1. Spirit Fanfics >
  2. No Angels >
  3. Processo muito complicado

História No Angels - Processo muito complicado


Escrita por: flaltlines

Notas do Autor


Eaí meus pãozinho, tudo bacana?
O capítulo de hoje está MAIS que especial. Finalmente vocês irão entender um pouquinho da divida que Justin tem a Angie!
Espero muito que vocês gostem, porque eu amei!
Obrigada pelos 245 favoritos! Vocês são os melhores leitores do mundo!!!!
❂ Eu revisei o capitulo, então se tiver erros, acredito que sejam poucos. Mesmo assim, se tiver, me perdoem.
❂ Boa Leitura!

Capítulo 24 - Processo muito complicado


Point Of View Angie Mitchell

Los Angeles, dias atuais.

Duas semanas se passaram desde que eu fui parar no hospital. Eu praticamente não via o tempo passar. Todos os dias fazia algo divertido na mansão de Justin, como ajudar Isabel com as tarefas caseiras, cuidar do vasto jardim, alimentar os pássaros que apareciam todo final de tarde e até mesmo arrumar o armário de Bieber, mas claro, sem ele. Drew não parou em casa durante essa semana. Durante o dia, ele colocava sempre um terno bem passado e engomado, e saía para o seu escritório. Era admirável a grande dedicação que ele tinha com sua empresa, porém, eu não conseguia compreender o que fazia durante á noite. Poucos foram o dia em que fomos deitar juntos, e quando íamos, eu acordava com o mesmo deixando-me. Certo dia, me atrevi á perguntar o que ele tanto fazia nesses passeios noturnos.

— Não é nada, Angelina. Coisas minhas. Volte á dormir.

Era o que ele me respondia. Eu seria muito ingênua se não suspeitasse de Katie. Justin Bieber era um homem e tanto, e como qualquer um, tinha suas necessidades, as quais eu não estava preparada para saciar. Katie porém, parecia estar apta.

Nessas semanas recebi visitas de Colton e Lizzie também, mas os dois pareciam sempre apressados. Colton não parava quieto um segundo, sempre mexendo os braços freneticamente, estalando os dedos e até mesmo rangendo os dentes. Lizzie estava apenas avoada, como sempre.

Por fim, eu me sentia sozinha.

— Não acho que eles venham hoje, Angie. – Isabel disse, após jogar um balde d’agua no deck de madeira. Eu sempre vinha aqui quando sentia falta de Justin. Esse lugar fazia-me lembrar de como ele podia ser amável quando queria.

— Desculpe, o que? – digo. Eu estava no jardim, observando o movimento que as árvores faziam com o vento forte que soprava.

— Os pássaros. – ela disse, apontando o ar, a boca torta de decepção. — Está muito frio. Eles costumam se proteger de qualquer resquício de vento e nevasca.

Eu não estava com frio. Trajava camiseta e calça jeans, mas acredito que meu corpo já se habituara com temperaturas assim, e agora eu não precisava me agasalhar. Isabel usava uma jaqueta e suas mãos estavam roxas por conta do vento gelado.

— Está tudo bem. – digo, indo em direção ao deck. Subo as escadas com um pouco de dificuldade por conta de meus ferimentos ainda não completamente curados, mas realizo a tarefa com êxito. — O frio irá passar logo. Acho que é apenas uma tempestade.

— Se uma tempestade vem, devemos ficar dentro de casa. – ela diz, indo em direção á porta de vidro que dava acesso á cozinha.

Demos de cara com Katie, sentada no granito da pia, comendo algo que parecia um biscoito recheado. Ela também não estava com frio, aparentemente.

— Olá, meretriz. – ela diz para mim. Me chamara á semana inteira assim. No começo eu ficara chateada, mas agora, tudo que saía da boca dela soava como um zumbido para mim.

— Menina, modos. Angelina é sua chefe também. – Isabel á repreende. Rugas de expressão aparecem em seu rosto. Eu tinha pena dela. Era com certeza uma mulher que se esforçava muito para dar uma boa vida á sua filha, que á recompensava sendo uma pessoa desprezável. O tempo foi generoso com Isabel, e com certeza ela era linda. Todos os dias, quando ela era a minha única companhia, eu não conseguia parar de tentar imagina-la anos atrás, sem marcas da vida, pura.

— Tá, tá. – ela revira os olhos, descendo da bancada, batendo com força os pés nus no chão. — Falando em chefe, onde está Jus?

