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História Nicest Thing - Ainda é Cedo


Escrita por: vausemessy

Notas do Autor


Voltei! Capítulo simples, mas importante para a história. Espero que vocês gostem. Leiam as notas finais com carinho.

Boa leitura <3

Capítulo 23 - Ainda é Cedo


- Baby...

- O que? – Piper resmungou, sentindo o corpo nu da mulher colado ao seu e sua respiração quente em seu pescoço.

- Você não está um pouco entediada? – Alex perguntou naturalmente, passando os dedos levemente no contorno do corpo da loira a sua frente.

- Que pergunta é essa, Alex? – Piper se virou bruscamente para olhar nos olhos de Alex.

- Não, Pipes – ela fez sinal negativo com a cabeça. – Acho que você não entendeu muito bem a minha pergunta. É que... Já é o terceiro dia que você vem, e eu amo ficar aqui com você, transar, conversar, mas nós também poderíamos fazer outras coisas – Alex disse calma, já que Piper parecia não ter entendido muito bem o tom de sua pergunta.

- Alex... – Piper se sentou na cama, puxando o lençol para cobrir sua nudez. – Você sabe que isso é complicado. Eu... Eu ainda tenho um pouco de receio – explicou-se passando a mão no cabelo, sem graça.

- Eu sei. Me desculpa – Alex falou rápido. Piper percebeu um descontentamento em sua fala. Já conhecia Alex o bastante para saber quando ela estava tentando parecer satisfeita sem realmente estar.

(Celular tocando)

- Oi, Larry – Piper atendeu à ligação, Alex revirou os olhos e se afastou.

- Piper, você está em casa? Eu preciso de um grande favor! – O homem falou, parecendo um pouco desesperado.

- É... Eu não estou em casa, Larry. O que houve? – Perguntou receosa.

- É que eu estou naquela reunião que eu te falei e acabei de perceber que deixei uma pasta cheia de documentos em cima da mesa, eu precisava que você enviasse alguém urgentemente com elas...

- Desculpa, meu bem.

- Tudo bem, irei mandar alguém ir lá buscar e trazer para mim. Onde você está?

- No hospital! – Respondeu rápido e deu uma olhada para Alex que estava de costas para ela. – Eu vim pegar uns prontuários físicos que preciso analisar, é jogo rápido – mentiu.

- Tudo bem. Tome cuidado com esse dedo, ok?

- Pode deixar. Boa sorte na reunião – falou baixinho.

- Obrigada, querida, eu amo você.

- Eu também – respondeu receosa, vendo apenas as costas nuas da mulher deitada a seu lado.

 

Aquela era uma péssima hora para Larry ligar, esperou um pouco e tentou voltar ao assunto com Alex.

- Alex... – arrastou os quadris para mais perto da morena. – Nós já conversamos sobre isso. Você sabe que essa cidade é enorme mas não se pode esconder nada de ninguém – passou a mão no braço pálido de Alex.

- Você tem feito um bom trabalho até agora – Alex virou-se e disse sarcástica, movendo as sobrancelhas.

- Alex? – Piper semicerrou os olhos, observando-a de forma reprovativa.

- Ok. Me desculpa, Piper – ela passou as duas mãos na cabeça. – Mas é que... Eu não estou te pedindo para nós sairmos de mãos dadas e trocarmos beijos no Central Park na frente dos seus colegas de trabalho ou dos clientes do meu. Sei lá, eu só queria ir a um café, ver outras pessoas, agir como se nós fôssemos boas amigas, dar um beijo escondido em algum banheiro público... Essas coisas que casais proibidos fazem.

- Alex... – Piper respirou fundo. – Eu sabia que um dia isso viria à tona.

- Porque é totalmente razoável – Alex a interrompeu, falando baixinho.

- E... – Piper aumentou o tom de voz. – E eu não posso dizer nada além do que eu já venho te dizendo desde o primeiro dia: eu sou uma mulher comprometida, eu tenho uma vida e uma carreira e eu não posso te oferecer tudo o que você quer e merece, e eu só posso me desculpar por isso – disse sincera, olhando nos olhos de Alex.

A morena a encarou por alguns segundos, com um misto de mágoa e gratidão pela sinceridade de Piper.

- Ok, Al, me desculpa por isso – Piper falou quando percebeu o peso de suas palavras. – Não era isso que eu queria falar... Na verdade, eu não queria falar dessa forma, me desculpa – tentou encostar novamente na morena que se afastou.

- Sabe, Piper, eu admiro muito a sua sinceridade, ao mesmo tempo em que ela me faz querer me matar de tão dolorosa – Alex disse com leveza fixando os olhos verdes nos de Piper. Alex era tão transparente que Piper se sentia intimidada e envergonhada.

- Al... – Piper disse com certo nervosismo na voz – nós não havíamos combinado de não falar sobre isso? De deixar a nossa relação fluir e nos levar para o lugar onde ela deve chegar? – Disse com a sua voz doce e maternal, a que sempre usava quando queria conseguir algo de alguém.

