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História Nictofilia - Risum


Escrita por: Earth_Gravity

Notas do Autor


Oies
Tudo bem com vocês? Rsrs
Boa leitura hashus

Capítulo 18 - Risum


Nictofilia

Capítulo 18 Risada

O pior das pessoas é quando elas tramam pelas nossas costas e depois aparecem na nossa frente como se nada tivesse acontecido. E para piorar mais ainda, quando essa pessoa volta, traz consigo algo que irá que lhe fazer mal futuramente ou rapidamente.

Eles me arrastavam a força até a floresta, mesmo eu sendo forte, não chegava aos pés de dois anjos. Eu me debatia, pedia para eles me soltarem, entretanto, não adiantava. De acordo com BaekHyun, Loretta tinha deixado a minha segurança por conta Junmyeon, este, entusiasmado, acabou tendo a brilhante ideia de acamparmos. Detalhe, na parte "negra" da floresta.

Tudo bem que acampar é legal, mas por quê justo nessa parte?

Chegando lá, tinham seis barracas já montadas e o outro anjo nos esperando. Eles me soltaram e fomos andando até Junmyeon, que sorria como se tivesse ganhado na loteria de tão grande que seu sorriso era. Parei na sua frente, esboçando um sorriso de desgosto.

– Não tenho escapatória mesmo né? – Não recebi resposta alguma e caminhamos até as barracas.

Pude ver MinSoo e Hoseok conversando normalmente, JongDae e Minseok estavam afastados, conversando sentados debaixo da sombra de uma árvore. Sentei ao lado de MinSoo e encostei minha cabeça no ombro dela, fechando os olhos. Ela nem estranhou e continuou conversando com o ser iluminado ao seu lado.

– Hana! – Ouvi a voz do BaekHyun me chamando. Abri meus olhos e o observei colocar a minha bolsa em uma barraca, a primeira da esquerda para a direita. – Sua barraca vai ser essa. – Assenti e voltei a fazer o que estava fazendo, quase dormindo, afinal, ainda eram sete horas da manhã.

– Quer dormir dentro da barraca? – MinSoo me perguntou ao quase me ver babando no ombro dela, pois estava quase babando em seu ombro. Assenti levemente, sem abrir os olhos. – Não tem problema, pode dormir lá dentro.

Levantei e caminhei até a barraca, o que não me custou muito tempo. Abri o zíper e lá dentro estava um cobertor, travesseiro e minha mochila. Entrei, já tirando meus sapatos e os colocando ao lado da "porta", fechei a abertura e me enfiei debaixo do cobertor, repousando minha cabeça no travesseiro. Respirei aliviada e dormi.

[…]

Acordei perto das nove da manhã, já conformada do meu destino trágico, porém com um pouco de mal humor. Quando eu saí, não vi os dois lobisomens, nem mesmo o cheiro deles — que digamos que seja bem forte e característico — somente encontrei o trio de anjos, MinSoo e Hoseok. Andei até eles e parei ao lado de JongIn, que parecia estar em outro mundo, pois olhava a copa das árvores completamente distraído.

– Então, o que planejaram para hoje? – Perguntei aleatoriamente, vendo olhares confusos estampados em seus rostos. – Ou vão me dizer que só me arrastaram para cá por pura bobeira? – Arqueei uma sobrancelha, rezando para isso não ser verdade.

– Ah sim. – Junmyeon exclama. – Vamos nos concentrar primeiro no almoço. Umas três pessoas serão responsáveis por pescar os peixes num lago próximo enquanto outras vão procurar alguma fruta na floresta. Depois de uma ou duas horas, voltem para cá e então o almoço será feito e teremos o resto da tarde livre.

– Quem vai pescar? – Hoseok perguntou.

– Eu, BaekHyun e JongIn. Você, MinSoo e Hana vão procurar as frutas. – Junmyeon respondeu.

Logo, todos foram fazer as tarefas a qual foram dadas. Nós três fomos em uma direção diferente da de BaekHyun e os outros. De acordo com a mais velha, há um pomar com frutas doces naquela floresta, mas ficava um pouco longe do lugar a onde estávamos.

Pegamos uma trilha longa, cheia de árvores verdes. Depois de um bom tempo, só verde e marrom, já estava ficando enjoada dessas cores.

