1. Spirit Fanfics >
  2. Nicest Thing >
  3. Perfect Places

História Nicest Thing - Perfect Places


Escrita por: vausemessy

Notas do Autor


Voltei! Eu sei que demorei e já vi que teve gente desesperada nos comentários do último capítulo, mas está aí!

Mas hein, se tem uma época boa para ser Vauseman shipper, essa época é agora. Sem or, obrigada Jenji por abençoar esse fandom, agora só vamos esperar que dê tudo certo, não é mesmo? Afinal estamos falando de Vauseman rs.

Confesso que esse está longe de ser um dos melhores capítulos, tudo bem aguinha com açúcar, mas espero que vocês gostem, tava com saudades :)

Boa leitura, girls.

Capítulo 22 - Perfect Places


Piper mal conseguia raciocinar, tamanha era a dor que sentia. Depois das luzes serem acesas, só se lembrava de um grito surpreso e da dor ferrenha que sentiu depois que Alex se movimentou rapidamente acima de si. Com os olhos fechados, só ouvia o tom desesperado da morena tentando entender o que havia acontecido e a risada incontrolável de Nicky.

- Pipes, o que houve? Fala comigo! – Alex dizia ao seu lado, ajoelhada, alternando o olhar entre sua mão e seu rosto.

- Eu não sei, Al, está doendo – remexeu-se, resmungando – o meu dedo.

Nicky, ainda gargalhando, chegou mais perto das duas. – Me desculpem, meninas, eu empatei totalmente a foda de vocês, mas isso é fodidamente engraçado – disse para  as duas mulheres que a olharam sem paciência.

- Nicky, pare de brincar e faça alguma coisa! – Alex ordenou, desesperada.

- O que você quer que eu faça? Você quebrou o dedo da sua garota – olhou para Alex e sorriu dissimulada. – Eu não sou médica, não posso fazer nada – voltou o olhar para a mão de Piper.

- Baby, você acha que realmente quebrou? – Perguntou à Piper enquanto a ajudava a se sentar no sofá.

- Eu não sei, Al, só sei que dói muito – jogou a cabeça para trás.

- Me desculpe, Pipes, eu não queria...

- Eu sei disso, Alex – interrompeu a morena e segurou uma mão com a outra, analisando o dedo fraturado.

- Ainda está meio molhado – Nicky disse observando as duas de pé, com os braços cruzados.

Piper a olhou entediada e levantou o dedo imóvel para ela.

- Isso não é ofensa para mim, P, ainda mais vindo de uma mulher nua – disse com seu jeito Nicols de ser, tirando sarro da cara de Piper.

- Alex! – Piper logo lhe chamou a atenção. – Nós estamos nuas! Pegue as minhas roupas, rápido – repreendeu-a.

Alex levantou-se agilmente e recolheu as roupas jogadas pelo chão, Nicky aproveitou e sentou-se do lado de Piper.

- Olha, Alex, eu sempre soube que o que você tem entre as pernas é poderoso, só não tinha ideia do quanto – disse olhando para o dedo da loira, Alex jogou uma peça de roupa em sua direção.

- Deixe-me ver isso, Chapman – a loira estendeu a mão.

- Você nãodisse que não é médica? – Piper rebateu.

- Não sou médica, mas sou lésbica com L maiúsculo, você acha que isso nunca aconteceu antes na história do lesbianismo? – Perguntou, sarcástica.

Piper estendeu a mão com o dedo machucado, contrariada, enquanto Alex lhe entregou suas roupas.

- Seu dedo não está quebrado, loirinha – disse apoiando a mão da loira e tocando levemente em seu dedo.

- Nicols, isso dói! E você sabe onde esse dedo estava, certo? – Disse fazendo uma careta.

- Eh – deu de ombros – nada de novo para mim.

- Ok – Alex se manifestou – nós precisamos fazer alguma coisa! Você precisa ir ao hospital, Pipes! – Disse, de pé, olhando para a loira.

Piper retirou os olhos de Nicky, intrigada com o que ela disse, e se voltou para Alex, completamente nua em sua frente, com as mãos na cintura.

- Eu sei disso, querida, mas eu preciso me vestir e pegar um táxi, eu não consigo dirigir – explicou. – E por que você acha que não está quebrado, Nicky?

- Não está. Se estivesse, você não estaria suportando a dor, além disso, você consegue mexer, então não é algo tão grave – dizia com um falso ar de especialista, erguendo a mão de Piper e observando de perto seu dedo.

