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História Ninguém Sabe - 16


Escrita por: ismary

Notas do Autor


>> Plágio é crime. <<

"Seja positiva e tenha força de vontade que você alcançará todos os seus objetivos."

Capítulo 16 - 16


Fanfic / Fanfiction Ninguém Sabe - 16


                ~ Alguns dias depois... ~
Era exatamente 06:30 da manhã, eu estava terminando de me arrumar para ir pra escola, a semana foi até tranquila por sinal, já que a todo tempo eu imaginava que iria ouvir muitas baboseiras dos meus professores.

- Susan? - papai entrou no quarto sem bater e eu apenas o olhei através do reflexo do espelho interrompendo meu ato de pentear o cabelo. - Não se atrase, vou te deixar na escola e em seguida vou deixar sua bolsa na casa da sua mãe.

- É sério que vou precisar voltar pra lá? - perguntei desanimada.

- Querida.. Sua guarda está com sua mãe, eu não posso ficar com você mas do que isso, você ta comigo já faz duas semanas e isso porque você quase surtou naquele dia que sua mãe pediu pra você ficar lá, se lembra?

- Como eu poderia esquecer. - disse revirando os olhos e voltando a fitar a mim mesma.

- Me desculpe, eu estarei no carro...- apenas assenti.
Mamãe havia ligado para meu pai reclamando pelo tempo que eu estava passando aqui. A atitude da mesma me fez estremecer de raiva, eu mal via meu pai e agora que ele veio passar uns tempos aqui, tenho a quase oportunidade de ficar mais perto dele e o que ela faz? Tenta me manter o mais distante possível. Isso realmente me irritava mas tentei deixar de lado e voltar a atenção pro meu cabelo.

- Pronto. - disse para mim mesma depois de fazer um rabo de cavalo. Coloquei um vestido que ia até o meio das coxas, com alças um pouco finas e um pequeno decote. Em seguida coloquei meu amado all star, peguei minha bolsa e desci, estava um pouco desanimada pra ir a aula e queria passar o resto da manhã com papai. O que era praticamente impossível. Cheguei a porta do carro e dei duas pequenas batidas no vidro para que meu pai abrisse, e assim o fez.

- Animada? 

- Pai, por favor... - disse colocando os cintos de segurança.

- Desculpe. - ele respondeu e logo após deu uma risadinha baixa.
Seguimos o trajeto em absoluto silêncio, eu adorava isso no meu pai, adorava que ele percebia quando eu não estava nem um pouco afim de conversar ou até mesmo olhar para alguém. Então ele respeitou isso e continuamos em silêncio até a porta do colégio.

- Tenha um bom dia querida. - apenas assenti torcendo um pouco os lábios.
Abri a porta do carro com cautela e fechei a mesma sem olhar para trás, eu estava com medo de ter algum contato visual com papai, tive certeza de que ele estava me olhando sem mesmo precisar me virar para conferir. Não via a hora de me formar e ficar "livre" dos estudos, eu me sentia totalmente por fora de tudo, dos grupinhos, dos assuntos, fora de coisas que antes me faziam bem e que agora, tanto faz. Caminhei sem pressa alguma até minha sala e assim que cheguei na porta, vi Amber e Luke sentados um ao lado do outro, Amber posicionou sua mão na maçã do rosto de Luke e eu palpitei que a mesma iria puxa-lo para um beijo, até que ela me viu e voltou a sua antiga posição. Respirei fundo e continuei caminhando até minha mesa que não era muito longe da porta, eu tinha um pouco de miopia, então optava por sentar o mais perto possível da lousa. 

- Susan? - era Emily. Confesso que eu a olhei um pouco assustada.

- Oi Em. - respondi enquanto dava alguns passos para cumprimenta-la.
- Nossa, quanto tempo... - ela envolveu seus braços em volta de mim.

- É... Faz um tempo mesmo. Perdi algo de importante? - perguntei enquanto me soltava do abraço.

- Não... Ah... Aliás, hoje aquele grupo de teatro virá aqui nos fazer uma visita.

- Ah que bom... - soltei um pequeno ar de "isso não me interessa". - Pensei que eles já tinham vindo. - disse enquanto voltava para minha mesa e me sentava.

- Eles vieram, mas não passaram aqui na sala. Ouvi boatos que tem um ator muito gato no elenco.

