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História Next to me - Next to me - 16


Escrita por: sidneymills

Notas do Autor


Olá acompanhantes, espero que ainda se lembrem do capítulo passado, e principalmente dessa história. Infelizmente aconteceram coisas nesses dois últimos meses, que tiraram o pouco do tempo que tenho, mas aos poucos estou tentando voltar com atualizações mais frequentes.

Capítulo 16 - Next to me - 16


Após a minha entrada repentina no cômodo, percebi que Regina se assustou, pois soltou um gritinho, e pela expressão, acredito que de dor.

Preocupada, aproximo-me rapidamente da morena.

— O que aconteceu, Gina? — Sento-me na cama.

— Não é nada... — Responde-me fazendo uma careta. Indicando-me com essa expressão, o contrário. — Foi apenas uma dorzinha que senti.  — Dá um sorrisinho.

— Foi por causa da forma como eu entrei aqui, não foi? — Indago em tom culpado. — Desculpe-me, eu não deveria ter entrado assim... — Abaixo a cabeça, sentindo-me ainda mais culpada. Como se já não bastasse ser minha culpa, ela estar dessa forma agora, ainda serei culpada pela sua demora na recuperação, quando fui chamada aqui, justamente para ajudar.

— Ei... — Toca em meu queixo, levantando-o e me fazendo encarar seu olhar. — Não precisa ficar assim... — Seu tom era gentil. — Sei que não foi proposital... — Sorri. — Já passou... — Concluiu fazendo um carinho em minha bochecha.  — Não se preocupe... — Assinto com a cabeça e me levanto da cama, já estendendo minha mão em sua direção.

— Vamos tomar banho? — Indaguei em tom hesitante e ainda envergonhado, mas não mais pelo ocorrido, e sim pela possibilidade de vê-la sem roupas.

Regina assentiu com a cabeça e tirou as cobertas de cima de seu corpo.

— No banheiro tem uma cadeira para auxiliar. — Avisou, deixando- me confusa. Eu estava um pouco lerda, por causa da ideia de vê-la nua. Ao notar minha expressão, Regina da um sorrisinho. — Você me coloca nela, me ajuda a tirar a roupa e me ajuda a entrar na banheira. — Explicou e eu balancei a cabeça, confirmando que havia entendido.

Então eu realmente darei banho nela? Banho mesmo, do tipo, passar o sabonete pelo corpo, enxaguar e tal?

Senti meu rosto esquentar, e infelizmente Regina estava olhando em minha direção, e o quarto não estava escuro.

— Está com vergonha de me ajudar? — Sinto-me ainda mais quente. — Não precisa ter... Tudo o que eu tenho... — Passou a mão no próprio corpo. — Você também tem... — Apontou para o meu corpo. — Talvez até mais... — Acrescentou baixinho, encarando algum ponto abaixo de meu rosto, e acima da minha barriga, provavelmente meus seios, deixando-me ainda mais constrangida com o momento, e curiosa com o comentário, seguido de seu olhar.

— Está pronta? — Indaguei, como se nada tivesse ouvido. Ela fez que sim com a cabeça e fez um esforço para se afastar da cama, e assim eu poder levanta-la com mais facilidade.

Com extrema cautela, passei um braço por suas costas, procurando ficar o mais longe possível de sua cirurgia, - como o ferimento foi na lombar, a região da costela ficou livre para que eu pudesse segurar e ter apoio, -  e a puxei para a beirada da cama. Respirei fundo, reunindo forças, e fiz um impulso para cima, levantando-a.

Assim que ficou em pé, Regina passou seu braço por meu pescoço e o agarrou com força. Quando começamos a nos movimentar devagar, percebi que suas pernas estavam um pouco fracas e ela não conseguia manter-se firme em pé. Para ajuda-la, abracei seu corpo e a segurei firme contra mim. Regina se agarrou mais ao meu pescoço, e deitou sua cabeça em meu ombro. Fiz um esforço maior, impulsionando-a para cima, para que seus pés não ficassem no chão enquanto a carrego, e ela, para me ajudar, levantou-os um pouco, facilitando a locomoção.

