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História No amor e na guerra - Prólogo


Escrita por: Mawzeenistica

Notas do Autor


Olá galera!

Esta é nossa primeira experiência escrevendo uma fic, então é possível que haja alguns tropeços até pegarmos o jeito.

Espero que gostem e nos deixem saber suas opiniões.

Obrigada e ótima leitura.

Capítulo 1 - Prólogo


Massachusetts General Hospital, Boston

8 de julho de 1990
 

- Ok Champan, você precisa sair desse hospital, estou falando sério! - Disse Dra. Harper já impaciente à amiga que parecia não dormir há semanas. - Você tem uma vida lá fora sabia? Você não vê o Thomas há uma semana! Acha que está certo?

- Sabe o que eu acho? Que você poderia me deixar terminar estes relatórios, e usufruir dos meus 40 minutos de descanso até minha próxima cirurgia. Que tal? - Responde Dra. Chapman com um sorriso cansado nos lábios.

Piper sabia que a amiga estava certa, mesmo assim insistia em permanecer no hospital. Sua carreira seguia por um caminho brilhante, mas não era apenas isso para Piper. Este paciente era especial para ela, sua história era especial e ela não descansaria até vê-lo fora daquele hospital de volta a sua vida e sua família.

- Piper, eu entendo o quanto Antony é especial para você, mas você sabe das condições dele, e sabe também que esta cirurgia, ainda que bem sucedida, só irá retardar o inevitável - Diz Harper olhando a amiga que estava com os olhos marejados.

- Eu sei Poll, mas não vou desistir agora. Eu dei minha palavra a ele que faria tudo o que estivesse ao meu alcance, e eu sei que o que posso fazer agora não é muito, mas ainda é alguma coisa. - Diz Piper determinada. - Ele mudou a minha vida Poll, me ensinou o quanto é importante fazer a diferença. Eu preciso fazer a diferença para ele.

- Tudo bem querida, apenas não se esqueça…

- Dra. Chapman! - Diz o interno que atravessa o corredor afobadamente em sua direção. - A senhora está sendo chamada com urgência, é o Antony...

- Eu tenho que ir Poll. - Diz Piper já correndo pelo corredor ao lado do interno.

 

2 horas mais tarde.

 

    Dra. Chapman caminhava pelo corredor do hospital em direção ao quarto de Antony. Avistando Sarah a chegar na porta, Piper espera que a mesma olhe em sua direção e quando ela o faz, Piper apenas maneia a cabeça em sinal de negação.

  - Sarah levanta-se da cadeira e vai em sua direção abraçando-a.

 - Eu sinto muito querida.

- Eu sei, e Antony sabia que faria todo o possível. Ela sabia que tinha chegado a hora Dra. Chapman. Ele está bem agora, eu sei disso e a senhora precisa acreditar também. Meu marido está bem agora. - Disse a pequena mulher enquanto chorava.

Naquela noite ao sair do hospital, Piper foi direto ao bar mais próximo, ela não queria pensar. Ela não queria ir para casa, onde sua vida perfeita a esperava, com sua família perfeita e seu noivo perfeito.

- Vodka, dupla. - Pediu Piper ao bartender, sendo atendida imediatamente.

O líquido deixou de queimar sua garganta após a terceira dose, seus pensamentos já eram menos conexos e sua tristeza mais suportável. A única coisa que insistia em permanecer em sua mente eram as palavras de Antony:

“Doutora, não existe nada mais importante na vida de uma pessoa do que chegar ao final da mesma e ver que fez a diferença, mesmo que uma sutil diferença, para alguém ”

Tony, você estava certo. Hoje eu farei uma enorme diferença nas finanças desse bar. - Diz Piper sorrindo com lágrimas nos olhos e acenando ao bartender por mais uma dose.

Enquanto continuava a beber, Piper ouvia ao longe o zumbido da televisão que transmitia notícias sobre uma guerra passada ou uma iminente possibilidade de guerra, ela já não sabia. Mas seu último pensamento antes de colocar a cabeça sobre o balcão ainda eram as palavras de Antony e seu orgulhoso sorriso ao dizê-las.

 

3:40 da manhã

 

- Eu sabia que lhe encontraria aqui. - Disse Polly avaliando o estado da amiga e acenando negativamente com a cabeça. - Vem querida, vamos para casa. - Disse apoiando-a nos braços.

 

Fort Dix, New Jersey

28 de julho de 1990

 

O som da chuva ecoava pelo alojamento, o tempo estava assim há uma semana, mas isso lhe agradava. Olhar a chuva caindo, o cheiro da terra molhada, os clarões que iluminavam o alojamento, tudo isso lhe trazia uma sensação de paz indescritível. Era quase tão bom quanto…

- Você sabe que deveria ter ido para um monastério e não para o exército, não sabe? - O silêncio e seu momento de paz foram quebrados pelo som da voz da Tenente Nichols. - Já está meditando outra vez Vause?

Vause não se moveu, apenas permaneceu olhando as sombras que se moviam pelas janelas.

- Eu já mencionei que a vida em um monastério implica em abdicar de sexo? Oh! Espera! Você está perfeitamente apta para se transferir para um!

Virando-se para encarar Nichols, Vause se manifesta pela primeira vez.

- Eu já mencionei que tenho certeza que o cabo Mendes certamente está em algum lugar lá fora se escondendo da chuva ao invés de terminar a cerca, e que seria bastante apropriado o acompanhamento de um superior para garantir que esteja tudo em ordem? Como um Tenente, por exemplo.

- Ok, definitivamente humor não é um dos seus pontos fortes, e socializar também não ao que tudo indica. - Diz Nichols com as mãos para o alto em pose defensiva.

- Alguma novidade sobre o conflito? - Pergunta Nichols, dessa vez com seriedade.

- Não. Major Reznikov ainda não retornou do DC, mas há uma grande possibilidade de formalização do conflito e envio de nossas tropas. - Responde Vause sem expressar qualquer emoção.

- Ainda podemos torcer para não chegar a isso, certo Capitã Iceberg?

- Como costumo dizer Nichols, podemos “nos preparar para o pior, mas esperar pelo melhor”. - Finaliza Vause, voltando a olhar as janelas.

- Quer saber Alex, agora eu me sinto aliviada! - Diz Nichols com uma ponta de ironia. - Não sei como você consegue permanecer estóica nesse tipo de situação. Mas enfim, dane-se. - Diz Nichols afastando-se em direção à porta.

Fechando os olhos novamente, Alex respira fundo tentando absorver o máximo possível do cheiro de terra molhada e paz, pois não sabia até quando poderia fazê-lo, e assim adormeceu.

 


Notas Finais


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