- Eu não queria discutir a nossa relação, eu te chamei para tomar um café e você jogou na minha cara que é casada, tem uma carreira maravilhosa e não pode se expor para não destruir a sua imagem de esposa perfeita e médica exemplar – Alex cuspiu as palavras enquanto saía da cama e seguia para o banheiro, batendo a porta com força.

Piper respirou fundo e ficou a olhar para a porta do banheiro. Já não era a primeira vez que sua voz do perdão não funcionava com Alex. Ela já devia esperar.

Passaram-se cerca de dois minutos, o que pareceu uma eternidade para as duas, até que Alex saiu do banheiro. Ela havia vestido um robe preto e estava séria, Piper estava com medo de que ela pudesse ter chorado, mas não havia sinais de tal ato.

- Alex... – ela se remexeu na cama, segurando o lençol sobre os seios.

Alex fez um sinal com a mão para que ela não falasse nada e se sentou na beira da cama. Piper a seguiu e se sentou ao seu lado, vendo apenas metade de seu rosto, iluminado pela pouca luz que passava nas brechas da cortina do quarto.

- Me desculpa. Nós podemos sair para comer, tomar um café... A minha reação foi exagerada, eu reconheço. Por favor, não fique com raiva de mim – Piper olhava com seus olhos azuis brilhantes para a mulher que permanecia estática.

- Eu não estou com raiva, você é quem deve me desculpar por eu exigir algo que você nunca prometeu – disse séria, ainda sem olhar para Piper.

- Alex, você tem o direito e o dever de se abrir comigo, não é porque o nosso relacionamento não é “sério” – gesticulou aspas com as mãos – que nós não podemos conversar sobre o que esperamos uma da outra – ela não tirava os olhos na morena que insistia em olhar para o nada.

- Piper, o que eu significo para você? – A morena finalmente quebrou a falta de contato visual, invadindo Piper com seu olhar.

Piper apoiou a cabeça nos joelhos, sentada de lado na cama, e olhou Alex por alguns longos segundos.

- Você é a melhor e a pior parte da minha vida. Meu sonho e meu pesadelo – disse olhando em seus olhos, talvez falando a maior verdade que já saíra de sua boca.

Alex tornou, vagarosamente, a olhar para o nada e deu um risinho singelo que, por pouco, passaria despercebido por Piper.

- E é por isso que você quer que eu fique escondida de tudo e de todos, não é? Você não quer me mostrar e nem me dividir – ela disse olhando para baixo.

- Talvez – Piper respondeu olhando para ela. – Eu não sei, Alex, eu procuro muito mais viver esse momento, viver você, do que pensar nas consequências.

- Isso responde bem o que eu significo para você – Alex virou a cabeça e olhou parcialmente para Piper.

- Alex... – Piper falou impaciente e Alex a olhou e fez sinal de negativo.  – A gente vai mesmo brigar por causa disso? – Piper se aproximou dela e se agarrou em seu braço, deitando a cabeça em seu ombro.

- Piper, o que você teria feito se a Jennifer tivesse contado tudo ao Larry?

Piper ficou em silêncio. Ela havia feito aquela pergunta a si mesma várias vezes. Ainda não sabia a resposta.

- Não vai me responder? – Olhou para a mulher que estava apoiada em seu ombro.

Piper desencostou-se da morena e respirou fundo, dessa vez sem olhar para ela.

- Eu não sei responder a essa pergunta, Alex. Verdadeiramente, eu não sei.

- Eu acho que sei o que você faria. Você iria negar até quando não pudesse mais, e depois pediria perdão, o que ele aceitaria, é claro – Alex disse com seu típico sarcasmo que Piper odiava tanto que ela usasse em momentos como aquele.

- E o que você quer ou queria que eu fizesse, Alex? É uma situação que não aconteceu! Eu poderia fazer o que você disse ou poderia largar tudo para ficar com você! Você está me julgando por algo que não aconteceu! – Piper alterou a voz.

- Eu estou te “julgando” porque eu te conheço, Piper, mais do que você imagina – Alex disse e se levantou da cama.

- O que você quer de mim? Que eu abandone tudo para viver com você? É isso? – Piper perguntava com o tom de voz alterado, ainda sentada na cama.

- Não, Piper, eu quero que você seja clara comigo, só isso. Eu quero saber o que eu posso ou não esperar disso – gesticulou com as mãos entre as duas – que a gente tem.

- Você não vai esperar nada, Alex, porque esse foi o combinado. O que está acontecendo com você? – Piper a questionou sem entender do porquê de tudo aquilo naquele momento.

- O que está acontecendo é que eu tenho medo, Piper, eu tenho medo do que eu sinto por você crescer ainda mais e me consumir, e de você não ter coragem ou vontade de corresponder – Alex disse rápido com a voz chorosa, odiava parecer frágil na frente dos outros, principalmente de Piper.

- Você não acha que eu correspondo aos seus sentimentos, Alex? – Piper perguntou calma, com um pouco de indignação.

