História No Angels 2 - Apresentações Formais

P.O.V. Gabbe:

Após um tempo sentado no jardim de Margaridas, um clarão se faz presente ao meu lado e logo uma presença familiar me faz sorrir de lado sem ter a necessidade de virar a cabeça para saber quem é. Passo a mão pelo cabelo e me deito em meio as flores suspirando com a conversa que viria a seguir.

_ Sabe que pode voltar né? - fala o cara ao meu lado com vestes celestiais.

_ Sei, mas não vou deixá-la. Miguel.

_ Já cumpriu o seu dever! Deixe-a! - esbraveja Miguel inconformado. - O criador sabe o que faz.

_ Então por que me colocou no meio disto?! - questiono ao me sentar com raiva.

_ Humpf. Quem diria que o "mais poderoso arcanjo" se apaixonaria. - destila o veneno e desaparece.

Me levanto num pulo e chuto as inocentes flores indignado com a situação, "Agora precisas de mim Pai?!" pensa ensandecido e retorno a passos duros para dentro do instituto passando pelos corredores procurando Friedrich até o encurralar pela gola da camisa numa parede atraindo olhares.

- Precisamos conversar. - ordeno por entre os dentes e começo a caminhar outra vez sendo seguido de perto por ele.

_ Precisava de toda essa cena? - resmunga o moreno com as mãos nos bolsos.

P.O.V. Dany:

Quando completo o serviço após algumas horas, largo a menina pelada em cima da cama e sigo meu caminho até a diretoria saltitante onde me deparo com quatro pares de olhos me observando. Me aproximo e abraço todos apertando a bunda de Luke e a mão do diretor.

_ Como vão? - pergunto sorrindo sentando sobre a mesa com as pernas cruzadas. - Está tudo bem por aqui "Filho do Criador"?

_ Não há necessidade de toda essa formalidade Dany. - responde como sempre cordialmente o diretor com seus olhos castanhos e cabelos longos no mesmo tom trajando um terno azul.

_ Jesus Cristo... - resmunga Jenna de braços cruzados e a mão no rosto.

_ Pois não? - pergunta o diretor olhando para a ruiva.

_ Desculpa Senhor é força do hábito. - diz obediente com constrangimento a aparentemente mais velha e então ele sorri benevolente. - Vou sair e monitorar os sistemas.

Nisso ela sai e ele ordena que Marcos voltasse a coordenar as turmas de combate e Luke retornasse a segurança. Me olha e estica o braço aguardando por mim com um olhar compreensivo.

Me transformo numa forma lupina menor e subo em seu ante braço sentando em seguida no seu ombro direito.

_ Obrigado por vir Dantaki, o Pai pediu que monitore Gabriel, sei que é seu irmão e um dos prediletos do Pai, mas é como pedi que escrevessem na bíblia. "Que a vontade do Pai seja feita", chegou o tempo mais perigoso do nosso mundo. - ele revela e assinto encostando o focinho em sua orelha num sinal de lealdade.

_ Ninguém vai ao Pai se não por ti. - digo conformada.

_ Queria absorver o pecado de todos como fiz para a humanidade no passado... Mas dessa vez o amor e a maldade estão em igualdade e ela pode virar essa balança a qualquer momento.

P.O.V. Jelliel:

Caminho hesitante e adentro a cabana vendo uma cena que nunca pensei que se repetiria, minha irmã e eu pequena caminhando pelo corredor. As sigo com o peito apertado ao vê-la outra vez então adentro o quarto que elas entram observando as mesmas se sentarem na cama com as bonecas como no sonho que tive anos atrás antes de toda a merda que ocorreu com nosso pai.

_ Papai quer nos matar. - a morena diz para a minha versão de cinco anos e entrega as bonecas.

_ Por que? - a garota de cabelos brancos questiona.

_ Por que controlamos su...

_ Já falei para parar de contar essa coisas para Jelliel! - briga uma mulher linda que entra de repente no cômodo com seus olhos verdes varrendo o local até que me olha e pede para as duas brincarem lá fora.

Nos encaramos por alguns segundos até a casa começar a ruir e sairmos apressadas até o jardim, dessa vez tudo estava destorcido e destruído, mas minha atenção é roubada quando braços circundam meus ombros em um abraço esmagador que retribuo com força constatando o porquê chorando sem parar.

_ Mama! - berro de felicidade.

_ Me chame de Alybiel se quiser continuar aqui. Não pode se apegar lembra? - ela diz com a voz meio chorosa e acaricia meu rosto com o sorriso mais lindo que já vi. - Está tão linda minha filha... Minha linda Jelliel...

_ Ma... Alybiel. - corrijo no último segundo sentindo minhas emoções transbordarem. - Tenho tanto para perguntar.

_ Primeiro me fale de você. - pede segurando em minhas mãos e um banco se materializa onde nos sentamos. - Se apaixonou? Tem namorado? Já viu Lúcifer? O Pai a incomodou?

_ Então ma... Alybiel... Aconteceram umas coisinhas... - digo hesitante olhando para o lado e suspiro começando a contar tudo o que houve nos últimos 11 anos.