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História Nicotine - Bet


Escrita por: yluj

Notas do Autor


desculpem a demora mas aqui estou eu ;;; boa leitura

Capítulo 3 - Bet


Fanfic / Fanfiction Nicotine - Bet

Meu despertador toca às 6:15 da manhã de segunda-feira, me fazendo desejar mentalmente que eu estivesse morto. Me virei para o lado e tentei voltar a dormir, coisa que foi inútil, pois cinco minutos depois e lá estava aquele projeto de demônio tocando novamente.

Talvez minha mãe não venha me acordar hoje e me deixe aqui dormindo, pensei. Desliguei o celular, para que não corresse mais riscos de tocar novamente, e me aconcheguei melhor entre meus travesseiros para, enfim, voltar ao meu delicioso soninho.

— Jeongguk — ouvi a mulher me chamar, próxima da minha orelha. Jesus não está sendo bom comigo hoje. — É o primeiro dia de aula, garoto! Levanta dessa cama antes que eu o tire dela a força — o barulho de passos indicava que ela estava saindo do quarto, mas parou na porta — E não duvide disso.

Eu jamais duvidaria dessa mulher, que isso fique bem claro.

Levantei da cama, ainda com os olhos fechados, e fui me arrastando até o banheiro. O lado bom de sempre chegar bêbado em casa é que você acaba desenvolvendo alguma intuição louca, pela qual te faz sempre, em qualquer circunstância, saber exatamente para onde está indo; e eu nunca esbarrei em nada.

Não sou tão fracassado assim, afinal. Um pontinho positivo para Jeongguk!

Com a velocidade de um morto, coloquei o uniforme escolar, mandei uma breve mensagem de texto para Hoseok e fui em direção à porta.

— Tô’ indo — gritei para a minha mãe, que me respondeu “Tenha um bom dia!” de volta. Por que as mães não entendem que eu não vou ter bom dia nenhum estudando?

 

• • •

 

— Estou cansadíssimo dessa vida de presidiário sul-coreano — disse Hoseok, arrumando o material dentro da mochila, para trocarmos de sala.

— E eu estou cansado de qualquer vida que eu leve — respondi, enquanto caminhávamos no corredor, em direção à aula de História — Mas, pelo menos, com esse meu jeitinho maravilhoso todo trabalhado no sarcasmo, consigo fazer umas piadas ruins sobre isso.

Riu. — Se é pra tomar no cu, que seja com classe.

Mordi o lábio inferior, segurando a risada, quando um garoto esbarrou em mim.

— Desculpe — disse o desconhecido, olhando fixamente para mim. Ele me parece… familiar?

— Ah, sem problemas.

Continuei a andar, e olhei para trás, onde o de antes estava abrindo um dos armários e pegando um livro.

— Você conhece ele? — perguntei à Hoseok.

— Não faço a mínima ideia de quem era aquele indivíduo.

Entramos na sala da professora Kwon, e sentamos nas primeiras cadeiras da terceira e segunda fileira. Não que nós fossemos os maiores fãs da matéria, mas aqueles lugares eram próximos da porta, o que facilitava uma possível necessidade de fuga. Aprendam: sempre pensem nas possibilidades.

A demônia — nomeada com o sobrenome dito anteriormente — se levantou, indo ao centro da sala, para o início da tortura mental.

— Alunos — disse ela —, eu quero uma redação sobre o feminismo do século vinte e um; vulgo, o século atual, caso alguém aqui não tenha consciência disso. No mínimo quarenta e cinco linhas.

— Você quer que a gente escreva tudo isso somente sobre garotas que não se depilam e estão com falta de sexo, professora? — um garoto do meu lado perguntou, e eu juro que fui capaz de ver chamas saindo pelos olhos da mulher.

