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História Nictofilia - Instinctu


Escrita por: Earth_Gravity

Capítulo 6 - Instinctu


Fanfic / Fanfiction Nictofilia - Instinctu

​Nictofilia

​Capitulo 6 - Instinto

Acordei me sentindo bem melhor. Só que estranhando, ChanYeol não me acordou, e ele também não estava do meu lado. Olhei em volta, na esperança de que ele estivesse me olhando, como sempre. No fundo, eu queria que tudo voltasse ao normal, dos dias em que eu acordava por causa dele, dos dias em que tudo estava em seu devido lugar, onde tudo era minuciosamente normal ao meu ver. Com as pessoas na escola me ignorando, sem anjo, demônios, forças superiores e etc.

  Levantei-me, sem pressa alguma. Peguei meu celular, que eu quase nunca uso, e conferi as horas. Já tinha perdido até o quarto horário, então não havia motivos para ir.

 Dei ombros, seguindo meu caminho até a cozinha.

 Já era o segundo dia consecutivo que eu faltava a escola, acredito que a primeira vez em anos. Ir a escola tornava meus dias menos entediantes, lá tinha pessoas que eu poderia observar, uma biblioteca magnífica e um jardim perfeito para ler os livros da biblioteca magnífica. Tem coisa melhor?

 Chegando na cozinha, vi panquecas e suco em cima da mesa com um cartão. Meus olhos brilharam, acelerei meus passos e senti o maravilhoso aroma das panquecas.

 O cartão dizia que o café da manhã era meu e que já estava tudo resolvido em relação da minha escola. Minha tia sabia realmente como cuidar de tudo.

 Comi tudo o que tinha direito e fui para o meu segundo lugar preferido da casa.

 A biblioteca da minha casa era modesta, porém, nela haviam obras incríveis no meu idioma, o japonês. Grandes obras em kanji, o que ajudava a manter a minha cultura natal viva na minha memória. Passei os dedos entre as edições de algum filósofo do século XVII, quando meus olhos pararam em um livro que eu não me lembrava de ter lido alguma vez.

 Puxei-o, observando sua capa de veludo vermelho e letras douradas. Ele tinha aquele cheiro de livro velho, porém, estava em bom estado, mesmo com as páginas amareladas, o que dava um certo charme a ele.

 O título está em algo que me convenha ser o latim, ou seja, não entendi nada.

 Abri exatamente no meio da página, a edição dele parecia ter sido feita a mão, sendo mais específica, tinteiro. A letra cursiva e arredondada trazia mais beleza ao livro. O único problema é o idioma, latim.

 Por que as pessoas insistem em comprar livros em uma língua que não entendem?

 Isso só atiçou a minha curiosidade.

 Peguei o livro e o coloquei no meu quarto, mais tarde iria traduzir aquilo com a ajuda do Google Tradutor. Afinal, quem seríamos nós sem o Google?

 Voltei a biblioteca, pegando um livro de contos dos irmãos Grimm, eu gostava do jeito que eles contavam suas histórias para conscientizar as pessoas, os significados e sua simbologia. Muito diferente do que a Disney mostra para as crianças do verdadeiro conto.

 Sento-me na poltrona confortável que há ali e começo a ler.

 Nem ao menos percebi quando minha tia voltou do trabalho mais cedo, só sei que ela magicamente apareceu aqui, na biblioteca, reclamando de minha pessoa estar lendo praticamente no escuro, num lugar cheio de mofo e livros velhos. Dei ombros sorrindo, é exatamente por esses simples detalhes que me faziam amar aquele canto. Todas as minhas preocupações iam embora, eu me esquecia do tempo e das pessoas que existiam.

 — Você precisa socializar mais. — E ela vinha pela enésima vez com o mesmo sermão de que eu deveria socializar.

 — Livros existem para isso. — Levantei o livro em minhas mãos e ela revirou os olhos.

 Minha tia está em pé, a minha frente, totalmente informal e descontraída.

 — Você é realmente igual a sua mãe. — Ela suspira e senta no tapete, ficando a pouco centímetros da poltrona.

 — Ela também gostava de ler? — Deixei o livro de lado e prestei atenção no que ela dizia.

 Tudo o que envolvia meus pais é precioso para mim, não lembro muito deles, pois morreram quando eu ainda era pequena.

 — Sim, ela podia passar horas dentro da biblioteca que não se importava. — Sorriu nostálgica. — Você me lembra ela.

 Sorri, olhando para minhas mãos em meu colo. Ser comparada a minha mãe não tem preço, a amo com todas as minhas forças.

 — Tia... — Comecei incerta, seria a hora certa para perguntar sobre tudo de sobrenatural que está ocorrendo comigo?

 — É sobre o clã? — Ela pergunta e eu concordo com a cabeça. — O clã Ichida é encarregado de matar Yokais pelo mundo. Desde os primórdios do clã vem sido feita essa prática. Com o passar do tempo, aprendemos a matar permanentemente demônios, o que gerou uma certa fama.

 — A senhora sabia do... — Não consegui terminar a frase, então só gesticulei com as mãos o final da frase.

 — Se eu sabia do Park? — Ela riu. — Sempre soube. Posso não vê-lo, mas senti-lo é bem evidente. O que me surpreende é que você não enlouqueceu com isso.

 — Por que nunca me explicou?

 — Bom, o certo era que você só soubesse disso aos dezesseis anos, mas... Não dá para planejar tudo. — Deu de ombros.

 Suspirei, desviando o assunto da conversa.

 — Por que veio mais cedo? — Levantei da poltrona e ela fez o mesmo.

 — Soube que você passou mal e corri até aqui, mas encontrei você lendo, o que me leva a crer que você já está bem melhor. — Puxou a minha orelha de leve, com um sorriso nos lábios, enquanto caminhávamos até a cozinha.