- Você corresponde, Piper, você fez coisas por mim que ninguém nunca fez, mas até então está tudo controlado – Alex dizia com a voz ainda chorosa. – Você não tem contato direto com a minha droga de vida, sua família e sua carreira estão lá perfeitas te esperando para quando o momento comigo acaba! Eu tenho medo de você desistir de tudo quando perceber que vai ter que abrir mão de alguma dessas coisas – ela disse andando pelo quarto, parando perto da janela.

- Alex, acho que às vezes você não entende a gravidade disso que nós estamos fazendo na minha vida. Não é fácil ter uma vida dupla, não é fácil ter que esconder do mundo o quanto eu gosto de você, mas parece que tudo contribui para atrasar isso, não é como se a culpa fosse totalmente minha!

- Eu sei muito bem do que você está falando, e não precisa usar meias palavras comigo! – Alex disse com o tom de voz alterado. – Eu sei da minha responsabilidade, da minha culpa e do peso da minha vida na nossa relação, mas sabe... – Passou a mão no cabelo enquanto apoiava a outra na cintura. – Eu penso, e tenho quase certeza que a meu pensamento faz sentido, que isso não é a pior parte para você. É muito mais como um escudo que você usa para não ter que tomar uma decisão ou assumir responsabilidade – disse mais calma, mesmo com o peso das palavras.

- Alex – Piper falou o seu nome e deu uma pausa, respirando fundo. – Eu não sei o que aconteceu para você ficar assim, se você está realmente se deixando levar pelo que a Jennifer disse, se você realmente pensa tudo isso... – Mas eu – levantou-se da cama e apontou o dedo para si mesma – eu não sou obrigada a ouvir tudo isso de você – a loira dizia com certa braveza enquanto recolhia as roupas do chão e se vestia com pressa. Alex apenas a observava.

- Eu vou embora. Quando você voltar ao normal, você pode falar comigo – disse quando terminou de se vestir. Alex não fez ou falou nada, ficou parada vendo a loira sumir pela porta do quarto.

Na sala, Nicky via assistia à televisão quando Piper passou por ela como um furacão, sem falar uma palavra, apenas com a bolsa e os sapatos na mão, batendo forte a porta do apartamento. Olhou para os lados, esperou por Alex e nada. Coisa boa não era.

A loira decidiu ir até o quarto. Chegando lá, encontrou a amiga em pé, parecendo perdida. Preocupou-se.

- Al, o que aconteceu? A Piper saiu...

- Eu... – Alex a interrompeu, meio aérea, falando sem olhar para ela – eu acho que acabei de fazer a maior besteira da minha vida – Alex dizia confusa, olhando para o nada.

- Vem cá – Nicky segurou em sua mão e em sua cintura e a sentou na cama. – O que aconteceu? – Sentou-se ao seu lado e perguntou passando a mão em suas costas.

- Eu... – ela dizia nervosa – eu falei algumas coisas para a Piper, algumas coisas que eu não precisava ter falado, sabe? Agora ela vai ficar apavorada achando que eu sou uma louca dependente e nunca mais vai querer saber de mim! – Dizia passando as mãos nos cabelos. Nicky a encarava com uma careta.

- Por que eu sou tão idiota, Nicky? Eu acabei de praticamente expulsar da minha casa a mulher que muito provavelmente é o amor da minha vida! – Ela disse com a voz chorosa olhando para Nicky, a loira ficou de coração partido ao ver as lágrimas escorrerem dos lindos olhos verdes de Alex.

- Ei... – Nicky secou suas lágrimas e lhe abraçou de lado – pare de pensar nesse tipo de coisa, a Piper é louca por você, até parece que ela iria te deixar por uma briguinha de nada... – Tentou consolá-la enquanto passava a mão em sua coxa.

- Por que eu sempre estrago tudo, Nicky? – Alex a abraçou enquanto chorava, Nicky sentia pena dela mas ao mesmo tempo achava tudo aquilo engraçado.

- Porque se não fosse assim, não seria você – respondeu entre o abraço. Alex puxou seu cabelo e as duas riram abraçadas.

 

***

No dia seguinte, no hospital, Larry passou pelo consultório de Piper, que ficava no caminho da sala de Polly, com quem precisava falar. Não sabe muito bem porque, se de fato tinha razão para aquilo, mas parou em frente à porta do consultório de Piper e pensou, por um ou dois segundos. Abriu a porta e deu de cara com Lorna, a secretária de Piper que estava concentrada na tela do computador mas logo abriu um sorriso para ele.

- Olá, Dr. Larry – a moça o cumprimentou.

- Oi, Morello, tudo bem? – Perguntou simpático.

- Tudo ótimo! Aconteceu alguma coisa?

- Ah... Não... – Respondeu meio sem graça, olhando para os lados e colocando as mãos nos bolsos do jaleco. – Lorna, a Piper veio aqui ontem, certo? – Perguntou sem querer fazer muito alarde.

