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História Ninguém Sabe - 15


Escrita por: ismary

Notas do Autor


>> Plágio é crime <<

"E isso fazia eu me odiar, o pior de tudo é que eu ainda sentia nossos corpos colidirem, podia sentir nossas respirações ofegantes..."

Capítulo 15 - 15


Fanfic / Fanfiction Ninguém Sabe - 15

Papai e eu entramos no carro e logo ele deu a partida, através do retrovisor de dentro notei que no banco de trás havia uma caixa de cor bege, eu estava curiosa e queria perguntar para papai o que havia dentro da mesma, porém, optei por ficar quieta.

- Susan? - papai disse olhando para direção.

- Hm? - despertei.

- Está se perguntando o que tem na caixa não é? - ele me olhou e eu assenti positivamente. - Eu também estou. - franzi as sobrancelhas devagar.

- Como assim? - perguntei olhando novamente para o retrovisor.

- Chegou hoje de manhã, só coloquei no carro e vim te buscar. Acho que é pra você!

- Pra mim?

- Uhum... É, será que minha filha tem admiradores secretos?

- Pai não viaja, devem ter mandado por engano.

- Claro que não... Tem seu nome escrito nela. - eu estava realmente encucada porque não fazia idéia de quem tinha me mandado aquela caixa. - De qualquer forma, só abra quando chegarmos em casa. - concordei com a cabeça.

- Ah, Susan, me perdoe por não ter ido te buscar, sua mãe me disse que estava morrendo de saudade de você e por isso me pediu pra deixar você lá. - revirei os olhos.

- Ela me contou e tivemos uma conversa sobre isso!
 
- Já falei pra não discutir com ela.. - papai sempre soube que raramente eu e mamãe conversávamos numa boa. Sempre fui explosiva. - Sua mãe só quer estar perto de você Susan, da uma chance.

- Acontece que eu vivi a minha vida inteira do lado dela pai, ela sabe disso mas age como se eu fosse abandonar ela e o Tyler de uma hora pra outra.

- Ela é protetora.

- Ta mais pra melosa e antiga.

- Susan...

- Ta.

Seguimos o resto do caminho em silêncio. O dia estava quente porém havia algumas nuvens no céu, eu estava torcendo que chovesse, eu adorava chuva e frio, era completamente apaixonada por tudo que fosse gelado. A cada sinal que meu pai parava, eu perdia um pouco de paciência, eu estava ansiosa para chegar em casa e ver o que tinha dentro daquela caixa. Depois de alguns minutos nós havíamos chegado.. Peguei a caixa e dei passos apressados para dentro da casa, papai abriu a porta e sem ao menos chegar direito, subi as escadas e fui para meu quarto.

- Como é bom estar aqui de novo. - falei para mim mesma. - em seguida me sentei na cama e abri cuidadosamente a mesma.

- Cuidado hein! - papai estava na porta do meu quarto. - sorri com os olhos um pouco arregalados pois havia me assustado um pouco. Abri a caixa lentamente e vi que tinha uma pequena carta com um quadro.

- Ah meu Deus, pai...

- O que? O que ta escrito?

- "Querida Susana Campball Fittipaldi...
Somos da Academia de Teatro ll, recebemos o seu e-mail nos contando sobre sua paixão por Teatro. E viemos por meio desta carta, anunciar que, eu, Ian Stons, líder do grupo de Teatro, convido você a participar do mesmo. Sua audição será nesta sexta às 15h, aguardamos você ansiosamente.   Atenciosamente, Academia de Teatro ll."

- Ah meu Deus, Susan...

- Eles me convidaram pra fazer parte do grupo deles.

- Sim querida, mas você não me contou que fez teste para participar do grupo de teatro...

- Pai eu não fiz, eu... Eu estou indignada porque não sei como isso aconteceu. - papai franziu as sobrancelhas. - Eu nem conheço essa... - rápidamente lembrei que o teatro que solicitou a minha presença era o mesmo que o Justin fazia parte.

- Susan?

- Pai, pode me dar um minuto? Eu preciso pensar em algumas coisas... - papai assentiu positivamente fechando a porta logo em seguida. Olhei para meu celular que estava em cima da cama e sem exitar eu o peguei rapidamente. Disquei o número de casa mais não tive sucesso na ligação, então optei por ligar diretamente no celular da pessoa solicitada..

- Eu sabia que fazia falta mas não imaginava que era desse tanto. - Justin atendeu e já foi respondendo num tom um pouco sárcastico.