 Já eram pouco mais de meio dia e a fome começava a dar sinais de vida.

 — Foi só um pesadelo.

 — Espera chegar nos três dias anteriores ao ritual, aí você vai ver o que é sofrer. — Suspirou.

 — Você sofreu muito?

 — E como! — Exclama com uma careta. — Na minha época eu não tinha um anjo que me ajudasse como você tem.

 — Verdade. — Ri e olhei para os meus pés.

 Queria perguntar sobre o livro, entretanto, algo me diz que ela não irá me responder. Haviam tantas coisas que pairavam a minha mente e que pareciam que não iriam ser esclarecidas. O que resta fazer é esperar que tudo se resolva.

 Chegamos na cozinha e a mais velha começou a preparação para o almoço, eu só observava sentada mesmo. Na última vez que eu cheguei perto de um fogão para cozinhar, a panela explodiu, não sei como, mas explodiu.

 Um trauma que eu nunca vou esquecer.

[…]

 ChanYeol apareceu de noite, com aquela expressão fria no rosto. Tenho sérias dúvidas que ele tenha Transtorno Bipolar, uma hora ele fica completamente carinhoso, outrora parece que ele quer enfiar uma adaga no seu coração.

 Loretta ficou comigo até eu pegar no sono, o que não demorou muito, afinal, sempre fui acostumada a dormir cedo. Pedi por tudo para que não sonhasse novamente, ou seja la o que for que eu faça enquanto durmo.

°•°•°

 Acorde

 Acordei com sua voz rouca novamente. Internamente, eu sorri. Era tão bom saber que tudo estava voltando ao normal.

 Levantei somente o tronco, coçando os olhos levemente, tentando focar a minha visão. Encontrei-o encostado na porta do meu quarto, frio e impassível como sempre. O bom humor dele é notável.

 ChanYeol sumiu, nem me dando chance para dar bom dia, mas eu não ia falar com ele mesmo.

 Fiz todas as minhas higienes, e desci para a cozinha, minha tia preparava as torradas cantando uma música que me era vagamente familiar. Sentei-me na cadeira, observando-a. Ichida Sayuri é uma mulher que praticamente não envelhece, sem ruga alguma, olhos negros brilhantes, mas com aquela luz no fundo, completamente em forma e cheia de saúde. Pergunto-me se são os benefícios de fazer parte do clã.

 — Acho que a senhorita deveria parar de se perder em pensamentos e encarar o nada. — Falou colocando uma porção de torradas na minha frente.

 Sacudi a cabeça, saindo dos meus pensamentos.

 — Desculpe. — Falei pegando uma torrada e comendo.

 Ela suspirou, sorrindo.

 — É melhor se apressar antes que você perca a escola. Já está quase na hora.

 A partir daí me apressei muito mais, devorei as torradas, subi correndo para escovar os dentes. Só que essa pressa toda não valeu de nada, por que, quando eu cheguei na sala, Loretta conversava animadamente com minha tia, já uniformizada e com a bolsa nas costas.

 Bati a palma da minha mão na testa, suspirando.

 Caminhei até Loretta, parando perto do sofá para pegar a minha bolsa, sem expressão alguma no rosto.

 — Bom dia florzinha. — Sorriu demasiadamente feliz.

 Um certo medo me invadiu, engoli seco, com medo da resposta da pergunta que eu faria.

 — O que foi que você fez?

 Ela sorriu ainda mais.

 — Você vai descobrir logo. — Segurou o meu braço, sorrindo com aqueles dentes brancos e brilhantes a amostra. — Até mais dona Sayuri. — Falou acenando.

 Depois, aparecemos numa praça deserta. Ela ajeitou a bolsa nas suas costas e começou a andar. A praça ficava perto da escola e quase ninguém vinha aqui a essa hora da manhã. Segui-a, temendo cada passo que dava.

 — O que foi que eu perdi? — Disse quando fique no mesmo ritmo que o seu.

 — Nada de importante. — Falou descontraída.

 Se isso me acalmou? Não, só fez aumentar a minha preocupação.

 Andamos mais e avistamos a escola. Pode até ser exagero, mas ouvi o suspiro das meninas do colégio daqui. Na calçada, quatro homens estavam parados. Reconheci-os, JongIn, Junmyeon, Baekhyun e ChanYeol, parecia que nós esperava.

 Confirmei isso quando paramos na frente deles.

 — Demoraram. — Junmyeon fala olhando para Loretta.

 — A culpa não é minha, nem olhe pra mim. — Ela virou o rosto dele para o outro lado, com um sorriso de canto.

 Demorei um pouco para processar a informação.

 — Por favor, diga que vocês não vão estudar aqui também. — Murmurei temerosa para BaekHyun.

 — Peço desculpas adiantado, então. — Riu.

 Isso me ensina que eu devo seguir sempre meus instintos quando se trata de Loretta Averoff e Park ChanYeol.

 Por falar nele, o ruivo estava com uma cara nada convidativa quanto a situação.

 Esse vai ser um ótimo ano. 


Notas Finais


Como vocês podem ver... Hana é uma fanática por leitura.
Repetindo a frase da Lispector Hana, 'Quem seriamos nós sem o Google?'
Graças ao google tradutor, eu coloco os nomes do capítulos em latim, AMÉM GOOGLE
Estão sentindo a falta do BTS? Logo, logo vão aparecer.... Por falar em BTS.... Qual sua música preferida deles? A minha é Run (Tem uma tradução tão linda S2)

Agora o meu lado VIXX Stan:
VIRAM AS FOTOS TESERS DELES?? AI JESUS É LINDO, MARAVILHOSO!!!
Kratos está vindo para abalar as estruturas do Kpop, e eu tô adorando

Bye O/


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