Califórnia, January 2016
Point Of View Candice Adams
-Ahn... –fui pega de surpresa, e por mais que eu tivesse tantas coisas para falar é como se a voz lutasse para sair pela minha garganta.
-Tudo bem, não ficarei chateado se dizer não. Na verdade irei, mas me acostumarei com a ideia de ser só seu namorado pelo resto de minha vida, se assim for a sua vontade. –disse ele, me fazendo negar com a cabeça. Não queria que ele pensasse isso.
-Eu aceito me casar com esse homem cheio de defeitos, pois tenho a certeza que em todos os momentos de minha vida serei amada. –disse sorrindo. Justin que até então estava com um ar magoado, abriu a boca em um sorriso cativante.
-Te farei a mulher mais feliz do mundo. –disse, me dando um beijo de quebrar todas as estruturas.
-Te amo. –disse, olhando no fundo de seus olhos caramelados brilhantes.
-Espero que casados, vocês aprendam a transar só quando estão sozinhos em casa. É muito constrangedor ouvir vocês, sério! –disse Natalie, nos fazendo rir.
Illinois, February 2016
1 mês e 14 dias depois...
-Hoje é Valentine's Day! Qual será a nossa programação? –disse acordando Justin.
-Bom dia meu amor. Estou bem sim. Hoje faremos algo diferente. –disse ele entre pausas.
-Oh, desculpa. Bom dia amor, tudo bem? O que faremos no nosso primeiro dia dos namorados juntos? –perguntei o enchendo de beijos.
-Surpresa. –disse ele.
Justin começou a dar beijos calorosos em meu pescoço e se não fosse a campainha começar a tocar, acredito que estaríamos completamente nus neste exato momento.
-Você atende, vou tomar banho. –falei, caminhando lentamente até o banheiro.
-Quem é o merda que aparece justo agora na casa dos outros?! –falou, saindo do quarto.
Point Of View Justin Bieber
-Ryan... o que você tá fazendo aqui cara? –perguntei assim que vi meu amigo com sua filha no colo.
-Desculpa te incomodar justo hoje, sei que você tinha planos com a sua noiva, mas preciso de sua ajuda irmão. –disse ele. Revirei os olhos e sinalizei para que ele continuasse falando. –Quero voltar a namorar com a Lilly, vou fazer uma surpresa muito especial para ela... é um momento que eu quero que seja só nosso, entende? –perguntou e eu assenti já entendendo o que ele queria.
-Você quer que eu cuide da Louise, não é?!
-Por favor!!
-Butler, a Candice vai me matar.
-Vocês são padrinhos da Lou, é o dever dos padrinhos cuidarem dela também! É como se vocês fossem os segundos pais dela. –disse ele, fazendo eu o encarar com raiva.
-Isso foi golpe baixo. Me dê ela, mas da próxima vez contrata uma babá. –disse.
-Não conheci nenhuma babá que pudesse me passar mais confiança que vocês. –disse ele.
-As coisas dela? –perguntei.
-Estão aqui. –disse tirando a bolsa rosa de seu braço e colocando no sofá. –Muito obrigado, Justin. Você seria um ótimo pai. –brincou.
-Vai embora Ryan. –revirei os olhos. Meu amigo deu um beijo em sua filha e saiu pela porta de entrada de minha casa com rapidez. –Seu pai é um mala! –disse, sorrindo ao ver a menina sorrir sem dentes em meu colo. Deitei a garotinha de dois meses no sofá e envolvi seu corpinho com almofadas. Fui até a cozinha pegar uma água.
-Quem era? –perguntou Candice, entrando na sala.
-Ryan. –sai da cozinha e dei um beijo longo em seus lábios.
-O que ele queria? –antes que eu respondesse o choro de Louise preencheu o local. Candice arqueou a sobrancelha e olhou em direção de onde vinha o choro. –O que a filha dele tá fazendo aqui? –perguntou e eu fui até a garotinha chorona.
-Ele quer pedir a Lilly em namoro hoje. Pediu que nós, como padrinhos dela, ficássemos com a pequena.
-Justo hoje? Sério? –perguntou indignada.
-Aí Candice, não complica vai.
-Eu não me importo de ficar com ela Justin, mas ultimamente parece que os pais da Louise somos nós! –disse, começando a ficar irritada.
-Calma, tá?! É só hoje!
-Hoje, dia dos namorados! Será que no dia do nosso casamento também teremos que cuidar dela? –perguntou, e eu a olhei irritado.
-Para de dar esse chilique desnecessário. –falei, e ela me olhou com raiva.
-Chilique desnecessário? Vai tomar no cu Justin! –disse, saindo da sala.
