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História Ninguém Sabe - 5


Escrita por: ismary

Notas do Autor


>> plágio é crime.

"Não podemos deixar os convidados esperando."

Capítulo 5 - 5


Fanfic / Fanfiction Ninguém Sabe - 5

 

Após estarmos um pouco mais descansados, James foi ao banheiro e eu encostei na cadeira pensando no que havia acontecido entre nós dois, James e eu nos conhecíamos desde o início do colegial e assim que o vi pela primeira vez, nunca pensei que ele seria o cara por quem eu me apaixonaria e me entregaria pela primeira vez. James era um completo bobão no início, lembro-me de que ele havia sido bem ignorante comigo na primeira vez em que nos falamos, mas nos aproximamos quando ele me procurou para se desculpar. Desde então não nos desgrudamos mais.

 

Eu nunca fui do tipo de garota que sonhava com uma primeira vez romantica, com champanhe, rosas e chocolates; mas tentei me guardar o máximo possível, não me sentia nem um pouco arrependida por ter feito o que fiz, ainda mais por ter feito com ele.

 

Cada toque dele, cada suspiro, cada gemido... Isso tornou tudo extremamente bom e melhor que eu pensei que seria. Eu estava realmente orgulhosa de nós, do que nós fizemos juntos.  Por mais que tudo tenha acontecido em uma mesa. Eu nunca mais olharia para a mesa e não riria aflita; eu sou uma completa maluca sem escrúpulos, mas realmente não ligo.

 

Olhei assustada para a porta da frente da cozinha e arregalei os olhos, oh droga! Me levantei tão rápido que mal pude perceber, e antes que a porta fosse aberta, segurei a maçaneta e passei o trinco.

 

- Susan? É você que está aí, querida? -Martins falou do outro lado da porta e eu senti meu coração mais acelerado ainda.

 

- S-sim, Martins. Sou eu. -engoli seco e cocei a garganta.

 

- Posso entrar? Por que a porta está trancada?

 

- A-ahn... Não... Eu... Eu queimei a comida e está tudo cheio de fumaça. -fechei os olhos em estado de tensão.

 

- Ah querida, me deixe entrar para te ajudar!

 

- Não! -gritei alto. -Quero dizer; não... Se abrir a porta a casa toda vai encher de fumaça!

 

Ouvi seu suspiro.

 

- Esperarei aqui fora. - avisou.

 

- Ta, eu vou dar um jeito dessa fumaça sair e abro a porta, cof cof. - dei uma falsa tosse.

 

Subi para o andar de cima procurando James, estava extremamente desesperada e louca atrás do mesmo. Entrei no meu quarto para ver se o encotrava lá mas a tentativa foi em vão, então ouvi o som da descarga do banheiro que tinha do lado do quarto de minha mãe.

 

- James? - falei quase sussurrando.

 

- Já vou. - ele respondeu aos gritos. Naquele momento eu gelei por completo pois Martins poderia ter ouvido seu grito.

 

- Xiiiiiiii, Martins esta lá na porta. - nesse momento pude ouvir o trinco da maçaneta ser aberta.

 

- O que? O que ela ta fazendo aqui? - dei de ombros. - O que nós vamos fazer agora?

 

- Você fica aqui e eu... Eu vou lá em baixo pegar a sua roupa e você sai pela janela. - ele assentiu positivamente.

 

Desci as pressas até a cozinha, peguei as roupas de James que estavam jogadas no chão e subi no mesmo ritmo. Entreguei suas roupas e fui empurrando-o para janela de meu quarto, ele levou alguns segundos para se vestir e depois me deu um beijo.

 

- Te mando mensagem mais tarde. - assenti positivamente.

 

- Agora vai se não Martins vai desconfiar.

 

- O que disse pra ela? - revirei os olhos pra ele.

 

- Eu conto depois, agora vai. - disse lhe dando alguns tapinhas em seus ombros.

 

- Ei, eu te amo. - eu sorri.

 

- Eu também te amo. - dei-lhe um selinho e ele partiu.

 

Desci para o andar de baixo e abri algumas janelas da cozinha para Martins não desconfiar da minha suposta desculpa. Corri até a porta, respirei fundo e puxei a maçaneta. Assim que abri a porta, me deparei com Martins e Tyler sentados na calçada.