— Meu caro, se você acha que o feminismo se baseia nisso, apenas pude comprovar minhas opiniões sobre os jovens de hoje em dia: não têm nada além de vento na cabeça. Muita internet, muito celular, muito o que falar, mas nada para dizer. Para a sua redação, eu quero setenta linhas sobre o movimento feminista, e também, uma pequena conclusão sobre como os homens acham que podem ditar como as mulheres devem correr atrás de seus direitos — sorriu, satisfeita com essa patada fenomenal, que deixou Hoseok com a boca aberta — Mais alguma pergunta engraçadinha, alunos?

Silêncio.

— Fico feliz que eu tenha sido clara. E, espero, de todo o meu coração, que vocês, garotos, pensem duas vezes antes de falar algo sobre o que não conhecem. O feminismo é necessário e é um movimento incrível; não o julguem por conta de algumas extremistas. Precisamos dele em todos os lugares, ainda mais na Coréia do Sul que, como todos sabemos, não é um país muito bonzinho com as garotas.

Eu gostaria de ter algo para dizer ou opinar, mas eu estava muito ocupado encarando Hoseok, pensando: que mulher. Meu Deus.

O resto da aula seguiu calmamente, e eu estava prestes a dormir quando o sinal tocou, anunciando, finalmente, o intervalo.

Eu sou naturalmente escravo da comida, mas nada se compara a um Jung Hoseok faminto; ele saiu em disparada da sala, me deixando para trás. Um amigo e tanto.

Na entrada do refeitório, vi novamente o garoto que esbarrou em mim, e tenho a pequena impressão que ele estava me encarando ou sei lá. Entrei na fila, e após algumas pessoas, peguei minha comida e fui me sentar.

Na mesa, estavam Hoseok, Jimin e Namjoon. Éramos todos amigos, tirando o pequeno fato que eu tive um caso com o Park uns meses atrás, e as vezes, ele ainda me ligava quando bebia demais.

— Olha quem chegou — disse Namjoon — Sente-se, lindo.

— Com você falando desse jeito, eu me sento em todo lugar que você quiser — respondi, dando um sorrisinho malicioso, que foi retribuído pelo outro.

E, no meio da conversa, do outro lado do local, lá estava ele, me observando. Não que me incomodasse ou algo assim, mas eu nem conheço o cidadão; pelo menos, venha aqui e se apresente antes de sair por aí me dando essas olhadas fatais.

— Tem alguém te comendo com os olhos, Jeongguk — disse Jimin, com uma pontinha de ciúmes.

— Eu notei.

— Mais um para a concorrência? — gritou Hoseok — Porra, assim não dá!

Todos riram. — Você sabe que meu coração é só teu, meu amor — dei um beijo em sua bochecha — Amo você, viu?

— Vai começar a viadagem… — Jimin suspirou — Estou indo para a sala — e se retirou.

— Esses ataques de ciúme estão cada vez mais frequentes, hm? — perguntei aos outros.

— Você e Hoseok fazem isso desde sempre, então, eu não sei o real incômodo dele.

— Pois é… Enfim.

O silêncio se instalou ali por alguns minutos, o que me deu tempo suficiente para saborear direito a comida maravilhosa que eu tinha no prato.

Quando estávamos deixando o local, Hoseok me apertou levemente o braço.

— Eu tive uma brilhante ideia — disse, fazendo eu e Namjoon pensarmos exatamente a mesma coisa: lá vem merda.

— Diga. — respondemos.

— Vamos fazer uma aposta, eu e você, Jeongguk — sorriu — Sabe o garoto que estava te encarando? Então… Se você conseguir transar com ele em uma semana, eu te dou todos os meus mangás de Ao No Exorcist e um maço de cigarro.

Eu sabia que vinha merda.

— Uma boa proposta, caro Jung. Mas eu não o conheço, e duvido que ele queira o meu corpo nu em apenas sete dias.

Namjoon riu. — Eu adoraria ver a cara de choro do Hoseok por entregar os mangás pra você.

Concordei mentalmente.

Bom, talvez não fosse tão complicado assim.

— Tá’ bom então — respondi — Aposta feita.


Notas Finais


aviso::: o jeongguk lida com as coisas na base da piada mesmo viu por isso as piadinha ruim

~@yoongisf


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