- Justin cala a boca e apenas responda o que eu perguntar, ok?

- Hmm, ta mandona... O que você quer? - respirei fundo.

- A academia de teatro que você faz parte me mandou uma carta, pedindo que eu fosse pra audição na sexta as 15h.

- E?

- Como assim? Você me colocou nessa?

- Você não ta feliz? É complicado entrar lá minha querida, deveria me agradecer.

- Eu to feliz, só estou meio...

- Surpresa? - ele me cortou.

- É. - afirmei.

- Não deveria!

- Como não?

- Susan, pessoas com talentos enormes são raras de se encontrar. Por incrível que pareça, eu moro com um talento e tanto.

- Olha não vem querer pagar de bom moço não, eu te conheço.

- Duas coisas Susan. Primeira, você acha que me conhece e segundo, posso ser um ''idiota'' como você diz, mas eu sei valorizar talentos tudo bem? Você e eu somos da mesma família, é claro que eu iria te ajudar. - bufei revirando os olhos mesmo sabendo que Justin não estava presenciando aquilo. - Se era só isso, eu tenho o que fazer.

- Justin... É... Obrigada!

- Me agradece depois, de outra forma...

- Não se.. - antes mesmo de terminar ouvi o outro lado da linha ficar mudo.
Desliguei o telefone e me joguei na cama, deixei um sorriso escapar por ter ganhado um elogio do Justin, confesso que aquilo me motivou bastante. Naquela tarde eu fiquei completamente jogada na cama apenas mandando sms e vendo alguns vídeos no YouTube, quando foi por volta das 15hr, ouvi o telefone do escritório do papai soar e após dois toques parou, ignorei aquilo e voltei a me concentrar no que estava fazendo...

- Susana! - papai entrou no quarto sem exitar, dua voz soou brava e alta.

- Eu não fiz nada! - me defendi.

- Claro que fez. Susan, sabe quem era no telefone?

- Não. - afirmei.

- Era o diretor da sua escola.

- O Sr. Mapelli? - ele assentiu. - E o que ele queria? - papai bufou vindo em direção a cama, sentou-se, e revirou os olhos.

- Susan, você anda tendo muitas faltas! Você tem que ir pra escola ou sua mãe não vai mais te deixar aqui e aliás, vão querer tirar sua guarda da sua mãe.

- Pai, eu não sou mais criança.

- Sério? Porque você está agindo como uma. - fitei papai sem entender, franzindo as sobrancelhas. - Não me olhe desse jeito porque você sabe que é a verdade, você está agindo sim como uma criança. E não adianta fazer cara feia porque amanhã você vai pra escola.

- Ta bom! - disse revirando os olhos. 

- Agora eu vou indo...

- Você vai pra onde? - perguntei.

- Na escola, tenho que assinar a sua quantidade de faltas...

- Pai você não...

- Eu sim Susan, você esta aqui comigo e é minha obrigação cuidar de você. - revirei os olhos. - Vê se não se mete mais em problemas.

                P.O.V Jonas Campball on...

Eu estava chateado com a Susan por ela não ter tido responsabilidade suficiente pra cuidar de uma coisa que é necessário pra ela, os estudos. Ela tem 17 anos mas as vezes age como uma criança de 8, e isso é bem estressante e desgastante! Susan sempre foi uma boa menina, sempre interessada nos estudos e focada em todos os objetivos, porém, ela anda meio "distraída" com coisas fúteis. 

           ~ alguns minutos depois ~

A sala do Sr. Mapelli era imensa e as paredes escuras, imagino que os alunos não gostariam nada de serem chamados aqui.

- Hora hora se não é o grande Jonas Campball Fittipaldi. Desculpe por tomar seu tempo Sr. Campball.

- Fittipaldi. - o corrigi.

- Bom, eu imagino que o Sr seja um homem muito ocupado, então não vou tomar muito seu tempo. O Sr só precisa assinar o termo de faltas da Susana.

- Claro. - o diretor Mapelli abriu uma gaveta média e procurou alguns papéis, eu imaginava que seriam muitos por conta da quantidade de folhas que haviam dentro da gaveta. - Ela perdeu alguma prova importante? 

- Não chegou aos meus ouvidos que ela tenha perdido mas eu creio que não. A Susana é uma boa aluna, é inteligente, tem ótimas notas. - respirei aliviado. - Vou procurar me informar se ela perdeu algo de importante e entro em contato com o Sr passando as informações básicas e o preço da prova. - Mapeli virou-se para mim colocando sobre a mesa dois papéis com algumas coisas escritas. - É só assinar ali em baixo. - assenti positivamente.