— Justin? –repreendo a intimidade dela, que estrala a língua no céu da boca, irritada. — Está trabalhando, oras. O que mais ele estaria fazendo?

— Não sei, Angelina. Achei que você fosse a namorada aqui. – ela diz, cruzando os braços. A ironia era nítida em seu rosto. Katie era o tipo de pessoa que sentia prazer em sentir-se superior, em fazer outra pessoa se sentir mal.

— Já chega, Katie. – Isabel levantou seu tom de voz, coisa á qual ela fizera pouco nessas semanas. — Vá pegar as roupas sujas da casa para eu lavar mais tarde.

Katie bufou, com certeza com raiva da mãe por manda-la fazer algo. Eu, por contrário, daria tudo para ter uma mãe que me mandasse fazer qualquer coisa.

— Você quer me ajudar com a janta? – Isabel questionou, reparando em meu tédio descomunal.

— Seria um prazer. – digo, lavando as mãos na pia e pegando uma cebola na geladeira. — O que acha de fazermos um filé acebolado com puré de batatas e vegetais?

— Isso parece até cardápio de restaurante. – ela diz, rindo. — Você que manda, Angie.

Eu concordo com a cabeça, separando tudo que iria usar. Isabel me ajudou em tudo: cortando, limpando a carne, descascando as batatas e até mesmo fervendo os vegetais. Eramos uma dupla muito boa, eu precisava admitir.

— Você por um acaso não sabe de algum lugar que esteja contratando cozinheiros? – brinco, com um fundo de verdade.

Agora que eu havia me demitido da B. Law, tinha de achar um jeito para pagar minhas contas. Eu não posso morar com Justin para sempre, e nem posso depender dele, que aliás, não deve nada á mim, já que nem em um relacionamento estamos.

— Por um acaso, á uma cafeteria chamada Haven que está contratando estagiários. – ela diz, limpando as mãos sujas de batatas amassadas em seu avental. — Claro, não é um restaurante cinco estrelas, mas é um começo.

— Parece ótimo. Onde fica essa cafeteria? – pergunto. Ela pensa um pouco, até que uma luz se acende em seu olhar.

— Fica á uns três quarteirões daqui. – ela conclui. Eu ia dizer algo, mas Katie apareceu carregando um grande cesto cheio de roupas.

— Terminei de pegar tudo que parecia imundo. – ela diz, largando o cesto no chão.

Rolo meus olhos sob o mesmo, e reparo metade das minhas roupas ali. Roupas que eu nem sequer havia usado, que chegavam á espalhar um leve aroma de perfume na cozinha. Estavam claramente limpas.

— Essas roupas não estão sujas, Katie. – digo, pegando um punhado das minhas camisetas.

— Bem, parecem. – ela dá de ombros, sentando-se em uma das cadeiras e pegando seu celular, suspirando, como se estivesse exausta.

— Você pegou tudo isso na minha mala! - gritei. Ela não demonstrou reação alguma.

Eu estava boquiaberta com tamanha falta de respeito. Levantei as mãos para o alto e peguei um dos casacos que estavam ali no cesto. Vesti-o e segui em direção á sala.

— Vou até essa cafeteria, Isabel. Volto para o jantar. – digo, evitando qualquer tipo de contado com Katie.

— Essa hora? E você pode mesmo andar tanto? – Isabel questiona, apontando o relógio que ficava pendurado na parede da cozinha. Ele marcava exatamente seis horas.

— Ainda está cedo, e não se preocupe comigo. Qualquer coisa eu chamo um táxi. – pego um pouco de dinheiro que Justin deixava na mesinha de centro da sala para emergências.

Isabel pede para que eu me cuide, e eu digo que sim, já que realmente o faria.

Eu caminhei reto por dois quarteirões, apenas observando o escasso movimento nas ruas. Até que um quarteirão começou á ficar mais movimentado e mais lotado, e eu percebi que o bairro de Justin havia terminado. Caminhei mais um pouco até que vi uma grande e brilhante placa de neons piscando com o nome “Haven”.

Foram ao menos trinta minutos de conversa com o gerente do lugar, que era muito boa pinta. Ele me ofereça um café, recusado por mim. Sentamos em uma das mesas e conversamos sobre um pouco de mim, e depois ele contou um pouco sobre a cafeteria.