- Não sei... Precisamos ir ao hospital, Pipes – Alex disse colocando a camiseta e olhando com reprovação aquela consulta particular da amiga.

- É bom você ir, sim, Pipes, mas garanto que não está quebrado. Ainda dói? – Disse encostando novamente no dedo da loira.

- Sim – fez uma careta – mas não tanto quanto antes. – Olhou para Alex que observava as duas, desconfiada.

- Nós iremos ao hospital – disse decidida.

- Meu bem, nós não podemos ir ao hospital juntas... – Piper dizia tentando vestir as roupas de mau jeito. Alex correu para ajudá-la.

- Eu sei, me desculpe, é que eu queria te acompanhar – disse sem olhar nos olhos da loira, ajudando-a a se vestir.

- Eu sei que você queria, eu também queria, mas nós sabemos que não podemos – disse olhando para o próprio dedo, concentrada.

- Você precisa ir logo, Pipes, tenho medo de ser algo realmente sério, eu vou pedir um táxi para você, pode ser? – Dizia carinhosa e preocupada, afinal se sentia culpada pela situação.

- Sim, querida, mas eu preciso levar o carro para o meu prédio, supostamente eu estou em casa – falou baixinho para que só Alex ouvisse.

- Eu levo o seu carro – Nicky se pronunciou, jogada no outro sofá. As duas lhe olharam com atenção.

- Ela dirige? – Piper perguntou à Alex.

Alex moveu as sobrancelhas, olhou para Piper, olhou para Nicky. – Ela tem carteira, até hoje não sei como conseguiu, mas é verdade – disse com sinceridade.

- Eu não sei... – Piper ponderou.

- Qual é, cunhadinha? Não confia em mim? Tem alguma opção melhor no momento? – Nicky sentou-se e provocou Piper.

- Eu poderia pedir a Polly que viesse buscar o carro, mas ela iria me amaldiçoar para sempre – disse de pé, arrumando os cabelos em frente ao espelho.

- A Polly? – Nicky pareceu alerta.

- Sim... Algum problema? – Perguntou e olhou rapidamente para Alex, tentando entender o questionamento de Nicky. A morena só deu de ombros.

- Não. Nenhum – levantou-se do sofá e dirigiu-se até a cozinha, fugindo dos olhares das duas.

Alex e Piper se olharam desconfiadas.

- Você acha que é confiável, Al? Não pode acontecer nada com esse carro – disse enquanto a morena se aproximava de si.

- Sim, Pipes, a Nicky é maluca mas não é tão irresponsável, e nós não temos muitas opções – disse olhando nos olhos azuis.

- Certo. Eu preciso ligar para a Taystee e avisar que ela vai ter que dormir lá em casa com a Chris. Eu também preciso... Lavar as minhas mãos – olhou para Alex e sorriu, sugestiva. – Você me ajuda?

- É o mínimo que eu posso fazer – Alex balançou a cabeça e sorriu, enquanto as duas seguiam até o banheiro.

- Pipes, me desculpe, eu estou me sentindo tão mal por isso – Alex disse abrindo a torneira do banheiro.

- Não se sinta, não foi culpa sua, tudo bem que você poderia ter sido mais sutil nos movimentos, mas não foi sua culpa – sorriu para a morena.

- Vamos culpar a Nicky – sugeriu.

- Com certeza – Piper concordou enquanto Alex lhe ajudava a lavar as mãos com cuidado.

- O que você vai falar para o Larry?

- Não sei ainda, talvez que torci enquanto estava fazendo algo em casa, ou que bati em algum lugar – disse concentrada em não machucar ainda mais o dedo.

- Certo, espero que não tenha problemas.

- Não terei – deu um beijo na bochecha da morena. – Agora eu preciso ir.

- Irei te levar lá em baixo, me dê notícias assim que puder – Alex disse enquanto as duas saíam do banheiro.

- Nicols, cuide desse carro como se ele fosse uma pessoa, caso contrário, as coisas irão ficar bem feias para mim – Piper alertou-a enquanto lhe entregava a chave.

- Sim, senhora! – Fez posição de sentido.

- Vamos descer todas juntas – Alex sugeriu enquanto terminava de vestir suas calças.

- Ok – Piper concordou e as três desceram.

 

***

 

Já no hospital, Piper se consultava com o ortopedista, também amigo seu, como quase todos os médicos dali. Ao ser perguntada sobre o que havia acontecido, disse que andava distraída e bateu o dedo com força na parede, causando o machucado. Não houve mais perguntas, a explicação era razoável e o médico analisou a região com cuidado.

