1. Spirit Fanfics >
  2. Ninguém Sabe >
  3. 10

História Ninguém Sabe - 10


Escrita por: ismary

Notas do Autor


>> plágio é crime.

"Você era tudo que eu queria James, você era sol que me aquecia nos dias nublados, era chuva nos dias mais quentes da minha vida, você era o que eu sempre sonhei pra mim. Você era. Você se foi."

Capítulo 10 - 10


Fanfic / Fanfiction Ninguém Sabe - 10

 

            ~ Alguns dias depois ~

                P.O.V  Susan Campball..

Hoje com certeza era o dia mais esperado da minha vida. Fazia exatamente quatro dias depois da festa do Tyler. E também fazia quatro dias depois daquela incrível proposta que papai me fez. Eu estava feliz por saber que o meu desejo iria se concretizar, feliz por saber que iria sair um pouco dessa casa, estava decidida em esquecer os acontecimentos. Eu estava sentada com o pé apoiado na cadeirinha que havia em meu quarto, me sentia desfocada do local e vidrada nos meus pensamentos, nos quais eu estava perdida...


       - Susan? - mamãe entrou em meu quarto.
 
      - Sim mãe? - a respondi sem interesse algum com o olhar vidrado para meu reflexo, no espelho logo a frente da minha cama.

       - O carro do seu pai está lá em baixo. - assenti positivamente. - Filha, você realmente quer ir pra lá? - voltei meus olhos para ela enquanto fazia uma expressão de não estar entendendo. - Ah Susan, você não precisa ir. Tem 17 anos, sou muito apegada a você filha.

         - Mãe... -  fitei com seriedade. - Ele é meu pai. - sua semblante ficou murcho. - E eu quero ir, vai ser bom eu sair um pouco daqui. E acho que Tyler também deveria vir, ele também é muito apegado ao papai.

        - Tyler é uma criança, Susan, ele tem apenas 6 anos. - revirei os olhos. - Olha, você quer ir, pode ir. O Tyler dessa vez não vai... Susan, você tem que por na sua cabeça de uma vez por todas, que seu pai e eu não vamos voltar e que você está comigo e não com ele, não quero brigar mais com você filha. - Naquele momento, eu senti a ficha cair. Senti que nunca mais iria ter meus pais juntos de novo, papai estava seguindo a vida dele, e mamãe, por incrível que pareça, estava fazendo o mesmo. Pude sentir o gosto amargo do arrependimento. Arrependimento de não ter aproveitado tudo que tinha para aproveitar e muito menos ter dado o verdadeiro valor que meus pais mereciam.

       - Não vou ter 17 para sempre mãe. Sou quase uma adulta. - ela sorriu. - Minhas coisas já estão prontas, é melhor eu não me atrasar. Volto em uma semana.. - ela fez uma expressão de seriedade. - Não vou fugir. Vou vir quase todo dia aqui mamãe, não se preocupe. - disse me levantando e arrumando o cabelo para sair.

       - Susan? - direcionei meu olhar para ela, ainda na frente do espelho.

      - Sim? - falei.

      - Eu espero que você se divirta essa semana na casa do seu pai. E não se atrase pra escola. - ela continuou.

      - Pode deixar. - respondi me virando para ela. 


Desci as escadas com pressa e logo avistei as malas ao lado da porta. Ouvi Martins cantarolar na cozinha enquanto Tyler falava do quanto gostou do seu carrinho novo que ganhou de Justin. Eu não quis ir até lá para me despedir, pois Tyler havia chorado muito por não poder ir. De qualquer forma, seria falta de educação, então decidi ir me despedir.

        - Zan? Você já vai? - assenti positivamente. - Me leva na mala? 

        - Tyler ... - disse entre risos. - Não posso levar você meu neném, mas na sexta eu posso vir buscar você pra passar o dia todo comigo e com o papai. O que voce acha? - ele assentiu positivamente com lágrimas nos olhos. Era um pouco engraçado a forma que Tyler se conformava com aquilo.

