, só que pior.

- Ela tinha razão... – digo entre minhas lágrimas.

- Você esta pálido demais, fique aqui. Vou pegar um copo d’ água. – disse ele saindo de perto de mim e minutos depois me trazendo o copo.

Dou alguns goles e percebo que estava tremendo.

Todos agora sabiam o que eu era e o que tinha feito. Era desprezível.

- Você realmente terminou com ela por minha causa...? – Consigo finalmente dizer sem olhar para seus olhos.

- É por isso que esta desse jeito? – diz ele se sentando do meu lado. – Não foi culpa sua Nico. Já era para ter acontecido.

Como podia estar tão calmo? Era como se não se importasse.

- Ela tem razão... Eu fui o culpado disso tudo. – digo agora largando o copo encima da mesinha e colocando minhas mãos no rosto. – Eu juro que não queria isso Percy, vou conversar com ela e falar isso...

- Nico, não foi culpa sua. Entendeu? – diz ele tirando minhas mãos do rosto me fazendo finalmente encarar seus olhos.

- Você tem que conversar com ela! Foi tudo um engano... Você contou pra ela sobre o beijo?! – digo me desesperando, não podia estar tão estampado na minha cara meus sentimentos. – Foi culpa minha aquilo Percy, você precisa dizer isso a ela.

- O que você esta falando? – diz ele me olhando confuso. – Quer tanto que eu volte com ela? por quê?

Eles têm que voltar. Será que não dá para entender? Ele não pode ficar sem ela... Por que senão...

Levanto do sofá me afastando dele de novo. Se ficasse muito próximo dele sairia do controle novamente.

- Você não entende? – digo me desesperando. – Vocês dois têm que voltar!

- Por que Nico?! – ele agora me olhava sem entender. – Por que quer tanto que a gente volte?

Ele não entende... Eles juntos eram o único motivo para eu recusar meus sentimentos e ficar longe. Agora que não estavam mais uma esperança se formava dentro de mim... Se ficassem separados eu sentia que poderia ter alguma chance com ele.

- Por que assim eu vou... – digo quase revelando o que estava pensando. Desisti Nico, pior que isso não fica. – Porque senão eu vou cometer o mesmo erro!

- Você esta falando do beijo? A gente precisa conversar sobre isso Nico. – ele agora demonstrava algum tipo de preocupação.

Eu não queria voltar naquele assunto de novo. O que eu tinha que fazer para ele esquecer tudo aquilo?

- Eu não quero falar sobre aquilo... Esquece Percy, já foi. – digo respirando fundo.

- Você não pode fugir para sempre Nico. – diz ele me olhando firme. – Chega de fugir.

- Eu não quero! – confesso que estava agindo como uma criança mimada.

Vendo que não ia adiantar nada me afasto mais dele. Eu não quero aquilo de novo.

Percy agora se levanta e me agarra segurando meus dois braços e me pressionando na parede.

- Por que você esta fugindo Nico? – diz ele me fazendo olhar firmemente para a intensa cor dos seus olhos. – Conta para mim o que te aflige, quero te ajudar!

Conte para ele Nico. Chega de fugir, tudo estava uma droga mesmo e esconder o que estava sentindo apenas pioraria as coisas.

- Eu não posso... – digo ainda me recusando a contar. Pensar em perder aqueles olhos apenas me desesperava. E então, novamente sinto algumas lágrimas se formarem em meu rosto. – Eu não consigo! Droga Percy, por que você não entende?! Eu não posso falar, você ficaria com nojo de mim, eu não...

Minha fala é interrompida com os lábios dele selando de novo os meus. Digam-me, qual era o problema dele?!

No começo meu corpo vai contra a minha vontade e acabo retribuindo ele, mas logo interrompo o beijo afastando seu corpo do meu.

- O que você ta fazendo?! Disse que ia parar, eu estou olhando para você! – digo furioso.

- Eu não fiz isso para você me olhar. – diz ele me encurralando na parede.

Sentia o seu corpo emanar calor assim como a sua respiração quente. Quero tocá-lo.

- Então por que fez isso? – digo quase perdendo a razão. – Você não pode fazer mais isso.

- Por que não Nico? Me dê um motivo para isso. – ele ainda me olhava sério.

- Como assim? Você é meu irmão Percy. – digo dando um sorriso para disfarçar em como aquelas palavras machucavam.