- Bom, Pipes, definitivamente o seu dedo não está quebrado – o médico disse fazendo alguns movimentos que, para ela, causavam dor imensa.

- E como dói desse jeito? Sem contar que está ficando roxo – ela disse fazendo careta.

- Foi apenas uma contusão, ela machuca os tecidos e até alguns músculos, mas não afeta os ossos. Dói, realmente, mas é um machucado superficial, logo você fica boa – o médico disse com um sorriso no rosto.

- Logo é quanto tempo? – Perguntou desconfiada.

- Bom, tendo em vista o seu trabalho manual, você vai precisar pegar um atestado, mas é por pouco tempo.

- É sério isso? – Reclamou.

- Seríssimo, você ainda vai sentir um incômodo nos próximos dias – o médico disse se dirigindo à sua mesa. – Vou pedir para a secretária trazer um gelo, você deveria ter colocado na hora, mas vamos colocar um pouco antes de eu colocar uma tala em você – disse já de longe.

- Uma tala? Eu vou ter que ficar andando com uma tala por aí? – Reclamou novamente, já estava se irritando com a situação. Enquanto isso, o médico falou rapidamente ao telefone e logo voltou para perto dela, na maca.

- Sim, Pipes, vai ajudar a agilizar a recuperação, além disso, vai proteger o seu dedo de outras pancadas por aí que possam piorar tudo – pegou novamente no dedo da loira. – Engraçado como só o dedo do meio foi afetado, geralmente com uma batida assim, os outros também ficariam, pelo menos, avermelhados – dizia com curiosidade ao olhar sua mão.

- É... – ela tentou desconversar. – Eu não sei muito bem como foi, só me lembro da dor – olhou para o médico.

- Não importa – ele sorriu. – Não foi nada grave, daqui a uma semana você estará recuperada.

 

Após cerca de uma hora, Piper já estava com a tala devidamente colocada e já havia falado rapidamente com Larry, que se mostrou preocupado. A desculpa da batida na parede foi aceita sem questionamentos, e ela sentiu seu coração apertar quando ele segurou sua mão e deu um beijo cheio de ternura. Como ele iria ficar no hospital pela noite, seu horário mais habitual, ela iria voltar sozinha para casa. Quando já estava quase de saída, passando em seu consultório para salvar alguns prontuários que iria analisar em casa no tempo que teria livre, sua amiga lhe surpreendeu.

- Pipes? – Polly a chamou na entrada do consultório.

- Aqui – gritou.

- O que houve, amiga? – Polly perguntou enquanto a cumprimentava.

- Fiz burrada, como sempre, estava distraída e bati o dedo na quina da parede com força – levantou a mão para que Polly pudesse ver a tala.

- Hum – falou desconfiada, cruzando as pernas enquanto se sentava na cadeira de frente para Piper.

- O que? – A loira retirou os olhos do computador rapidamente, sabia que não podia olhar muito tempo para a amiga.

- Você quebrou esse dedo batendo na parede? – Semicerrou os olhos.

- Claro. De que outra forma seria? – Falou olhando para a tela do computador.

- Não sei... Você me disse que ia se encontrar para conversar com a Alex hoje ou eu estou enganada? – Disse com tons de ironia.

- Eu disse – falou com firmeza. – E o que isso tem a ver com o meu dedo mesmo?

Polly não disse nada, apenas sorriu. Piper a olhou por um tempo e confessou.

- Ok, eu estava transando com a Alex, ela estava por cima de mim, nós estávamos no chão da sala e a Nicky chegou de surpresa, a Alex se virou rápido e literalmente fodeu com o meu dedo. Satisfeita? – Terminou com o seu sorriso irônico.

Polly não conseguiu responder nada, só soltou uma gargalhada típica sua, das mais escandalosas que conseguia, sorte que era noite e aquela parte do hospital não estava movimentada.

- É, eu sei, isso é música para os seus ouvidos – Piper a olhava entediada.

- Meu deus, você pode avisar a Nicky que eu a amo? – Dizia entre as risadas incontroláveis.

- Ah, inclusive ela foi levar o meu carro para o prédio e ficou bem animadinha quando eu falei o seu nome.

- O que? – Polly ficou séria no mesmo instante.

- Isso mesmo, honey, seu experimento lésbico ainda lembra muito bem de você – Piper disse de forma provocativa.

- Eu não sou uma pessoa esquecível – piscou. – Pipes, que tipo de lésbica é você que quebra o dedo? Vai deixar a Alex na mão agora? – Voltou a rir da amiga.

