História Ninfomaníaca - Chapter Fifty-Four

Illinois, December 2015

Point Of View Justin Bieber

-Eu fico com ela Ryan. Se você estragar o final de semana das garotas, a Lilly te mata! –falei pelo telefone.

-Eu sei, mas havia esquecido que teria que ir na casa dos meus pais no México. –comentou ele.

-É só não falar nada que elas não vão desconfiar. A Candy vai para casa da Nat daqui a uma hora, meia hora depois você traz a sua filha aqui, ok?

-Sim. Obrigado mesmo cara... não teria como levar a Louise de avião, ela tem poucas semanas de vida ainda.

-De nada. Te aguardo. –desliguei o telefone vendo Candice sair do banho.

-Quando vamos ir para o Kansas City? –perguntou ela secando os cabelos com a toalha.

-Terça de manhã. Ficamos por lá uma noite em um hotel e depois seguimos até Malibu. –disse. Ela tirou a toalha que envolvia o seu corpo e foi em direção ao closet escolher uma roupa. Segui e escorei meu corpo no batente da porta.

Candice caminhava pelo local tentando escolher algo para vestir. O simples caminhar dela já começava a me dar um puta de um tesão, ao ver suas curvas, principalmente seus seios, balançando conforme ela andava.

-Hein Justin? –chamou minha atenção.

-O que? –perguntei confuso.

 -Eu estava falando com você. –disse me olhando, revirando os olhos ao ver no que eu realmente estava prestando atenção.

-Desculpa, o que disse?

-Perguntei se o Chris comprou as passagens aéreas para ele, Alisha, Harry e Nat?

-Comprou. –disse.

-Eu ainda não entendi por que temos que ir de carro com o Ryan, a Lou e a Lilly?! –disse, colocando enfim sua roupa.

-Porque o Ryan pediu. Eles não podem levar a Lou no avião, você sabe.

-Sim, eu sei. Mas o Ry bem que podia ir dirigindo.

-Demoraria horas se fossem só os três, o Ryan iria cansar rápido. Sendo assim ele dirige até o Kansas e eu até Malibu. –disse, vendo ela ligar o secador de cabelo.

-Eu estou com...

-Deu Candice. Chega de ser manhosa. –interrompi e ela fez biquinho.

-Viu, a Louise é um amor, mas é muito chato ter filhos. Você nem tem mais vida. –disse ela e eu ignorei.

-Já arrumou sua bolsa para levar? –mudei de assunto.

-Sim, está na sala. –ela respondeu. Fui até a cozinha e já comecei a dar uma olhada no que eu poderia dar a minha afilhada. Porra, só tinha enlatado e porcaria.

-Estou indo. Volto segunda à noite. –disse ela me dando um selinho.

-Quando voltar vamos transar né? Estou com saudade. Quero usar uma daquelas fantasias que você tem guardado no closet. –disse e ela riu.

-Sim, vamos transar antes e depois do ano novo. –sorri com a ideia e dei um tapa fraco em sua bunda.

-Te amo.

-Também, e se comporta. –falei, vendo ela de costas, levantar sua mão e me mostrar o dedo do meio.

Os minutos se passaram. Organizei a minha cama com vários travesseiros para que a Louise pudesse dormir quando chegasse.

-Oi. –disse Ryan assim que eu abri a porta do meu apartamento.

-E aí. –fizemos um toque com a mão e ele me entregou sua filha.

-Nessa bolsa tem tudo o que você vai precisar para o final de semana. –disse ele. Só de ver pude perceber que estava pesada. –Você vai se sair bem, é só fingir que ela é sua filha.

-Você tem que me explicar mais coisas Ryan... é a primeira vez que fico com uma criança! –disse.

-Hum... bom, ela só come, caga e dorme. Você vai se sair bem. –disse dando tapinhas em minhas costas.

-Ryan.... –tentei pedir mais explicações.

