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História Nights spiritual summer - O meu demónio interior.


Escrita por: janjankeng

Notas do Autor


Espero que gostem

Capítulo 6 - O meu demónio interior.


Fanfic / Fanfiction Nights spiritual summer - O meu demónio interior.

Tudo mudou no dia que deixei de ser uma criança inocente.

Porque agora é a outra parte de mim a falar. Porque naquele dia tudo mudou. Que dia foi esse? O dia que me descontrolei e tive sede de matar alguém. E nesse dia descobri o outro lado que existia dentro de mim.

Começou no dia que eu ia fazer 11 anos. Como sempre ia ao penhasco. Tinha acabado de acordar daquele dia da aventura na floresta com o Nathaniel. Mas por incrível que pareça aquele dia de verão do meu aniversário estava escuro e chuvoso.

Estava sentada á beira do penhasco quando vi um senhor que pareci ter uns 50 a 60 anos, que usava uns óculos que refletiam a pouca luz do sol que havia naquele dia.

De um instante para o outro ele começou a caminhar em minha direção enquanto eu encarava aqueles óculos suspeitando de quem seria.

Levantei-me rapidamente e sem lhe dirigir nem sequer uma palavra e peguei imediatamente na minha espada, quando senti alguém agarrar-me e uns cabelos pretos a esvoaçarem pelo ar. E com as palavras “ele é o meu pai…”, o meu corpo se descontrolou de novo atacando o pai de Nathan.

Estava quase a matá-lo quando desmaiei e o meu corpo voltou ao normal. Quase a apanharem-me, o Nathaniel pegou-me ao colo e rapidamente fugiu comigo para o mundo dos monstros. Mal chegando lá contei a Nathaniel tudo sobre quando meu corpo assumia o controlo.

Eu e Nathaniel falamos disto cerca de umas 2 horas. E quando eu pensava que tinha acabado a conversa ele muito sério colocou as mãos no meu ombros e me disse “Eu sei de alguém que passou pelo mesmo. Eu não o conheço muito bem só o vi de vista, mas sei que ele tem muito em comum contigo. Ninguém sabe o verdadeiro nome dele mas a pessoas até falam que ele é o rei do inferno. Ele sabe tudo de todas as pessoas que entram no mundo dos monstros, então ele sabe da tua existência. Mas já pelo contrario ninguém o conhece muito bem.”. Logo perguntei a Nathaniel como era possível falar com o tal rapaz que ele estava a referir, mas o ele disse que não sabia, que só o viu umas 3 vezes na vida e que seria muito difícil de contactar com ele.

Saindo do mundo dos monstros eu sentei-me no penhasco a observar a paisagem.

Do nada vi uma madeixa de cabelo branco esvoaçar no ar. Peguei aquela madeixa de cabelo que cheirava a vela queimada e larguei a madeixa de cabelo que se foi desfazendo lentamente enquanto o vento a levava. Deitei-me para tras e sorri disse um olá bem baixinho e, recebendo um “olá” de uma voz bastante grave, levantei-me e fui embora dizendo adeus. Não sabia quem era mas tinha um palpite que fosse o famoso “rei do inferno”.

Mas como eu descobri meu demónio interior?

Nesse mesmo dia. Quando entendi que não valia a pena viver. Ainda não sei se eu estava possuída mas eu tinha sede de sangue pela pessoa que causou isto tudo, a pessoa que começou com este pesadelo a pessoa qual… tinha levado o meu irmãoooooJ.

Perseguindo aquela criatura de óculos tive de me deparar com a situação de o que eu lhe deveria fazer. Mataria ele? Vingaria o meu irmão? O que eu de facto faria?

Bem continuei a persegui-lo durante dias…. E quando eu menos esperava……uma coisa me traumatizou para a vida…..o suicídio da pessoa que tinha levado o meu irmão…

 E fora de mim fui deixando todas as pessoas á minha volta a sofrerem, mas no fundo me odiava a mim mesma por fazer isso.

Cada vez que eu via umas madeixas brancas esvoaçando pelo ar lembrava-me de quem eu era anteriormente, parecia que ele me seguia como se entendesse os meus passos e os meus erros errados. Mas na realidade já nem eu sabia quem eu era, até para mim própria eu já era um demónio inútil e sem coração.

Cada vez mais desesperada os dias iam passando e eu me ia isolando de toda a gente.

Pensei em me matar de vez atirando-me do penhasco, mas cada vez que me tentava matar, cabelo branco caia sobre mim como se pedisse para eu não desistir. Afinal eu sou a Avatar, eu perdi o meu irmão, e eu conheci a Korra, o Nathaniel, o Nathan tudo para ir em vão, ir em vão toda a tristeza e felicidade que passei. Toda a responsabilidade que eu tenho perante este mundo que eu não quero ter. Eu apenas quero desaparecer por completo. Mas qualquer coisa me agarra á vida e a este mundo… talvez uma esperança…

Eu não queria ser o que me tornei e eu achava que não havia volta. Será que o Nathaniel me perdoaria por eu o deixar para trás? Será que eu voltaria a ver Korra? Será que depois de tudo o que eu fiz eu estaria sozinha?

Mas sozinha não estava porque aquela criatura de cabelo branco me seguia como se estivesse a encorajar-me para continuar a lutar…

Mas pelo menos eu já sabia. Sabia que tinha dois lados, sabia da minha baixa sanidade, sabia que aquela criatura me vigiava, se calhar até talvez aquele rei do inferno que seria meu anjo da guarda.

Mesmo assim ainda tinha possibilidade de corrigir tudo o que tinha feito. E era isso que a partir daí eu procurava, remediar tudo o que tinha feito.

Mas na verdade eu sou um anjo endemoniado. Eu sou a junção da maior insegurança do mundo. Eu sinto amor e odio por tudo.

Realmente a dificuldade das criaturas podem faze-las enlouquecer. E nesta vida, nunca se sabe quem é louco. E se o louco fores tu certifica-te que desenloqueces. Porque a loucura vicia.

Mas eu quero voltar com tudo ao normal. Por isso que eu voltei para o mundo dos monstros resolver tudo e costurar o que eu perdi. Porque acho que entendi que no final tudo se resolve pelo bem.



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