- A Piper? Não, Doutor, a Piper não veio aqui ontem – a moça respondeu parecendo confusa.

Larry ficou em silêncio por alguns segundos. A resposta lhe surpreendeu bem menos do que ele esperava.

- Tem certeza? Digo, você ficou aqui o dia todo? – Voltou a perguntar.

- Bom, eu fiquei aqui durante toda a manhã até umas cinco da tarde. Só se ela veio a noite ou no horário de almoço, o que eu acho pouco provável – Morello explicou. – Por que? Ela disse que havia vindo aqui? – Perguntou se dando conta de que aquilo poderia lhe trazer algum problema.

- Não! – Larry logo respondeu. – Na verdade, eu achei que ela tinha vindo, mas acho que estou me confundindo, deve ter sido outro dia – disse sorrindo para a moça que também sorriu, sem graça. – Enfim, obrigada, Morello, bom resto de trabalho para você – disse se retirando da recepção do consultório, deixando a confusa secretária de sua esposa para trás.

 

***

Passados os dias prescritos pelo médico para o repouso de Piper, finalmente chegara o dia em que ela precisava voltar ao trabalho. A loira estava ansiosa, mas não feliz, devido ao desentendimento com Alex. As duas haviam se falado brevemente por meio de mensagens, nada muito íntimo, apenas para terem notícias uma da outra. Piper se preocupava com o tratamento de Alex, sabia que aquela situação a deixaria nervosa e instável e tinha medo das consequências. Por sorte, sabia por meio dela e de Nicky que estava tudo bem, na medida do possível, só faltava que uma das duas cedesse e resolvesse a conversa estranha que haviam tido.

- Pipes, que horas mais ou menos você foi ao hospital naquele dia que eu te liguei? – Larry entrou no quarto de Christine, onde Piper terminava de aprontar a menina e perguntou.

Piper ficou surpresa com a pergunta, mas não hesitou em responder. – Acredito que fiquei por lá cerca de uma hora, por volta das três da tarde, por quê?

- É porque a Polly comentou comigo que houve uma confusão no setor da ginecologia naquele dia, na hora que você estava lá, eu esqueci de comentar com você e você também não falou nada... – Mentiu, sentando-se ao lado dela na cama e segurando Christine no colo, logo dando um beijo em seus cachos dourados.

- Bom... – Ela pausou por um segundo. Aquilo era horrível e estranho ao mesmo tempo, já que Polly sempre a contava tudo. – Eu até vi um pouco mas decidi ficar longe, sabe como é, pacientes de outra médica, não queria me meter – terminou com um sorriso breve e sem graça.

Larry olhou em seus olhos por milésimos de segundos e ela logo desviou, falando algo para Christine. Ele sabia que Piper mentia muito bem e andava com um comportamento incomum nos últimos tempos, só não conseguia decifrar o que estava acontecendo.

- Você está certa, ficar longe de confusão é sempre a melhor opção. Não é, meu amor? – Dirigiu-se à Christine que confirmou com a cabeça. Nesse momento, seu celular tocou e ele deixou as duas no quarto. Piper ficou pensativa por alguns instantes, mas logo Christine chamou a sua atenção.

- Pipes, aconteceu um imprevisto... – Larry entrou no quarto com uma feição preocupada.

- O que foi?

- Meu pai me ligou dizendo que eu preciso ir a uma reunião agora no lugar dele, é urgente e importantíssima – explicou.

- Larry, o que a gente vai fazer com a Christine? – Piper perguntou, pois Larry passaria a tarde com a pequena em sua volta ao trabalho.

- Eu não sei, Pipes, a Taystee não pode ficar com ela?

- Não, Larry, a Taystee está participando de um projeto da faculdade fora da cidade, seus pais e os meus estão viajando, a Polly e o Pete estão no hospital...

- Eu quero ir para o hospital! – Christine se manifestou. Larry olhou para Piper.

- Não, eu não gosto que você fique no hospital, não dá certo e não é saudável... – Ela disse decidida.

- O que a gente vai fazer? – Larry perguntou. Piper abaixou o olhar para a menina que a olhava com os olhos azuis curiosos.

- Eu não sei – cochichou para Larry.

- Mamãe... – Christine puxou o tecido de sua camisa.

- O que, filha?

- Deixa eu ficar na casa da tia Al... – A menina sugeriu, com um sorrisinho no rosto.

Piper a olhou por alguns segundos e ficou pensativa, mas logo olhou para Larry que pareceu gostar da ideia.

- Nós não temos outra opção, Pipes. Você tem outra ideia? – Ele perguntou.

- Não... Na verdade... Não – balançou a cabeça.

- Você acha que ela poderia fazer isso pela gente? Eu seria eternamente grato – ele disse olhando para a tela do celular, apressado.

- Ok, Larry, vá se aprontar, eu vou falar com a Alex – sugeriu e ele lhe deu um beijo, deixando o quarto.