- É? - ela assentiu. - Que bom, se for mesmo, tente fletar com ele sem ninguém perceber. - Emily deu um risinho e juntou sua mesa com a minha. 

- Com certeza. - ela afirmou dando risada.

- Bom dia meus queridos. 

- Bom dia Eleonor. - Eleonor era minha professora de artes. 

- Pessoal, a aula hoje será um pouco diferente, como vocês devem saber nós iremos receber um grupo de teatro aqui na sala. Dêem as boas-vindas ao grupo Academia de Teatro ll. - quando minha professora anunciou o nome do grupo, eu gelei. Por completo. Meus olhos foram acompanhando cada pessoa que entrava na sala, e para minha má sorte, ali estava ele. Justin. - Olha só, então pessoal, eles vieram falar um pouco sobre a peça que eles estão apresentando aqui na cidade... - enquanto a professora falava eu não pude ignorar os comentários um tanto eróticos das meninas que estavam atrás de mim. Também não pude ignorar as olhadas de Justin para mim e seu pequeno sorriso de canto, malicioso. Emily por um momento franziu as sobrancelhas fitando o mesmo, e pude perceber que sua respiração começou a ficar intensa. Ela pôs uma das mãos na coxa com delicadeza e foi pressionando e no mesmo ritmo, olhava para Justin, que no entanto, olhava agora para a professora.

- Professora? - eu a interrompi e no mesmo momento pude sentir minha pele começar a esquentar por conta da vergonha pelo alto número de pessoas que me olhavam.

- Sim Susan?

- Posso ir ao banheiro? - perguntei olhando para baixo.

- Tudo bem Susan, mas não demore. - assenti positivamente e me levantei com um pouco de pressa.
Eu realmente não entendia o porque quis sair dali, mas ver Emily tendo "quase desejos" pelo meu padrasto me deu ânsia. Acelerei um pouco os passos e subi uma pequena escada que ligava o 1° andar com o 2°. 

- Ei.. - senti meu braço ser puxado para trás. - O que você tem?

- Você ficou doido? Eu só quis ir no banheiro. - Justin realmente conseguia me irritar.

- Acha que eu não percebi como você ficou quando viu a sua amiguinha apertar as coxas me desejando?

- Mas é muito convencido mesmo né? Como pode ter tanta certeza que ela tava desejando você? - disse puxando meu braço de volta.

- Susan, ela é uma adolescente, sei perceber quando uma garota me deseja. E posso sentir isso em você.

- Você é louco. - comecei a andar quando Justin puxou novamente meu braço. 

- Ela abriu as pernas pra mim na sala.. Você viu?

- O que? - engoli seco.

- A sua amiguinha abriu as pernas devagarzinho pra mim na sala, assim que você se levantou.

- É? Que legal. Agora me solta. - disse novamente puxando meu braço.

- Ah Susan, você sabe exatamente como me provocar. - Justin me puxou para dentro de uma sala, que julguei ser a da diretora, por azar o meu ela estava vazia.
Justin me prenssou na porta enquanto me beijava, suas mãos começaram a andar pelo meu corpo levantando meu vestido, eu não revidei e eu odiava ter aquele tipo de atitude, porém, eu não podia negar que havia uma parte de mim que queria o Justin, queria ele dentro de mim, queria o corpo dele. Justin colocou uma de suas mãos em meio seio enquanto a outra desceu até minha intimidade, afastando o tecido fino que tampava a mesma, ele começou a estimular meu clitóris, em seguida ele me penetrou com dois dedos me fazendo gemer baixo.. 

- Tão docinha.. - ele disse retirando os dedos da minha vagina. - Vamos minha babygirl, quero te ouvir gemer.. - a voz de Justin naquele momento pareceu mais sexy do que o comum, eu estava mordendo os lábios para não gemer, o que parece que se tornou algo quase impossível. Senti seu pau ficar ereto a cada gemido falho que eu dava, e aquilo me excitava muito. - Já ta molhadinha Susan? Mas eu ainda nem fiz nada. Eu quero que você me peça, com jeitinho, pra eu te foder... Vamos Susan, peça... - enquanto Justin pedia para eu quase implorar para ele me foder, ele acelerava a velocidade dos movimentos.

