História Nightmare in Life - Chapter Five- It seems like you don't have a heart

Chapter Five

It seems like you don’t have a heart- Parece que você não tem um coração

“...As vezes, é melhor estar morto...”

Ciara Point of View

Thomas ainda abaixado perto da garota que matou a observa sem falar nada, seu rosto não demonstra expressão, não é possível de dizer se o mesmo sente culpa, arrependimento, tristeza, raiva ou felicidade, todos encaram a situação perplexos e horrorizados com o que acabou de acontecer, menos Eliot, apenas olha a situação sem mostrar surpresa, como se já soubesse que aquilo aconteceria, até mesmo Louis, sentado em uma cadeira afastado demonstrava espanto com a cena à sua frente.

- Como você pode fazer isso?- Ashley pergunte sem conseguir acreditar na cena que acabou de ver, desvia o olhar e abraça Harry.

Thomas apenas ignora a pergunta da loiro, olha para suas mãos molhadas, para a namorada e então, finalmente esboça algum sentimento, mas, ao contrário do esperado, seu rosto expressa alivio, ele respira fundo e se levanta, não demonstra dor com o ato que fez chocando ainda mais os presentes no local.

Os olhos de Jessica permaneciam abertos, mesmo com ela já sem vida, a mesma não fechou os olhos ou parou de lutar até a morte, seus olhos ainda expressam medo, uma das cenas mais desconfortáveis de se ver.

Thomas encara Eliot o esperando falar algo, parece estar ansioso e evita o máximo possível olhar para o cadáver à sua frente, tão insensível. Muitas pessoas, em momentos de extrema pressão podem fazer coisas horríveis, que analisando e considerando os aspectos, da para entender, justificar e não julgar, mas nesse momento o que Thomas fez é imperdoável, ele tinha outra opção, escolher não matar, do mesmo modo que eu escolhi não matar Luke, nunca mataria um amigo, muito menos meu namorado. Mas Thomas foi egoísta demais para isso, não pensou duas vezes antes de matar alguém para tentar se salvar, sem nem ter certeza que irão cumprir o que prometeram, mas resolveu matar por uma incerteza.

É possível notar Thomas cada vez mais nervoso diante do silencio de Eliot, a insegurança e medo se tornam mais perceptíveis, ele anseia em ouvir o ruivo dizer que ele está livre. Porém, é algo obvio que não irá acontecer, parecem ser muitos organizados e detalhistas para simplesmente deixar alguém ir embora.

- Está feito!- fala Thomas, ainda não é possível notar algum tipo de culpa ou arrependimento no mesmo- Eu a matei!

- Eu vi, não sou cego- responde rudemente Eliot, e pela primeira vez, fiquei feliz com alguma resposta de Eliot, não consigo mais enxergar Thomas como uma pessoa, ele é um monstro. O loiro engole seco, um pouco hesitante pergunta:

- Agora estou livre, não é?

- Eu posso não ser cego, isso é obvio, mas você claramente tem algum problema de audição, mas fique calmo, não te culpo, sei que ter problemas de audição não foi uma escolha sua ou alguma opção, afinal, esse tipo de coisas não podemos escolher do mesmo modo que você pode escolher matar a sua namorada.

- Eu não entendo- fala Thomas confuso, é possível o notar ficar tremulo, sua respiração mais ofegante e a insegurança crescendo, e então, finalmente é possível ver em seu olhar um pouco de arrependimento.

Eliot revira seus olhos, um pouco irritado e da um longo suspiro antes de explicar o obvio para o garota.

- Eu disse que não te mataria, eu nunca disse que te deixaria ir.- e nesse momento Thomas paralisa, perplexo, e como uma onda, a culpa, arrependimento, tristeza e medo tomam conta de sua face, em seu corpo estático é possível perceber o mesmo tremer, bastante, sua respiração fica um pouco falha e o mesmo pisca tentando processar a informação que acabou de receber. O ruivo revira os olhos novamente ao notar a surpresa do garoto que agora olha em direção à garota que matou, lagrima inundam seus olhos e ele se abaixa.