Piper odiava ter que fazer aquilo, logo naquele momento, mas decidiu ligar para a morena, Christine já estava super animada para passar a tarde com Alex, as duas não tinham muito contato, mas tinham uma conexão invejável.

- Piper? – A loira ouviu a voz surpresa de Alex do outro lado da linha.

- Hey, Al... Como você está? – Piper perguntou carinhosa, estava morrendo de saudades de Alex.

- Estou bem, e você? – Alex parecia calma, diferente da última vez em que as duas haviam se visto.

- Eu também... Al, me desculpa te ligar assim, mas é que eu preciso de um grande favor.

- O que foi, Pipes? Aconteceu alguma coisa? – A morena perguntou, preocupada.

- Bom, aconteceu. É que o Larry ia ficar com a Chris hoje a tarde e acabou que ele não vai mais poder e, surpreendentemente, não tem mais ninguém para ficar com ela. Então, acho que você já sabe o que eu quero pedir... – Falou sem graça.

- Piper, claro que eu posso ficar com a Chris, vai ser ótimo! – Alex falou animada.

- Sério? Eu não quero incomodar, Al...

- Piper, imagina, não é incômodo algum! Eu vou adorar, e ela também!

- Então, eu posso leva-la agora? Porque é realmente urgente...

- Claro que sim, estarei esperando!

- Muito obrigada, você está salvando a minha vida! E eu estou com saudades – falou baixinho, para Christine, que estava reunindo alguns brinquedos, não ouvir.

- Eu também – Alex respondeu no mesmo tom.

- Certo, daqui a alguns minutos, estarei aí!

As duas se despediram, com um leve estranhamento, e desligaram. Christine deu pulos de alegria quando Piper confirmou que a levaria, e logo as duas seguiram até o apartamento de Alex.

Chegando lá, diferente das duas adultas, Alex e Christine se cumprimentaram com euforia. A morena a segurou nos braços e recebeu vários abraços e beijinhos carinhosos. Piper observava as duas com um sorriso no rosto.

- Então, o que nós vamos fazer pela tarde? Eu não tenho o costume de lidar com crianças, então você precisa me dar algumas dicas! – Alex conversava com Christine enquanto se sentava no sofá com ela no colo.

- Eu trouxe um moonte de coisas, e a gente também pode assistir filmes! – Christine respondeu empolgada.

- Não deixe ela dizer o que vocês vão fazer, você vai se arrepender disso – Piper se pronunciou.

- Pipes, fique tranquila, nós iremos nos entender, não é? – Olhou para Christine que prontamente concordou.

- Okay, só espero encontrar as duas inteiras no fim do dia – Piper deu de ombros. Nicky apareceu na sala com uma feição curiosa. – Bom, agora eu tenho mais uma pessoa para me preocupar em encontrar inteira – Piper disse sorrindo.

Nicky olhou para Christine desconfiada, obviamente ela não era uma pessoa muito amigável com crianças. Christine lhe lançou o mesmo olhar, parecia até cena de filme. Alex e Piper se entreolharam e sorriram.

- Então... – Alex quebrou o silêncio. – Chris, essa é a Nicky, ela é minha amiga e nós moramos juntas aqui nesse apartamento. Pode falar com ela, ela só tem essa cara de brava mas é muito legal – dizia para a menina que ainda olhava para a loira de pé na sala.

- Vocês moram aqui juntas?

- Yep – Alex afirmou.

- Vocês são namoradas? – Christine perguntou na maior naturalidade possível. Piper quis se esconder no primeiro lugar que visse e Alex não pôde evitar em sorrir. Nicky balançou a cabeça em aprovação e se aproximou da menina.

- Você é uma criança esperta, gostei de você – Nicky, educadamente, estendeu a mão para cumprimentar Christine, que a olhou por um segundo e também estendeu a mão.

- Então vocês são mesmo namoradas?

- Christine...

- Não – Alex interrompeu Piper. – Nós não somos namoradas, somos só amigas que moram juntas.

- Isso é legal, eu queria morar com as minhas amigas – Christine concluiu e subiu o olhar para Alex.

- Bom, às vezes nós brigamos e nos desentendemos, mas na maioria do tempo, é muito legal – sorriu para Nicky e Christine.

- Bom, enquanto as mocinhas se entendem, eu preciso ir trabalhar – Piper anunciou. Alex e Christine se levantaram e foram se despedir da loira. Logicamente, Piper repassou uma série de recomendações à Christine, como sempre fazia, e foi se despedir de Alex, dando-lhe um abraço formal.

- Por favor, cuidado com o que vai falar na frente dela – falou rápido enquanto as duas se abraçavam.

Alex a segurou mais firme e respondeu. – Pode ficar tranquila que a sua filha não vai sair daqui sabendo que você tem um caso com uma prostituta – falou de modo brusco para a loira. Piper saiu do abraço e a olhou com reprovação.

- Cuide bem dela – foi a última coisa que disse antes de fazer um sinal de despedida para Nicky e sair.