- Existem outros modos de se satisfazer uma mulher, e o Dr. Tennant disse que eu vou ter que ficar com isso por uma semana, no máximo – disse voltando o olhar ao computador. – E eu sou bissexual.

- Ok, Dra. Bissexual. O Larry acreditou nessa sua historinha terrível?

- Sim, mas eu não quero falar sobre isso.

- Certo...

- Por que você está aqui até agora? Você sempre faz questão de sair correndo do hospital – Piper questionou.

- Eu sei, mas o Pete pediu que eu o esperasse para irmos juntos, inclusive ele já deve estar saindo – disse olhando para o relógio no pulso.

- Certo. Eu também preciso ir, quero pegar a Chistine ainda acordada. Vocês vão para casa?

- Sim, a gente te deixa lá.

- Ótimo, em dois minutos eu termino isso – disse concentrada na tela. – Pol, por favor, cuidado ao comentar sobre isso com o Pete, eu sei que você adora brincar com essas coisas – Piper a advertiu.

- Piper, eu sou brincalhona, não burra, não me subestime assim, lésbica.

Piper revirou os olhos e logo as duas foram embora.

 

***

Com um atestado em mãos, Piper foi obrigada a ficar em casa, algo que poderia ser interessante no primeiro dia, mas logo a deixava inquieta. Christine havia adorado a novidade, adorava ter a mãe em casa, lhe dando 100% de atenção. Havia feito mil perguntas sobre o dedo machucado e a tala de Piper, que teve que inventar mil respostas e impedir a pequena de tocar em seu dedo, o que era quase inevitável. No segundo dia em casa, quando já havia organizado o que queria e deixado Christine na escola, sentiu-se entediada e com saudades de sua morena preocupada que lhe mandava várias mensagens por dia. Decidiu fazer uma surpresa, mesmo sabendo dos riscos.

Ao chegar ao prédio de Alex, interfonou e descobriu que ela não estava lá, mas logo chegaria. Subiu e conversou com Nicky, coisa que as duas gostavam. Surpreendentemente, apesar de todas as diferenças, as duas se davam muito bem, claro que depois dos longos minutos de zoação vindos de Nicky em relação ao tão falado dedo “quebrado” de Piper.

- Nicky, não precisa mentir para mim, a Alex está com algum cliente? – Piper perguntou depois de algum tempo que já estava lá.

- Não, P., eu não mentiria sobre isso para você. A Alex às vezes decide que é fitness e resolve sair por aí correndo com os dois metros de perna dela, é normal isso – disse tranquila enquanto comia algum salgado barulhento. – Eu já falei para ligar que ela chega aqui em dois minutos, mas você não quer...

- Você deveria parar de comer essas besteiras – Piper disse concentrada no barulho que o alimento fazia e em como Nicky parecia concentrada ao comer. – E eu não vou ligar, é uma surpresa – disse decidida.

- Para a sua informação, isso é muito nutritivo, ok? – Nicky disse com seu jeito descontraído e Piper só balançou a cabeça.

- Definitivamente, eu não nasci para fazer isso, nunca mais me deixe sair de dia para correr, eu já disse hoje que odeio sol? – Alex chegou e disse relativamente alto enquanto trancava a porta, ainda sem ver Piper que estava no lado de dentro do balcão da cozinha com Nicky.

- Não hoje, mas o que você acha de mulheres que iluminam a sua vida? – Nicky respondeu olhando para Alex, que sorriu.

- Se você estiver falando de... – Pausou a fala quando viu Piper sentada na banqueta de sua cozinha. – Pipes!? – A olhou assustada. – O que você está fazendo aqui? – Abraçou Piper, que ainda estava sentada.

- Uma surpresa! – Disse se agarrando à morena, que mesmo levemente suada tinha um cheiro maravilhoso.

- É a melhor surpresa do mundo, eu estava com saudades e preocupada com você – disse dando um selinho na loira. Nicky olhava tudo com um sorrisinho no rosto, aquecia seu coração ver a forma como Alex ficava quando estava com Piper.

- Não precisa, eu estou perfeitamente bem – Piper disse se virando e deixando Alex entre suas pernas enquanto sentava na banqueta, quando passou a mão pela cintura da morena, Nicky se manifestou.

- Opa! – Disse se levantando. – É melhor você deixar a mão fora dessa área – tirou as mãos dela dali – essa mulher tem uma arma mortal entre as pernas – quando terminou de falar, Alex lhe deu um tapa na cabeça e Piper caiu na risada.

