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História Nictofilia - Risum


Escrita por: Earth_Gravity

Notas do Autor


~Olar
Sei, muito tarde, mas eu preciso atualizar e ver a reação de vocês ASHUASHUA
Altas referencias nesse cap, Hunters, quero ver vocês perceberem.

Capítulo 14 - Risum


Nictofilia

Capitulo 14 – Sorriso

Perto do fim da tarde, eles me deixaram sozinha com a minha tia. Provavelmente foram ajudar a preparar algo para o ritual.

 Sentei-me com ela na porta da nossa casa, olhando o céu em tons amarelados, laranjas e vermelhos, típicos do pôr do sol.

 Estava tudo tranquilo, podia ouvir alguns pássaros piando ao voar e o barulho que o vento fazia ao bater nas folhas das árvores. Minha tia tinha um sorriso cansado nos lábios e ela simplesmente olhava o nada, deveria estar lembrando de algo.

 Olhando-a, eu percebi algo. Se ela era uma caçadora, como eu nunca desconfiei?

 - Tia. – Chamei-a e ela me encarou. – A senhora ainda é uma caçadora?

 - Eu passei sim pelo ritual, porém, eu nunca exerci a profissão. – Deu-me um sorriso divertido.

 Sempre achei que ela fosse um pouco estranha, desde criança. Seu jeito, o modo de falar e das muitas vezes que ela ficava olhando o nada como fazia agora, me levavam a crer que ela escondia algo de mim. E escondeu muita coisa mesmo.

 - Eu não entendo a senhora. – Confessei sorrindo e jogando minha cabeça para frente, balançando-a negativamente.

 - Fui treinada e cheguei a ser considerada uma das melhores caçadoras da minha geração só pelo meu desempenho nos treinos, só que eu tenho um problema. – Ela diz e eu volto a encara-la. – Não consigo matar seres sobrenaturais.

 Abri a boca levemente, não fazia o mínimo sentido. - Por que? – Perguntei cautelosa, estava com medo dela ficar magoada ou algo parecido.

 - Eu amo um ser sobrenatural.

ΩΩΩΩ

 As palavras dela não saiam da minha mente, principalmente o sorriso que ela lançou para mim. Não havia magoa, raiva, nem tristeza, era um sorriso apaixonado. Seu rosto se iluminou e ela voltou a olhar o horizonte. Na hora, eu acabei vendo sua marca.

 Era um lírio negro atrás da orelha direita. Ele florescia majestosamente ali, apesar de ser simples, e tinha contornos lindos. Nunca tinha percebido a existência da marca, deve ser pelo fato da convivência, que é pouca devido ao trabalho dela.

 Já era de noite, e estávamos na casa de MinSoo, nem preciso dizer do drama que eu fiz para ir para lá. Mas como era necessário...

 Havia um círculo desenhado ali e dentro desse círculo, ainda haviam mais dois círculos menores e ao redor deles, runas antigas que eu não sei o que significam. E não eram pequenas, eram enormes! Pergunto-me como eles conseguiram escrever aquilo em um chão de terra.

 Minha tia me obrigou a usar o vestido que era para eu usar numa festa da empresa que eu deveria ir, mas não fui. Ele era todo preto e chegava acima dos meus joelhos. Na parte de cima, ele é todo revestido de pedraria preta e a saia é rodada, nem sei quanto custou, mas eu sei que é caro. Eu calcei uma sapatilha preta e coloquei a pulseira que ChanYeol me dera.

 Sentei-me no sofá da casa de MinSoo e fiquei pensando na minha vida até agora.

 Perseguida por uma entidade maior que quer me matar, um trio de anjos, dois demônios, uma hibrida e uma feiticeira como amigos. Já sou quase uma caçadora, já conversei com uma bola flutuante feira de aura pura. Órfã desde criança, isolada da sociedade por um demônio que agora é meu amigo e tudo isso em menos de vinte anos de vida. Eu realmente tenho uma vida diferente.

 - Ficar pensando demais não vai te ajudar. – BaekHyun aparece na sala.

 Já nem me assusto mais com suas aparições repentinas.