 

- O-oi pessoal... - Martins olhou para trás soltando uma respiração de alívio.

 

- Mas que demora... Porque você está de toalha? - franzi as sobrancelhas procurando uma desculpa concreta pra pergunta de Martins.

 

-  Eu... Eu... Eu tava no banho e esqueci de desligar o fogo. - por um momento, senti que Martins percebeu que estava mentindo. Eu realmente não sabia mentir direito.

 

- Ah... - ela respondeu erguendo uma sobrancelha, balançando a cabeça positivamente. - Vamos entrar, eu faço algo pra comermos. - quando entramos, notei que Martins olhou pras janelas abertas, Tyler saiu correndo para mesa, eu não consegui evitar e soltei uma risadinha boba. - O que foi Su? - disse Martins.

 

- Nada. - parei de rir no mesmo momento,   estava voltando para o andar de cima quando ouvi Martins comentando sobre algo.

 

"- Não tem nada sujo aqui, todas as coisas estão limpas."

 

Tentei não me importar, então voltei a subir as escadas, quando ia entrar em meu quarto, fui até o banheiro para conferir se estava tudo certo. Bom, se James não tinha esquecido nenhum pertence seu lá.

 

Algumas horas depois...

 

Já era quase de madrugada, James e eu tínhamos trocado mensagens desde quando ele saiu daqui de casa. Falamos sobre o quão foi pra ele, e pra mim. James me disse que tinha se impressionado comigo, porque não tinha experiência nenhuma naquilo e pra ter sido minha primeira vez, eu mandei muito bem. Estava com um pouco de fome então fui até a cozinha, assim que estava descendo, notei que havia uma pessoa parada do lado de fora da minha casa. Caminhei devagar até a porta e olhei pelo olho mágico, por alguns segundos tive uma sensação ruim, mas assim que olhei pelo mesmo, vi que era minha mãe, notei também que ela estava acenando para um carro escuro que estava parado ali na frente. Esperei o carro dar a partida e antes mesmo dela procurar a chave, eu abri a porta.

 

- Mãe? Quem estava naquele carro? - estava bastante curiosa, então fui direto ao ponto.

 

- Ai meu Deus, Susan... Quer me matar de susto? - disse ela quase sussurrando e colocando a mão em seu coração.

 

- Me desculpa - respondi em meio de risos. - Vem, você vai me contar tudo. Assim que entramos, nós sentamos no sofá, fiquei de joelhos no mesmo e sentei por cima das pernas. Então ela começou a falar.

 

- Fomos tomar café da manhã juntos.

 

- Ahhhh mamãe, isso eu sei... - disse revirando os olhos.

 

- Nós transamos. - congelei por alguns segundos.

 

- Você o que?

 

- Transamos. - minha expressão foi de espanto, estava com a boca entre aberta, pois mamãe nunca foi de transar em primeiros encontros.

 

- Mãe... Como assim? Vocês... Vocês dois? - ela revirou os olhos.

 

- Sim Susana, nós dois. - notei que ela tinha ficado um pouco estressada, pois só me chamava de Susana quando estava brava ou chateada. - Depois que saímos do café, ele me levou para passear, a tarde fomos almoçar e em seguida fomos a um museu. E a noite, fomos para casa dele e aconteceu.

 

- Sabe o nome dele pelo menos? - ela fez uma expressão de raiva.

 

- Não sou uma prostituta, Susana.

 

- Não mas agiu como uma. - aquelas palavras tinha saído como fogo, que veio queimando até chegar nos ouvidos de minha mãe. - Mãe desculpa...

 

- Não, Susan, vou subir e descansar... - ela falava enquanto se levantava do sofá.

 

- Mãe, por favor... - ela parou em pé. - Eu não quis dizer isso. Fiquei um pouco confusa porque foi muita coisa pra minha cabeça, não consegui pensar direto e você sabe que as vezes, eu falo as coisas sem pensar. - ela sorriu forçadamente me dando um beijo na testa.

 

- Tudo bem... A propósito, o nome dele é Justin. - sorri para ela.