- D-daddy... E-eu... Que-quero... Que você me-me foda! - minha voz soou como uma súplica para Justin.
Justin me levantou entrelaçando minhas pernas em seu quadril, me levando para mesa que se encontrava no centro da sala, ele me deitou devagar na mesma e em seguida abriu o zíper de sua calça jeans. Ele me penetrou e segundos depois, ele começou a acelerar. Justin me estocava rápido e cada vez mais fundo, e meus gemidos eram sincronizados, as vezes alto, as vezes falho e quase rouco, Justin também gemia enquanto me estocava, e aquilo me dava muito prazer.
- Tão apertadinha... - ele disse num tom quase sussurrando. Não demorou muito pra eu atingir meu ápice, Justin se retirou rapidamente o que me fez pensar que ele também havia chegado ao seu limite, quando me dei conta, Justin havia jorrado seu líquido em sua barriga. Ele apoiou suas mãos em volta de mim, e o único som que poderia ser ouvido no local era nossas respirações ofegantes. Levantei rapidamente arrumando a minha roupa, enquanto Justin ficou sorrindo para a mesa. - A gente se vê mais tarde, babygirl. - revirei os olhos e voltei para sala.
Assim que cheguei na mesma, o grupo de teatro já havia se retirado, porém todos na minha sala conversavam sobre algo que eu palpitei ser sobre a peça que eles apresentaram a certo tempo.

- Onde você tava? - Emily me perguntou. - Susan você ta bem?

- Claro que estou. Porque não estaria? - respondi ainda um pouco ofegante.

- Você ta suada, Susan... Parece que saiu correndo de alguém.

- Não... Quem ta suada? Você ta imaginando coisa. - tentei disfarçar.

- Ok então... 

- Conseguiu pegar o número de algum integrante bonito? - Emily no momento se sentou na mesa enquanto revirou os olhos.

- Quem dera. Assim que você saiu, o mais velho saiu atrás, ele disse que não estava se sentindo bem... Uma pena, ele era tão gost...

- Que triste não é Emily. Bom, a professora vai passar mais alguma coisa? Eu quero ir embora. - Emily fez uma expressão confusa mas logo voltou ao normal.

- Não. - ela disse pegando um lápis que estava sobre a mesa. 

- Ótimo... - disse enquanto colocava meu material na bolsa. - Eu vou indo Em, até amanhã...

- Susan? - Emily me interrompeu antes mesmo que eu pudesse dar um passo a mais. Me virei para mesma a fitando curiosa. - Eu posso ir te visitar hoje?

- Acho melhor não... É que... - Emily me fitava com uma certa curiosidade. - É que o Tyler ta doente, é contagioso.
- Ah.. - ela balançou a cabeça olhando em vão para o chão. - Tudo bem então, melhoras pra ele. - sorri educadamente e dei de costas. 
Eu estava atordoada, já não sabia mais quem eu era, o porque fazia as coisas daquele jeito, não sabia mais o que eu sentia. Ainda por cima eu encarava de frente, de novo, a situação pela qual eu prometi a mim mesma que nunca mais aconteceria. Eu tinha vontade de desaparecer do mundo, queria acordar e continuar encarando o teto branco do meu quarto até pegar no sono de novo, eu não tinha mais vontade de sair e por vários e vários momentos, vieram ondas de flashbacks na minha cabeça. Momentos como, meu primeiro beijo com James, todas as vezes que eu e Amber voltávamos tarde das baladinhas e mamãe sempre estava esperando na poltrona antiga que tínhamos na nossa antiga casa, do dia em que Tyler nasceu e papai e eu estávamos ansiosos para ver o rostinho do nosso bolinho novo, danças na chuva com James, os sorrisos que ele arrancava de mim contando coisas banais. Foram momentos tão incríveis, eu não conseguia explicar, são lembranças que eu luto constantemente pra não esquecer.
Eu tinha chegado em casa, estava exausta, decidi subir direto para meu quarto. Eu tive sorte pois quando cheguei não havia ninguém em casa, mas eu sabia que meus momentos de paz não durariam tanto assim, até porque Justin voltaria pra casa o mais rápido possível e Martins deve ter ido buscar Tyler na escolinha. Decidi tomar um banho para tentar relaxar um pouco, coloquei uma música e deitei sobre a banheira, a água estava morna o que era ótimo pra ocasião, aos poucos eu fui fechando as pálpebras até que por fim, adormeci ali mesmo. Despertei com um toque soave na mão, abri os olhos lentamente pois a claridade da luz fazia meus olhos doer, creio que eu havia dormido um pouco mais do que o quase esperado, pois quem veio me acordar era mamãe..

