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História No amor e na guerra - Capítulo 4


Escrita por: Mawzeenistica

Notas do Autor


Olá queridos!

E lá vamos nós com o capítulo do dia... bora botar essa história para andar, afinal, queremos Vauseman, certo?
A todos que estão acompanhando e comentando, meu muito obrigada. Fiquem a vontade para dizer o que estão achando, críticas construtivas são sempre bem vinda!

Ótima leitura a todos!

Capítulo 5 - Capítulo 4



30 de Setembro, 1990
Kuwait - 300km de Al Jahra

Destruição. Este é o cenário encontrado pela unidade de reforço americana que acabara de chegar às proximidades do local onde ocorrera o último ataque aéreo iraquiano às forças de resistência.

Lideradas pela capitã Vause, realizaram uma aproximação cautelosa da região, embora tivessem informações seguras que, após atacar e destruir a pequena tropa de resistência local, as tropas de patrulha iraquianas seguiram para o sul rumo a base em Khafji.

As ordens para esta unidade tática eram claras, estabelecer uma base de comunicação e proteger a região até a chegada da nova unidade de infantaria que, traria consigo também duas novas tropas da força aérea. Portanto, nada de grandes emoções, apenas estabelecer sua guarda e montar seus equipamentos para a triangulação de dados, tudo isso da forma mais discreta possível, já que a localização estratégica em que estavam, fazia dos mesmos um alvo eminente para ataques aéreos, caso houvesse desconfiança sobre a base de comunicação.

Al Jahra, embora fosse uma cidade próxima à costa, exibia uma paisagem pantanosa, e a medida em que se afastavam da costa a mesma se tornava árida. Tudo o que se via era areia, cascalho e algumas dunas, uma paisagem tipicamente desértica, bem como o clima, quente e seco.

O lugar onde sua unidade ficaria instalada lembrava em muito um enorme galpão, ou partes dele. O lugar era espaçoso e, embora nem toda sua extensão fosse coberta, estariam abrigados contra ataques aberto e tempestades de areia, além de terem espaço suficiente para armazenar seus suprimentos e munição. Com a chegada das novas unidades, possivelmente a área seria expandida, mas até lá, o abrigo seria de bom tamanho para os doze soldados desta unidade.

- Sangento Bennett! - Chama Vause pelo rapaz há alguns metros dela.

- Sim Capitã.

- Preciso que você e Mendes verifiquem o local e assegurem que as defesas estejam montadas em suas entradas. Será necessário também isolar a área onde a tenente Nichols está montando os equipamentos. - Orienta Vause.

- Sim Capitã.

- Será necessário dividir os homens em três turnos de patrulhamento também. Não queremos ser surpreendidos como aconteceu com a força de resistência. Assim que Nichols finalizar a montagem e estabelecer a comunicação com a base, preciso que ative o protocolo de auto-destruição dos equipamentos, por segurança. - Diz Vause, delegando ao sargento.

- Sim Capitã.

- Divida os homens em quatro grupos, dois grupos ficarão em patrulha, enquanto os outros dois auxiliarão você e Mendes. Certifique-se de terminar antes do pôr do sol. - Finaliza Vause. - Dispensado sargento.

Ao encerrar suas orientações capitã Vause se dirige ao andar de cima para encontrar a tenente Nichols a discutir com ninguém além de seus cabelos rebeldes enquanto realizava os últimos ajustes no equipamento de comunicação. Uma mania estranha da tenente, mas compreensível, já que grande parte de sua genialidade se manifesta nestes momentos de auto questionamento.

- Como estamos tenente? - Pergunta Vause fazendo sua presença ser notada.

- Quase terminando capitã. Mais alguns minutos e podemos contactar a base. Os equipamentos de rastreamento já estão funcionando, bem como as luzes noturnas e indicadores de presença. - Informa a tenente.

- Ótimo, assim que estivermos prontos falaremos com a Major Reznikov para posicionarmos nossa situação e recebermos novas orientações. - Diz Vause. - Não imagino que haja qualquer surpresa esperando por nós aqui.

- É o que todos esperamos. - Responde Nichols. - Sabe o que você poderia fazer para me ajudar no momento Vause? - Diz Nichols com um sorriso ameaçando escapar de seus lábios.

- Eu não tenho intenção de te ajudar Nichols. - Responde Valse, percebendo o tom brincalhão da tenente.

- Não seja uma pessoa ruim Vause, você poderia preparar aquele frango à caçarola que só você sabe. - Diz com um olhar sonhador.

- Tenente, estamos aqui há apenas uma semana e você já está tendo crises de abstinência gastronômica? - Debocha Vause. - Sinto muito, mas pelo jeito seu desejo vai ter que esperar alguns meses.

- Você é desumana vause. - Reclama Nichols, jogando na direção de Vause alguns cabos que estavam desconectados sobre a mesa.