De repente, começo a sentir sua respiração pesada batendo em meu pescoço, tirando toda a minha concentração do momento. Para piorar a situação, Regina não é nada leve. - Mas também, com uma bunda daquele tamanho, tem que ser pesada mesmo. - Meu coração começa a bater acelerado em meu peito, e eu torço para que ela não sinta ou escute as batidas.

Ainda sentindo sua respiração, a qual me fez eu me arrepiar dos pés a cabeça e suar frio, sinto também o cheiro do seu perfume que tanto gosto, e então, tenho que conter minha vontade de beijá-la.

Para que eu não a derrube, paro um pouco e a posiciono melhor em meus braços, para então, poder prosseguir.

Quando finalmente minha tortura acaba, e eu chego ao banheiro, vejo uma cadeira de acento e encosto macio, de cor preta e vermelha. Aproximo-me da mesma que está posicionada ao lado da banheira, e a coloco com cautela, sentada, e fico a encarando em silêncio.

O que devo fazer? Tirar suas roupas? Ficar apenas observando-a fazer o resto?

— Gina... — Chamo sua atenção que está voltada para os produtos de beleza que há em cima da pia. — É... — Coço a cabeça e faço uma pequena careta. — Posso tirar? — Aponto para a blusa do pijama que está usando. Regina afirma com a cabeça, e eu me aproximo para então tirar a peça.

É agora, ou agora.

Pego na barra da blusa e levanto devagar como se tivesse fazendo um strip-tease.

Jesus! Eu a verei nua!

Eu a verei nua e nem começamos a ter um relacionamento amoroso.

Começo a suar frio e meu coração volta a bater acelerado, quando minha ficha cai, de que eu a verei sem roupa alguma. Como veio ao mundo.

Tremendo um pouco, levanto por completo, sua blusa, tirando-a do seu corpo e soltando a peça ao meu lado, no chão. Ao voltar meu olhar para minha professora, arregalo minimamente os olhos em surpresa de ver que ela já está sem sutiã.

Bem, ao menos eu não terei que colocar a mão entre seus seios para desatacar a peça, caso ela estivesse usando, e ele atacasse na frente e não atrás.

Sinto-me vermelha com o pensamento, e rapidamente olho para Regina, mas para o meu alívio, ela não estava olhando em minha direção.

— Posso tirar a parte de baixo? — Indago, chamando-lhe a atenção.

— Fique a vontade. — Deu um sorrisinho.

Assenti com um sorriso para aliviar a tensão que eu estava sentindo, mas não serviu muito, pois logo me lembrei de que após a calça, tem a calcinha.

Será que ela está usando, ou também está sem? Seria tão bom se estivesse sem, para eu precisar ter que tirá-la.

Para me ajudar na tarefa, minha professora colocou as mãos nas bordas do assento da cadeira e ergueu um pouco o corpo, para que então, eu pudesse puxar a peça com mais facilidade.

 Após colocar a calça junto com a blusa, ao meu lado no chão, volto o meu olhar para o seu corpo e não consigo desviar minha vista de suas belas pernas.

Com esforço, e sem desviar a atenção para os seus seios nus, olho para o seu rosto, e com alívio, constato que ela não tinha sua atenção em mim.

Sei que isso não significa que ela não tenha me visto lhe observando, mas, o fato de encontrá-la olhando para o seu próprio corpo, me faz acreditar que nada vira.

Quanto a calcinha, infelizmente a peça estava lá. Ou seja, eu teria que tirá-la.

Respirando fundo, e devagar, levei minhas mãos até as “alças” da mesma, e esperei que ela se erguesse mais uma vez, para me auxiliar na retirada.

De uma só vez, tiro a calcinha do lugar, fecho os meus olhos e abaixo bem a cabeça para que Regina não note meu ato.

Ainda de olhos fechados, solto a calcinha ao meu lado e direciono minha visão para o seu rosto. Mas minha visão periférica me trai, e eu deixo minha atenção cair para a sua vagina.

É tão bonita e chamativa. Além de ser do jeito que eu gosto. Depilada. E apesar de eu nunca ter ficado com uma mulher antes, e menos ainda ter feito oral em alguma, minha boca saliva de vontade de se colocar ali.

Imagens de Regina deitada na cama, totalmente aberta para mim, enquanto eu chupo-a com vontade, começam a passar em minha mente, fazendo-me suar frio, sentir calafrios por todo o corpo, meu coração bater acelerado, e...