 - Sei disso. – Disse olhando para o tecido do meu vestido, que por sinal, é bem macio.

 Ele caminha até mim e senta no chão, encarando-me.

 - Está com medo? – Sua expressão foi de tranquilo para preocupado num instante.

 - Não. – Balancei a cabeça. – Só ansiosa.

 - Hana, eu realmente me importo com você, ok? – Disse pegando minhas mãos enquanto levantava e me puxava junto. – Não sei se mostrei corretamente, mas eu quero que você confie em mim. Sei que algo te aflige, mas você não quer contar a ninguém. Por favor, confie em mim só uma vez? – Suplicou me olhando nos olhos.

 Desviei o meu olhar e me soltei dele, apertando meus punhos. Nunca contei meus problemas para os outros para não se preocuparem demais ou então por causa da minha própria natureza. Respirei fundo, olhando-o de novo em seus olhos.

 - Hyuk apareceu em um sonho uma vez, já faz algum tempo.

 Ele abriu a boca, espantado, mas logo depois passou as mãos pelos cabelos, claramente nervoso. Andou de um lado para o outro, parecendo irritado. E aí vem a questão, eu é que deveria estar assim, não ele. Bom, vou deixa-lo se preocupar no meu lugar, eu só quero sair dessa floresta mesmo.

 - Vamos resolver isso depois. – Disse parando na minha frente, já calmo e com aquele sorriso brilhante. – Agora você precisa completar seu ritual. – E me puxou.

 Ele pegou o meu pulso e me guiou até o círculo, me jogando – literalmente – dentro daquilo. Parei bem no meio do círculo e olhei em volta, percebendo quase todo mundo envolvido naquele negócio de clã, transformação e etc. em volta. Minha tia também estava lá e me olhava com um sorriso no rosto, até o Hoseok estava me observando com aquele sorriso dele.

 Olhei para cima e vi a lua bem em cima de mim, com a sua luz focada especialmente a onde eu estava. Cobrindo todo o corpo redondo em que eu me encontrava. MinSoo se aproximou e então começou a recitar algumas palavras desconhecidas por mim.

 - Primus circulus, sapientia. – E a luz em minha volta se diminuiu até o círculo maior. – Secundo circuitu, humilitatem. – Diminuiu novamente, indo até o segundo círculo interno. – Tertio per virtutem. – E a luz se focou em mim.

 Meu braço começou a arder, institivamente, coloquei a mão no lugar e comecei a falar algo que eu nem mesmo havia pensado.

 - Promitto tuendos nunc amo. Sapientia et virtute humilitatis. Ex hodierna die sum Ichida qui habet potestatem noctis. – Meu braço doeu ainda mais e então olhei para o mesmo.

 Estava vermelho, mas aos poucos ia voltando a cor normal. Assim como as runas, eles estavam desaparecendo e a luz estava se dissipando. No final, só restava eu, parada com a mão no braço e olhando o chão.

 Eles foram se aproximando e eu olhei para o meu braço.

 Era uma meia lua preta e da sombra dela saiam pétalas de flores pequenas misturadas com flores pequeninas que se assemelhavam a flores de Sakura, também pretas.

 Eu estava encantada, era tão lindo! Dedilhei o desenho por inteiro, não acreditando naquilo.

 - Bem-vinda! – Hoseok fala para mim com aquele sorriso gigante dele.

~/~

 A jovem mulher encontrava-se encostada em uma das estantes da biblioteca, segurava uma carta. Já estava amarela devido ao tempo em que foi escrita, mas ainda assim, estava preservada. O selo estava aberto e ela segurava aquilo com força, relembrando-se dos momentos finais antes da entrega do documento.

 Era doloroso demais.

 Um buraco estava sendo aberto em seu peito.

 Ela sentia a falta dele tanto quanto ele sentia dela.

 O cheiro de fumaça adentrou suas narinas e imediatamente sorriu ao sentir os braços musculosos dele rodearem sua cintura, puxando-a delicadamente até encostar em seu peito. Encostou o queixo na curvatura de seu pescoço e pode sentir o cheiro dela.

 E como era viciante. Ela cheirava a lírios, o que era bem cômico diante do significado do seu nome: lírio negro.