        - Martins... Cuide bem do nosso pequeno soldado.

         - Com certeza. - ela respondeu entre sorrisos largos. Dei um beijo na testa de Tyler e fui pegar as malas.
   Sem ao menos tocar na mesmas, ouvi o som da campainha, abri a porta e me deparei com papai, ele estava com um copo enorme de café em sua mão direita. Assim que me viu, abriu um enorme sorriso e eu retribui com um abraço forte e demorado.

       - Vamos? - ele disse ainda me abraçando.

      - Vamos sim pai. - demorei mais alguns segundos até solta-lo.

       - Temos muitas coisas pra conversar filha, vai ser uma ótima semana. - afirmei com um sorriso largo.

        - Espero que vocês se divirtam. Susan esperou muito por isso Jonas. - Mamãe havia aparecido na porta sem fazer barulho algum.

       - Eu sei. Eu fiquei um tempo sem contato com ela, e vai ser bom pra mim ficar aqui por algum tempo também. - ela assentiu. - Bom, vamos Susan?

        - Vamos pai. - olhei para mamãe e ela sorria olhando para mim e para papai. - Mãe? - a interrompi.

        - Sim? Ah... Me ligue quando chegar lá. - assenti positivamente. 

Papai pegou minhas malas e levou até o porta malas, enquanto eu entrei dentro do veículo. Sua Hilux prata era extremamente chamativa, tenho que admitir que meu pai não curtia coisas baratas, muito menos carros. Olhei para porta de casa e mamãe ainda estava lá, parada, observando papai. Me perguntei se era possível ainda existir algum sentimento, já que meus pais foram casados a 24 anos. Quando papai entrou no carro, evitei continuar olhando para mamãe. Foi então que partimos...

      -  Então filha, estou a ouvidos... - meu pai era ótimo em me ouvir. - Se interessou por alguém aqui na cidade?

     - Tem certeza que quer falar sobre garotos, pai? - ele riu.

      - Claro. Você é minha filha, tenho que me atualizar nas coisas não é? - confesso que fiquei surpresa com aquela atitude dele.

      - Tudo bem... Eu tava namorando um garoto chamado James.

      - James? Parece nome dos gordinhos que estudavam comigo na escola. - rimos. - Quando vou conhecê-lo?

         - Nunca. - suspirei.

         - Como assim, "nunca"? Ta com vergonha de apresentar seu namorado pro paizão aqui? - revirei os olhos.

        - Não é isso pai. Nós não estamos mais namorando por idiotice dele, por falta de maturidade.

        - Ele magoou você? Quer que eu mate ele? - soltei uma risadinha.

        - Esta tudo bem papai, agora esta tudo bem. - eu nunca me importei pelo meu pai ter ciúmes de mim. Até porque sou a única filha dele, mas ciúmes era um palavra que não existia em seu vocabulário.

          - Tudo bem... Ah, eu andei falando com sua prima Stephanie, ela perguntou se você e disse que esta com saudades. - não me lembro de muita coisa de quando eu era pequena, mas com certeza eu lembrada da minha prima Teff, ela cuidava de mim como se fosse sua filha. - Ela agora é mamãe de duas menininhas, e adotou mais outra.

        - A Teff é mãe? Não acredito pai, nossa que notícia maravilhosa. E ela ta por aqui em Seattle?

         - Ela esta morando em Londres, Inglaterra. Quando você fizer 18 anos eu levo você pra ver ela. - assenti positivamente. - Ta ansiosa pra ver seu novo quarto por uma semana?

        - Eu vou ter um quarto só pra mim? - o fitei.

        - Claro querida, eu fiz questão de escolher tudo com a ajuda da Scarlett. - revirei os olhos.

        - Pai, o que essa mulher é sua? - ele deu um risinho sarcástico.

         - Querida, fica tranquila que Scarlett e eu somos apenas amigos e não vamos passar disso, ok? - assenti positivamente.