-Meu voo está saindo Justin. Vou te mandar vídeos do Youtube que vão te auxiliar, assisti eles várias vezes até aprender. Qualquer problema me liga que eu volto na hora. Obrigado mesmo por ficar com ela. Eu tinha dito pra minha mãe que essa semana a Lilly iria ficar com ela para eu poder dar uma passada lá, mas havia esquecido que a Li me avisou duas semanas atrás sobre a programação desse final de semana. Volto segunda ao meio dia. –falou e deu um beijo estralado na bochecha gorda da pequena no meu colo. –Papai te ama filha e se comporte ouviu mocinha? –brincou com o seu narizinho me fazendo rir. –Tchau Bieber e não esqueça de me avisar se houver algum problema.

-Seu pai é um velho babão Louise. –brinquei assim que ele deixou minha casa.

Hum... tudo bem, o que eu deveria fazer agora?

-Certo, seu pai já te deu banho? –perguntei sabendo que ela não me responderia. –Ahn, vamos assistir TV? –me repreendi mentalmente ao ver que de novo estava conversando com ela.

Liguei a TV e deixei em um canal musical. Ela nem entende música e muito menos entenderia um desenho.

A coloquei deitada no sofá cuidando para deixa-la o mais próximo do encosto. Abri sua bolsa rosa e vi que tinha roupinhas, fraldas, mamadeira e brinquedinhos.

“[26/12/2015, 21:01]

Onde tá a comida dessa garota?” –perguntei recebendo como resposta “no mercado”. Perguntei se ela já tinha comido e ele me respondeu que sim.

-Menos mal. –falei para mim mesmo.

Peguei a garota em meu colo e levei-a até meu quarto, vendo que ela já dava sinais de que estava caindo no sono.

Envolvi seu pequeno corpinho pelos travesseiros e sorri ao ver que ela bocejou.

Me deitei na cama e deixei apenas a luz do abajur ligada.

Parei para pensar nas últimas semanas. O Bieber Times estava retornando a ser o que era antes: o melhor jornal do estado e o mais conceituado do país.

Estava muito feliz, pois desde ontem, no Natal, o brilho no olhar da Candice estava mais vivo. Estava feliz em ver sua felicidade estampada em seu rosto com a notícia de que ela havia ganhado a sua tão esperada oportunidade de crescer como jornalista. Eu amava tanto aquela mulher que já não me via mais sem ela. Quero poder envelhecer ao seu lado, vibrar com todas as suas conquistas e é claro, fode-la até não ter mais força.

Eu a vejo dormir ao meu lado e porra, sou tão feliz em saber a mulher maravilhosa que tenho. A beleza dela não é como a das outras, verdadeiramente a sua beleza está em seu coração. Sorri ao me lembrar do dia em que nos conhecemos, digo, no dia em que pude ver claramente quem ela era. Desengonçada, nervosa e com um brilho único. Ela me deu uma foda louca no dia anterior, mas o mais engraçado foi ver ela querendo me deixar louco.

Ela só não quis me deixar louco como também me fez em poucos dias cometer loucuras por ela. Correr atrás de mulher? Eu nunca fiz isso, bom.... até conhecer ela.

Eu amo tanto essa mulher que falar isso todos os dias para a ela, não me parece ser o suficiente. Eu estava decidido, faria a proposta mais louca, a proposta que eu nunca em hipótese alguma pensaria em fazer para outra pessoa que não fosse ela.

Dei uma última olhada em Louise e cai no sono acordando horas depois com o choro gritante da garotinha.

-Caralho menina, não chora tão alto. Você não quer ver o titio Justin surdo né? –disse ao olhar pela janela. Ótimo, um domingo chuvoso.

“[27/12/2015, 08:10]

Sua filha acordou chorando... qual o problema dela?” –perguntei, recebendo minutos depois sua resposta.

“[27/12/2015, 08:14]

Merda! Troca a fralda dela e vá até um mercado. Compra os ingredientes que no tutorial do vídeo que eu te mandei ontem à noite, eles falam. Boa sorte, o coco dela fede muito” –Butler.

Abri o link e anotei o que eu precisaria comprar. Peguei uma fralda, um lenço e uma pomada para assadura e tirei sua roupinha verde.

-Credo menina, você está estragada. –disse ao sentir o cheiro um pouco mais forte. Entrei no vídeo em que a mulher ensina a trocar fralda de bebê e peguei um pote com água morna.

