1. Spirit Fanfics >
  2. New Sweet Home >
  3. Lembrança inexistente

História New Sweet Home - Lembrança inexistente


Escrita por: sexblu

Notas do Autor


Fanfic de autoria minha. Qualquer tipo de plágio não será aceito.

_______
Esse capítulo é só para vocês entenderem mais sobre a vida e o passado da personagem.
Boa leitura e espero que gostem dessa história. <3

Capítulo 1 - Lembrança inexistente


Fanfic / Fanfiction New Sweet Home - Lembrança inexistente

      Brooklyn, New York - 5 anos

Eu e meu irmão nunca mais os vimos depois que nossa tia nos deixou naquele lugar. Já faz 1 ano e três dias que estamos presos aqui.

      Brooklyn, New York - 6 anos

Descobri hoje que eu nunca mais ia ver meus pais. Eles estavam no céu, olhando por mim.

      Brooklyn, New York - 7 anos

O local no qual vivi nos últimos 3 anos estava sendo fechado. Ia para outro lugar desses ou ia ser libertada?

      Brooklyn, New York - 8 anos

Hoje foi o primeiro dia em que troquei palavras com uma pessoa sem ser meu irmão nesse lugar, e acho que não deu muito certo, já que depois que eu disse que aquela comida estava com um gosto estranho, levei três socos na barriga, o que depois virou um cotidiano em meu corpo, e fiquei de castigo no quarto por 2 dias sem poder sair ou comer. 

      Brooklyn, New York - 9 anos

Estava lendo meu livro no quarto e no meio disso meu irmão chega e diz que precisamos fugir. Não entendo. Esse era meu sonho desde que me entendo por órfã, mas meu irmão nunca me deixou o fazer. Ele sabe que não havia jeito e mesmo assim tentou o fazer por mim, resultando em mais agressões físicas. 2 dias depois fomos colocados numa van e fomos levados para outra cidade, que eu nunca tinha ouvido falar.

      Lyinchur, New York - 12 anos

Eu e meu irmão fomos trocados de orfanato de novo. Dessa vez para o mais bem falado da cidade. Ontem mesmo uma mulher queria ficar comigo e no outro estou sendo levada para outro lugar. Mas o que fazer? 

      Lyinchur, New York - 14 anos

Faltava apenas dois anos para eu ter liberdade para sair desse meio. Eu iria finalmente estar livre. Meu irmão foi solto hoje e no dia seguinte me mandou uma carta dizendo para eu fugir dali imediatamente e que ele estava em perigos. Ele não sabia se íamos nos ver de novo e nem se ele ia conseguir ter vida. 

Uma vez eu ouvi a diretora do orfanato II falando com meu irmão e dizendo que ele tinha problemas psicológicos. Eu ouvia gritos e gemidos de pavor, mas Luke nunca me contou a respeito. O que fazer e como eu ia viver sem conversar ou amar alguém? Será que meu irmão ia me abandonar assim como meus pais? 

-Você está bem minha querida?- entrou aquele senhor que  com um bigode mal feito em meu quarto e tudo que eu pensei em fazer no momento foi cuspir na cara dele e chorar mais ainda.

Após esse ato, ele me segurou com todas as forças e repetiu o que já tinha feito ontem, ante-ontem... Como não enjoa? As lágrimas aumentaram mais ainda quando senti meu corpo ser preenchido e machucado por aquele homem com um sorriso no rosto.

-Calma bebê, daqui a pouco você estará bem longe do orfanato do tio Vitor. - disse ele entre os gemidos.

      Lyinchur, New York - 15 anos

Hoje, sem entender porque, fui trocada de orfanato, mas dessa vez, esse ia ser destruído. Esse era o melhor orfanato daquela cidade, e o primeiro em que eu nunca peguei uma virose apenas por comer um pão ou que levei mais de 2 tapas. Mesmo com tudo o que eu passo, acho que vale a pena esperar mais dois anos. 

Estava sentada na janela, quando uma mulher veio me chamar. Hora de ir novamente Jade.

Peguei minhas malas e coloquei num carro, somente eu estava indo. Dei adeus à aquele orfanato e fui rumo ao Sweet Home, que seria o novo orfanato em que me hospedaria.

Uma das freiras se apresentou e foi me levar para conhecer o novo orfanato. Ele era tão grande... Acho que tinha uns 6 andares. Todos me olhavam, como sempre, mas aquele orfanato tinha pessoas mais velhas do que o normal e eu não entendi o porque. 