Vause apenas sorri e se afasta, para o andar inferior onde bastante trabalho ainda espera por ela, mas antes de deixar a sala improvisada ela ainda diz ao se virar na direção da tenente:

- Ah tenente, tente não incendiar nada e nem quebrar suas unhas, pois a unidade médica mais próxima fica há 50km ao sul. - Debocha Vause, e sai sem esperar por uma resposta.


Fort Dix, New Jersey
Três semanas antes…

- Ainda não sabemos os detalhes da missão, apenas que já estamos divididos e algumas unidades especiais de força tarefa e força tática, porém, permanece uma incógnita se haverá necessidade de participação ativa no conflito. - Explica Major Reznikov.

- Estamos aguardando ordens do secretário de segurança nacional, então até lá, estejamos alerta e reforcem o treinamento tático. - Finalizou Reznikov dispensando a todos em seguida.

Era hora de almoço, e como sempre todos seguiam para o refeitório quando o celular de Alex toca. Olhando para o display, Alex se afasta dos demais para atender a ligação com um sorriso no rosto, o que era raro para capitã Vause.

- Capitã Vause se apresentando. - Atende Alex em tom brincalhão.

- Duas semanas mocinha! Faz duas semanas que a senhorita não dá notícias! Se está pensando em desaparecer sem deixar pistas, você pode esquecer, porque nós a perseguiríamos até o centro da terra - Diz uma furiosa Diane Vause do outro lado da linha.

- Também senti saudades mãe. - Zomba Alex.

- Isso não é engraçado Alex, ainda mais com tudo o que está acontecendo no momento. - Diz Diane, realmente preocupada com a filha.

- Eu sei mãe, me desculpe. As coisas estão realmente agitadas por aqui, tempo não tem sido uma das coisas que temos em abundância ultimamente. - Responde Alex resignada.

A verdade é que Alex entendia como Diane se sentia, porque ela também sentia falta de sua família, loucamente. Não havia um dia na vida de Alex em que seus pais não fossem sem primeiro pensamento ao acordar e o último na hora de dormir.

Diane e Lee Vause eram sua base, seu orgulho, seu maior tesouro, mas com seu trabalho e os recentes acontecimentos, não os via há quase sete meses, e mesmo mantendo contato toda semana, não era fácil ficar longe de seus pais.

Diane e Lee viviam em Connecticut, onde tinham um acolhedor restaurante na região de Hartford. Ambos chefes de cozinha, até tentaram sugerir a Alex que seguisse sua profissão, mas foi em vão. De personalidade forte, mesmo quando garotinha Alex nunca vacilou em sua vontade de servir seu país, e embora se preocupasse com ela, tanto Lee quanto Diane tinham um imenso orgulho da mulher forte e de caráter que sua garotinha havia se tornado ao longo dos anos.

- Como estão a senhora e o papai? - Pergunta Alex. - Eu queria muito ter ido visitá-los, mas nosso recesso foi suspenso, já que alguns grupos estão sendo enviados para áreas de conflito. Mas prometo que irei assim que esta loucura toda terminar.

- Estamos bem amor, apenas com saudades e preocupados com você. - Após alguns segundos de silêncio Diane continua. - Há possibilidade de você ser enviada para área de conflito? - Pergunta já receosa da resposta.

- Sim mãe, a senhora sabe que faço parte de uma unidade tática, então, há sempre uma grande chance de que isso aconteça. - Suspira Alex, sabendo que sua mãe temia que esta fosse sua resposta. - Mas não se preocupe Dona Diane, vai ficar tudo bem, prometo.

Após alguns minutos de conversa com Diane, Alex encerra a ligação e segue novamente na direção do refeitório, quando é interceptada por um dos cabos que seguia pelo corredor já a sua procura.

- Capitã Vause, Major Reznikov solicitou sua presença em sua sala imediatamente. - Diz o cabo.

- Obrigada soldado, estou a caminho. - Dizendo isso, Vause faz o caminho de volta se dirigindo à sala da Major.

Ao chegar à porta da sala e bater, Alex respirou fundo antes de entrar. Milhares de pensamentos passavam por sua cabeça, mas nenhum a preparava para o que viria a seguir.

- Boa tarde Capitã Vause. - Diz Major Reznikov olhando atentamente a papelada em sua mesa.

- Boa tarde senhora, soube que queria falar comigo. - Diz Alex, atenta à mulher sentada à sua frente.

- Sim Capitã. Na verdade o que temos a falar é rápido. - Diz a mulher, deixando os papéis e passando a encarar Vause. - Estamos em um momento estratégico crucial no conflito no oriente médio, creio que saiba disso.

- Sim senhora.

- Pois bem, esta tarde fui informada pelo Secretário de Segurança que enviaremos mais algumas unidades táticas para estabelecermos algumas bases de comunicação e triangulação de informações.