 

- Espero que de certo pra vocês. - ela assentiu positivamente com o olhar virado para o chão. Ela foi até a cozinha e eu subi para meu quarto, tinha perdido toda a pouca fome que estava sentindo. Quando cheguei em meu quarto, fiquei pensando no acontecido a pouco. Fui burra por ter falado aquilo para mamãe, ela não merecia ter ouvido aquilo. Papai tinha saído de casa por volta de 5 meses,  eu deveria apoia-la por estar com outra pessoa. Mas ao invés disso, eu a critiquei. E me sentia mal por isso. Então desci e fui até a cozinha.

 

- Mamãe? - ela estava virada cortando alguns legumes para fazer no almoço de amanhã.

 

- Sim querida? - ela respondeu mas ainda sim, seus olhos estavam direcionados pros legumes.

 

- Vamos fazer um almoço Domingo? Ai você pode chamar o Justin pra vir, e nós vamos conhece-lo. - nesse exato momento, ela parou e direcionou seus olhos para mim.

 

- Você faria isso? - perguntou.

 

- Por você sim, mãe. - ela me deu um abraço apertado e cheio de sentimentos, seguido por alguns beijos nas bochechas e na testa.

 

- Obrigada. Filha. - dei um sorriso forçado.

 

- Não por isso. - me virei e voltei para meu quarto.

 

A semana passou mais rápido do que eu imaginava, James e eu não nos vimos durante a semana pois ele estava atolado de trabalhos da faculdade e teve que fazer hora extra por causa de um rapaz que sofreu um acidente. Com isso, o final de semana não demorou pra chegar. Quando chegou o Domingo, todos na casa estavam ciente que iríamos receber uma visita. Uma visita importante para mamãe. Ajudei a Martins a fazer algumas coisas enquanto mamãe se arrumava e cantarolava em seu quarto, em seguida, subi para colocar uma roupa básica e dei um banho em Tyler. Pude ouvir a campainha tocar. A visita importante chegou. Peguei Tyler e enrolei numa toalha, assim que sai do banheiro, encontrei mamãe arrumando seus brincos no espelho, ela estava totalmente linda, tinha esquecido do quão vaidosa ela era. Mandei Tyler ir se vestir e parei para elogia-la.

 

- Você esta linda. - falei.

 

- Obrigada meu amor, você também esta. - sorri.

 

- Mãe? Depois do almoço eu posso sair com James? Não nos vimos a semana inteira.

 

- É... - ela parecia indecisa, então aos poucos minha expressão foi ficando murcha. - Pode filha, pode sim. - agradeci.

 

- Não se atrase, nunca deixamos um convidado esperando. - ela riu. Aquela frase tinha um grande impacto entre eu e minha mãe, pois nós duas sempre fomos apaixonadas por teatro. E aquilo era uma forma de fortalecer a outra, de alguma forma.

 

Esperei ela descer e em seguida desci com Tyler, quando chegamos a sala, me deparei com um homem alto, e ele estava vestido completamente bem, ele falava com Martins. Porém, estava de costas pra mim, foi quando minha mãe notou que eu e Tyler tínhamos chegado.

 

- Justin? Esses são meus filhos. Susan e Tyler. - ele se virou, revelando seu rosto. Era extremamente bonito, seus olhos castanhos claro destacava em sua pele um pouco bronzeada. Fitei-o por alguns segundos sem saber o que dizer, sua beleza era extremamente intimidador.

 

- É... Oi. - falei.

 

- Oi Susan. - ele sorriu. Seu sorriso era perfeito. - Oi Tyler. - Tyler deu um sorriso um pouco tímido para ele. - Você tem uma família muito bonita Mabel. - ele virou a direção de seus olhos para ela.

 

- Ah, meus filhos são tudo pra mim.

 

- Eu imagino. - voltou a olhar pra mim.

 

- Vamos comer? - dando um sorriso de canto.

 

- Sim. - afirmou todos. Seguimos para mesa para dar início ao almoço. Mamãe em momento algum tirou os olhos de Justin. E as vezes, tive sensações de que ele me olhava.

 

- Sua peça foi incrível, Sr...?

 

- Bieber. Mas pode me chamar apenas de Justin. - respondeu ele olhando em meus olhos. Eu apenas sorri. - E obrigada, que bom que gostou.

 

- Susan é apaixonada por teatro. - olhei para ela com expressão de decepção.

 

- Mamãe, combinamos de não falar disso novamente. - falei.

 

- O que que tem filha? Não vamos aprofundar o assunto, só achei que seria interessante que Justin soubesse.