-Todos aqui tem entre 14 e 16 anos, já que a maioria das crianças não resiste aqui e são encaminhadas para outro estabelecimento. Um ou outro deixamos continuar vivendo aqui, já que isso é uma cede de pessoas do bem e que querem ir para o céu.- disse a freira Luiza e a freira ao lado deu uma risadinha mas parou quando recebeu um olhar mortal da amiga.

Elas me levaram para um quarto onde havia um garoto dormindo. 

-Já que o seu antigo orfanato foi fechado e fomos avisados acima da hora que você viria, você vai ter de dormir aqui pelos próximos meses enquanto não encontramos um quarto para você. Esse menino é problemático e sofre umas crises de pânico de vez em quando, mas não se preocupe, quando ele não está nas aulas particulares, ele dorme na maior parte do tempo graças a esse remédinho aqui - diz ela tirando uma seringa do bolso quando viu que os olhos do menino estavam começando a se abrir - se ele acordar ou tentar te atacar apenas grite que eu virei correndo. 

Ela injetou um líquido no pescoço do garoto e saiu do quarto enquanto ele repetia sonolento:

-Não, não, não.

Eu iria dormir com um maluco que podia acordar e me assassinar enquanto eu dormia. A vida estava cada vez mais ao meu favor. Aquele quarto tinha até grades nas janelas...

Joguei minhas malas no chão e procurei uma blusa mais confortável para vestir. 

Saí do quarto e desci as escadas, dando de cara com três meninas consolando um menino. 

-Calma, Eduardo. Ela vai perceber que tudo que fez para você foi um erro. Eu vou bater tanto naquela vagabunda que ela vai se arrepender de ter nascido.

Continuei andando e observando aquele local. Ele parecia tão normal. 

-Oi, menina. Qual seu nome? Você que é a novata? Não tínhamos ninguém novo aqui desde o ano passado. Eu sou a Guilhermina.

-Oi... Jade. - eu não costumava conversar com ninguém mas sempre me lembrava que se eu quisesse ter uma vida, tinha que aprender a ter assunto e começar a agir como alguém madura. - é... Eu estou procurando o banheiro, você sabe onde fica?

-Tem um em cada andar. São sempre á 52 passos ao lado direito da escada. Quer que eu te acompanhe, Jade? - a menina dizia empolgada. Ela me parecia um pouco louquinha.

-Não... Só quero saber mais uma coisa. Soube que tem uma escola embutida aqui dentro, é obrigado frequentar às aulas? Porque na minha escola quem quisesse era levado até uma escola particular do orfanato todos os dias.

-Bom, a maioria das pessoas frequenta às aulas, mas não é obrigatório. Seu nome sempre vai estar na lista de chamada, mas você não precisa ir se não quiser. Mas recomendo pra você, se você for uma daquelas que foi largada em um orfanato jovem demais e quer ter um pouco mais de conhecimento par a vida, vá.

Me despedi e fui para meu quarto. Eu tinha gostado daquele lugar, mas aprendi que nunca se pode confiar em primeiras impressões.

No outro dia, acordei com um barulho muito mais alto que um despertador nos ouvidos do menino problemático, que faz uma cara de espanto. Ele olha para mim e finjo que estou dormindo. Uma mulher veio e puxou ele pelo pescoço como se ele fosse um animal. Resolvo não ir para a escola e volto a dormir. 

Depois de mais 4 horas de sono, ponho uma calça e uma blusa e vou pra o refeitório pegar a comida, onde todos me olham estranho. Todas as mesas estavam ocupadas e eu que não ia ser tonta de me sentar com desconhecidos. Estava na fila, quando um menino loiro derruba suco de laranja em mim e logo em seguida pede desculpas rindo. Fico sem reação e apenas sigo em frente, onde a mulher me da uma bandeja com suco e macarrão velho. Vou com a bandeja para meu quarto, onde tinha um menino de olhos azuis na minha cama. 

-Oi, eu sou o Louis. Você que é a Jade?

-É... Sim, sou eu. - respondo desconfiada. O que aquele menino queria? Eu já estava começando a ficar com medo.

-Bom, só vim te dar uns avisos sobre o Harry. - só agora noto a presença do menino problemático no quarto - pro seu próprio bem, não troque palavras com ele e nem sequer pense que poderão ser amigos. Harry é uma experiência especial e não deve ser interrompida. Entendidos?

-Experiência? Como assim? Você estuda aqui? - pergunto incrédula. Eu não estava entendendo nada.