- Nicky, você nunca está em casa, o que está fazendo aqui agora mesmo? – Alex colocou as mãos na cintura e perguntou.

- Eu preciso supervisionar para que você não quebre mais nenhum dedo da doutora aqui, ela precisa deles – falou séria.

- Eu não quebrei o dedo dela, foi só uma contusão – disse superior.

- Eu sei que foi, eu falei, sou uma especialista, Vause – levantou-se e jogou o saco fora. – Agora eu irei me retirar, as duas pombinhas podem copular o quanto quiserem, mas eu tomaria cuidado com a minha outra mão, ou até mesmo com a minha língua – disse olhando para Piper que apenas sorria. Alex ameaçou correr atrás dela e ela foi o mais rápido que pôde para o quarto.

- Será que eu deveria mesmo tomar essas cuidados? – Moveu as sobrancelhas sugestiva e olhou para Alex.

- Você vai ficar me zoando por isso também?

- Não – abriu os braços e Alex aproximou-se de novo. – Que tal você tomar um banho e nós duas ficarmos bem quentinhas na cama, hum? Hoje eu tenho a tarde para nós duas – sorriu  Alex lhe deu um beijo mais elaborado, quente e lento.

- Você leu os meus pensamentos, doc – disse com a boca colada na de Piper.

 

Após o banho, Alex secou rapidamente os cabelos – que ficaram bagunçados de um jeito que Piper achou muito sexy – vestiu uma blusa de alça, shorts e se enfiou debaixo das cobertas junto a Piper. O dia estava com um clima frio e as duas aproveitaram o momento tranquilo juntas, trocando beijos, carinhos, risadas e, claro, reclamações vindas de Piper.

- Al, você sabe que eu não consigo confiar nela, eu não paro de pensar que ela pode voltar a qualquer momento e estragar tudo! Além disso, o Daniel pode muito bem te cobrar por esse favorzinho que ele fez – Piper dizia um pouco nervosa.

- Pipes, eu já disse que você não precisa se preocupar com isso, eu conheço a Jennifer, ela sabe que o que ela faria comigo nem chegar perto do que eu poderia fazer com ela, ela não é burra. Quanto ao Daniel, você sabe que eu me viro com ele – disse abraçada à loira, dando um beijo em seu pescoço.

- Sabe, eu odeio ficar sem trabalhar. Como as pessoas ficam à tarde em casa? Eu não sei fazer isso, eu ter algo para fazer – dizia gesticulando com as mãos.

- Você está estressada, bebê, não quer relaxar um pouco? – Sorriu e lhe deu um beijo rápido.

- Não estou muito no clima, além do mais, esse dedo imóvel atrapalha em tudo, é como se a minha mão não servisse para nada! – Reclamou novamente.

- Me desculpa, Pipes, eu sei que a culpa é minha, mas logo vai passar – disse tristinha, deitando com a cabeça no travesseiro, se afastando um pouco de Piper.

- Não é culpa sua, meu bem, eu já disse, é só que incomoda ficar sem poder fazer tudo o que eu quero, até para transar é ruim – explicou-se, colocando a outra mão na cintura de Alex.

- Eu sei, mas você também sabe que a gente realmente não precisa dessa mão para transar, hum? – A morena sorriu com os olhos.

- Realmente não – enfiou a mão por debaixo de sua blusa.

- Sua mão está fria – a morena se contorceu, sorrindo.

- E você está quente, como sempre – Piper se aproximou dela.

- É o seu efeito em mim – sorriu levemente quando sentiu a loira beijando seu pescoço. – Você está muito reclamona hoje, acho que eu vou ter que arranjar uma forma de ocupar a sua boca com outra coisa – fechou os olhos quando sentiu as mãos frias de Piper invadirem seus shorts.

- É? Qual forma? – Piper perguntou entre os beijos.

- Você quer realmente saber? – Perguntou olhando nos olhos da loira. Ela apenas assentiu.

- Ok, deite-se direitinho – Alex a ordenou e ela obedeceu.

Enquanto isso, a morena retirou os shorts sem tirar os olhos dos de Piper, a loira apenas sorriu. Logo, Alex sentou na altura de sua barriga, com uma perna de cada lado.

- Naquele dia você acabou não gozando, acho que eu te devo isso – Piper disse intercalando o olhar entre seu rosto e seu sexo.