 - W-o-n-S-i-k. – Soletrou cada letra do nome dele. – O que te trás aqui? – Falou com tédio falso na voz. Ele gargalhou e então fechou os olhos, sem responde-la.

 Ela revirou os olhos e colocou suas mãos sobre as dele, que se encontravam em sua cintura.

 - Ou eu devo te chamar de Ravi, Rei do Tártaro? – Sorriu sarcasticamente.

 Ravi revirou os olhos e então tirou sua cabeça dali, girando-a até encara-la nos olhos.

 - Sayuri, por favor, sem sarcasmo de madrugada. – Disse demonstrando tédio.

 Mas ela esboçou um sorriso e o abraçou, prendendo fortemente os seus braços entorno do pescoço dele. Não queria solta-lo por nada, seu coração doía por não poder ficar perto dele sempre e demonstrar o quanto o amava. Infelizmente, as situação em que se encontravam em suas vidas não lhe permitiam tal ato.

 - Só você mesmo para aparecer a essa hora. – Murmurou sorrindo. – Por que apareceu?

 Ravi se contentava em retribuir o abraço dela a alisar suas costas em forma de carinho. Podia ser o demônio mais tenebroso o possível, mas era só estar com ela que toda aquela face séria desaparecia e seu verdadeiro eu aparecia. Sua fraqueza era ela, seu porto seguro era ela, tudo se resumia a ela.

 - Estava com saudade. – Murmurou também, agora, sentindo o perfume que emanava dos seus cabelos negros. – Jagiya. – Sussurrou e então o aperto aumentou.

 A verdade, era que ele estava ficando louco sem ela. Saudades de seus toques, da voz harmoniosa, do seu cheiro de flores característico, da sua risada tímida, dos olhos escuros brilhantes e tristes. Ele sentia falta de ficar deitado com ela num campo verde e conversando sobre besteiras, de como tinha sido o dia dela no trabalho ou então de como Hana estava se saindo na escola.

 Eles formavam o casal perfeito, isso não ninguém podia negar, porém havia um problema.

 Wonsik nada mais era do que o líder dos demônios e Sayuri a pessoa que caçava demônios. Não existe nada mais contraditório do que isso. Para mantê-la em segurança, decidiu deixa-la distante de sua vida, mas não adiantou muito. Um mês depois ele apareceu para ela, novamente. E eles se encontravam quando podiam, a última vez tinha sido a um mês.

 A caçadora negava-se a matar qualquer ser sobrenatural desde que conhecera Ravi, desde então, ela tinha desistido por ele, pois a culpa a corroía. De certa forma, não se sentia mal sabendo que não matava mais criaturas como ele, porque ela sabia muito bem como Ravi se sentia.

 E então eles sumiram, reaparecendo no quarto dela. Ele puxou-a até a cama e a fez deitar em seu peito, abraçando-a com o braço livre. Ele não precisava de mais nada, só precisava saber que ela ainda estava viva e estava em seus braços. Somente isso.

ΩΩΩΩ

 - É sério isso? – Namjoon perguntava incrédulo quanto a fala de BaekHyun.

 Acontece que, após o ritual, os anjos, Loretta e ChanYeol foram para a casa do platinado, pois BaekHyun tinha algo de importante para falar para eles. E foi justamente o que Hana lhe dissera. O primeiro estágio foi a negação e o segundo foi preocupação. Já ChanYeol já estava com raiva desde o primeiro estágio.

 - Eu estou preocupado com ela. – JongIn fala olhando para seus pés. – Ela esconde mais coisas, só que não quer nos contar.

 - Não é só isso. – Loretta opina sentada na cadeira na cozinha. – Hyuk está mais perto do que imaginamos, é só uma questão de tempo até ele começar a agir de alguma forma mais direta.

 - Precisamos treina-la o mais rápido o possível. – SuHo fala decidido. – Loretta, você é a mais indicada para isso.

 - Você treinou as melhores caçadoras da sua geração. – ChanYeol lembra-se das garotas que conhecera e o que Loretta fez com elas. – Pode fazer com a Hana também?

 A hibrida assentiu e então Namjoon lembra-se dos nomes.