– É nessas horas que eu sinto falta dos poderes da Loretta. – Digo retoricamente. Não que eu esteja cansada, só estava ficando chato caminhar tanto e ver sempre as mesmas coisas. E se já não bastasse isso, o silêncio também insistia em persistir entre nós, me fazendo querer entrar dentro de um buraco e não sair de lá. – Eu não estou cansada, só com tédio. – Justifiquei.

– Achei que só eu estava nessa situação. – Hoseok fala atrás de mim. Não podia ver seu rosto, mas tenho quase certeza que ele estava sorrindo.

– Se acalmem, crianças, já estamos perto. – MinSoo, que ia na frente segurando uma cesta bem bonita, aquelas bem enfeitada e bem feitas, disse com certo divertimento na voz.

Em certos momentos eu esquecia que ela é bem mais velha que eu, mais de cinco anos de diferença. Mas seu rosto fofinho e de adolescente me faziam esquecer desse pequeno detalhe. Parecia que ela tinha parado no tempo!

Sou tirada dos meus pensamentos por um grito de alegria de Hoseok.

– Finalmente! – Gritou atrás de mim. Dei um pequeno pulo pelo susto que ele me causou e a outra riu.

Olhei para frente e pude perceber as maçãs vermelhas que tanto a MinSoo falava. São grandes e com uma coloração muito bonita. Sacudi a cabeça, pois já estava ficando com fome só de olhar para a fruta.

A bruxa andou por entre eles e começava a encher a cesta. Eu e o Jung íamos atrás ajudando-a a recolher. Quando a cesta já estava cheia, paramos e sorrimos aliviados.

– Acho que já temos o suficiente, vamos voltar. – Ela falou e assentimos.

Na volta, eu olhava todas aquelas frutas, me lembrando que eu não comi nada de manhã e que meu estômago já reclamava por falta e alimento. Parei embaixo de uma enorme macieira e olhei para uma maçã que aparentava ser bem doce. Passei a língua nos lábios, com o estômago já roncando e a boca salivando. Tentei pegar a fruta, mas era alto demais para alguém com 1,74 de altura e eu não estava com forças para pular tão alto como eu pularia se estivesse alimentada e cheia de energia. Foi aí que eu senti uma presença atrás de mim. Eu sabia que era o Hoseok, afinal, só tinha ele de homem ali.

– Aqui. – Entregou-me a maçã.

Eu peguei e dei uma mordida generosa na fruta.

– Obrigado, eu acho. – Respondi quando começamos a caminhar novamente.

– De nada. – Respondeu simplista e encarou o caminho a frente. Voltei a me concentrar no alimento na minha mão, eu estava morrendo de fome. – Hana, cadê a MinSoo? – Falou preocupado.

Engoli o pedaço que estava na minha boca e olhei na mesma direção que ele. MinSoo não estava lá e o caminho continuava verde e confuso. Suspirei profundamente, querendo sumir dali.

– Então, acho que nós perdemos dela. – Falei o óbvio.

Permanecemos parados no meio do caminho, silenciosos e indignados.

– Você sabe o caminho? – Perguntou-me. Olhei-o profundamente, com a melhor expressão de "me desculpe" que eu tinha.

– Não exatamente, mas posso tentar achar o acampamento. – Ele deu ombros e assentiu.

Seguimos em linha reta até determinado ponto, que eu me lembrava que tínhamos virado a esquerda, então, seguimos esse caminho. Mesmo minha memória sendo boa, as trilhas se pareciam muito, o que confundia a minha mente. Por isso, eu acabei me orientando pelo cheiro que ficara gravado na minha memória, apesar de quase ser igual também, entretanto, se eu me concentrasse, conseguiria distinguir.

Em meio aos meus pensamentos confusos, uma rápida recordação fez-se presente. O trio de demônios disse que iria ao inferno, mas eles não disseram o que iriam fazer lá, o que me preocupa. Talvez fosse só paranoia minha, por ser justamente o "inferno" – como eles próprios disseram – e as más coisas que as pessoas falam sobre lá.

Ouço estralar de dedos e balanço minha cabeça de um lado para o outro, prestando atenção no mundo a minha volta.

– Hana, está tudo bem? – Ele me pergunta e balanço a cabeça positivamente.

– Eu só estava pensando, nada demais. – Sorri torto e olhei a onde estávamos. Não tinha nada de familiar ali, o que já me preocupava inicialmente. – Hoseok, acho que estamos perdidos.