A menina que antes berrava, agora dormia em meu colo. Levei Louise até meu quarto e a deitei com cuidado na cama.
Candice saiu do banheiro e assim que me viu, caminhou em passos largos para fora do quarto.
-Amor, vamos conversar... você não pode ser egoísta. –falei.
-Agora eu sou egoísta? Por favor Justin, me erra. Vai lá com a Louise, passar o dia dos namorados com ela, vai. –disse e eu quase ri.
-Isso é ciúmes, babe?! –perguntei retoricamente.
-Cala a boca. –disse, e a partir dali ela começou a me ignorar.
Voltei para o quarto e deitei em minha cama. Por que ela tinha que ser tão difícil de lidar em alguns momentos?
***
-Eu odeio ficar brava com você. –disse ela, e eu sorri ao sentir seu beijo em minha bochecha.
-Você precisa entender que como padrinhos, também precisamos auxiliar o Ryan e a Lilly com a Louise.
-Eu sei, mas bem que ele podia pedir ajuda para os outros também. –disse, e brincou com a boquinha da Lou que estava acordada e a mil.
-Não quero mais discutir esses assuntos com você. Quando for pedido a ajuda de nós, é para nós assim o fazer sem ficar irritados. Não é tão ruim assim cuidar dela. –disse.
-Me desculpe, não vou mais fazer isso. –disse, me apertando. –Por mais que este não seja o dia dos namorados que eu pensei que teria eu gostaria de aproveitar, nem que seja com a presença dessa garotinha aqui. –disse apertando a barriguinha gordinha de sua afilhada.
-Certo! Vou fazer a janta e enquanto isso, você fica com a Lou, pode ser? –Candice assentiu e caminhou meio desajeitadamente com a pequeninha em seu colo. –Amor, você pega ela errado. –comentei e ela me olhou com raiva.
-Você sabe muito bem pegar ela! –disse irônica.
-Pior que sei. –disse, e fui até a cozinha. Eu tinha planejado fazer um jantar especial hoje, mas com a presença da Louise aqui, eu teria que fazer algo mais rápido e prático.
Peguei alguns ingredientes para que eu conseguisse fazer uma panqueca.
-Ei bebê, sua mãe tem que ensinar você de que soltar pum na frente dos outros é feio! –escutei a voz doce de Candice, e caminhei em silêncio até o batente da porta onde me encostei.
Algumas imagens começaram a aparecer em minha cabeça, me deixando assustado. O cuidado que eu tinha com a Louise, a animação que eu tinha toda vez que via a menininha, a pulsação acelerada que eu tinha quando pegava ela em meus braços. Essa menina mudou meus sentimentos e pensamentos de uma forma tão grande. Antes eu não cogitava a ideia de cuidar de uma criança, agora acho que eu me prontificaria na hora de ficar com uma quando alguém me perguntasse: “alguém pode ficar com o meu filho?”.
Eu estava gostando de poder cuidar de uma criança, o amor que eu vejo que Ryan tem por Lou, o companheirismo que ele e a Lilly demonstram por ela é tão incrível. Eles são uma família, e eu confesso que tinha um pouco de inveja disso. Talvez eu quisesse ter uma família assim com a Candice.
Point Of View Candice Adams
-Ela já dormiu de novo. –comentei me deitando na cama após o jantar.
-Essa vai acordar toda cagada daqui a algumas horas. –comentou e eu o olhei com nojo.
-Você não pode ser tão indelicado assim. –disse e dei uma olhada em Louise que estava acomodada em uma caminha improvisada que eu e Justin havíamos feito perto de nossa cama.
-Tudo bem. –disse me puxando para deitar em seu peito.
-Não foi o dia dos namorados que eu sonhei, mas foi com você. –disse dando um selinho nele.
-Eu te amo tanto. –disse ele.
-Eu também. Não pensamos em uma data para o nosso casamento. –disse.
-Seria legal casarmos no verão desse ano ou do outro ano e no Villa d'Este. –comentou.
-Nem a pau que eu gasto tanto dinheiro assim alugando um hotel. –ri negando. –Eu gosto de igrejas, mesmo não sendo a pessoa mais religiosa do mundo. –comentei.
-Igreja não é a sua cara...
-E o que seria a minha cara?
-Uma praia, até porque foi em uma que eu te pedi em casamento. –disse e eu sorri.
-Seria muito lindo. –disse, me imaginando com um vestido solto e me casando a beira mar.
-E depois de alguns anos, se quiséssemos ter uma família... –falou baixinho.
-Como assim? Já seremos uma família. –disse estranhando sua colocação.
-Eu sei, mas digo... e se decidíssemos ter um filho? –perguntou e eu o encarei nervosa.
“Há sempre um caminho, se você achar que ainda existe possibilidade.”
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