 - Você treinou, Melissa, Samantha, Natasha, Elizabeth e MinSoo, estou certo? – Ele pergunta com a mão no queixo e ela assente. – Além do JungKook.

 - Ele foi o único menino que eu treinei. – Ela ri e volta a sua atenção ao teto.

 Assim como os outros, imersos em seus pensamentos. BaekHyun pergunta a Namjoon se poderia assistir televisão e ele deixa, se esquecendo de um pequeno detalhe.

 O inocente anjo liga a televisão e nela, se passa uma cena bem esquisita ao ver dele. Por pura intervenção divina, o albino tinha deixado o vídeo sem som.

 - Por que o cara da pizza bate na babá? – Ele perguntou virando-se e olhando Namjoon, que arregala os olhos e usa seus poderes de levitação para arrancar o cabo da tomada. E assim pode respirar aliviado.

 Loretta arregala os olhos e começa a gargalhar, assim como o ruivo. Os outros parecem não entender o motivo da risada e nem o rosto vermelho de Namjoon.

 ‘É hoje que eu realmente morro por mostrar pornografia para um anjo.’ Bateu a mão contra a testa e permitiu-se bagunçar os cabelos ainda mais nervosamente.

 - Amigo, impune você não sai disso. – ChanYeol dá tapinhas nas costas do amigo. – Você já está na lista negra.

 - E eu achando que você não se ferra mais. – Loretta limpa uma lágrima do canto do olho. – Me enganei.

 - Cuidado com os raios. – ChanYeol cantarolou e olhou para a grega, que retribuiu o olhar e voltaram a gargalhar a ponto de sua barriga doer.

 JongIn e Junmyeon se olham e não entendem nada, por fim, olham para o outro mais confuso que eles.

 - Vocês ainda não me responderam! – Ele exclama irritado.

 Mas não obtém respostas, só gargalhadas histéricas dos dois indivíduos ali.  

ΩΩΩΩ

 Ao longe, uma figura os observa séria, porém, um sorriso logo surge em seus lábios quando vê sua presa ali. Ele estrala sua língua no céu da boca, sorrindo abertamente ao ver Loretta Averoff gargalhando a ponto de cair da cadeira que estava sentada.

 - Te achei. – Fala divertido.

 Os galhos atrapalhavam os outros de acha-lo e isso era perfeito. A janela da cozinha dava uma visão perfeita do interior da cabana e ali ele pode ver a onde estava se metendo.

 Ele ajeita os óculos redondos que usa e começa a caminhar numa direção contrária a casa, passando os dedos por entre os fios vermelhos de seu cabelo, após isso, coloca as mãos nos bolsos do seu casaco e some, deixando somente seus rastros pelo lugar.

 Mas antes de sumir, ninguém pode contemplar o sorriso altamente amedrontador que surgira em seus lábios carnudos.

 Ah, o sorriso. Sua principal marca.

 O sorriso que é um dos piores pesadelos de Loretta.


Notas Finais


Tradução:
Hana: Daqui em diante eu prometo proteger aqueles que eu amo. Com sabedoria, humildade e com coragem.
A partir de hoje, eu sou uma Ichida, aqueles que têm o poder sobre a noite.

MinSoo: Primeiro círculo, a sabedoria
Segundo círculo, a humildade
Terceiro círculo, a coragem
(Desculpa gente, mas foi o que a minha imaginação pode criar)

SIM, O CRUSH DA SAYURI É O RAVI!
Tharan :)
Confesso que eu fiquei me roendo para escrever essa cena logo
NAMJOON SEU FAFADO (Como já dizia minha miga Lara) QUE COISA FEIA!
Hunters, essa foi para vocês ashuash
Eis a pergunta do século: 'Por que o cara da pizza bate na babá?' ~Sexta feira no globo repórter -q
Quem adivinhar o ruivo do final ganha um doce :)
No próximo provavelmente teremos tretas e mais tretas por que se eu fosse pacifica, eu seria um oceano u.u
Peguntinha, querem mais momentos Loretta X Namjoon ou Loretta X SuHo? Aproveitem que eu tô boazinha :)
~Bye


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