- Jess- fala em um tom baixo e abraça seu corpo morto- você é muito especial para mim, nunca irei me esquecer de você.

- Nem de como a matou não é?- pergunta Eliot não comovido com a ceninha de Thomas, o loiro ignora o comentário.

- Eu te amo mais que tudo- continua Thomas

- Mas não mais que a sua vida não é mesmo?- completa Louis, jogando as palavras que o garoto disse antes contra o mesmo, se pronunciando pela primeira vez desde que entrou.

- Estou cansado disso! Quero ir embora!- grita Thomas se levantando rapidamente jogando brutalmente o corpo de Jessica no chão, o mesmo corre em direção as escadas inutilmente, antes dele sequer poder subir o primeiro degrau é segurado por um segurança que o joga no chão onde o garoto apenas se encolhe permanecendo ali.

- Esse é o lugar que vermes como você tem que ficar, no chão- fala Eliot o olhando com nojo.

- Como assim?- questiona Ashley indignada- estamos no chão também- após Ashley se pronunciar me sinto ofendida então pelo que Eliot falou, eu e Luke fomos jogados aqui do mesmo modo que Thomas foi jogado no chão, ao perceber que o modo como estamos sendo tratados é o mesmo o qual fiquei contente ao ver Thomas ser tratado meu ódio por Eliot volta a tona, assim como de todos aqui.

- Não sei se perceberam, mas temos uma visitinha especial – Eliot muda de assunto, ignorando Ashley.- Se aproxime Louis- assim que o mesmo fala, o loiro levante se posicionando ao lado do mesmo, olha para todos nós e direciona seu olhar para mim e, ao contrario do esperado, ele não emite nem um pingo de ódio ou sequer raiva.

-Thomas- pronuncia Louis direcionando seu olhar para o chão- eu escolho você- os olhos de Thomas se enchem de medo mas o mesmo não fala nada, um segurança agarra Thomas o levantando.

- Onde quer leva-lo senhor?- pergunta o segurança enquanto segura Thomas que se debate tentando se soltar.

- Aqui mesmo- fala indiferente- prenda-os- fala direcionando seu olhar à nós- não quero interrupções.

O outro segurança se aproxima e prende nossos pulsos com correntes similares as que eu tinha quando acordei, o outro leva o menino loiro para o centro e prende seus braços com correntes que tem no teto.

- O que? Não!- grita o mesmo surpreso e assustado com o que está acontecendo- você prometeu! Prometeu que se eu a matasse iria viver, quem mata vive, não é?- pergunta o mesmo em desespero, seus olhos estão cheios de medo e ele se debate tentando inutilmente se livrar das correntes.

- Eu disse? Tem certeza?- questiona Louis enquanto coloca luvas elásticas brancas.

- Você não, mas, seu amigo, aquele outro cara, ele prometeu que eu iria viver, eu não entendo- o desespero do garoto aumenta cada vez mais enquanto tenta convencer Louis a não o matar.

- E ele cumpriu o que prometeu, não? Visto que você está aqui agora, pateticamente implorando por sua vida. Ele poupou sua vida, nunca disse que outro alguém faria o mesmo- Thomas então abaixa seu olhar entristecido que inunda de lágrimas, lágrimas de desespero, medo e arrependimento- Deveria ter analisado melhor a proposta do mesmo antes de afogar sua namorada.- continua Louis balançando a cabeça negativamente.

Louis puxa para mais perto de si a clássica mesinha metálica, em seguida olha sem emoção para Thomas que está aos prantos.