— É um lugar que como o próprio nome já diz, deve servir como Refúgio. De qualquer coisa, para pessoas de qualquer idade. Por isso temos sofás espalhados por aqui, videogames, área de música e uma vasta opção de comidas e bebidas no cardápio, e claro, atendemos vinte e quatro horas por dia. – ele disse, vangloriando-se, explicitamente orgulhoso das coisas que o Haven oferecia aos seus clientes.

Ele disse que tudo que eu precisava fazer era trazer meu currículo, e foi aí que eu me dei conta de que o mesmo continuava na B. Law.

[...]

Peguei um táxi e saltei em frente ao meu antigo emprego, entrando no prédio. Todos olhavam e cochichavam sobre mim. Eu não estava vestida de acordo com os padrões da empresa, mas também não me importava. Eu nem sequer queria estar aqui.

— Boa noite, Senhorita Angie. – disse o homem que cuidava do elevador. Eu não conseguia lembrar seu nome, mas ele sempre sorria para mim.

— Boa noite. – digo, entrando no elevador. — O Justin está?

— Com certeza. – ele diz, apertando o botão do último andar.

Subimos em silêncio, até que a porta se abriu e eu dei de cara com Justin sentando em sua mesa. Estava tão concentrado que sequer notou minha presença. O rosto estava apoiado sobre as duas mãos. Seus olhos olhavam atentamente á algo que parecia um grande mapa, e ele mordia o lábio inferior. A gravata estava afrouxada, e ele parecia cansado.

— Justin? – chamo-o. Ele leva um susto, mas sorri fraco ao me ver.

— Angie. Oi. – ele fecha o mapa de cima de sua mesa, levantando-se e vindo até mim. — Eu ia para casa agora.

— Tudo bem, eu só vim buscar meu currículo. – digo, recebendo um beijo na testa.

— Seu currículo? Para que? - ele questionou, segurando minhas mãos. Seu rosto demonstrava cansaço, mas mesmo assim, ele continuava lindo.

— Não achou que eu fosse ficar sem trabalhar, achou? - pergunto, apertando com força suas mãos. Esse era o primeiro momento na semana que tínhamos juntos, apenas eu ele.

— Certo. Você pode procurar naquelas gavetas ali enquanto eu arrumo minhas coisas para ir embora. – ele aponta para a parede repleta de gavetas. Vou para a gaveta com um pequeno M no canto.

Passo rapidamente o olho pelos arquivos, e não vejo nada com o meu nome. Procuro mais um pouco, até que vejo um arquivo com o nome Mitchell. Mas não era meu. Era do meu pai.

— Justin. – sinto meu coração acelerar. Não tive coragem para abrir a pasta. — O que é isso?

Ele vira-se, assustado. Seu queixo caí. Ele caminha com o passo pesado em minha direção. 

— Angie. – ele tira o arquivo da minha mão. Seu rosto ficou pálido, e parecia que ele ia vomitar á qualquer momento. Ele cerrava o punho com força, quase como se sentisse culpado, como se amargurasse á si mesmo.

— Será que dá para você me explicar isso? – grito. Ele olha para mim, atônito. — Quando você pretendia me contar que conhecia meu pai?

— É complicado... – ele coça o queixo, evitando meu olhar.

— Complicado? Isso é mais que complicado. – bato os pés no chão, não sabendo como expressar minha raiva. — Vamos, Bieber. Explique!

— Não sei se você está pronta para saber isso. – ele diz.

— Quem decide isso sou eu. E eu exijo saber! – grito novamente. Ele me puxa para o sofá de sua sala, colocando as mãos na cabeça, apreensivo.

— Tudo bem, Angie. Seu pai contratou a B. Law anos atrás para realizar um processo muito complicado. – ele diz, de forma delicada, parecendo escolher cada palavra com muito cuidado.

— Será que dá para você ir direto ao ponto? Que processo é esse? – questiono.

— Sua adoção. – ele responde. 


Notas Finais


Por essa vocês não esperavam, não é?
❂ STYLE DA FANFIC!!!! https://spiritfanfics.com/personalizar/style/gigi-hadid-no-angels-6116930
❂ Trailer : https://www.youtube.com/watch?v=3-lbt9hF3HY
❂ Wattpad: https://www.wattpad.com/story/77396419-no-angels
Se quiserem falar comigo, meu twitter é @sheerant3ddy
Um beijo e um queijo!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...