[…]

Depois de trinta minutos perambulando sem rumo naquela floresta, finalmente consegui achar um ponto referencial. O que na verdade, era o cheiro inconfundível de loção de lavanda de Byun BaekHyun. Eles ainda estavam no lago, pescando, e quando nos viram, BaekHyun foi o primeiro a vir correndo até mim.

– Hana, Hana, Hana! – Exclamou sorridente. Ele carregava um peixe enorme em suas mãos e balançava a frente do meu rosto. – Olha o que eu peguei. – Levou o peixe para frente, quase batendo na minha cara.

Por sorte, desviei e dei dois passos para o lado. Se tem uma coisa que eu não gosto é de cheiro de peixe, é bem enjoado.

– É bem... Grande. – Olhei o peixe detalhadamente. Sendo sincera, não sabia que espécie de peixe era aquela, só sabia que era feia. Mas se eu falasse isso, destruiria a felicidade daquela criatura iluminada e feliz que é o Byun, então achei melhor falar o óbvio.

Deixo a tarefa de destruir a felicidade dos outros para a Loretta ou ChanYeol, eles sim sabem fazer isso muito bem.

– Cadê a MinSoo? – JongIn perguntou vindo até nós.

– Nos perdemos dela, estávamos rodando esse lugar por quase meia hora atrás do acampamento, mas não achamos. – Hoseok explicou no meu lugar, dando de ombros.

Os dois riram, mas pararam assim que ouviram a voz de Junmyeon.

– Então vamos juntos, já estamos voltando. – Ele disse calmo, segurando um balde cheio de peixe.

Assentimos e passamos a caminhar pelo mato, de novo. Os cinco minutos que levava do lago até o acampamento, serviram como fonte de brincadeira de BaekHuyn e seu novo amiguinho. Parece que ele percebeu que eu não gostava muito de peixe cru e ficava quase toda hora colocando aquilo na minha cara ou fazendo menção que iria jogar em mim. Enquanto JongIn e Hoseok só riam da minha situação e não faziam nada para ajudar.

Sinceramente, odeio acampamentos.

Quando chegamos, MinSoo tinha um sorriso no rosto, o que me leva a crer que ela mal ficou preocupada conosco.

– Eu acho incrível a sua preocupação com a gente. – Digo sarcástica sentando ao seu lado.

– Não seja dramática, Loretta também não pega leve com você. Isso foi até leve. – Ri com as mãos na boca. Reviro os olhos e cruzo os braços. – Nem fique com essa cara, eu sei muito bem que você sabia como voltar para cá.

– Para mim, era só "verde, verde, pedra, esquilo, verde", por que eu só via isso. – Resmunguei.

– E o Hoseok? – Perguntou rindo.

– Ficou com medo do esquilo. – Respondi abrindo um sorriso.

Pude ouvir ele protestar mais ao longe, depois seus passos apressados até nós.

– Fique sabendo que eu achei que o esquilo fosse um vampiro ou qualquer outro ser sobrenatural que fosse fazer mal a nós. – Retrucou cruzando os braços e fazendo-se de ofendido.

– Ah é? Não foi isso o que eu vi.

 

Minutos atrás

Fiquei olhando para o mato, tentando me lembrar de algum ponto referencial, mas tudo o via era: verde, mato, pedra, tronco caído, mais um pouquinho de mato e folhas verdes escuras. O menino vinha cantarolando alguma música na qual eu desconheço, descontraído e feliz — até demais pro meu gosto.

Um barulho estranho soou na nossa direita, como o estralar de um galho de árvore. E logo depois desse barulho, veio um grito agudo — que sinceramente, eu achei que fosse de uma menina. Olhei para trás e me deparo com a melhor cena do ano.

Jung Hoseok com careta, braços próximos ao corpo e uma perna levantada olhando para um esquilo.

Sim, um esquilo.

Eu comecei a rir e ele se desesperou, começando a balançar as mãos a frente do corpo.

– Não é o que você está pensando! – Quase gritou, mas se conteve.

Eu balancei a cabeça negativamente, voltando a andar e deixando-o com o esquilo assassino.

Agora

– Ele realmente ficou com medo do esquilo? – MinSoo perguntou em meio as risadas.

Assenti e olhei para o rosto corado do Jung, que estava sentado ao meu lado e com um bico enorme na boca.

– Aish! – Resmungou baixo. – Eu fiquei com medo sim, mas foi por causa do barulho!