Depois de alguns minutos, papai encostou o carro na frente de uma casa da marrom claro, as portas eram extremamente grandes, o que não se destacava porque o tamanho da casa era com certeza o mais chamativo.

        - Pode entrar, eu vou levar suas malas. Seu quarto é o primeiro a direita. - assenti positivamente.

A porta estava encostada, então palpitei que Scarlett estava lá. Assim que entrei, fiquei surpresa pela imensidão dos corredores, as paredes eram brancas com luzes nas paredes, elas levavam a uma enorme escada e a um corredor que levava a cozinha. Quando cheguei a escada, olhei para minha direita e vi a sala de estar, e na esquerda, a sala de jantar, me perguntei o porque papai tinha comprado uma casa daquele tamanho já que ele não gostava de morar em Seattle. Decidi deixar as perguntas um pouco de lado, subi as escadas na qual me levou direto para a porta do quarto de meu pai, que se encontrava aberta. Olhei para direita e vi a porta do quarto que meu pai havia nomeado de "seu quarto é o primeiro a direita".
Quando entrei, observei todos os detalhes, meu pai havia mandado decorar meu quarto exatamente como era antigamente. Minha cama ficava no centro do quarto, ela estava com uma coberta que eu havia dado de presente para papai com as bandeiras dos países que ele já conheceu, a parede atrás da mesma foi decorada com pisca pisca, as paredes eram da cor azul clara com listras brancas, havia um guarda roupa não muito grande e uma mesinha com alguns acessórios em cima, caminhei até a janela e vi que a vista era pra um jardim que ficava atrás da casa, eu sempre gostei muito de flores, então ali com certeza seria o lugar onde eu mais passaria boa parte do tempo. Olhei para o lado e deitei em minha cama, fechei os olhos para sentir o aroma doce que tinha ali, depois de alguns minutos, ouvi meu celular tocar, o peguei e vi que novamente James estava me ligando. Dessa vez eu atendi sem exitar...

Ligação onn ;

            - O que você quer? - respondi com ignorância.
   
        - Susan, a minha mãe... - eu franzi as sobrancelhas e rapidamente me veio um palpite. - A minha mãe esta morta.

        - Morta? - repeti. - Não pode ser... E-ela não estava fazendo tratamento?
    
       - Os medicamentos eram fortes demais. - James estava com a voz rouca, tive certeza que ele perdeu seu tom alto e grave por gritos desesperados e choros. - Já faz dois dias.

         - E o seu pai? E você, como você está? - (silêncio).

         - Nós já sabíamos que ela não iria suportar e ela também sabia mas preferiu lutar até o último minuto. - ouvi sua respiração um pouco ofegante.

          - Ela sempre foi forte. Agora é sua vez de ser.

          - Logo estarei voltando pra Seattle. 

         - Seu pai virá com você? 

        - Sim. Ele vai passar um tempo comigo.

        - Uhum...

        - Susan, nós podemos conversar?

        - Já estamos conversando.

       - Eu quero dizer, conversar sobre nós dois.

       - Não existe mais nós dois James. Já deixei isso bem claro, você não acha?

       - Susan, eu te amo.

       - Eu amava você demais James, tanto que quando ouvi aquela maldita voz, eu não quis acreditar. Eu amo você, mas o meu amor foi se transformando em raiva, mas quer saber? Não tenho mais raiva de você. Tenho pena, pena de ver quem você se tornou com apenas uma viagem. Você era tudo que eu queria James, você era  o sol que me aquecia nos dias nublados, era chuva nos dias mais quentes da minha vida, você era quem eu sempre sonhei pra mim. Você era. Você se foi. E levou tudo com você sem ao menos saber se eu precisava de algo, e quer saber? Eu precisava. Eu precisava de você. Não vamos tentar concertar uma coisa que nós dois sabemos que não tem mais volta. Lamento pela pela sua mãe, do fundo do meu coração, mas tenho que desligar. Você perdeu muito mais que uma garota James, você perdeu quem te amou de verdade.

Ligação off ;.
      


Notas Finais


Espero que gostem amores XD


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...