- Muito bem lembrado, doutora – Alex disse antes de lhe dar um beijo molhado, invadindo sua boca de uma forma que só ela conseguia.

Piper aproveitou parar percorrer o corpo da morena com as mãos, todas as partes que conseguiu. Já sem fôlego, interrompeu o beijo.

- Tire essa blusa – disse já levantando a peça, e Alex terminou de retirar. Seus olhos brilharam ao verem os seios de Alex iluminados pelas frestas de luz que passavam na cortina semi fechada.

- Você sempre me manda retirar a blusa, acho que tem algo que você realmente gosta por trás delas – Alex sorriu e beijou a loira de novo. Piper segurou seus seios com as mãos, massageando lentamente, de uma forma que excitou bastante Alex. A morena logo interrompeu o beijo e subiu o corpo, colocando-os na altura do rosto de Piper. Ela não demorou em colocar um na boca, arrancando um gemido abafado e manhoso de Alex. Quando ia mudar para o outro, deu um beijo no espaço entre eles.

- Você realmente gosta disso, não é? – A loira falou em um tom de voz sexy.

- Muito – Alex respondeu com sua voz grave, de olhos fechados. – Mas tem algo que eu gosto mais – afastou-se de Piper quando ela ia colocar o outro na boca.

A loira sorriu a passou a mão por seu tronco, dos seios até chegar às coxas.

- Cadê os seus óculos? Eu quero que você coloque eles – olhou para os lados procurando, Alex estranhou seu pedido mas não questionou, pegou os óculos e os colocou, levantando a sobrancelha e sorrindo para a loira.

- O que você está esperando? – Piper perguntou, agora mais séria.

Alex ajoelhou-se mais ou menos na altura de seus seios e ela lhe puxou com as duas mãos, colocando-a sentada em seu rosto. Não demorou em abocanhar seu sexo e lhe tirar um gemido.

A morena acomodou-se melhor na posição e começou a rebolar lentamente, sentindo a língua de Piper explorar todo o seu sexo, desde o clitóris até sua entrada. A posição era muito excitante e olhar para baixo e ver Piper de olhos fechados, concentrada no que fazia, tornava tudo ainda mais gostoso. Segurou nos cabelos loiros com uma mão e rebolou mais ainda, com a boca semi aberta enquanto via e sentia as sensações que só a boca de Piper lhe causavam.

- Hum – Piper gemeu e abriu os olhos quando Alex agarrou seus cabelos.

Alex olhou para baixo e sorriu para ela, Piper se deleitou com a visão da morena que rebolava em sua língua usando nada além daqueles óculos. Desceu a língua e se concentrou em sua entrada, arrancando-lhe um gemido quase gritado. Com um pouco de esforço, penetrou-a com a língua enquanto ela fazia movimentos precisos e jogava a cabeça para trás, apoiando as mãos em sua barriga.

- Eu vou... – A morena arfou quando ela retirou a língua de sua entrada e se concentrou em chupar seu clitóris com leveza, de uma forma que só ela conseguia fazer.

Piper, empolgada em fazê-la chegar lá, subiu as suas mãos para seus seios e prendeu seus mamilos entre os dedos, puxando de leve. Alex a acompanhou e colocou as mãos por cima das dela, enquanto rebolava com mais rapidez em sua boca.

A loira, sentindo o sexo cada vez mais lubrificado encher a sua boca, desceu uma mão e deu um tapa em sua bunda, quando ela gemeu demoradamente e segurou com as duas mãos nos cabelos de Piper, forçando seu rosto. Piper movimentou a língua com precisão em seu clitóris e a morena gozou soltando seu gemido rouco enquanto a loira segurou em suas duas pernas e a limpou, de cima a baixo.

Alex saiu da posição e retirou os óculos, caindo na cama quase desfalecida, com uma perna em cima da barriga de Piper. A loira sorriu e limpou a boca com o antebraço, dando um tapinha em sua coxa.

- Eu preciso de um minuto – Alex disse com os olhos fechados, respirando com dificuldade.

- Foi tão bom assim? – Piper perguntou com sua voz carinhosa.

- Onde você aprendeu isso, loirinha? – Alex tentou se ajustar de forma com que pudesse falar com ela mais de perto.

- Eu não fiz nada, você fez o serviço completo - agarrou-se à Alex e passou as mão em suas costas nuas.

- Eu disse que você não precisava dessa mão para nada – disse sorrindo para a loira.

- Acho que você tinha razão... – lhe deu um beijo quente, íntimo, explorando sua língua, seus lábios e, claro, seu gosto.