– Ah sim, então o esquilo demoníaco não tem nenhuma parcela de culpa no seu susto repentino? – Alfinetei e ele me olhou feio. Então decidi continuar. – Ele vai roer seus pés com os dentinhos dele e depois te assombrar com aquela aparência feia e horrenda. – Gesticulei com as mãos para dar ênfase a minha fala, mas parece que isso não agradou muito ao meu amigo, por que ele começou a me puxar para perto dele.

Desvencilhei-me de si e comecei a correr para mais longe dali, rindo e verificando se Hoseok já estava perto. No final, nem adiantou muito por que eu tropecei nas raízes das árvores e cai de joelhos na terra, ainda rindo para esquecer a dor. O moreno me alcançou rápido e foi aí que eu levantei, me preparando para correr de novo. Entretanto, ele me pegou pela cintura, impedindo assim, a minha fuga.

– Me solta! – Gritei tentando usar a minha força para me soltar, só que em vão. Eu estava tão inebriada pela risada que não estava conseguindo.

– Retire o que disse! – Fez cócegas na minha cintura e eu me debati mais.

– Ok, ok, eu retiro o que eu disse. – Cedi e ele me soltou.

Minhas pernas estavam bambas e com dificuldades para respirar.

– Por que toda a vez que eu faço algo com você, você reage como fosse morrer? – Ele ri do meu estado e me ajuda a ficar em pé normalmente.

Hoseok me segura pelos braços e coloca um sobre seus ombros, assim, consigo estabilidade suficiente para andar.

– Não tive uma infância normal, aí acontece isso. – Digo respirando pesadamente. – Coisas como rir desse jeito, levar algum susto ou qualquer outra coisa assim são pesadas demais para mim.

– Vou me lembrar disso quando for fazer cócegas em você.

°•°•°

As estrelas estavam brilhantes e belas à noite, a lua estava cheia e o local ao nosso redor silencioso. Nada podia estragar algo tão belo como esse tipo de noite. Estava tão perfeita.

Por não conseguir dormir, acabei optando por ficar observando a lua. Não ia surtir efeito em nada, já que eu podia ficar dias sem dormir, uma noite não ia fazer mal.

– Não consegue dormir? – Ouvi a voz dele atrás de mim, nem me assustei, somente assenti e voltei a olhar o céu.

– Não gosto dessa floresta, me dá arrepios. – Falo sem olha-lo.

Hoseok senta ao meu lado e fica na mesma posição que eu. Com as pernas cruzadas e os braços sobre elas.

– Ah! – Exclama. – Então eu vou ficar fazendo companhia a você. – Viro meu rosto e o encontro sorrindo.

Dei ombros e fiquei em silêncio. Não se passou um minuto e ele abriu a boca de novo.

– Essa é a sua marca? – Perguntou. Encaro o meu braço e vejo o desenho ali.

– Sim. – Mexo o braço da marca.

– É bonita. – Ele sorri.

– Obrigado.

Um silêncio estranho ficou entre nós, agora eu estava incomodada por causa dele. Por que é sempre ele que torna tudo estranho?

– Desculpe. – Ele ri, atraindo a minha atenção. – Eu sei que eu estrago algumas coisas às vezes. – Dou-lhe um sorriso fraco e volto o meu olhar para as mãos.

Os pensamentos ficaram indo e vindo, completamente diferentes uns dos outros, mas foi o suficiente para eu me perder neles. Tanto, que só consegui sair deles quando senti um peso no meu ombro.

Hoseok tinha pegado no sono.

Eu ri e voltei a observar o céu.


Notas Finais


Esquilos são amigos, repitam, esquilos são amigos, assim como peixes heuhe
Nunca estraguem a felicidade de Byun BaekHyun, ela é muito preciosa

Gostaram das interações Hower? (que nome de ship maravilhoso não?)
São pequenas, mas significativas, por isso eu gosto tanto de escrever
Sobre a One shot deles, já está feita, com capa e tudo o que eles têm direito, só estou com medo de postar mesmo ashuas
Vai que ninguém leia >.<
Essa One Shot, na verdade vai ser um Spin Off, tipo, numa realidade alternativa, a onde eles se crusham, mas dentro da temática Caçador da Noite × Caçador da Luz
I próximo Spin Off será com quem?
Loretta e Namjoon
Loretta e SuHo
MinSoo e JongDae
Ou Hana e Leo?

Enfim, espero que tenham gostado <3


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