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História Nictofilia - Quaestiones


Escrita por: Earth_Gravity

Notas do Autor


Surpresinha no final, huehue
Quaestiones - Problemas em latim

Capítulo 4 - Quaestiones


Nictofilia

Capitulo 4 - Problemas

 ChanYeol?

 Tudo de ruim que acontece na minha vida é culpa dele agora? Quando eu quase morri e agora isso também? Olhei para as minhas mãos incrédula.

 — Como assim?

 — Tecnicamente, com ele colado em você, naquele modo dele e tudo mais, ChanYeol mandava uma espécie de aura negra e obscura que afastava todos de você. — Disse enquanto observava o arranjo floral da mesa em que estávamos.

 — Mas por que ele faria isso?

 Fiquei com dor de cabeça. Meus dedos foram ao encontro dos meus cabelos e o puxaram levemente para trás.

 — Isso aí ele responde. — Sorriu, e apontou para o meu lado, onde um ruivo tinha uma cara nada agradável.

 Olhei-o, com um pouco de raiva. As outras pessoas pareciam passar por ele e não o notavam. Loretta estava se divertindo com aquilo. Eu realmente não a entendia, parecia que queria me ajudar, mas ainda assim, me levava para um caminho completamente diferente e perigoso.

 Podia sentir o miasma se acumulando ao redor dele.

 — Aqui não... — Sussurrei para ele ouvir.

 ChanYeol pareceu se tocar e voltar ao normal.

 Ele tocou no meu ombro e num piscar de olhos, estávamos em uma clareira em algum lugar do bosque.

 Se não fosse pelo ruivo, eu tinha tido uma bela queda. Eu estava sentada, mas ele segurou os meus braços, me puxando para cima. Assim eu evitei um belo tombo. Estávamos perto demais, podia sentir a sua respiração no topo da minha cabeça, já que eu era bem mais baixa do que ele.

 Ele se separou rapidamente, dando as costas para mim e andando até uma árvore, bagunçando os cabelos impacientemente. O engraçado é que essa deveria ser a minha reação.

 — Será que agora dá pra me explicar? — Perguntei cruzando os braços.

 Ele parou por um instante e pude ouvir sua risada sarcástica, ainda de costas.

 — O que quer saber? Você já sabe que toda as desgraças que acontecem com a sua vida são minha culpa. — Disse sarcástico.

 — Quero saber o motivo. Por que tudo isso? Já está começando a me irritar. — Reclamei impaciente.

 Ainda estava buscando entender tudo. Minha mente deu um nó imenso, nenhuma das hipóteses que eu pensava se encaixava, nada fazia mais sentido e ouso dizer que a culpa é do ChanYeol, afinal, parece que tudo que envolve minha pessoa, ele está ligado.

 — O motivo? — Ele virou, andando apressadamente na minha direção.

 Pisquei os olhos e ele apareceu na minha frente, já segurando meus pulsos e me levando para uma árvore. Minhas costas bateram no tronco dela e soltei um gemido de dor. Olhei em seus olhos, havia um brilho diferente neles. Meu peito descia e subia rapidamente, nossas respirações mesclavam-se.

 — O motivo... — Ele murmurou no meu ouvido, me causando arrepios. — É que simplesmente eu não aguento compartilhar o que é meu com os outros. Sempre fui ruim nesse ponto. — Não precisava olhar para ver que ele estava sorrindo daquele jeito irritante.

 Digamos que meu celebro deu um 'bug'. Eu não sabia o que pensar, muito menos no que dizer. Um misto de sensações invadiu-me. Dúvida, vergonha, algo que eu não sei definir e medo.

 Medo do que aconteceria daqui para frente, medo do ChanYeol, medo dessas sensações. Medo de que eu também sentisse algo. Nunca tinha gostado de alguém antes, e se ele só estivesse brincando comigo?

 O ruivo puxou meu queixo para cima e se curvou, me beijando com certa urgência. Apenas me deixei levar, já não sabia o que eu fazia, meu corpo começou a agir sozinho. Suas mãos foram parar na minha cintura, colando nossos corpos ainda mais.

 Eu estava em êxtase, entorpecida. Nunca havia beijando ninguém antes, então somente deixava ele me conduzir. Meu corpo formigava com a adrenalina, meu coração pulsava o sangue de uma forma mais violenta, chegando quase a doer.

 O ar foi me faltando, percebendo isso, ChanYeol separou-se de mim, mas antes mordeu meu lábio inferior e puxou um pouco.