- Meu gosto está na sua boca – Alex disse passando o dedo de leve nos lábios de Piper.

- Yeah, delicioso, você não acha? – Olhou em seus olhos verdes.

Alex sorriu e lhe acolheu com os braços, tomando cuidado com a sua mão.

 - Al...

- Sim?

- A Nicky disse que você bebeu no período da confusão com a Jennifer – disse passando a ponta dos dedos em sua tatuagem do braço.

- A Nicky fala demais – disse séria.

- Eu insisti para que ela falasse. Você quem deveria ter me contado, na verdade.

- Eu não queria te magoar ainda mais, mas eu não consegui, me desculpa.

- Eu te desculpo, mas eu quero que você conte comigo quando estiver nervosa ou precisando de qualquer coisa, isso não faz bem para o seu tratamento – advertiu-a.

- Eu sei. Me desculpa, você sabe que esse assunto todo mexe comigo – disse passando a mão, carinhosamente, nos cabelos da loira.

- Eu sei, mas nós vamos deixar isso para trás, ok?

- Bom, nós duas precisamos focar nisso, certo?

- Certo!

- Al...

- O que? – Alex respondeu sorrindo, hoje era um dos dias em que Piper não parava de falar por um segundo.

- Eu posso te perguntar uma coisa?

- O que quiser – lhe deu um beijo no topo da cabeça.

- Você já... – Deu uma pausa. Alex a olhou esperando pela pergunta. – Você já teve algum tipo de envolvimento com a Nicky? – Falou rápido, como se Alex não fosse entender.

Alex gargalhou e Piper lhe deu um tapa na coxa.

- Eu estou falando sério, Alex!

- Eu sei, meu bem, mas quando você fala envolvimento, parece algo tão sério – continuou a sorrir. Piper ficou séria. – Se você quer saber se eu já transei com a Nicky, a resposta é sim.

- O QUE? – Piper saiu do abraço e se sentou na cama.

- O que? Você perguntou – Alex disse sorrindo.

- Mas eu não esperava essa resposta! – Piper reclamou.

- Isso acontece na vida, Pipes, nem sempre a gente ouve o que quer.

- Como isso aconteceu, Alex? Vocês são tipo irmãs! – Falou como se tudo aquilo fosse um absurdo.

- Nós não somos irmãs, Piper – olhou em seus olhos. – Houve uma época em que nós tínhamos muita curiosidade sobre o corpo feminino e... Acabou acontecendo.

- Então foi quando vocês eram adolescentes?

- Sim... E depois também – disse já se defendendo do outro tapa que Piper lhe deu no braço.

- Eu não acredito nisso!

- Pipes, é só sexo, eu nunca fui apaixonada pela Nicky, pelo menos não dessa forma – disse se sentando na cama.

- E como vocês nunca confundiram as coisas?

- Não confundindo, meu bem. Nunca representou nada além de sexo para a gente. Você já conhece a Nicky, ela é do tipo que faria sexo até com um poste!

- E com que frequência isso acontecia? – Piper perguntava desconfiada e com raiva.

- Bom, quando nós éramos mais novas, era mais frequente. Depois de adultas, principalmente depois de mudar para cá, não rolou tantas vezes assim.

- Tantas vezes assim? Então quer dizer que aconteceu? – Piper parecia uma mãe indignada com uma má criação do filho.

- Sim, Pipes, muito antes de te conhecer, óbvio. Sei lá, para mim era reconfortante fazer sexo com uma mulher, principalmente uma que sabe o que faz, e me sentir confortável, às vezes, não tem nada de mais! – Disse se enrolando na coberta.

- E há quanto tempo isso não acontece? – Piper estava sentada, ereta, gesticulando com a mão que tinha o dedo contundido, Alex queria rir, mas se controlou.

- Não sei, há muitos meses antes de te conhecer, já faz muito tempo – foi sincera.

- Esse é o maior absurdo que eu já ouvi na vida! – Piper disse, indignada.

- Você namora uma prostituta e o maior absurdo que já ouviu foi que ela já transou com uma amiga? Eu gosto da sua maneira de pensar – Alex disse se aproximando dela, apoiando a cabeça em suas pernas.

- Às vezes eu tenho vontade de bater em você – Piper disse olhando o rosto dissimulado e lindo de Alex deitado em suas coxas.

- E eu quero comer você, que tal? – A morena sorriu.

- Eu não quero – ela virou o rosto.

- Piper, você está com raiva? – Alex se levantou e sentou-se, olhando para o rosto dela.