- Só não vai se afogar com o próprio choro- fala Louis insensivelmente, a palavra afogar apenas faz Thomas chorar mais, o mesmo nem sequer luta para se soltar. Louis observa cuidadosamente a mesa enquanto pensa no que vai fazer e usar, sua mão para em cima de uma adaga preta com a lamina prata.- Eu estive pensando...- pronuncia Louis segurando a adaga observando os detalhes dela, em seguida caminha lentamente ao redor de Thomas o circulando- Eu achei tão insensível de sua parte quando você afogou a garota que disse te amar até a morte- o loiro para de andar e encosta a ponta da lamina nas costas de Thomas- você conseguiu tornar realidade a palavra da mesma de “até a morte”- continua a andar- mas mesmo assim- da uma pequena pausa novamente, dessa vez ficando de frente para o garoto pendurado, que não emite nenhuma palavra.- Foi como se você não tivesse um coração naquele momento- Louis para a adaga apontando diretamente para o coração de Thomas- o que você acha de tornar isso realidade também?

Os olhos de Thomas se enchem de medo e então o mesmo finalmente esboça alguma reação, se debate um pouco.

- Vocês me obrigaram! Eu não tinha uma opção- o loiro tenta inutilmente se soltar, agora com um desespero maior ao enxergar seu destino.

- Chega de desculpas Thomas!- exclama Louis impaciente- você à matou para se salvar, admita o que fez, era você ou ela e você escolheu poupar a si mesmo, não é diferente ou melhor que eu! Matou alguém para seu beneficio próprio, mas, não simplesmente alguém, matou quem te amava. Mas ao contrário de você, eu nunca matei alguém que me ama.

- Eu te amo- sussurra Thomas, obviamente mentindo, Louis revira seus olhos e olha para o mesmo com raiva, ele, assim como todos aqui sabe que o garoto mentiu. O loiro puxa a língua de Thomas dando uma facada na mesma, o mesmo se contorce e geme de dor.

- Teria sido melhor ficar calado- Louis rasga a camisa de Thomas deixando sua pele exposta.- Está na hora de conferirmos se você tem mesmo um coração- antes do garoto protestar Louis perfura o peito do mesmo fazendo um longo e fundo corte com a adaga que segura, em seguida enfia seus dedos no corte que fez e puxa para lados opostos desse modo rasgando a pele de Thomas que solta um alto grito de dor, tão alto que não duvido que tenha sido ouvido pela casa toda, Louis larga a adaga ensanguentada na pequena mesa pegando um pequeno martelo inteiramente prata, se direciona novamente para o peito do garoto que agora está totalmente vermelho enquanto o sangue escorre por todo seu corpo, por fim pingando no chão, manchando a madeira de vermelho, com o martelo o loiro quebra parte das costelas de Thomas aumentando sua dor, ele solta um grito novamente, Louis não aparenta se importar com os gritos e apenas para quando deixa o seu coração visível, é possível ver o coração bombear o sangue que jorra do local. – Não é que você tem mesmo um coração- fala Louis fingindo surpresa, Thomas apenas grita de dor não a suportando mais- É uma pena que ele não funciona- termina Louis e agarra o coração do mesmo o puxando, desse modo suas luvas brancas ficam totalmente ensanguentadas e o sangue jorra manchando sua camisa branca de vermelho, Thomas da seu ultimo grito agudo de dor que cessa assim que Louis finalmente arranca seu coração o jogando no chão em seguida.

Todos encaram a cena sem saber como reagir, o chão onde Thomas foi assassinato está uma poça de sangue e o corpo do mesmo ainda pendurado pingando sangue.

- Sempre arrumando uma maneira de surpreender - fala o ruivo elogiando Louis- agora- continua após uma pequena pausa- o que acha de terminar seu trabalho de anteriormente?- pronuncia dessa vez direcionando seu olhar para Luke eu, fazendo o loiro me encarar com seus olhos azuis e roupas ensanguentadas.

Não é possível saber o que se passa na mente de Louis enquanto ele me encara, tem um semblante pensativo, parece que discute com ele mesmo em seus próprios pensamentos.