- Que horas você chegou? - ela me perguntou com um sorriso doce.

- Não faz muito tempo. - respondi despertando.

- Que bom, é ótimo ter você de volta minha querida. - mamãe disse depositando um selinho em minha texta. - Vou estar na cozinha preparando algo pra comer. - apenas assenti positivamente.
Decidi colocar um pijama fresco e um tanto curto, o clima estava perfeitamente ótimo, noite chuvosa, e um pouco gelada. Desci sem pressa alguma quando minha barriga começou a roncar, assim que cheguei a cozinha, mamãe e Justin estavam aos beijos, e eu apenas me virei rapidamente..

- Susan? - mamãe disse e eu me virei depressa. - Está com fome?

- Estou. - respondi séria. - O que tem pra comer? - mamãe fez um sinal com a cabeça me pedindo para ir até lá, e eu obedeci. 

- Tem isso aqui... - mamãe havia feito espaguete, porém ainda não havia depositado numa bacia e eu palpitei que aquilo não foi possível porque Justin a agarrou. - E tem essa sobremesa aqui.. - mamãe foi até a geladeira, enquanto Justin se levantava e vinha para trás de mim. Mamãe segurava a porta com sua perna direita enquanto tentava alcançar algo que estava na última prateleira... 
- Susan me ajuda aqui querida, por favor... - antes mesmo de eu começar a caminhar, Justin me deu um tapinha na bunda, puxando um pouco meu cabelo, me fazendo dar um leve suspiro.

- Ai... - deixei escapar.

- O que foi Susan? - mamãe perguntou ainda vidrada no que estava fazendo.

- Eu... Eu... - Justin me olhava com agonia.. - Eu queimei a ponta do dedo na panela. - respondi.

- Ahh Susana, já falei pra tomar cuidado. - mamãe me repreendeu. 

- Desculpe... - continuei caminhando até ajudar mamãe a colocar a sobremesa em um prato um pouco maior.
              ~ algumas horas mais tarde ~
Estava trocando mensagens com James, apesar de tudo eu ainda adorava conversar com ele pois ele sempre foi compreensivo e sempre procurou me ouvir ao máximo, e aquilo de alguma forma despertava o desejo que eu ainda sentia por ele. "Porra Susana" eu pensava comigo mesma, eu transei duas vezes com Justin e ainda sim, me sentia no direito de dizer que amava James. Eu odiava ser indecisa, odiava saber que eu tinha a pessoa certa ali, bem do meu lado e eu simplesmente dizia para mim mesma que tudo havia acabado. Que não existia mais eu e James, e isso me torturava de certa forma, eu me arrepiava apenas ouvindo a voz grossa de James, eu ainda lembrava das nossas brincadeiras, brigas, conversas, conselhos, e dos nossos toques... Aquilo realmente nunca iria sair da minha cabeça, não sairia até porque James foi o cara que eu me entreguei, fora que namoravamos há anos! Porém, eu não poderia negar que Justin também mexia muito comigo, afinal, quem eu estava querendo enganar? Da minha boca saía palavras como "eu não te quero","você me da ânsia", e só eu sabia o quanto meu corpo gritava de prazer toda vez que Justin me tocou. Os beijos dele causavam ondas de calafrios pelo meu corpo, arrepios inexplicáveis, e até mesmo excitação. 
Troquei de lado enquanto observava James digitar, era incrível como ele não cansava de falar, pois eu realmente já não sabia o que falar...
        -- "Você é realmente hilária..." - digitou ele.
        -- "Não é pra tanto." - respondi.
        -- "Você nunca é capaz de assumir algo não é? Sempre evita confessar algo..."
        -- "Como assim? Porque ta falando isso?" - por um momento gelei, mas depois pensei comigo mesma e sabia que James não havia falado isso com algum sentido.
        -- "Nada ué... Eu só me referi ao assunto que discutíamos... Ei, estou indo dormir."
      -- "Tudo bem." - eu queria continuar conversando com ele, mas estava cansada então decidi dormir também. -- "Boa noite."
                       ~ No dia seguinte ~
A sexta tinha chegado e com ela o dia da audição. Tentei manter a calma, o que parecia quase uma missão impossível. Meu professor havia decidido nos dispensar mais cedo o que me deixou um pouco mais feliz por ter mais tempo para relaxar. Estava em casa fritando algumas coisas para almoçar e ir para a audição, todos haviam saído, exceção Martins, porém pedi para mesma que deixasse eu mesma preparar o que queria comer. Depois de terminado, troquei de roupa e peguei um taxi até o endereço do teatro, confesso que estava com frio na barriga, porém, havia uma segurança enorme dentro de mim e eu cheguei até me espantar com aquilo.
- Tudo bem Susan... - falei para mim assim que o taxi parou na frente do teatro imenso. - Você consegue. - respirei fundo e caminhei até a porta de entrada, que se encontrava entreaberta. Caminhei um pouco apressada, enquanto olhava o número que havia escrevido no papel antes de sair, olhava as portas do imenso corredor, até que esbarrei numa moça. Ela era branca, cabelos pretos e olhos azuis... - Me perdoe... - falei.