-Eu estudo aqui, e só vim pra te dar uns conselhos. Só quero o seu bem e o do Harry. - ele diz me encarando - Entendidos? - repete.

-Sim, agora me de licença, por favor.

-Claro. A propósito, bela blusa. - diz ele saindo e eu me lembro que estou suja de suco de laranja. Malditos alunos. O que aquele cara quis dizer? O que o garoto problemático era? 

Troquei de blusa e resolvi que ia comparecer nas aulas da tarde. Tinha três aulas na qual eu podia escolher no momento: Matemática, biologia e química. Optei por química e acabei me arrependendo quando vi que todo mundo me olhava como uma estranha.

-Ei, lindinha, senta aqui comigo - um menino na primeira fila gritou e todo mundo caiu na gargalhada.

-Para de assediar a coitada, Kalleb. Senta aqui, amorzinho. - diz um moreno empurrando o menino de seu lado para que eu pudesse me sentar. - Vinicius nem ia mais se sentar aqui, né?

-Não, eu vou me sentar aqui sim, Zayn. Se não, nada de beijinhos a noite meu amor.

Ignorei esse papo imbecil e fui até o final da sala onde tinha a menina com quem eu falei uma vez no corredor, que se chamava Gabi, ou algo com G que eu não me lembrava até o professor chegar e mandar eu me sentar com "Guilhermina".

-Pode se apresentar, nunca te vi por aqui antes. - diz o professor me fitando.

-Eu sou Jade Mitchel. Vim do Brooklyn. - termino e todo mundo ri após eu falar minha cidade.

-É... Ok... Vamos começar a aula - o professor parecia confuso e assustado (¿).

Depois de conversar um pouco com minha colega de mesa e de mais duas aulas onde eu me sentei sozinha, fui jantar e me sentei na mesma mesa de Guilhermina, junto uma menina de óculos e o mesmo menino que tinha derrubado suco de laranja em mim.

-Então é você que está no mesmo quarto de Harry Styles, o problemático - diz o menino loiro falando, comendo e rindo ao mesmo tempo. 

-Para com isso, Niall. Jade, esses são Niall - aponta para o menino loiro - e sua namorada Paola - ela sorri simpática e retribuo.

-Nós sabemos que é um saco viver em lugares assim, mas podemos nos sentir um pouco melhor com algumas amizades.

-Muito obrigada, de verdade. Eu nunca tive nenhum tipo de comunicação com ninguém sem ser meu irmão.

Depois de conhecer um pouco mais aquelas pessoas, conclui que aquele era de fato o melhor orfanato pelo qual já tinha passado e olha que nunca tinha ouvido falar dele. Voltei pro meu quarto, onde a freira Luiza estava saindo e deu uma piscadela pra mim. Entrei no quarto e o menino novamente estava lá gritando "não, não, não". Aquilo era muito agonizante.

Fiquei pensando em como eu queria que acabasse logo esse tempo mais para ficar aqui e o que eu ia fazer lá fora sem encontrar meu irmão? Ele nem deve saber onde estou.

No meio da noite, ouço alguns barulhos e olho para o lado. Quando vejo o menino tentando levantar cambaleando, grito sem pensar e ele se joga em cima de mim, cobrindo minha boca. 

-Shhhhhhh, pa - ele fecha os olhos por um momento e abre-os de novo com dificuldade - para, por fav - ele não conseguia terminar uma frase direito.

Fiquei sem reação e resolvi colocar ele na cama de volta, já que ele não tinha forças. Meu Deus. Os olhos dele estavam tão vermelhos e ele parecia nem saber falar direito.

-Dorme, por favor. Eu não quero chamar a freira pra te fazer dormir. - quando eu digo isso ele começa a chorar incontrolavelmente. Logo vejo um corte ao lado do pescoço dele. - o que... o que é isso? 

-É melhor você dormir - ele diz, conseguindo falar com uma voz totalmente ruim - a não ser que - ele interrompe sua frase com uma série de tosses - você queira me dar comida. Já faz tanto tempo que não como comida de ver - se interrompe mais uma vez para tossir e dessa vez ouço um movimento do lado de fora do quarto e corro para minha cama.

-Harry, Harry. Já não disse pra você não ser rebelde e ir contra os medicamentos? - diz ela pegando a seringa e injetando mais uma dose daquelas no pescoço do menino.

-Não, não, não - as últimas palavras dele são ditas novamente.


Notas Finais


Qualquer crítica será aceita nos comentários, tanto positiva quanto negativa. Espero que o primeiro capítulo esteja bom AAAA desculpem pelo capitulo curto


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...