Quando a porta se fechou, as três se entreolharam. Alex adorava Christine, mas ela não fazia a mínima ideia de como entreter uma criança. Nicky, muito menos.

- Então, o que você faz normalmente, Christine? – Nicky perguntou.

- Eu vou para a escola, ou para aulas de espanhol, ou natação – Chris respondeu e Nicky moveu a cabeça em afirmação, olhando para Alex.

- Bom, nós não temos nada próximo disso, apesar de que eu acho que a Alex tem umas roupas de profess...

- E você sabe falar espanhol, meu bem? – Alex interrompeu Nicky e voltou o olhar para Christine.

- Ainda não! Mas eu já aprendi muuuitas palavras!

- Certo, chica, o que você gosta de comer? – Nicky perguntou.

- A minha mãe mandou o meu lanche – ela disse se levantando do sofá e buscando a mochila que havia levado. Abriu e mostrou tudo a Alex e Nicky, muito interessadas na explicação de cada coisa que ela havia levado e fazia questão de falar o porquê.

- Então a sua mãe só mandou frutas e esse biscoito sem graça? – Nicky disse analisando as embalagens transparentes com uma careta.

- É o que eu como todos os dias – Christine confirmou.

- Que vida sem graça – Nicky disse jogando uma das vasilhas de lado.

- Nicky! – Alex chamou a sua atenção. – Eu aposto que tudo isso está delicioso, por isso que a Chris é tão linda e saudável – sorriu para a menina que sorriu de volta.

- A gente tem sorvete, você quer? – Nicky propôs e Alex a olhou revirando os olhos.

 - Nicky, nós não vamos dar nada a ela que a Piper não queira, ok?

- Eu quero sorvete! – Chris olhou para as duas e falou sem perder tempo.

- Chris...

- Por favor, tia Al, só um pouquinho! – Pediu com a carinha manhosa, Alex assustou-se com o quanto ela parecia com Piper.

 - É, tia Al, só um pouquinho – Nicky disse rindo, provocando-a.

Alex olhou para as duas com seu ar avaliativo. – Ok, mas só um pouquinho, e depois você vai ter que comer o que a sua mãe mandou, combinado?

- Combinado!

Nicky chamou por Christine que, de surpresa, segurou em sua mão. A loira olhou para a menina, depois olhou para Alex que sorria diante da cena, deu de ombros e seguiu com Christine para a cozinha.

Para quem não gostava de crianças, Nicky se envolveu bastante com as atividades que elas inventaram para passar o tempo. Tomaram sorvete e comeram pipoca assistindo ao show da Ariana Grande, que Christine adorava, jogaram Minecraft – na verdade, Christine jogou, Alex e Nicky apenas observaram, sem entender como ela conseguia fazer todas aquelas coisas – brincaram de jogos de adivinhação, até que a pequena teve uma ideia genial.

- Tia Al, eu posso fazer uma maquiagem em você? – Ela perguntou empolgada, como se tivesse feito uma enorme descoberta.

- Uma maquiagem? – Perguntou surpresa, enquanto Nicky gargalhava silenciosamente.

- É! Vai ficar bem bonita! – Animou-se.

- Tem certeza? Você já fez maquiagem em alguém?

- Sim, já fiz na mamãe, na tia Polly, na Taystee, até no papai!

- Então você já é quase uma profissional! – Nicky se intrometeu, encorajando a menina.

- Eu também posso fazer em você! – Ela sugeriu e Alex lhe mandou uma piscadela no mesmo instante.

- Certo... Mas primeiro nós precisamos ver como vai ficar na tia Al, depois pensamos na minha – sugeriu.

- Okay! Eu preciso das suas maquiagens, tia Al! – solicitou.

- Das minhas? Eu achei que você tivesse as suas... – Alex disse surpresa, aquilo tudo só ficava melhor.

- Eu esqueci as minhas, nós vamos ter que usar as suas, mas eu prometo que vai ficar bem linda! – Disse com seu sorrisinho bochechudo, Alex lhe deu um beijinho e foi buscar as maquiagens. Nicky ria de toda a situação, pois sabia que Alex era ciumenta com suas maquiagens, iria ser maravilhoso ver uma menina de seis anos manuseando tudo aquilo.

Quando voltou, as três se sentaram no chão e Alex espalhou as maquiagens pelo sofá. Os olhinhos de Chris brilharam ao ver tudo aquilo e ela começou a abrir tudo com curiosidade, mas logo parecia que já conhecia e sabia para que tudo aquilo servia.

- Eu vou fazer a maquiagem da Branca de Neve em você, tia Al.

- Uau, isso vai ficar incrível – Nicky se sentou perto das duas para observar de perto.

Primeiro, abriu meio sem jeito o pó compacto de Alex e passou o pincel no conteúdo, passando uma quantidade mais que generosa na pele clara de Vause, que ficou ainda mais branca do que era. Nicky, animada em dar dicas, ajudava Christine – o que não significava o mesmo para Alex – e a incentivava a soltar a imaginação.