- Tudo bem... Eu estou perdida e não deveria ter parado no meio do corredor. - franzi as sobrancelhas enquanto dei um sorriso leve.

- Eu também estou perdida. - afirmei. - Você veio fazer o teste pra atriz?

- Vim e você? - assenti positivamente. - Qual o número da sala que você tem que ir?

- 321 e a sua?

- A minha também. - a moça abriu um sorriso educado para mim e eu a retribui fazendo o mesmo. - Ah me desculpe, eu nem me apresentei... Meu nome é Claire. - ela disse estendendo uma de suas mãos para mim.

- Susan. - respondi a cumprimentando. - Olha, Claire, nós podemos procurar juntas se quiser...

- Claro. - a moça afirmou enquanto passava seu braço esquerdo no meu. - Vamos lá.
Claire parecia ser bem simpática, e tinha um estilo pra lá e tanto de charmoso. Ela estava com um chapéu preto, uma blusão cinza, legging e uma bonitinha de salto, suas bochechas eram rosadas num tom maravilhoso que combinada com sua pele. Nós andamos um pouco até que por fim, cheamos na sala 321. Estava um pouco lotada e as pessoas estavam agitadas, algumas até cantando, engoli seco enquanto sentia milhões de borboletas voarem em meu estômago. Sem ao menos ter dado tempo de Claire e eu chegarmos na sala, uma moça de cabelos vermelhos tingidos chegou bem atrás, forçando uma falsa tosse..
- Bom dia meninos e meninas. - sua voz foi despojada. - Sou Hannah, vou ajudá-los nessa primeira fase e quem conseguir passar para segunda, voltará a me ver em breve. Serei bem direta, eu não fui formada pra lidar com fracotes e muito menos com crianças, espero que todos que estejam aqui saibam o que querem de verdade. Tenham em mente que não facilitamos nada pra ninguém, queremos profissionais para teatro, e não  palhaços de rua. Quero que saibam que na primeira fase não será tão fácil quanto pensam, e os testes não serão iguais para todos. - a cada conjunto de palavra que saía da boca de Hannah, eu tremia por dentro, com medo. E naquele momento, a segurança que antes estava tomando conta de mim, agora já havia se escondido como uma criança com medo. - Vamos lá... - Hannah desenrolou uma lista que escondia atrás de seu corpo... - Susana Campball Fittipaldi. - engoli seco.

- Aqui. - respondi.

- Me siga querida... Você será a primeira. - olhei para todos em minha volta, que me olhavam com dúvidas. 

- Vai dar tudo certo. - Claire disse soltando meu braço e balançando a cabeça positivamente.
Eu apenas sorri para ela e me virei para Hannah, que começou a andar assim Claire me soltou. Ela seguia em minha frente sem dizer absolutamente nada, e aquilo me desesperou, de certa forma. Tentei me manter firme e calma, até que Hannah abriu uma porta que dava direto para um palco enorme.
- Boa sorte Susana. - respirei fundo, dando um sorriso rápido em seguida para ela em forma de agradecimento. Caminhei até o centro do palco, havia uma luz forte que focava apenas no centro do mesmo, respirei fundo e olhei para frente. Estranhei pelo fato de não ver ninguém por conta da escuridão que havia em frente.

- Olá Susana. - ouvi uma voz vindo do "além".

- Oi. - respondi dando um suspiro.

- Você sabe o porque não esta nos vendo? - neguei com a cabeça. - Susana... Primeira coisa que você terá que aprender se quiser seguir aqui. Nós queremos respostas concretas, faladas, queremos sentir a sua voz. E não respostas em sinais.

