Tentei corrigir os meus erros anteriores. Sempre sentindo a alma daquele meu demónio de cabelo branco me seguindo.
Parecia estar tudo bem e resolvido, mas com o passar do tempo fui reparando que o Nathaniel cada vez agia mais estranhamente comigo. Deixei passar um tempo para ver se era uma fase, mas a cada dia que se passava ele agia cada vez mais de uma forma peculiar.
Um dia não aguentando mais perguntei-lhe:
- O que se passa?
- Como assim? Não se passa nada.
- Estas estranho comigo… desde que eu enlouqueci…. Eu esperava que me perdoasses…
- E eu perdoei. Apenas acho que muita coisa mudou desde ai….
- Nath… eu não estou a entender…explica-me…
- Não me chames Nath é parecido com Nathan… e eu estou assim por uma coisa. Sei que te devia dizer mas ainda não me sinto preparado para isso.
- Ok… eu respeito.
- E outra coisa. Conheces a biblioteca Snikfreak?
- Não… que biblioteca é essa?...
Eu fiquei um pouco confusa pois ele mudou de assunto rapidamente, mas eu continuei a ouvi-lo.
Houve um momento de silencio em que o Nathaniel foi buscar uma cadeira, se sentou e começou a falar da biblioteca como se tivesse a contar uma historia.
Ele me havia contado que era uma biblioteca muito antiga, em que, a maior parte dos livros falavam sobre lugares do mundo dos monstros e que isso me poderia ajudar a entender o que se passou na floresta. Falou também que poderíamos encontrar toda a espécie de livros que nos dissessem tudo sobre o comportamento dos monstros e as suas varias espécies e características. Porém existia um problema que era que a biblioteca se localizar na outra parte do mundo dos monstros. Como existia a parte pacifista (que era a parte em que eu e o Nathaniel estávamos e aquela onde os monstros queria estar em paz com os Humanos), não poderíamos passar para a outra parte onde havia projetos e forças que tentavam arranjar guerra com os Humanos.
Obviamente que eu e o Nathaniel passamos a fronteira sem ninguém reparar.
Rapidamente nos dirigimos á zona mais sul do mundo dos monstros todo, que era onde se situava a tal biblioteca. Incrivelmente nós não tínhamos passado por ninguém, o Nathaniel disse que raramente se via pessoas naquela localidade pois maior parte das criaturas que ali viviam não se afastavam muito do centro da cidade.
Mal chegando á biblioteca fomos procurando e lendo todos os livros que falavam sobre a tal floresta onde supostamente vi o meu irmão. Peguei num livro e comecei a ler atentamente. Falava de uma lenda falsa que o Nathaniel havia me contado, sobre que a floresta guardava os espíritos das pessoas falecidas de quem procurava ir lá esclarecer as suas duvidas. Também falava sobre que a floresta apenas nos fazia alucinar sobre pessoas que amávamos muito mas não contendo nem guardando nenhum espírito.
Após ler todos os livros possíveis sobre a tal floresta, fiquei a explorar outros livros da biblioteca. Encontrei vários livros sobre comportamento dos monstros e encontrei a espécie do Nathaniel num desses livros. Comecei a ler para tentar entender o estranho comportamento dele ultimamente. Várias paginas falavam sobre esse estranho comportamento dando várias hipóteses do que poderia estar a acontecer, mas antes que eu pudesse ler mais aprofundadamente Nathaniel apareceu e eu atrapalhada escondi o livro para que ele não pudesse suspeitar.
Fomos saindo da biblioteca a falar sobre a floresta e sobre a conspiração falsa que Nathaniel sobre a mesma.
Á saída da biblioteca disse a Nathaniel para ir á frente e para não se preocupar que eu já ia ter com ele.
Corri de novo para a biblioteca e disse:
- Olá….
- Olá. Tu reparas sempre em mim não é?
- Porque tu me segues?
- Porque quando te vejo a fazer qualquer coisa me vejo a mim. Tu és como um demónio para mim. E eu acho que a vida é menos secante se eu te seguir.
- Como te chamas?
- Shizuo. Bem eu vou ter de ir embora. Pode ser que um dia nos possamos encontrar de novo. És a primeira criatura que eu sinto curiosidade em conhecer e não de matar. Um dia quem sabe te mostre meu rosto até… adeus avatar.
E com esta conversa bastante curta um monte de cabelos brancos esvoaçaram no ar enquanto uma pena ainda mais branca poisou na minha cabeça.
Ouvi o Nathaniel a gritar por mim e fui a correr ter com ele dizendo que apenas tinha ido devolver um livro que acidentalmente eu trouxe. Assim eu e ele fomos embora daquela biblioteca e regressamos as nossas casas.
Passei aquela noite a ler o livro que tirei da biblioteca. O livro falava das várias hipóteses que poderia explicar o comportamento do Nathaniel, havia várias possibilidades como problemas familiares, depressões, estar apaixonado e outras tantas porém eu não sabia se alguma delas se poderia aplicar ao Nathaniel e seriamente estava preocupada com ele.
E para alem da minha preocupação com o Nathaniel eu não conseguia parar de pensar de pensar no Shizuo. Era verdade que ele parecia saber tudo sobre mim até o facto de eu ser a avatar. Eu não sabia quase nada sobre ele mas queria tanto o encontrar de novo.
E perdida nestes pensamentos apercebi-me que não tinha dormido nada e já de manha fui até ao mundo dos monstros e mal cheguei lá deparei-me logo com a cara do Nathaniel muito sério olhando para mim me dizendo:
- Não era preciso teres tirado um livro da biblioteca para entenderes o que se passava comigo…
- Tu não me dizias nada…
- Então eu te contarei…
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