— Emma? — Sua voz me desperta dos devaneios.

Consigo erguer minha visão para o seu rosto rapidamente e encontro uma expressão de curiosidade em sua face.

Será que ela está percebendo as minhas “pequenas” observadas?

Eu preciso me concentrar no que estou fazendo, e evitar olhar para onde não devo. Não posso ser pega.

— Hum? — Rapidamente desvio o olhar de suas pernas, para a banheira e em sequência, ligo o chuveiro. Eu preciso sair daqui para poder me acalmar um pouco. Minha visão está querendo me trair o tempo todo. — Só um minuto... — Aumento a força da água que cai do chuveiro e saio rapidamente do cômodo.

Vou até a cozinha e encho um copo de água para mim. Após beber cada gota do líquido, molho o meu rosto, mas logo o enxugo, pois na posso chegar ao banheiro, toda molhada. Eu não saberia o que dizer.

Quando vou para a sala e sento-me no sofá, ainda tentando me acalmar, escuto sua voz me chamar:

— Emma, está tudo bem? — Pergunta em tom preocupado, provavelmente por causa da minha saída repentina.

— Só vim tomar um copo de água, enquanto a banheira está enchendo, para você tomar o banho... — Respondo nervosa, com medo que ela não acredite, e perceba que estou mentindo. Mas como nada responde, acredito que tenha acreditado do que foi dito.

Eu odeio ter que mentir para Regina. Foram poucas as vezes que fiz isso, e quando fiz, tempos depois, eu confessei a verdade. Eu espero um dia poder fazer isso, com essa também. Só não pode ser agora. Já pensou se ela fica sabendo que eu não consegui me concentrar, vendo-a nua, e que não consegui parar de olhar para os seus seios e vagina, e que ainda fiquei imaginando nós duas em um momento quente? Pois é... Isso está fora de cogitação. Ao menos por agora.

Respirando fundo mais uma vez, e criando coragem, volto para o banheiro, e a encontro brincando com a água da banheira, enquanto me esperava.

— A água já está boa? — Indago, mais para tentar diminuir meu nervosismo e ter em algo que focar, do que realmente para saber a temperatura da água. Regina afirma com a cabeça e abre um sorriso. 

— Está sim. Eu estava só esperando por você...

 — Posso te colocar aí dentro, agora? — Aponto para a banheira bastante convidativa para mim, nesse momento de tanto calor, e ela torna a assentir com a cabeça.

Aproximo-me mais da minha professora, e a pego da mesma forma que a trouxe para o banheiro, só que dessa vez, sentindo seus seios nus baterem nos meus, que estão cobertos pela roupa. Algo que me deixa momentaneamente desnorteada.

Todavia esse pequeno contato acaba rápido, pois logo a coloco, dentro da banheira.

Por Regina não poder encostar-se à banheira por causa da cirurgia, eu fiquei atrás, a segurando, para que tivesse apoio e não precisasse do apoio, e criar a possibilidade de magoar. Fico aliviada por saber que não precisarei ficar vendo-a de frente durante todo o banho. Com certeza eu na aguentaria manter os meus olhos distante de seus belos seios e vagina.

Ao olhar para suas costas e ver o estrago que ali está, sinto-me triste. Um sentimento de culpa me toma.

Tudo isso que está acontecendo em sua vida é culpa minha. Nem tomar um banho, sozinha, ela pode tomar, e isso é parcialmente minha culpa.

Uma lágrima escorre pelos meus olhos, porém com a mão livre logo a enxugo, e agradeço por Regina está de costas e não me ver assim. Ainda bem também, que ela não se lembra do que aconteceu. E, eu sei que isso significa não se lembrar do beijo que demos antes do acontecido, mas bem que ela poderia ficar assim para sempre, sem lembrar o motivo do por que ficou nesse estado. Eu, sinceramente, não queria que ela soubesse que foi o meu ex-namorado, provavelmente por causa de ciúme, que tentou me ferir, e acertou-lhe, ou que seu alvo era realmente ela, e não eu. Sinto-me envergonhada só de lembrar a consequência de uma péssima escolha minha, no passado.

Afinal, será que Regina perguntou o porquê está nessa situação?

Se ela perguntou, o que será que disseram?