- Tudo bem, desculpe. - falei passando a mal pela minha roupa.

- Ótimo. Agora nos diga o porque deveríamos aprovar você? - era apenas a primeira pergunta e eu já estava tremendo.

- Sempre quis fazer teatro... - antes mesmo de terminar, fui interrompida pela voz.

- Ah Susana, faça-nos favor. Não queremos essas respostas clichês. Todos que passaram por esse palco sempre falam a mesma coisa. - respirei fundo. - Nos convença.

- Eu sempre fui apaixonada por teatro. - continuei com a voz trêmula mas firme. - Acho uma ótima maneira de expressar o que sentimos, o que vivemos e até mesmo o que gostaríamos de viver..

- Não esta nos convencendo. - eu odiava ser interrompida e aquela voz maldita já me deu nos nervos.

- Você pode me deixar falar? - disse num tom um pouco elevado. - Eu demorei muito pra ser chamada em um teatro, pra fazer um simples teste. E agora que cheguei até aqui, vocês vão me escutar sim, eu tenho uma história e quero conta-la e acima de tudo, eu quero vive-la. Eu sou apaixonada por teatro desde que consigo me lembrar, sempre me esforcei pra chegar em algum lugar e nunca conseguia nada, sempre absorvi todas palavras negativas que as pessoas lançaram pra mim, dizendo que eu não ia conseguir, dizendo que por eu ter um pai com ótimas condições eu nem precisava me importar com carreira porque tinha tudo nas mãos. Acontece que eu tenho uma vida, e quero começar a vive-la da forma que eu sempre quis e sempre planejei. - ao terminar o silêncio tomou conta do local. Aos poucos as luzes foi se acendendo e assim comecei a ouvir palmas. Bati os olhos nas pessoas que estavam na enorme bancada que tinha um pouco a frente de mim, e para minha surpresa Justin estava lá e me aplaudio de pé e assim todos os outros jurados o acompanhou. Dei um sorriso aliviada.

- Susana, obrigada por comparecer. Nós entraremos em contato com você. - assenti positivamente.
Fui direto para casa assim que sai do teatro. Assim que cheguei, subi direto para o quarto me jogando na cama, depois de alguns minutos ouvi mamãe gritar meu nome, confesso que aquele berro me assustou um pouco, até que decidi ir até lá..

- O que foi? - perguntei assim que avistei ela e Justin sentados no sofá.

- Amor, conte a ela. - disse sorrindo.

- Contar o que? - engoli seco. Justin deu um sorriso doce se levantando e me entregando uma carta. - Ah meu Deus... Mãe...

- Sim minha filha, você passou. - mamãe afirmou se levantando e em seguida me dando um abraço forte. - Você merece meu amor, sempre se manteve firme em todos os seus sonhos. A mamãe não te disse que com bons pensamentos e muita força de vontade, você iria longe? - assenti com os olhos cheios de lágrimas. - Parabéns por esse passo meu amor.

- Ah mamãe, obrigada por sempre se manter comigo e por me dar forças. - disse a soltando aos poucos.

- Agradeça ao Justin também querida, foi ele que falou do seu sonho pros jurados. - virei séria para Justin.

- Sério? - perguntei ainda séria e deixando uma lágrima escorrer.

- Eu não sou tão chato quanto parece. - Justin disse dando um sorrisinho.

- Obrigada. - agradeci.
 

- Será que eu posso te dar um abraço de parabéns? - olhei para mamãe que sorria radiante e pegava o celular.

- Claro... - Justin me abraçou forte e eu sorri com os olhos fechados. - Obrigada Jus, de verdade. Isso é muito importante pra mim. 

- Agradeça depois querida, você merece. - o soltei, olhando em seus olhos, até que não pude conter o sorriso e Justin fez o mesmo.
Eu estava tão feliz que quase esqueci que traí a confiança da minha mãe, ainda com uma pessoa que estava ao seu lado. Mas, a partir daquele momento eu prometo a mim mesma que nunca mais deixarei Justin me tocar novamente. Estava decidida e muito feliz, e por mais que tivesse com certos problemas, nada poderia acabar com a minha alegria.
 


Notas Finais


Annyeong meus amores, desculpe pela demora, como eu disse, eu ando cheia de coisas... Mas já entrei de férias então sairá capítulo mais rápido! Boa leitura e espero que gostem XD ❤


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