 Olhei em seus olhos, com ele ainda segurando a minha cintura, havia um brilho vermelho neles. Ele engolia seco de segundo em segundo, sua respiração estava mais rápida.

 Voltou a me beijar, só que de um jeito mais lento. Ele levou uma das mãos ao meu rosto, fiz o mesmo. Aproveitei aquele momento, deixei-me levar pela sensação incrível de ser beijada daquele jeito.

 Agora eu realmente não sei o que eu sinto por Park ChanYeol.

°•°•°

 — Você é louca! — O ruivo gritou quando chegamos em casa.

 Loretta estava sentada no sofá, sorrindo. Eu ainda não estava 100% bem, era muita coisa para um dia só. Minha cabeça estava doendo e um estranho incômodo preenchia-me, junto com as náuseas. ChanYeol não falou comigo depois do beijo, parecia que ele queria esquecer, confesso que isso me incomodou.

 — Se fosse pra eu ser pacífica eu seria um oceano. — Retrucou. — Agora eu vou levar a Hana pra descansar, ela tá passando mal. — Ela levantou do sofá, vindo em minha direção.

 Estava me matando pra me manter de pé, olhava para baixo e com a mão na barriga. Eu realmente não estava bem.

 — Você não toca mais nela, nem falará com ela. Cansei de dividir ela com você. — Colocou o braço na frente do meu corpo.

 Confesso que a partir do momento que ele começou a falar eu não estava bem. Fechei os olhos lentamente e perdi a força. Alguém me pegou antes que o meu corpo fosse ao chão e apaguei.

~/~

 Hana encontrava-se deitada na cama, soando frio por causa da febre. ChanYeol andava de um lado para o outro, Loretta tentava abaixar a febre da garota, mas não estava adiantando muito.

 — Quer parar de andar de um lado para o outro? Tá irritando. — Ela reclamou, sem desviar a atenção da garota desacordada a sua frente.

 — Você tem ideia do que seja? — Ele ignorou a fala anterior e perguntou. Estava com medo de ser algo grave.

 — Tenho uma ideia. — Comentou tirando as mãos do corpo da menina. — Quando é o aniversário dela?

 — Semana que vem. — Ele respondeu. — Por que?

 — É o corpo dela se preparando para o ritual. Geralmente acontece isso. E como já está chegando, ela só tende a piorar. — Tirou uma mexa de cabelo do rosto molhado dela.

 — Espera, quer dizer que ela vai sofrer por uma semana inteira? — Parou de andar e encarou a híbrida atónito.

 — Sim, o pior é a parte dos ossos. — Voltou a cura-la, suas mãos ganharam o tom branco e ela colocou sobre Hana. — Eles vão começar a endurecer, e isso vai doer muito. Vai ser parecido com os ossos dela virando pó, depois vão se juntar de novo.

 — Não tem como parar isso não? — Engoliu seco, ouvir os gritos de dor dela não vão ser nada agradáveis.

 — Infelizmente não. — Suspirou. — E quando ocorrer o ritual, vocês vão estar mais ligados do que imaginam.

 ChanYeol parou e pensou um pouco. Ele teria que deixar o orgulho de lado e pedir aquilo, era a vida da sua Hana que estava em risco.

 — Por favor. — Ele murmurou. — Faça com que ela não sofra tanto. — Olhou Loretta nos olhos, aquele brilho estava de volta.

 — Você nem precisa pedir, eu já ia fazer isso. Você não querendo ou não. — Sorriu de canto.

 Ele sorriu, Loretta é teimosa demais, e isso é uma das suas melhores qualidades.

 Por um momento seu sorriso sumiu e deu lugar a uma expressão séria. Se ela já estava assim, quando chegasse no dia do ritual, os olhares sobre ela iam aumentar, consequentemente, mais meninos iam olhar para ela. Se lembrava muito bem de Leo.

  É o seguinte, você deixa ela em paz, que eu te deixo em paz. ChanYeol falou para Leo, quando ele levantou.

  E se eu não quiser? Desafiou-o, arqueando uma sobrancelha.

  Aí temos um problema. Colocou as mãos nos bolsos, sorrindo de canto.

 Agora era oficial, esse menino nunca irá encostar mais um dedo em Hana, nem que ele leve a alma dele pro tártaro.

  Eu gosto de problemas. Ele falou e deu as costas para ChanYeol.

 ChanYeol sorriu e virou as costas para ele, indo para o refeitório.