- Você vai passar um batom bem vermelho nela, não vai? – Perguntou.

- Vou sim, vai ficar igualzinha à Branca de Neve – disse animada enquanto escolhi a sombra que iria usar em Alex.

- Eu acho que você deveria usar uma sombra de cada cor nos olhos dela, Chris – Nicky sugeriu, recebendo os olhares mais reprovativos possíveis de Alex.

- Boa ideia, tia Nicky!

- Opa – Nicky sorriu, colocando as mãos para cima – eu não sou sua tia, ok? Nós podemos ser amigas – falou séria.

- Tudo bem, nós podemos ser amigas – Christine respondeu sem ligar muito.

- Tia Al, eu vou usar uma sombra verde para ficar bem bonita nos seus olhos, tudo bem?

- Essa é uma ideia genial, Chris – Nicky respondeu antes da morena.

- O que você quiser, meu amor – Alex respondeu irônica, querendo matar Nicky.

Christine passou a sombra na pálpebra inteira de Alex, depois passou o batom vermelho e uma quantidade exagerada de blush. Nicky olhava tudo com um sorriso enorme no rosto e Alex se segurava para não xingá-la na frente de Christine.

- Ficou lindo, tia Al! – Chris disse quando terminou.

- Ficou mesmo? Eu posso ver? – Alex disse desconfiada.

- Pode sim – Chris pegou o espelho que Alex havia levado junto com as maquiagens.

Quando se viu, Alex teve vontade de rir para não chorar. O batom estava borrado, os olhos com sombra verde em cima e em baixo e o blush rosado parecendo que ela havia tomado bastante sol naquele dia.

- Ficou incrível, Chris – ela disse com um sorriso e Chris a abraçou.

- Agora vamos fazer a da Nicky, certo? – Alex disse ainda abraçada a ela, que concordou prontamente.

Chris decidiu que Nicky seria a princesa Elsa, o que também exigiria uma trança que ela se prontificou a fazer. Alex, é claro, também ajudou bastante nas dicas. Nicky ficou maravilhosa após as duas lutarem bastante para fazer uma trança em seus cabelos rebeldes. Christine decidiu que era importante que elas tirassem fotos, o que Alex e Nicky não puderam negar, com Alex convencendo a tirar as fotos de seu celular, não queria fotos dela no tablet da menina.

- Tia Al, eu estou com fome – Christine disse abraçando suas pernas. Ela tinha um carinho muito especial por Alex, o que era recíproco.

- Agora nós vamos comer o que a sua mamãe mandou, certo?

Chris fez uma careta.

- Não foi o que nós combinamos, meu bem? – Alex relembrou-a.

- Foi, mas eu queria comer outra coisa!

- Olha, nós não temos outra coisa aqui – mentiu. – Que tal se eu comer junto com você?

Christine assentiu.

Assim, as duas foram comer as frutas que Piper havia mandado. Christine recusou algumas vezes, mas acabou sendo convencida por Alex, que teve uma paciência surpreendente até mesmo para ela. Apesar da personalidade forte, Christine era obediente e sabia ouvir os comandos das pessoas mais velhas.

- Tia Al...

- Oi, meu bem – Alex respondeu enquanto as duas comiam e Chris deu uma risadinha.

- Sabia que a minha mamãe gosta muito de você?

Alex ficou um pouco nervosa, não queria entrar naquele assunto com a menina, mas estava curiosa.

- É mesmo? Por que você acha isso?

- Porque, todas as vezes que você liga para ela, ela sempre fica sorrindo, até quando está falando com você – disse sem olhar para Alex, pegando os pedacinhos de maçã da vasilha.

Alex sorriu naturalmente, ouvir aquilo daquela vozinha doce e infantil era reconfortante.

- Eu também gosto muito da sua mãe, ela é uma pessoa muito boa e especial para mim – revelou.

- Tia Al, você vai um dia lá na minha escola assistir a minha peça de novo?

- Claro que sim, quando você quiser – deu um beijinho na cabecinha da menina. Para ser sincera, Alex gostava muito de Christine, de uma forma pura e despretensiosa, desde o dia em que ela havia falado com ela no Central Park, antes de tudo acontecer. Christine era uma criança especial, ativa, questionadora e apaixonante e, por todos esses motivos, ela buscava não ter tanto contato com a menina. Ela não sabia aonde sua relação com Piper iria chegar, se chegaria a algum lugar, e preferia não criar um laço afetivo com a criança, para que nenhuma das duas sofresse caso o pior acontecesse.

Quando as duas terminaram, Alex percebeu que ela estava cansada e a chamou para deitar no sofá e assistir a algum desenho. Christine sugeriu que elas deitassem no tapete, e ali elas ficaram, enquanto Nicky deu um tempo para as duas, ficando no quarto. Após cerca de uma hora, as duas já haviam ficado em todas as posições, e acabou que Alex ficou deitada de bruços, lendo um livro, e Christine deitou na altura de sua cintura, também lendo um livro, com o qual Alex a ajudava caso aparecesse alguma palavra difícil.