- Não – ela disse se deitando de costas para Alex.

A morena se controlou para não cair na gargalhada, Piper com raiva era a coisa mais engraçada do mundo.

- Pipes, você sabe que é irracional ficar chateada com isso, não sabe? – Deitou-se por trás dela, lhe abraçando pela cintura.

- Me deixa ser irracional.

- Não deixo. Nós estamos tão bem – deu um beijo em seu pescoço e a sentiu arrepiar.

- Al...

- Diga.

- Por que você disse que não faz programas com mulheres?

- Porque mulheres, em sua maioria, se envolvem, não conseguem ver sexo como negociação, depois da Jennifer eu não queria mais passar por outra experiência do tipo – disse séria e Piper virou-se para ouvi-la falar. – Além do mais, não é só por elas, é por mim, também, pelo meu respeito por mulheres em geral, e pelo meu próprio medo.

- O que não impediu da situação que aconteceu com aquela garota... – Piper disse.

- Eu já te expliquei aquilo, Pipes, por favor...

- Você disse que ela tinha um parente doente – Piper a interrompeu. – Eu quero que você mande ela ir até o hospital, talvez eu possa fazer algo por ela – disse olhando nos olhos de Alex.

- Você... Você realmente faria isso? – Alex surpreendeu-se, jamais esperaria aquilo.

- Sim, Alex, eu fiz um juramento. Além disso, eu prefiro ajuda-la da forma que puder do que saber que ela precisa transar com você para se manter – disse amarga.

- Você é maravilhosa – Alex a beijou.

- Eu sei disso – disse sorrindo entre o beijo. As duas sorriram.

- Me perdoa por não chegar aos seus pés? Por ser tão problemática, por te trazer muito mais preocupação do que felicidade?

- Não diga isso de novo, ok? – Piper a repreendeu, séria, Alex só assentiu. – Além do mais, eu sempre tive uma quedinha por gente problemática – sorriu mordendo o lábio.

- Típico, doutora, típico – Alex disse beijando seu maxilar, tentando abrir os botões de sua blusa xadrez.

- Al, está frio, eu não quero tirar a roupa – disse manhosa.

- Está frio do mesmo jeito para mim e eu estou nua, Pipes.

- Eu sei – ela disse sorrindo, dando uma olhada em seu corpo desnudo.

- Mas eu vou respeitar as suas vontades – disse abrindo o botão de sua calça. – Para tudo se dá um jeito – disse enfiando a mão por dentro de sua calcinha. – Bom, diferente das suas mãos, por aqui não tem nada frio – sorriu e beijou Piper novamente, que lhe agarrou em mais um beijo cheio de calor e vontade. Nunca se cansaria de beijar Alex, e a recíproca era verdadeira.

- O que você está fazendo? – Piper falou sentindo os dedos de Alex espalharem sua excitação por todo o seu sexo.

- Estou agradecendo por tudo o que a minha mulher faz por mim – disse baixinho, olhando-a nos olhos, sentindo-a abrir-se para si. – Para quem disse que não queria que eu te comesse, você está bem molhada – disse enquanto introduzia dois dedos, devagar.

- Eu mudo de opinião rápido, é o meu signo – Piper disse com os olhos fechados, se concentrando no prazer recebido por aqueles dedos.

- Seu signo também te faz gemer assim? – Disse quando massageou seu clitóris com o polegar, a loira, inevitavelmente, gemeu.

- Yeah – disse se contorcendo, colocando a mão sobre a de Alex.

Alex a beijou de novo e Piper passou as mãos por seus seios, sentindo a maciez. Alex passou a movimentar os dedos com mais rapidez e a lhe beijar o pescoço de forma que a enlouqueceu, logo ela gozou, apertando o braço da morena. Alex deixou os dedos dentro dela por alguns segundos e os retirou.

- Eu odeio quando você faz isso – Piper disse em transe.

- Não minta para mim, Piper Chapman – disse acomodando-a em seus braços.

- Agora eu só quero ficar quietinha, ok? Só sentindo você – disse se agarrando ao corpo nu de Alex, seu estado favorito.

Alex lhe deu um beijo no topo da cabeça e sorriu, se sentindo a mulher mais sortuda do mundo por ter alguém como Piper a seu lado.


Notas Finais


Esse capítulo é dedicado a Dai, pessoa linda e leitora da fic desde o primeiro capítulo, muitasss felicidades, Dai, ainda quero comer o seu bolo (insira o emoji de lua aqui) :P


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...