Coloquei meu celular do lado da cama e deixei o vídeo rolar enquanto eu me preparava para tirar sua fralda.

-Eca. –disse com nojo ao ver a merda amarela. –Isso fede Louise, você não tem vergonha? –perguntei e dei uma olhada. –Mas é uma mala, né?! Por que está sorrindo sua banguela? –apertei de leve sua pancinha gorda e quase mordi sua bochecha quando ela ficou vermelhinha. –Está com vergonha agora? Tem que ficar mesmo! –disse, levando a fralda suja até o banheiro, não aguentando o cheiro que exalava dela.

Peguei o lenço e molhei, passando por entre suas pernas para limpar tudo que estava sujinho.

-Está quase acabando. –passei a pomada em sua vagina e terminei por colocar a fralda nova. Sorri. –Cheirosinha. –ela soltou um espirro e eu gargalhei. –Espirra direito menina. –vesti uma roupinha mais quente nela e troquei a minha roupa. Peguei-a no colo e fui até o estacionamento.

Coloquei a pequena garota sentada na cadeirinha que o Ryan já deixou aqui para a viagem.

-É uma pena que você não tenha dente ainda Lolou, compraria um monte de chocolate para você comer. –olhei pelo retrovisor vendo que ela havia dado uma cochilada.

-Você está meio perdido, tudo bem? –perguntou uma moça com um menino em seu colo. Fazia alguns minutos que eu estava no mercado encarando a prateleira em minha frente.

-Ahn, eu preciso comprar um leite em pó, mas eu não sei qual deles ela toma. –disse confuso.

-Pais.... –riu e eu franzi o cenho. –Pega este, é o mesmo que eu dou para o meu filho. –apontou e eu peguei.

-Obrigado. –disse e ela sorriu.

-De nada. Ah, sua filha é linda. –disse caminhando até o caixa.

Olhei para a menina na cadeirinha do carrinho do mercado, achando graça de sua cabeça um pouco inclinada, como se tivesse me analisando.

-Eu ser pai não rola, pode parar de me olhar assim que eu não vou te dar um amiguinho. –disse e ela abriu um sorrisinho.

Passei no caixa e me assustei.

-Comida de bebê é cara hein. –disse ao me sentar no banco do motorista de meu carro. –Que “preju” para os seus pais Lolou.

Sorri ao saber que mesmo gastando horrores com ela, eles a amam tanto.

Assim que cheguei em casa coloquei ela no sofá e fui até a cozinha. Coloquei a pera, o pêssego e a maçã numa panela com água e liguei o fogão, deixando em fogo baixo.

Assim que as frutas ficaram macias eu descasquei-as e comecei a amassa-las em um pratinho. Acrescentei suco de laranja natural e... –Seu almoço ficou pronto Louise! –disse, vendo ela piscar o olho devagar. –Nem pense em dormir antes de comer. –disse.

Sentei ela no meu colo cuidando para não machuca-la. Comecei a dar a papinha para ela, vendo ela se lambuzar. Assim que ela acabou de engolir, peguei-a no colo e coloquei o pratinho na pia.

-Bem que seu pai falou... você só come, caga e dorme. -disse ao ver que ela tinha dormido em meus braços.

***

“[28/12/2015, 10:28]

Daqui a duas horas chego aí. Já deu a mamadeira dela hoje?” –Butler.

Respondi a ele que sim, sabendo que não tinha dado porra nenhuma para ela.

Fui até a cozinha e fiz a mamadeira dela de acordo com mais um vídeo que tinha acabado de ver no Youtube.

-Vem cá meu amorzinho. –disse, colocando ela deitada em meus braços e sorrindo ao ver o espirro que ela tinha soltado, o décimo só nesse final de semana. –Você só espirra. –disse, e coloquei a mamadeira em sua pequena boca. –Deve ser muito chato não ter dentes né? Graças a deus que eu não lembro da época que eu era bebê, que nojo comer essas coisas que vocês comem. –completei vendo ela me encarar com atenção. –Sabe Lolou, estive pensando... eu acho que seria um ótimo pai. Eu fui muito bem esse final de semana né? Acha que eu seria um bom pai?

"Imagine o filho que você quer ter, para imaginar o pai que você deve ser."