Nicky anunciou que iria sair, deu um abraço apertado em Christine e a convidou para passar mais tardes com elas, o que animou muito a menina, que também a convidou para ir a sua escola. Ao sair, Nicky deu de cara com Piper no elevador.

- Nicky! Como está a minha garota? – Piper perguntou, curiosa.

- Qual das duas? – Brincou com a loira.

Piper revirou os olhos e sorriu, sarcástica.

- Bom, a tarde correu perfeitamente bem, e se ela disser que eu deixei ela comer pipoca e sorvete, é tudo mentira.

- Nicky! – Piper lhe deu um tapinha no ombro.

- Essa é a forma como eu lido com crianças, deixando elas conhecerem o lado bom da vida – falou tentando convencer Piper.

- Está certo... – Piper disse balançando a cabeça. – Abre a porta para mim, por favor?

Nicky prontamente atendeu ao seu pedido e abriu a porta, dizendo que já iria sair.

Piper sentiu o coração pular pela boca quando viu Alex e Christine deitadas no tapete, concentradíssimas em suas leituras. Queria deitar junto a elas e enchê-las de beijos. Nicky ficou no cantinho assistindo à cena, Piper ficou de pé alguns segundos até que as duas percebessem a sua presença.

- Mamãe! – Christine gritou e se levantou, correndo para abraça-la, Piper a pegou no colo e lhe abraçou, sentindo levemente o perfume de Alex. Quando a morena se levantou e olhou para ela, não conseguiu segurar a risada ao ver a maquiagem nada convencional em seu rosto.

- Quem fez essa maquiagem tão linda? – Disse indo dar um abraço em Alex, por pouco não lhe beijou, esquecendo da menina em seu colo.

- Eu! – Chris levantou o dedinho.

- Ficou linda, meu amor!

- A tia Al já é linda, agora ela está igualzinha à Branca de Neve – disse abraçando o pescoço de Piper.

- Sim, ela é linda – Piper concordou, olhando para Alex que sorriu sem graça.

- Linda é você, pequena – Alex deu um beijinho na bochecha de Christine, Piper sentia seu coração derreter.

- E então, vamos embora? – Piper perguntou.

- Eu quero ficar mais com a tia Al – Chris disse manhosa.

- Mas você já passou a tarde inteira com a tia Al...

Chris deu um gemidinho e enfiou o rostinho no pescoço de Piper.

- Ei, Chris, depois você pode voltar e nós iremos fazer todas aquelas brincadeiras que combinamos, lembra? – Alex disse passando a mão em suas costas.

Ela levantou a cabecinha e sorriu, concordando. Alex a pegou no colo e lhe deu um beijo na bochecha.

- Agora, vá pegar suas coisas, tudo bem? – Alex pediu e Chris concordou, indo juntar os brinquedos.

- Uau, não sabia que você mandava tão bem com os pequenos – Piper disse sorrindo.

- Eu me entendo com a Chris – Alex disse meio séria, Piper sabia que ela não estava bem.

- Nós precisamos conversar – Piper disse.

- Não, nós não precisamos – ela disse negando.

- Alex...

- É sério, Piper, não tem o que ser conversado, está tudo bem – disse olhando em seus olhos.

- Pronto, tia Al! – Chris se aproximou das duas com a mochila nas costas.

- Então nós podemos ir? – Piper perguntou.

- Siiim! O papai está em casa?

- Já está chegando, meu bem. Dê tchau para a tia Al.

Alex ajoelhou-se e Chris lhe deu um abraço apertado e demorado, a morena já estava com saudades. Quando levantou, Piper lhe deu outro abraço da mesma forma, dando um beijo camuflado perto de seu ouvido, sem deixar de pedir para que ela se cuidasse. Quando as duas foram embora, apesar do dia incrível que tivera ao lado de Christine, Alex se sentiu triste. Era como se tudo aquilo fossem pequenas amostras de felicidade que custavam muito caro para que ela pudesse comprar. No final do dia, ela estava sozinha com seus medos e angústias, e talvez aquilo fosse algo que nunca iria mudar. 


Notas Finais


Mais uma vez, eu quero pedir a paciência e compreensão de vocês. Para mim, qualquer comentário que vocês fazem aqui (ou pelo whatsapp), é importante. Todos são levados em consideração e eu acho muito importante o feedback de vocês, inclusive já adaptei ideias e opiniões para a história, mas, novamente, quero pedir paciência. Eu sei que o meu ritmo é um pouco mais lento comparado ao de outras autoras, mas acho que essa é a parte legal de ler diferentes histórias, que eu sei que a maioria aqui lê. Não se preocupem, tudo que tem que acontecer, vai acontecer, coisas boas e ruins, coisas muito ruins, muito boas... Eu tenho planos, essa fic é muito importante para mim e eu vou continuar a seguir os meus planos, espero que vocês continuem comigo, contribuindo, me alegrando e me ajudando com cada comentário :)


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