~/~

 Acordei no meio da noite, pelo o que me parecia, ChanYeol estava dormindo sentado ao lado da minha cama. Podia sentir a presença de Loretta no quarto de hóspedes. Minha cabeça doía um pouco.

 Vá para o bosque.

 Uma voz mandou na minha mente. Uma dor de cabeça muito forte chegou junto a ela. Coloquei a mão por dentro dos meus cabelos, fechei os olhos e me curvei. Depois de uns segundos, ela parou.

 Minha curiosidade foi atiçada ao máximo.

 Levantei sem fazer muito barulho. Peguei um casaco e vesti sobre o vestido que estava vestindo. Que eu nem me lembro de estar usando. Desci as escadas silenciosamente, abri a porta sem fazer ruído e saí.

 Segui até a parte do bosque que era o quintal da minha casa, aquela parte é a parte onde é permitida a entrada de pessoas. Meus instintos me guiavam por entre a escuridão, que não me incomodava nem um pouco.

 Cheguei até uma clareira, a lua iluminava bem o local. Ela é cercada de árvores e grama verde, com o capim um pouco alto.

 — Tem alguém ai? — Perguntei olhando para os lados.

 Eu podia sentir alguma coisa e estava bem perto.

 — Hana, por favor, me escute bem. — Um menino saiu do bosque. Ele vestia roupas brancas, tinha uma cara de criança e cabelos negros.

 Sua voz é grave, mas ao mesmo tempo com um toque suave lindo. Quase igual à da Loretta, que é suave e aconchegante.

 Mas o que me chamava a atenção e me assustava, é o par de asas brancas e resplandecentes quando a lua encontrava com elas.

 Dei um passo para trás, com medo. Levei uma das mãos a boca, querendo fugir. Bom, uma parte queria ficar e a outra fugir. Como ele sabia o meu nome?

 — O que? — Sussurrei incrédula.

 O que um anjo queria comigo? Me matar?

 — Por favor, se acalme. — Ele sorriu, o que me trouxe uma certa paz.

 Eu conhecia esse sorriso de algum lugar.

 — Ok. — Me aproximei. Observando atentamente as asas dele. São tão lindas. Será que as da Loretta eram assim?

 — Eu sei que é estranho para você o que eu vou dizer. Mas peço que tente compreender e pensar nisso. — Assenti. Ele tirou a cara despreocupada do rosto e colocou uma séria. — Saia de perto de Park ChanYeol. — Seus olhos adquiriram um brilho estranho, o que chegou a dar medo.

 — Por que? — Perguntei sem entender.

 Eu não iria deixar ChanYeol por nada. Ele sempre esteve do meu lado, é meu dever estar sempre com ele!

 Senti um arrepio correr pela minha espinha. O anjo tomou uma posição ofensiva e com ódio nos olhos. E a voz rouca dele soou atrás de mim.

 — Bem que eu senti algo de estranho. Esse cheiro... — Suspirou, parecendo cansado. — Resolveu sair da toca, BaekHyun? — Nem precisei me virar para saber que ele estava com um sorriso sarcástico no rosto.

 BaekHyun... Esse é o nome dele. É um belo nome.

 — Resolveu deixar o enxofre de lado, ChanYeol? — Sorriu de canto.

 É impressão minha ou eles se odeiam?

 — Ora, ora. Tem reunião de velhos amigos e nem me chamam? — Viro meu rosto na direção de Loretta, que está sentada em um galho de uma árvore. — Que falta de consideração. — Colocou a mão no coração, sendo dramática.

 Eu soltei uma risada, eu realmente não a entendo.

 — Até a risada é igual. — BaekHyun fala baixo, mas eu consegui ouvir. Como assim?

 — Agora pode ir embora, Byun, você não pode se meter nisso. — ChanYeol passou a minha frente, me impedindo de fazer contato visual com Baekhyun.

 — Já era. — Ele cantarolou, provocando o mais alto.

 O miasma já aumentava ao redor do ruivo, ele estava realmente com raiva.

 — Isso está ficando cada vez mais interessante. — Loretta aparece ao meu lado, rindo.


Notas Finais


Então, peoples, teve beijo sim :v
Acho que eu tô indo muito rápido, tipo, sei lá, muita coisa acontecendo parecendo o meio da fic. Por favor, me digam o que acham.
BaekHyun apareceu ~Palmas
O que acham da Loretta? Ela tem cara de vilã ou de mocinha?
Bem, adios O/


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