- Isso te incomoda? Eu ser seu irmão ou eu ser homem? – aquelas palavras me pegaram desprevenido.

Não queria que as pessoas olhassem para ele com nojo. Sabia como poderiam ser malvadas e iriam julgá-lo por estar amando uma pessoa do mesmo sexo, e eu não queria que ele fosse alvo disso. Todos, menos ele.

- Me diz Nico, é isso que te incomoda? – diz ele insistindo que confessasse.

- Não quero que te julguem... – digo soltando aos poucos o que eu sentia.

- Nico, o que você quer? – diz ele me olhando firme e me surpreendo de novo com as palavras.

O que eu queria? Não estava acostumado em ouvir isso. Sempre fazia ou me adaptava ao que os outros queriam.

Queria poder fazer o mundo se calar e poder ficar com ele sem ouvir julgamentos. Queria beijá-lo até que não houvesse mais ar em meu corpo... Quero dormir abraçado com ele e sentir o calor do seu corpo ao meu todos os dias. Eu o quero.

- Quero ficar com você. – digo sussurrando e torcendo para que não tivesse escutado.

- Então apenas fique. – diz ele sorrindo fazendo todos meus medos irem aos poucos embora. Ele conseguia fazer isso apenas com um sorriso.

Apenas me sentia triste por não ser do jeito que ele pensava. Não quero como irmão Percy.

- Você não entendeu, não é como irmão... – digo triste.

Então, novamente sinto seus lábios tocarem os meus.

Ele não tinha entendido ainda que não era para fazer isso.

Porém, novamente meu corpo age contra a minha vontade e acabo retribuindo o beijo. Como podia alguém ter lábios tão irresistíveis?

- É assim que você quer? – diz ele parando o beijo quando nos falta ar.

Fico apenas estático olhando para ele, mas sabia que minha expressão entregava tudo. Espere pelos julgamentos Nico.

- Preciso contar algo a você. – diz ele fazendo me perder em seus olhos e sorrindo em seguida. – Isso é muito difícil.

- O que aconteceu Percy? – digo ficando preocupado já e curioso.

- Nico, eu te amo. – diz ele apoiando sua cabeça em meu ombro.

Penso em abrir um sorriso de primeira, mas lembro que não podia confundir as coisas.

- Eu sei disso Percy. – digo parecendo óbvio.

- Não, não. Droga. – diz ele agora voltando a me encarar. Suas mãos agora estavam em meu rosto. – Eu te amo Nico, não como irmão. Desculpa não ter percebido isso antes e ter feito você sofrer tanto. Só consegui perceber agora o que sentia por você... E não é nada igual ao sentimento de irmão. Eu realmente gosto de você.

Chão? Cadê você?

Eu realmente tinha escutado certo? Percy tinha acabado de falar que me amava e não era como irmão. Isso só pode ser algum sonho doido, será que tinha tomado remédio demais noite passada?

- Não fique me olhando assim. – diz ele sorrindo e vejo que estava corado.

Aquela era a cena mais bela que tinha visto nesse dia.

Juro que se isso fosse alguma pegadinha enterraria eu mesmo a pessoa que fez isso.

Ele gostava de mim e eu dele. E nenhum dos dois importava com mais nada.

Eu deveria estar com um sorriso bobo no rosto nesse momento. Não ligava mais se era um sonho ou não, apenas queria aproveitar o momento.

- Diz alguma coisa. – diz ele aproximando seu rosto do meu.

Não consigo dizer nada e apenas o beijo de novo. Não ia me cansar demais de sentir aqueles lábios. Parece que pego ele de surpresa, pois de imediato não retribuiu. Quando finalmente consegue vejo o quanto queríamos aquilo. Estava intenso.

- Eu também te amo. – digo entre os beijos quando precisávamos de ar. – E nunca foi como irmão.

Estava muito ousado naquele momento, nunca pensaria me declarar a alguém.

- Finalmente me disse o que sente. - só consigo sentir seus lábios sorrirem e logo voltando a me beijar.

Sinto seus braços se entrelaçarem em minha cintura aproximando mais nossos corpos e logo eu envolvo meus braços em seu pescoço. Agora nenhuma distância estava presente na gente, apenas nossos lábios quando precisávamos de ar.