Ao ouvir isso Alex sentiu como se seu coração fosse escapar do peito a qualquer momento, mas permaneceu com uma expressão neutra.

- As ordens são simples Vause, preciso de sua unidade tática preparada. Vocês serão  responsáveis por montar a base de comunicação nas proximidades de Al Jahra. Você estará no comando dessa unidade capitã.

Dito isso a major levantou-se de sua cadeira e encarou Vause nos olhos assentindo seriamente.

- Reúna seus homens, vocês partem em dois dias. Disse Reznikov.

- Sim senhora. - Foi tudo o que Vause conseguiu dizer.

- Está dispensada capitã.

02 de Outubro, 1990
Kuwait - 300km de Al Jahra

- Nichols, acorda! - Grita Capitã Vause com a tenente aconchegada em seu saco de dormir. - Nichols, levanta agora!

- Mas que droga Vause! Eu acabei de sair do meu turno de patrulha! Será que dá para me deixar dormir? - Responde a tenente indignada.

- De pé agora Tenente! Isso é uma ordem! - Exige a capitã sem o menor sinal de humor em sua voz.

Entendendo o recado e a possível seriedade da situação a tenente coloca-se de pé em posição de sentido.

- Descansar. - Autoriza Vause. - Estamos partindo para o sul imediatamente. Reúna os cabos Mendes, Bennett e Diaz. Major Reznikov acaba de me informar que a unidade médica a 50km ao sul foi atacada por uma patrulha inimiga. Temos para resgatar os possíveis sobreviventes.

- Sim senhora. - Responde a tenente que agora além de desperta está apreensiva.

- Partimos em 30 minutos. - Finaliza Vause enquanto reúne seus próprios pertences.

O caminho até onde antes ficava a unidade médica foi feito em silêncio, e ao se aproximarem do local, abandonaram o JLTV que os transportava, colocando-se em posicionamento tático e realizando a varredura do perímetro, antes de se aproximar do acampamento.

O cenário era de completa destruição, algumas das tendas ainda estavam em chamas. Aparentemente a patrulha não abriu fogo diretamente contra a unidade, e sim ateou fogo às tendas, tendo então uma distração para invadir o acampamento.

- Nenhum sinal de presença inimiga capitã. - Informa Mendes, retornando do último trecho do acampamento que estava sendo vasculhado.

- Ótimo. Vamos iniciar a busca por algum sobrevivente. - Mendes, Diaz iniciem pelas tendas ao norte. Nichols, Bennett e eu buscaremos o acampamento central.

Após algumas horas de busca, apenas corpos incinerados haviam sido encontrados no acampamento anexo, já no acampamento central, era evidente que houve tentativa de resistência, porém, os que os atacavam estavam em grande número.

Já no centro do acampamento destruído, a equipe preparava-se para deixar o local, logo após Vause comunicar Reznikov que não havia sobreviventes, quando foram surpreendidos por tiros disparados em sua direção.

Jogando-se sobre o corpo de Nichols, Valse arremessou ambas ao chão, enquanto gritava para os três homens protegerem-se dos disparos.

Mendes, que havia corrido em direção aos escombros do acampamento central, apontava seu fuzil na direção de onde vinham os disparos, porém não tinha uma visão clara do atirador. Enquanto isso, Bennett, com um ferimento no braço esquerdo apoiava-se em dias tentando correr até os escombros do lado oposto à Mendes.

Vause e Nichols estavam ainda ao chão, porém haviam rastejado até a parte mais escura do acampamento central, onde antes estava parte do incêndio, desta forma estavam parcialmente protegidas pela escuridão do local.

De onde estavam, podiam ver claramente o atirador, que permanecia disparando contra Mendes, já que não conseguir localizar os demais soldados. Então, em um movimento rápido Vause empunhou seu fuzil, e direcionando-o ao inimigo disparou. Apenas as respirações ofegantes dos cinco oficiais eram ouvidas depois disso.

Depois de alguns minutos, voltaram a reunir-se próximo ao acampamento central.

- Estão todos bem? - Pergunta a capitã, checando o grupo.

- Bennett foi atingido no braço esquerdo. - Responde Diaz, ainda apoiando o companheiro.

- Foi um ferimento de raspão. - Informa Vause após avaliar e limpar o ferimento de Bennett. - Devemos ir, não estamos seguros aqui. Informarei Reznikov sobre o ocorrido.

Na manhã seguinte após sua ida ao acampamento médico que fora destruído, Vause recebeu da Major Reznikov a informação de que juntamente às tropas aéreas e de infantaria que se juntariam a eles em quatro dias, estaria também uma nova unidade médica.  O que em nada agradou a capitã Vause foram as ordens expressas de Reznikov para que sua unidade fosse responsável por garantir a segurança dos membros da unidade médica.


Notas Finais


Ok...agora vai...


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