- Mais alguma coisa Sr. Mapelli?

- Ah não, era só isso mesmo. Como eu disse, qualquer coisa eu entro em contato com você.

- Ótimo. Bom, obrigado.

- Até logo.

                    P.O.V Jonas Campball off...

              ~ Susan On: ligação - Amber ~

- Meu pai foi na escola assinar minhas faltas..

- Ai Susan... Você também deveria ter imaginado que isso aconteceria, você faltou bastante. - revirei os olhos.

- Amber eu literalmente não estou afim de discutir com você sobre o assunto.

- Claro bolinho, você tem razão. - Amber tinha uma mania de colocar apelidos estranhos em mim e o pior é que ela sempre mudava para outro pior que ela julgava ser "mais engraçado/fofo". - Você andou conversando com o James?

- Não... Faz um tempinho que não conversamos.

- Decidiu se vai dar uma chance pra ele?

- Eu ainda to confusa. Não quero pensar nisso.

- Susan o que aconteceu?

- Como assim? - disse em meio de risadas.

- Você era apaixonada pelo James e do nada fica nessa indecisão. Vocês se amam, não é?

- Eu não sei.

- Susana, somos amigas e eu te considero minha melhor amiga... - Amber era uma boa amiga, porém eu nunca considerei ninguém minha melhor amiga. - Me conta o que aconteceu.

- Olha... Amber... Eu gosto demais de você e você é uma pessoa incrível mas eu não posso contar o que ta acontecendo, até porque nem eu sei exatamente o que é que ta acontecendo.

- Você não confia em mim Susan?

- Não é isso Amber.. - bufei - Só não sei o que ta acontecendo direito.

- Então quando soub...

- Eu vou te contar quando me sentir confortável. - engoli seco e por alguns segundos a ligação muda. - Amber.. Eu...

- Tenho que desligar, minha mãe ta me chamando. 

- A gente se fala mais tarde? - questionei.

- Eu não sei. Tchau.

         Ligação off

Amber com certeza tinha ficado brava por eu não ter contado o que tava acontecendo. Mas o que eu ia dizer? Dizer que transei com meu padrasto e que sou uma completa idiota por ter deixado isso acontecer. A pior parte foi que eu quis, e eu não podia acusar ninguém mais além de mim, porque eu quis, eu quis tanto quanto outra qualquer coisa. E isso fazia eu me odiar, o pior de tudo é que eu ainda sentia nossos corpos colidirem, podia sentir nossas respirações ofegantes, o suor de nossos corpos se misturarem. Tentei descartar todos os pensamentos que envolviam possibilidades de Amber estar brava, com isso, rolei por alguns segundos na cama tentando pegar no sono mas não obtive resultados, coloquei meus fones de ouvido e escolhi uma música aleatória...

- Susan?

- O que você ta fazendo aqui? - era Scarlett. - achei que tivesse morrido.

- Credo Susan! - dei de ombros.

- Seu pai saiu?

- Você não viu ele por ai? - ela negou com a cabeça. - Então ele ainda não voltou.

- Entendi.

- Era só isso?

- Estou atrapalhando você? - Scarlett perguntou.

- Está. Eu estava ouvindo musica.

- A cada dia que passa parece que você esqueceu como se age com educação.

- Não esqueci não fofa, eu só não tenho interesse em usa-lá com você. - Scarlett bufou enquanto eu dava um sorriso sarcástico. - Agora, se você me der licença... - disse apontando para porta.

- Ótimo. Aliás, seu namoradinho ta lá em baixo.

- James? 

- Você tem outro?

- Não tenho nenhum. - respondi.

- Tanto faz. Ele ta te esperando lá em baixo. - me levantei sem pressa alguma, enquanto via Scarlett entrar em seu quarto no final do corredor. Eu realmente não gostava dela.

- Oi James. - disse um pouco desanimada.

- Que carinha é essa?

- Scarlett me irrita...

- Normal... - James disse em meio de risos. - Porque você não gosta dela?

- É... - engoli seco. - Po-porque...

- Susan? - o fitei séria. - Porque?

- É.. Porque ela fica no meu pé ué. Eu odeio isso e você sabe.

- Uhum... Mas então. Eu vim aqui te entregar isso aqui..

- O que? - questionei.

