História Nights spiritual summer - Nathaniel é de confinça?

Algum tempo se passou desde meu encontro com Korra. Tentei procurá-la mais vezes, as minhas dúvidas ainda eram e ainda são muitas.

Andei a pensar em tudo que aconteceu… ás vezes até me pergunto se tudo aconteceu de verdade. Mas quando me lembro da dor de estar sem o meu irmão eu lembro-me que tudo foi real…

O meu irmão era a única pessoa que eu tinha do meu lado…e agora…eu me pergunto para que realmente serve a vida e tudo o que existe… se seria necessário sofrer tanto para no final morrermos e perdermos tudo. Porem…. eu nunca poderei fazer isso pois tenho responsabilidade de fazer este mundo melhor e os monstros precisam de mim.

Aquele meu desejo de encontrar algum monstro e poder descobrir toda a verdade me fazia querer continuar a viver.

Este foi meu pensamento durante muito tempo até o dia que concretizei o meu breve sonho de conhecer um monstro.

Foi num dia de verão bastante quente. Eu fui num prédio entregar umas coisas do meu pai para a sua amiga. Quando reparei estava todas as pessoas a correrem e a gritarem. De repente vejo chamas á minha frente, tento correr para um canto e a única reação que eu tenho é começar a chorar. Estava quase a desmaiar com o fumo quando um rapaz com um cabelo loiro muito claro e uns olhos muito amarelos que parecia ter a minha idade me puxou. Assim garras saíram das costas dele me protegendo a mim e a ele.

Depois daquilo tudo ele me trouxe para o lado de fora e sorriu. Eu apenas perguntei-lhe se ele era um mostro, interrogando-o sobre o seu nome. Ele apenas sorriu e num tom de voz familiar que eu tinha a certeza que conhecia me disse “ Eu sou um monstro. E tu também és, consigo senti-lo pelo teu cheiro. Reconhecer criaturas pelo meu cheiro é uma das especialidades da minha espécie” e assim ele se apresentou. Nós fomos falando muito parece que finalmente eu tinha encontrado um monstro e melhor de tudo um amigo.

Ele parecia um monstro normal até eu lhe perguntar sobre sua família, ele rebaixou a cabeça e me disse em uma frase “ É complicado falar sobre a minha família… bem o meu pai matou a minha mãe pelo facto de ela ser um monstro…  eu também tenho um irmão mais velho mas nunca falei com ele porque não fomos criados juntos…apenas sei que ele se chama Nathan...”. Naquela hora eu fiquei paralisada a olhar para ele, sem saber o que me deu eu comecei a chorar e contei-lhe tudo. Ele segurou nos meus ombros e sorriu, e aquele sorriso era totalmente um sorriso contrário do sorriso do Nathan.

Já estava a ficar tarde e nós continuávamos a falar. Eu não tinha a certeza se poderia confiar nele mas sentia que ele tinha alguma coisa de especial.

Ao escurecer ele disse que tinha de ir para casa. Eu perguntei-lhe como ele ia para casa e com quem ele morava pois ele parecia não ter ninguém. Ele sorriu e me disse num tom de voz muito doce “Mundo dos monstros é para lá que eu vou” me piscou o olho e de repente ouve um clarão de luz se abriu um portal e ele desapareceu.

Voltei para casa e enquanto adormecia estive a refletir em tudo o que eu e o Nathaniel falamos. O primeiro monstro e amigo que conheci é filho do Homem que tenta destruir a raça dos monstros e que levou o meu irmão…. e o seu irmão  Humano tenta matar. Nesse momento lembrei me porque tinha achado o tom de voz dele tão familiar.

Mesmo assim não sabia se devia confiar nele. Mas Nathaniel disse para no dia seguinte eu ir ao mesmo sitio do velho prédio onde houve aquele incendio. Ainda lhe queria perguntar muita coisa… como se havia mesmo um mundo de monstros e o que ele estaria a fazer naquele prédio.

No dia seguinte quase ao noitecer fui ter com ele ao tal prédio. Logo lhe perguntei o que ele faria naquele prédio no dia anterior. Mais uma vez ele fez mesmo sorriso simpático e me respondeu com uma voz ainda mais doce do que o normal “ Aquele incendio era uma forma de um dos clãs que têm como objetivo nos matar nos enfraquecerem e atacarem pois neste prédio viviam muitas famílias de monstros e eu fui enviado para cá com o objetivo de ajudar todos eles e todos foram salvos incluindo tu”. Eu tinha ficado esclarecida sobres esse assunto e logo em seguida perguntei-lhe sobre o mundo dos monstros.

No exato momento quando o questionei senti uma mão sobre a minha cabeça e uma voz dizendo “ Minha pequenina vai com calma que já te vou esclarecer tudo. E ola Nathaniel”. Mal me virei para trás era a Korra que sorria de uma forma bem peculiar. Olhei para o Nathaniel e ele apenas me puxou para ele a tremer interrogando apenas quatro palavras “ Tu és a Avatar?!”

Foi nessa altura que me lembrei que não lhe tinha dito que eu era a Avatar. A Korra deu pequeno riso, fez surgir três bancos de pedra e apenas nos disse “Sentem-se. Estava a espera do dia que vocês se conhecem… Agora deixem eu explicar-vos tudo”.