 

- Você gosta de teatro Susan? - perguntou ele com um sorriso de canto.

 

- Sim. - respondi com o olhar um pouco sem foco. - Podemos falar de outra coisa?

 

- Sim. - afirmou mamãe. Bom, os assuntos que mamãe falava se tratava de negócios sobre seu trabalho, ela era veterinária. Assim que terminei levei meu prato a cozinha e esperei todos terminarem de fazer suas refeições. Quando todos acabaram, fiz questão de pegar seus pratos e levar a cozinha, colocando-os dentro da pia para Martins lavar depois. Quando me virei, me deparei com aquele homem extremamente cheiroso e elegante que estava a poucos minutos na mesa de refeições.

 

- Ah meu Deus... - dei um pulo para trás.

 

- Desculpa, não quis assustar você. - ele disse me medindo e eu apenas sorri. - Poderia me dar um copo d'água? - assenti positivamente me virando pra pegar um copo. Olhei pelo reflexo da janela que Justin me observava, dei um pequeno suspiro e voltei a olhar para ele, com o copo já cheio.

 

- Aqui. - ele sorriu em forma de agradecimento. Após ele terminar de beber sua água, ele estendeu o copo para mim. - Quer mais?

 

- Não. To satisfeito com isso. - voltou a me medir e deu um sorriso malicioso, enquanto eu o olhava.

 

- Susan?

 

- James? - James tinha chegado a minha casa, o que era estranho, pois tínhamos marcado de sair depois do almoço. Ele se aproximou me dando um selinho, em seguida olhou para Justin com uma cara não muito contente. - Ah, amor, esse é o Justin. Justin esse é James, meu namorado.

 

- Seu namorado? - franzi as sobrancelhas. - Ah, que falta de educação. Sua mãe não comentou comigo que você namorava. Oi James.

 

- Oi. - James respondeu secamente. - Nós precisamos conversar. - disse quasse sussurrando em meu ouvido.

 

- Ta, com licença Justin. Foi um prazer conhece-lo. - sorri.

 

- Nós veremos em breve Susan. - ele sorriu maliciosamente. O fitei por alguns segundos e voltei a olhar para James. Segurei em sua mão e fomos para fora, onde não houvesse ninguém para atrapalhar.

 

- Pronto, o que aconteceu?

 

- Eu vou precisar ficar fora por um tempo. - o fitei por alguns segundos.

 

- O que? Porque? Como assim?

 

- Calma. Minha mãe não esta muito bem de saúde e tenho que levar ela pra passar uns tempos com meu pai. Ele não mora muito longe.

 

- James seu pai esta no Japão. - o fitei novamente com os braços cruzados e os olhos cheios de lágrimas.

 

- Ei meu amor... No máximo voltarei em um mês. Eu prometo. - não consegui conter as lágrimas e as deixei escorrer.

 

- Tem que prometer que você vai voltar o mais rápido pra mim. Prometa James. - ele sorriu.

 

- Claro que eu prometo meu anjo. Eu sempre vou voltar pra você. Sempre. - limpei as lágrimas e o puxei para um abraço, com certeza foi o melhor abraço que ele já tinha me dado em todos esses tempos. Em seguida nos beijamos. Foi o beijo mais prolongado e cheio de sentimento.

 

- Eu te amo. - ele falou.

 

- Eu te amo. - falei. Depois de alguns instantes, ele olhou pra mim e pude ver uma lágrima escorrendo de seus olhos.

 

- Eu preciso ir. - apenas assenti. - Sentirei sua falta mas nem por isso vou deixar de te mandar mensagem. Eu prometo. - o beijei novamente, e deixei ele partir. Quando entrei em casa, Justin e mamãe estavam sentados no sofá, ela estava encostada nele, com a cabeça encostada no ombro do mesmo. Eles riam bastante. Fiquei olhando aquilo e por um momento imaginei como poderia ser ter a minha própria família, ao lado de alguém que eu amo. Ao lado de James. Então subi para meu quarto o mas rápido que eu pude, me joguei em minha cama e senti que meu coração iria explodir de agonia, meu travesseiro aos poucos foi ficando encharcado com as lágrimas que caíam do meus olhos. Então, aos poucos fui adormecendo, e deixando todo o acontecido em segundo plano.

 


Notas Finais


Espero que gostem.

(Capa do capítulo: Mabel Campball)


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