— Em? — Sou tirada de meus pensamentos por sua voz me chamando. — Você poderia lavar as minhas costas? — Pede carinhosamente e eu abro um sorriso gigante ao ouvi-la me chamar pelo apelido que me dera, tempos atrás.

Sem responder-lhe, pego a esponja de banho que estava em sua mão, e de forma suave, começo a passar em suas costas.

Mais algumas lágrimas caem de meus olhos, quando eu passo por perto da ferida, mas mais uma vez, trato de logo enxuga-las.

De repente, lembro-me da dificuldade que Regina teve para se mexer na cama, diferente de quando nos falamos no hospital. O que será que tinha acontecido?

— Gina... — Chamo sua atenção e escuto-a murmurar algo. — Eu tenho uma dúvida... — Não me respondeu nada, então decidi continuar: — No hospital, você me abraçou sem nenhum problema, o que aconteceu que agora você quase não consegue se mexer sozinha na cama? — Indago.

— Quando eu te abracei, aquele dia no hospital, horas mais tarde, eu machuquei minhas costas e alguns pontos quebraram. — Fez uma pausa e se virou um pouco para o lado, como se quisesse me ver, mas desistiu no processo, voltando à posição anterior. — Então, essa região ficou bem mais sensível e dolorida que antes, e o médico disse que eu não posso fazer esforço algum, para não piorar a situação. — Concluiu.

— Esse machucado não tem a ver com o meu abraço, tem? — Pergunto preocupada.

— Também, mas não se preocupe com isso. — Apreça-se em amenizar minha culpa. — Eu que te puxei para abraçar.

— Tudo bem, mas ainda sim, me desculpe por isso... — Termino de passar a esponja em suas costas e a devolvo.

Após alguns minutos a mais no banho, para relaxar um pouco, tirei-a da banheira e a coloquei novamente na cadeira. Dessa vez consegui focar apenas em seu rosto, mas só até saber que eu teria que ajuda-la a se enxugar. Todavia, para minha sorte, eu só precisei secar as pernas, o cabelo, e as costas.

Do mesmo jeito que a levei para o banheiro, levei-a de volta para a cama.

 A pedido seu, abri seu closet e peguei uma roupa limpa. Ajudei-a se vestir, - outro momento de tensão para mim, principalmente na hora de colocar a calcinha, - e a deixei no quarto.

Fui até a cozinha procurar o bloquinho para ver o que mais teria que fazer, mas não o encontrei. Comecei a procura-lo pelo chão, mas logo lembrei que eu tinha arrancado a folha e colocado em meu bolso.

O próximo item a fazer, é dar mais um remédio. E esse, é em gotas.

De acordo com a Tinker, o medicamente a fará dormir, então eu tenho que tomar cuidado redobrado ao colocar as gotas, senão ela acabará dormindo mais que o necessário, e talvez isso possa dar problemas.

Preparei o remédio em um copo com água, e levei para ela.

— Gina, eu trouxe outro remédio para você. — Entreguei-lhe o medicamento e me sentei na beirada da cama.

— A pior parte do dia, é ter que tomar esses remédios ruins. — Fez uma careta fofa, e eu sorri.

Após ingerir o medicamento, fez mais uma careta, provavelmente pelo gosto ruim, me entregou o copo, e se deitou novamente.

Levei o objeto para a cozinha, passei uma água rápida só para tirar resquícios do remédio, tomei um pouco de água também, lavei-o novamente, guardei em seu devido lugar e fui ao banheiro. A noite estava quente, eu precisava passar água em meu rosto, para aliviar um pouco, já que não tomaria banho agora. Aproveitando que eu já estava ali, urinei também. Como eu não havia tomado muita água durante o dia, poucas foram as vezes que me deu vontade.

Quando voltei para o quarto, Regina já estava de olhos fechados. Talvez, já estivesse dormindo.

— O efeito é rápido, hein. — Sussurro e me aproximo da cama. — Ou talvez, eu tenha demorado um pouco... — Sento-me na beirada, e começo a fazer carinho em seus cabelos negros. Dou um beijo em sua testa, me levanto, vou para uma poltrona que tem perto da cama e me deito na mesma, logo em fechando os olhos para tentar descansar um pouco.


Notas Finais


Agora é com vocês ;)


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