- Não tem graça entregar assim, fecha os olhos. - eu estava curiosa mas optei por obedecer. - Pode abrir.

- Ah meu Deus, James.. Ele.. Ele..

- Sim Susan... - James respondeu em meio de risos. - É um macho. - James havia comprado um cachorrinho da raça pug da cor preta.

- Ele é lindo, ai meu Deus... E qual o nome dele?

- Susan ele é seu, você pode colocar o nome dele do jeito que quiser...

- Sério? - James assentiu positivamente. - Então vou pensar num nome bonitinho pra ele.

- Tudo bem... Susan?

- Hã? - respondi voltando minha atenção para James.

- Você quer sair comigo?

- Sair com você? 

- Sim, mas não precisa ser hoje, posso te pegar na sexta a noite. Eu to precisando conversar com alguém, preciso falar sobre minha mãe e você é a única pessoa que eu confio pra falar sobre esse assunto, entende?

- Claro! - engoli seco. Eu odiava o que as situações me faziam passar perto de James, me ''forçando'' a ficar o mais próximo dele possível. - Na sexta então.

- Eu te mando mensagem então.

- Combinado. - James veio em minha direção e eu paralisei. - É... Fica bem. - o cumprimentei dando um beijo em sua bochecha.

- Cuida bem do meu amiguinho. - assenti com um sorriso no rosto.

Subi para meu quarto com aquela bolinha em meus braços, ele era fofo e dava vontade de morder. Eu fiquei me perguntando o que levou James a me dar o cachorro de presente, pois ultimamente eu tenho sido bem seca e arrogante com o mesmo... De qualquer forma, aquilo me provava que ele realmente gostava de mim e eu apenas ignorava a situação por conta da minha indecisão, mas, eu estava disposta a mudar aquela situação toda, só não sabia como e nem quando.

- Filha?

- Oi pai. - voltei minha visão para a porta que agora se encontrava atrás de mim.

- Olha só, mas o que temos aqui... Quem é esse carinha? - papai perguntou tirando o cachorro dos meus braços.

- É um presente do James. - falei.

- James? - papai perguntou me olhando fixamente.

- Sim. Ele veio aqui deixar agora pouco. - perguntei desviando o olhar.

- Conversamos sobre isso depois. Mas então, qual o nome do nosso amigão? - papai perguntou enquanto brincava com o cachorro em seus braços.

- Ainda não sei pai, to pensando.

- Vamos colocar o nome dele de ...

- Max! - o interrompi.

- Max? - questionou ele.

- Sim papai, eu sempre quis ter um cachorro com o nome de max.

- Tudo bem então, nosso novo amigão se chama Max. Tyler vai ficar doido quando ver ele! - assenti positivamente.

- E o que deu lá na escola? - perguntei.

- Seu diretor vai me mandar um email caso você tenha perdido alguma prova importante. - eu apenas assenti engolindo seco. - Susan, filha...

- Ai pai, eu já sei.

- Eu me importo com você Susan.

- Eu sei pai, me desculpa tá? Eu não vou mais faltar... Prometo. - ele assentiu dando um pequeno sorriso. - Pai, pode fazer um enorme favor? Eu acho que nosso amiguinho ta com fome, pode pedir pra Scarlett comprar algumas coisas pra ele?

- Eu mesmo vou filha, aproveito e levo ele pra andar um pouquinho. Ta calor hoje, será bom pra ele.

- Tudo bem. Vou tomar um banho e aproveitar meu ultimo dia de férias... - disse num tom de brincadeira.

- Susana, Susana... - papai disse enquanto descia as escadas.

- Eu também te amo pai.

Encostei a porta de meu quarto, e peguei meu celular para mandar alguns sms para Amber, apesar que eu sabia que ela estava brava comigo, não custava nada tentar..

    * Amber... James acabou de sair daqui, ele me trouxe um cachorrinho lindo, é um pug, eu sei o quanto você ama cachorros então ta convidada de vir aqui ver ele. 
                                                                                                            ~ XOXO Susan ~ *

Assim que enviei, fui direto para o banho e coloquei uma playlist pra me distrair. Eu era daquelas pessoas movidas por musicas, tudo pra mim era movido com musica. Apesar de ter colocado a playlist, não demorei no banho pois ultimamente eu estava me cansando fácil. Coloquei um pijama qualquer e deitei, olhei no relógio que marcavam 21h, continuei ouvindo musica, até que um pouco depois eu consegui adormecer.


Notas Finais


Espero que gostem meus amores ❤


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